A mensagem da salvação é a espinha dorsal das Escrituras Sagradas, o grande tema para o qual convergem todos os ensinos da Palavra de Deus.
Salvar tem sido a prioridade de nosso Senhor desde que o pecado passou a fazer parte da experiência humana. E Deus determinou-Se a salvar o homem e conquistá-lo de volta à comunhão com Ele a ponto de oferecer o Seu Filho, Jesus Cristo, como propiciação pelos nossos pecados (I João 2:2).
Assim, Deus e a salvação estão tão inextrincavelmente ligados que a palavra “Salvador” não é apenas um adjetivo que descreve a Deus, mas o Seu próprio nome (Isaías 43:3; 45:15; Lucas 1:47)!
É especialmente sugestivo, portanto, que a mensagem da salvação por meio de Jesus Cristo seja chamada “evangelho”, do grego euaggelion, que significa “boa nova”! De fato, é uma boa notícia a certeza de que nós, pecadores, não fomos deixados entregues à própria sorte, que nossas necessidades mais profundas não estão à mercê do acaso ou do destino. O evangelho centraliza-se na verdade de que Jesus é o Messias das profecias e Senhor ressurreto. Em virtude dessa verdade, a salvação nos pertence por meio da justificação pela graça, mediante a fé no Redentor (Romanos 5:1; 8:1, 33-34)!
O juízo é também uma grande notícia porque é o clímax da aplicação da cruz em nosso favor, e, por isso, é parte inseparável das boas novas! A boa notícia do juízo é que não precisamos comparecer ante o tribunal de Deus com base em nossa própria justiça, mas na justiça de Cristo, creditada em nosso favor, mediante a fé, e que se manifesta nas boas obras. Somos julgados pelas obras, mas salvos pela fé! (1) Unicamente a justiça de Cristo imputada e comunicada ao crente pode garantir-lhe uma sentença favorável no dia do julgamento.
O poder de Deus para salvar
Proclamar o evangelho significa, com efeito, proclamar o próprio Cristo e Seu reino na autoridade e poder do Espírito Santo (Atos 1:8). Significa iluminar um mundo afligido pela tragédia do pecado com a esperança que infunde vida espiritual abundante, capaz de transformar pecadores em filhos de Deus (João 1:12)!
Não admira que Paulo tenha se referido ao evangelho como “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16). O poder de Deus é o poder que Ele tem como Deus, infinitamente superior a todos os poderes existentes, destinado a salvar-nos do pecado.
O pecado é um problema íntimo do ser humano em virtude da desobediência. Não se trata somente de uma anomalia comportamental. Somos pecadores por natureza, e não há poder em nós para resistir à força do pecado. Por isso, as condutas éticas e aspirações nobres que possamos ter não nos qualificam diante do tribunal de Deus. Não nos é possível apelar à corte celeste com base na justiça própria, pois, para Deus, ela nada mais é do que “trapo da imundícia” (Isaías 64:6). Por causa de nossa natureza depravada, que nos impele a pecar, não temos nenhuma justiça em nós capaz de justificar-nos.
Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo. (Isaías 1:6)
Nada, a não ser o poder de Deus pode reverter essa condição figadal, alienadora e escravizante provocada pelo pecado. Somente o poder de Deus pode salvar-nos de nossa total impureza e corrupção e conduzir-nos da morte para a vida. Davi reconheceu essa poderosa verdade, ao clamar na sua angústia:
Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. (Salmo 51:10)
Ellen G. White escreve:
Sem o processo transformador que só pode advir através do divino poder, as propensões originais para o pecado permanecem no coração com toda a sua força, para forjar novas cadeias, para impor uma escravidão que nunca pode ser desfeita pela capacidade humana. (2)
O poder de Deus na salvação revela Sua infinita capacidade de realizar aquilo que somos incapazes de fazer: eliminar da alma as propensões para o pecado. Esse poder proporciona verdadeira liberdade nesta vida e na vindoura (João 8:36)! Nos afeta tão profundamente, que nossa incapacidade natural para apreciar e cumprir as coisas espirituais (I Coríntios 2:14) é transformada em capacidade para apreciá-las e viver em função delas (Filipenses 2:13). O poder de Deus desperta as faculdades adormecidas da alma e produz vida espiritual crescente e abundante, modelada pela libertação que somente Cristo traz.
Poder para um novo começo
A certeza do amor e da salvação de Cristo desempenha um papel decisivo no viver por Cristo e ser moldado pelo Seu amor. Em vez de ser uma certeza que conduz à imoralidade (Romanos 3:8; 6:1, 15), é o fundamento indispensável para a nova caminhada moral (v. 3, 4; 7:4; 8:2-4). (3)
Essa certeza não é meramente intelectual. Ela envolve uma atitude decidida por Cristo, uma experiência íntima e profunda com Ele, pela qual o crente morre para si e para o mundo e revive para uma vida inteiramente nova em Cristo! É ser e fazer tudo diferente, nessa ordem. Viver uma vida moralmente elevada, em harmonia com a vontade de Deus, é resultado de nascer de novo da água e do Espírito. Essa experiência é determinante para a vida presente e destino futuro:
Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. (João 3:5)
A menção de Cristo à água refere-se evidentemente ao batismo. Mas não basta nascer somente da água; é preciso nascer também do Espírito. Nascer “da água e do Espírito” equivale ao novo nascimento. Significa experimentar a graça perdoadora e regeneradora de Cristo, pela qual se vence o pecado (Romanos 6:12-14).
Wilson H. Endruveit observa perceptivamente:
Sem o novo nascimento, cada pessoa que nasce está irremediavelmente perdida para a eternidade, porque por temperamento é inimiga de Deus. Esta é a razão pela qual Jesus ordenou: “Aquele que não nascer da água e Espírito não entrará no reino de Deus”. S. João 3:5. O primeiro nascimento de nada vale para a vida eterna – é preciso seguir-se um segundo nascimento. A resposta para o problema do pecado deve ir mais fundo do que o comportamento. Deus se propõe começar tudo de novo. Ele nos oferece um novo nascimento, com uma natureza totalmente nova. A boa nova da salvação é que, por causa de Deus, podemos receber nova natureza, e ao compartilhar Sua natura divina, podemos escapar da corrupção da natureza pecaminosa com a qual nascemos. (4)
O nascimento espiritual, ou novo nascimento, é a resposta de Deus para reparar a ruptura radical no relacionamento entre o homem e o Criador, provocada pelo pecado. A verdadeira espiritualidade começa na comunhão íntima da alma com Deus, e manifesta-se na capacidade de compreender e apreciar as coisas espirituais e viver em virtude de seus princípios.
Por outro lado, uma vida moralmente elevada não se traduz em uma sentença divina favorável ao crente. Mesmo que tenham sido produzidas por um coração puro e amoroso, as boas obras nunca serão suficientes para ser aprovado por Deus no juízo. O cristão é justificado somente com base na justiça de Cristo, creditada em seu favor, pela fé nEle. As obras revelam, porém, até que ponto nossa profissão de fé por Cristo é verdadeira. É com base na experiência pessoal com Cristo que nossas obras serão julgadas pelo tribunal celeste.
O caminho da salvação
A religião popular, com sua permissividade pragmática, focada em satisfazer a natureza carnal, trata a graça de Deus como um artigo barato, que não requer nenhum esforço diligente da parte do cristão, nenhuma renúncia de si mesmo nem do mundo. Mas o exemplo de nosso amado Salvador contradiz de modo flagrante essa doutrina pseudocristã construída sobre madeira, feno e palha.
Referindo-se à necessidade de os cristãos moldarem suas vidas em harmonia com o grande exemplo de Cristo, Paulo escreveu:
Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. (Filipenses 2:5-8).
A.S. Maxwell, citado por Laudio Luttke, comenta de maneira muito vívida esse texto, o qual descreve a total submissão de Cristo para salvar-nos do pecado:
Do mais alto ao mais baixo; do trono da glória ao lugar do criminoso condenado à morte; da plenitude do poder à mais perfeita submissão; da suprema autoridade à mais profunda humilhação; do louvor dos anjos, das hostes celestiais, às injúrias de blasfemadores vis. (5)
Que demonstração inigualável de ternura e amor! Que interesse inexprimível de Cristo pela humanidade por meio da submissão de Si mesmo a uma condição aviltante, a qual Ele não merecia! Contemplando demoradamente essa cena, podemos manifestar o devido apreço por tão grande ato de sacrifício.
Paulo nos admoesta, porém, a darmos um passo além e seguirmos o exemplo de nosso Redentor em Sua submissão e humilhação. O ensino condensado do apóstolo em Filipenses 2:5 a 8 apresenta-nos os passos necessários para vencermos nossas tentações e fraquezas e obter maturidade espiritual:
- Abnegação
- Humilhação
- Sacrifício
- Morte
Eis aqui o caminho para o novo nascimento! Seguindo as pegadas de Cristo nessa vereda de renúncia própria, de morte para o eu, e apego às promessas do Pai, nós podemos vencer o pecado e renascer para uma nova vida em Cristo (Romanos 6:3-4)! Tal é o segredo para o afastamento do pecado, para a purificação da alma, para uma vida imaculada diante de Deus, inteiramente escondida em Cristo! Esse é o supremo fim do evangelho eterno. Como diz a Escritura:
Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras. (Tito 2:11-14)
O grande problema é que desejamos ser salvos por Cristo, mas não queremos tomar nossa cruz e segui-Lo pelo caminho estreito (Mateus 16:24-25; 7:13-14). Desejamos ser consolados pelo Espírito Santo, mas não convencidos por Ele (João 16:8). Queremos a graça que perdoa, mas não a graça que redime e purifica de uma vida de pecado (Tito 2:11-14). Tudo isso demonstra o quanto necessitamos de uma mudança radical desde o íntimo da alma, de uma completa renovação da mente e do pensamento.
Santificação não é uma impossibilidade
O evangelho seria a maior farsa de todos os tempos se não tivesse o poder de mudar o coração do pecador penitente (Ezequiel 36:25-27), de silenciar o velho homem que ainda reclama por reconhecimento (Romanos 7:22-25) e reduzi-lo à escravidão (I Coríntios 9:27), “levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (II Coríntios 10:5).
Se o evangelho falha nesse sentido, se ele falha em conduzir-nos “à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Efésios 4:13), então ele está longe de ser “o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16), o que definitivamente não é o caso.
A vontade de Deus é a nossa santificação (I Tessalonicenses 4:3; 5:23-24). Infelizmente, Satanás tem se mostrado um estrategista muito bem sucedido ao fomentar desconfiança entre o povo de Deus quanto ao assunto da santificação, semeando na igreja heresias como o perfeccionismo. O resultado é pensamentos do tipo: “Nós somos pecadores mesmo, e continuaremos pecadores até à vinda de Jesus!”. Essa é uma ideia diabólica, que destrói a própria razão de ser do evangelho.
Por outro lado, a religião popular, focada em satisfazer as “necessidades percebidas” dos buscadores, enfatiza a graça do perdão, mas evita desafiar seus membros com a graça transformadora, pela qual podem obter vitória sobre o pecado e um novo coração, uma nova vida, com novos valores, pensamentos e atitudes. Seja o perfeccionismo com sua justiça própria, ou a religião popular com seu evangelho barato, ambos concorrem para desviar-nos tanto quanto possível da vontade de Deus: a nossa santificação.
Nós temos, na maioria das vezes, uma compreensão muito superficial e limitada do evangelho eterno. Negligenciamos o fato de que a graça perdoadora visa também afastar-nos da impiedade e das paixões mundanas, habilitar-nos a viver de forma justa, santa e piedosa, na expectativa do breve retorno de Jesus, e a remir-nos e purificar-nos de toda iniquidade. O Senhor não virá buscar pecadores, mas pessoas santificadas pelo poder de Sua graça! A sentença final a ser proferida por nosso Sumo Sacerdote no santuário celestial estabelece de maneira inequívoca o fim último do evangelho:
Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se. (Apocalipse 22:11)
A questão é que precisa haver diligente esforço de nossa parte para vencermos a batalha contra o pecado; um esforço pessoal decidido combinado com a capacidade de Deus para salvar. Ambos têm de trabalhar juntos. Qualquer empenho em trilhar o caminho da santificação ser-nos-á inútil sem o poder de Deus. Necessitamos cooperar com Ele para o desenvolvimento de nossa salvação com temor e tremor (Filipenses 2:12), e o Senhor certamente completará a boa obra que um dia Ele começou em nossa vida (Filipenses 1:6).
Ellen White escreve:
A obra de ganhar a salvação é de co-participação e cooperação. Deve haver cooperação entre Deus e o pecador arrependido. Isto é necessário para a formação de corretos princípios de caráter. Deve o homem fazer veementes esforços para vencer o que o impede de alcançar a perfeição. Mas, para alcançar êxito, ele depende inteiramente de Deus. Por si mesmos os esforços humanos não são suficientes. Sem a ajuda do poder divino ele de nada vale. Deus age e o homem também. A resistência à tentação deve partir do homem, que por sua vez deve obter de Deus o poder. (6)
O maior dom do Céu para vencermos o pecado
Não estamos sozinhos no conflito contra o pecado. O Senhor Jesus prometeu enviar-nos um Consolador (João 14:16). Não se trata do mais poderoso anjo do Céu, nem mesmo de toda uma legião de anjos poderosos, mas da Terceira Pessoa da Trindade, o infinitamente todo-poderoso Espírito Santo!
É o Espírito de Deus quem renova o coração, muda os pensamentos, enobrece o caráter, e capacita-nos a obedecer à lei de Deus. Sem o Espírito Santo é virtualmente impossível obter um novo coração e uma nova perspectiva de vida. Daí por que nosso Salvador declarou: “Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” (João 3:5).
A experiência de Cristo deve ser a nossa experiência, se nós quisermos vencer o pecado e cumprir a nova comissão de Cristo à Sua igreja para o tempo do fim. Dennis Smith observa:
Jesus é nosso exemplo em todas as coisas. Vemos na Sua vida o batismo do Espírito Santo como acontecimento específico e distinto de Seu batismo das águas. Foi essa dotação espiritual que O capacitou para as grandes vitórias sobre Satanás e O equipou para Seu ministério. A experiência de Cristo serve de modelo para todo cristão. Cristo foi “gerado” do Espírito (Lucas 1:35). Foi dirigido pelo Espírito em Sua infância e adolescência (Lucas 2:52). Depois de ter sido batizado nas águas, recebeu o batismo no Espírito pelo qual havia orado (Lucas 3:21 e 22). Desse ponto em diante, foi um homem cheio do Espírito (Lucas 4:1). Depois de passar pelo batismo espiritual (plenitude ou unção do Espírito), Ele ficou preparado para confrontar Satanás e obter grandes vitórias sobre esse inimigo (Lucas 4:2-13). Daquele dia em diante, Jesus passou a ministrar no poder do Espírito (Lucas 4:14; Atos 10:38). (7)
Essa é nossa maior necessidade. A morte para o eu (I Coríntios 15:31) e a dotação do Espírito Santo (Efésios 5:18) não são experiências ocasionais, mas diárias. Paulo diz que “o nosso homem interior se renova de dia em dia” (II Coríntios 4:16). Há uma clara ideia de continuidade. Precisamos da renovação diária do Espírito Santo. A porção de ontem não suprirá as necessidades de hoje, nem as de hoje, as necessidades de amanhã.
Ao receber o batismo diário do Espírito Santo, o que crente passa a ser guiado pelo Espírito, e “todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Romanos 8:14). Devemos, pois, reclamar todos os dias a promessa do batismo do Espírito Santo. Precisamos recebê-Lo dia após dia, a fim de sermos guiados por Ele diariamente. Sem essa unção diária, não há como produzirmos na vida os frutos do caráter de Cristo, nem poder para testemunharmos.
Referindo-se à experiência e exemplo de nosso Salvador, Ellen White declara:
Cotidianamente recebia novo batismo do Espírito Santo. Nas primeiras horas do novo dia o Senhor O despertava de Seu repouso, e Sua alma e lábios eram ungidos de graça para que a pudesse transmitir a outros. (8)
E qual será o resultado de recebermos diariamente o batismo do Espírito Santo?
Quando o Espírito de Deus toma posse do coração, transforma a vida. Os pensamentos pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; o amor, a humildade, a paz tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria substitui a tristeza, e o semblante reflete a luz do Céu. (9)
Conclusão
O evangelho eterno é o poder de Deus para salvar do pecado todo aquele que crê em Jesus Cristo – crer no sentido de segui-Lo, obedecê-Lo e permanecer nEle e Ele, em nós. Não há nenhuma outra forma pela qual podemos vencer o pecado e ser restaurados à imagem dAquele que nos criou (Colossenses 3:10). A graça que perdoa é também a graça que redime e santifica para a vida eterna.
Mas é preciso haver diligente esforço de nossa parte (Lucas 13:24; Josué 23:6). É preciso trilhar o caminho da abnegação de nossos próprios interesses, da humilhação de nosso orgulho implacável, do sacrifício de nossas preferências e opiniões tão profundamente arraigadas, e, finalmente, da morte para o eu e tudo o que ele representa, de modo a renascermos para uma nova vida em Cristo, com uma nova mente e um novo coração, mediante o batismo diário do Espírito Santo.
Essa é uma obra urgente que não pode ser mais adiada. O desenvolvimento da santificação rumo à maturidade espiritual, que se reflete nos pensamentos, nas palavras e na conduta pessoal, deve ser nossa prioridade face à realidade de que um dia teremos que comparecer diante do tribunal divino e deparar com um escrutínio tão íntimo e penetrante como se não houvesse outro ser no mundo. Esse juízo decidirá nossa justificação ou condenação eterna.
Contudo, não existe nenhuma razão para fracassarmos, desde que olhemos para Cristo em Seu santuário, por cujo ministério nós podemos ser mais que vencedores (Romanos 8:37)! Aí está a nossa esperança, e ela é uma “âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu, onde Jesus, como precursor, entrou por nós” (Hebreus 6:18-20)! Mediante renúncia pessoal e apego às promessas divinas podemos vencer como Jesus venceu.
Que essa seja a nossa experiência diária, de modo que não tenhamos do que nos envergonhar naquele grande Dia. Amém.
Notas e referências
1. Será de grande proveito para o leitor apreciar em Hebreus 11 o conceito bíblico de fé e sua aplicação prática na vida de homens e mulheres do passado.
2. Ellen G. White. Evangelismo, p. 192.
3. Ivan T. Blazen. “Salvação”. Em: Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia. Raoul Dederen (Ed.). Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011, p. 327.
4. Wilson H. Endruveit. Experiência da Salvação: Uma explicação sobre como obter um relacionamento perfeito com Deus. São Paulo: MarGraphics, 2007, p. 23.
5. Revista Adventista, junho de 1968, p. 13.
6. Ellen G. White. Atos dos Apóstolos, p. 482.
7. Dennis Smith. O Batismo do Espírito Santo. Segunda Edição. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2010, p. 29.
8. Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 139.
9. ______________, O Desejado de Todas as Nações, p. 173.
Fonte: Blog Três Mensagens