O Poder do Sangue de Cristo

Como podemos agradar a Deus? O que daríamos a Deus para que Ele Se agradasse de nós? Você já tentou dar um presente a Deus, a fim de que Ele Se alegrasse com a sua oferta? A Bíblia fala em suas primeiras páginas que dois irmãos se aproximaram de Deus com a sua oferta, tentando agradá-lO, cada um com uma oferta diferente do outro. Entretanto, conta-nos o registro sagrado, que Caim desagradou a Deus com a sua oferta, enquanto que Abel O agradou muito.

Por que Abel conseguiu agradar a Deus e Caim não pôde? Certa vez, quando um judeu comentava essa narrativa, ele disse que era natural que cada um trouxesse a oferta que levaram, conforme o que eles possuíam. Caim era lavrador, e levou do fruto da terra; Abel, por sua vez, era pastor de ovelhas, e levou um animal do seu rebanho. Nada mais natural, disse o judeu. Cada qual tentou agradar a Deus, no seu melhor! Parece lógico.

Entretanto, aquele judeu mostrou que não entendia do plano de Deus para a salvação que foi dado no princípio e se estende até nós. Por que Abel levou um animal para ser sacrificado? Ele edificou um altar, e derramou o sangue de um cordeirinho sem defeito. Por que ele fez isso? Por que teve de matar um inocente animal?

Abel não fez isso por crueldade, não o fez pelo prazer de ver um animal morrer, não o fez por mera curiosidade para saber o que significava a morte. Ele fez aquilo para remissão de seus próprios pecados. Abel tinha sido instruído de que para ter os seus pecados remidos, ele deveria imolar um animal. Quando Abel derramou o sangue do animal, ele estava exercendo fé no futuro Messias que haveria de derramar o Seu sangue na Cruz do Calvário, e desse modo conseguiria o perdão dos seus pecados.

O cordeiro morto tipificava a Jesus Cristo, apontava para o Salvador. Isso se torna claro, quando ouvimos o testemunho de João Batista que disse a uma multidão, referindo-se a Jesus: ‘Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo’ (João 1:29). E João o evangelista chamou a Jesus Cristo de ‘Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo’. (Ap 13:8). E várias vezes ele nos indica o sangue do Cordeiro no Apocalipse.

I. A NECESSIDADE DO SANGUE

Mas você poderá estar perguntando: ‘Por que Jesus Cristo teve que derramar o Seu sangue? Qual é a necessidade do sangue? Por que foi necessário o sangue para se conseguir o perdão dos pecados? Não haveria um outro meio mais fácil? Não poderia Deus ter evitado essa tragédia contra o Seu Filho?

Há certas pessoas que julgam essa doutrina repugnante demais para ser aceita. ‘Não compreendo por que Deus exigiu sangue para a remissão de pecados’. Em muitas pregações de hoje, a idéia do sangue derramado de Cristo está se tornando antiquada, fora de moda, cada vez menos popular. Mas ela ainda permanece como doutrina da Bíblia.

Fomos informados de que anos atrás, sugeriu-se numa das grandes denominações religiosas que todos os hinos referentes ao sangue de Jesus, deveriam ser eliminados do hinário revisto, por serem demais repulsivos aos nossos ouvidos modernos. Mas a despeito desta assim chamada moderna atitude para com o sangue de Cristo, é ainda verdade que, de acordo com as Escrituras Sagradas, jamais viveu alguém que tivesse os seus pecados remitidos sem o derramamento de sangue. Não há nenhum outro caminho para subir ao Céu, nenhum outro meio de redenção, nenhuma outra porta.

Qual é a necessidade do sangue de Cristo?

Rom. 6:23: ‘O salário do pecado é a morte’. O que significam estas palavras? Vamos nos aproximar do texto. O pecado é uma realidade. O mesmo apóstolo Paulo disse que ‘todos pecaram’ (Rom. 3:23). O pecado existe em nosso mundo, e todos participaram dele. Mas o pecado tem um salário, uma exigência, uma dívida, o pecado exige um pagamento. Qual é a dívida que nós contraímos? Qual é o pagamento? ‘O salário do pecado é a morte’. Portanto, todos deveriam pagar a dívida do pecado com a morte. Mas o que é a morte? A morte é o derramamento do sangue. Nós deveríamos pagar pelo nosso pecado com o sangue que corre nas nossas veias. Por isso é que nos diz o livro de Hebreus: ‘Sem sangue não há remissão de pecados’ (Heb.9:22).

Mas a quem devemos pagar essa dívida? A quem devemos dar satisfação? Alguns pensam que nós devemos dar esse pagamento ao Diabo que nos levou ao pecado.

Mas o que nos diz a Bíblia? Lemos que ‘o salário do pecado é a morte’. Agora vamos desdobrar essas palavras. O que é pecado? Diz o apóstolo João que ‘o pecado é a transgressão da Lei”, mas a Lei é a Lei de Deus. O pecado não é simplesmente a quebra de alguma regra, mas é a quebra de nosso relacionamento com o Deus que nos outorgou a Sua santa Lei que por sua vez é uma revelação do caráter divino. Portanto, a nossa dívida é para com Deus. Nós O ofendemos, porque o pecado é uma ofensa a Deus e um desprezo ao que Ele nos ordenou como o nosso bendito Senhor. Então nossa dívida era para com Deus e a satisfação era para Ele.

Mas como seria paga a dívida que nós contraímos para com Deus? O apóstolo disse que ‘a ira de Deus se revela do Céu contra toda a impiedade e injustiça dos homens’ (Rom. 1:18). A ira de Deus é um fogo consumidor contra o pecado e pecadores. Portanto, nós seríamos facilmente destruídos pela ira divina, derramando o nosso sangue, para sempre e estaríamos perdidos, sem mais nenhuma oportunidade.

Entretanto, o que aconteceu? Jesus Cristo foi lá na Cruz do Calvário e pagou a nossa dívida, derramando o Seu precioso sangue. Morrendo na Cruz, o Cordeiro de Deus supriu à necessidade, satisfez às exigências da Lei e pagou o nosso débito.

A quem Ele pagou esse preço de sangue? Porventura Ele o pagou para o Diabo? A quem Jesus Cristo pagou a redenção do homem? O salmista dá-nos a resposta, nestes termos: “…ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu resgate (Pois a redenção da alma deles é caríssima)” (Sl 49:7-8). Ao homem “ninguém o pode remir”; somente Jesus Cristo que pagou o preço a Deus e satisfez à Sua justiça.

Uma dívida paga, não pode com justiça ser cobrada outra vez. Cristo derramou o sangue e nós somos livres. Nenhuma condenação há para com os que estão cobertos com o sangue de Cristo.

II. O CLAMOR DO SANGUE DE CRISTO

Mas o sangue de Cristo hoje está clamando. Qual é o seu clamor? O que o sangue de Jesus nos fala hoje?

Heb. 12:24: “e a Jesus, o Mediador da nova aliança, e ao sangue da aspersão que fala coisas superiores ao que fala o próprio Abel.” O sangue do Cordeiro nos fala claramente acerca de determinadas coisas:

1 – O sangue nos fala da imutabilidade da Lei de Deus.

O sangue do Cordeiro nos fala da impossibilidade de se mudar a Lei.

Existem hoje muitas vozes que se opõem à Lei divina, mas o sangue de Jesus está clamando para provar a santidade e perpetuidade da Lei. Jesus morreu sobre a Cruz porque o homem havia transgredido a Lei, havia caído em pecado. Se a Lei de Deus pudesse de alguma forma ser abrogada, mudada ou destruída, Jesus não precisaria ter morrido. Se isso fosse justo, seria bem mais fácil: Deus simplesmente tiraria a Lei e a pena de morte seria posta de lado, não havendo nenhuma condenação para os transgressores. Assim, Jesus poderia ter sido poupado de tão terrível sofrimento e não precisaria ter morrido no Calvário por nós.

Além disso, anular a Lei seria admitir que Deus fora injusto dando no AT uma Lei que não pudesse ser guardada. Satanás poderia dizer: ‘Estão vendo todos? Deus é injusto e imparcial porque deu ao homem uma Lei que não pode ser obedecida!’

Mas Deus viu que isso seria impossível. Anular a Lei seria anular o Seu próprio modo de pensar, pois a Lei é uma revelação de Seu próprio caráter. Os princípios de pureza, verdade e justiça que acham na Lei são os princípios do próprio Deus. E como o caráter de Deus é imutável, a Sua Lei também não pode mudar.

O próprio Cristo disse, no sermão do monte: ‘Não penseis que vim mudar a Lei’ (Mat. 5:17). Jesus sabia que o Seu auditório era composto de homens que pensavam que Ele viera com o intuito de destruir a Lei dada no tempo de Moisés. Lendo o pensamento de tais homens, disse: ‘Não penseis’. Nem por pensamento devemos admitir tal coisa!

Jesus não veio ao mundo com o propósito de desfazer a Lei dada por Deus. Ele veio cumprir os Seus mandamentos. A palavra ‘cumprir’ significa ‘guardar’, ‘observar’, ‘praticar’. Pergunte a um advogado o que significa ‘cumprir a lei’ e ele dirá que é o mesmo que ‘guardar a lei’. E foi exatamente isso que Jesus fez. Ele disse: ‘Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai’ (João 15:10)

2 – O sangue nos fala do Amor de Deus.

O apóstolo João nos deixou uma jóia do amor divino: João 3:16: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

Esta é a maior prova do amor do Pai. Pensemos em Abraão quando chamado para oferecer o seu filho Isaque em sacrifício. Que tremenda angústia ele sentiu quando em caminho para o monte de Moriá, ouviu a pergunta razoável de seu filho: ‘Meu pai”, disse Isaque, ‘eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?’ (Gên. 22:7). Abraão firmou a sua fé em Deus naquela hora crítica e penosa e respondeu profeticamente: ‘Deus proverá para Si, meu filho, o cordeiro para o holocausto’. (Gên. 22:8) Estas palavras se cumpriram em Jesus Cristo. Deus proveu o Cordeiro que tira o pecado do mundo, enviando a Seu Filho único, a Quem muito amava. Não O poupou, no entanto, por amor a nós.

A amarga experiência de Abraão trouxe-lhe e a nós lições maravilhosas. Ele pôde compreender mais perfeitamente o quanto Deus ia sofrer ao dar o Seu único Filho para ser morto pelo homem pecador. Ele pôde contemplar o imensurável amor de Deus no dom de Jesus. Deus arriscou todo o Céu ao dar o Seu Filho Jesus para morrer como Cordeiro imaculado; mas Ele o fez por amor de nós.

O sangue vertido na Cruz não foi o sangue de um homem qualquer, não! Foi o sangue do Homem-Deus que derramava a Sua vida pela vida do pecador. Que maravilhoso amor! Quão profundo é este amor! Não o podemos compreender! Ele é insondável, não podemos penetrar em sua profundidade. Ele é imensurável, não podemos medir a sua extensão!

O amor gera amor. Quem quer que na realidade veja o amorável coração do Salvador, amá-lO-á também por sua vez.

Certo evangelista costumava contar a história de um juiz que tivera um desentendimento com a sua noiva. Logo depois, ele caiu gravemente enfermo. O médico fez que ele passasse a fase crítica da doença, mas viu que a despeito disto que o homem caminhava para a morte. Um dia, a moça encontrou o médico, e perguntou-lhe pelo juiz, o seu noivo.
– Bem, disse o médico; ele passou a fase crítica, mas está definhando.
– Não compreendo, disse a moça; se ele passou a crise, por que não está melhorando?
– Ele morre de amor por você, replicou o médico.
A moça pediu-lhe que a acompanhasse a um florista. Aí comprou um lindo ramalhete de flores, ao qual acrescentou um cartão, em que se liam as palavras: ‘Com o meu amor!’, seguidas de sua assinatura.
O médico levou as flores para o hospital, e colocou-as sobre o peito do paciente a quem encontrou dormindo. Logo ele acordou e disse:
– Muito obrigado pelas flores, doutor!
Mas o médico explicou:
– Não fui eu quem lhe deu essas flores. Penso que você achará o nome no cartão.
O doente leu as palavras: ‘Com o meu amor’, e logo o nome da moça. Imediatamente perguntou:
– Diga-me, doutor; ela escreveu estas palavras espontaneamente, ou o senhor lhe pediu que o fizesse?

O médico garantiu-lhe que ela o havia feito espontaneamente. Que mudança extraordinária sobreveio ao enfermo! E nove dias mais tarde, era quietamente celebrado o seu casamento numa dependência do hospital!

Há 1900 anos atrás, Deus colocou a mais linda flor da Terra e do Céu na manjedoura de Belém. E na Cruz foi revelada a profundeza do Seu amor! E é nisto que conhecemos o amor, em que Cristo derramou o Seu precioso sangue por todos nós.

Que mais poderia ele fazer? Seu amor é eterno, jamais terá fim. Mas Ele quer que O amemos também. Ele quer que você O ame também! Você gostaria de amá-lO? Você quer corresponder ao Seu amor? Amor suscita amor. ‘Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro’.

III. O PODER DO SANGUE

O sangue do Cordeiro vertido no Calvário tem poder. Sabe qual é o seu poder?

1. O sangue de Cristo nos resgata. 1 Ped. 1:18-19: “sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo.”

Não nos podem resgatar a prata e o ouro. Um homem não pode resgatar-se de sua vida pecaminosa dando dinheiro aos pobres. O preço exigido é a sua vida, o seu sangue. Unicamente o sangue de Cristo como nosso Substituto e Penhor pode resgatar-nos.

A palavra ‘resgatar’ significa ‘readquirir’, ‘recomprar’. Ao pecar, o homem foi escravizado pelo pecado. No entanto, ao derramar Jesus o Seu sangue, fomos readquiridos.

E mais: somos de Jesus por 2 razões: 1- pela Criação, porque Ele nos criou à Sua imagem, e 2- pela Redenção: derramando o Seu sangue na Cruz, Jesus nos redimiu, nos recomprou, pagando o preço a Deus. Satanás não pode nos reclamar como seus.

O apóstolo Paulo diz que fomos comprados por preço. Qual foi o preço pago? O Apocalipse nos responde que todos os remidos foram comprados pelo sangue do Cordeiro (Apo. 5:9)

2. O sangue de Jesus nos aproxima. Efés. 2:13: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo.”

O pecado nos separou de Deus, tirou a nossa esperança, e nos lançou em trevas profundas. A criatura estava separada do Criador. O filho estava separado do Pai. Mas – gloriosa mensagem de poder – o sangue de Jesus nos aproxima novamente de Deus.

Ele nos chama agora das trevas para o Pai das luzes; do pecado para a obediência; da separação para a comunhão com Deus. Antes havia um muro de separação, um grande abismo; agora estamos tão próximos pelo sangue de Jesus, que Deus não só está perto de nós, mas Ele mesmo habita em nós pelo Seu Espírito Santo.

3. O sangue de Jesus nos purifica. 1 João 1:7: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”

O sangue de Cristo tem poder de purificar. Nunca os homens vão encontrar a purificação do pecado à parte do sangue. Não há outro meio para sermos lavados do pecado, a não ser no sangue. Pilatos tentou lavar o seu pecado de condenar a Jesus; ele mandou que lhe trouxessem água numa bacia, lavou as mãos, e declarou: ‘Estou inocente do sangue deste justo.’ Ficou, no entanto mais culpado do que imaginava. Nenhuma água pode nos purificar do pecado.

A Bíblia nos diz que não existe outro meio de purificar o pecado. O profeta Jeremias disse que ainda que nos lavássemos com salitre, amontoássemos potassa, ainda assim continuaria a mácula de nossa iniquidade perante Deus (Jer. 2:22).Não hás nenhuma dúvida: na Ciência, há muitos agentes purificadores; mas no domínio espiritual, o sangue é específico para a mancha do pecado.

A chave e esperança deste versículo está na palavra ‘todo’. Qualquer pecado pode ser purificado; não existe nenhum pecado que não possa ser purificado pelo sangue do Cordeiro imaculado de Deus.

4. O sangue de Cristo nos justifica. Rom. 5:9: “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.”

Somos justificados pelo poder do sangue de Jesus, o Cordeiro de Deus. O presidente da república pode perdoar a um criminoso e como conseqüência, ele é logo posto em liberdade; mas ao aparecer lá fora, depois, o povo sabe que ele era um preso. Violou a lei do país e foi perdoado. O que o presidente não pode fazer é reintegrar o homem na sociedade como se ele nunca houvesse cometido o crime. O relatório ainda existe.

Mas o que não é possível ao presidente da nação, é possível para Jesus com o Seu sangue. Somos não só perdoados, mas justificados: Deus então nos olha como se nunca dantes houvéssemos pecado.

Certa vez, uma menina entrou em casa e surpreendeu à sua mãe com a afirmação de que descobrira alguma coisa impossível para Deus. A mãe, surpresa, respondeu:
– Filha, tudo é possível para Ele. Deus pode tudo!
– Não mamãe, há uma coisa que é impossível para o Papai do Céu.
– O que é? Perguntou então a mãe.
– Deus não pode ver os meus pecados através do sangue de Jesus!
Aí está uma grande verdade: o sangue do Cordeiro, nos justifica, e Deus nos olha não como antigos pecadores, mas como Seus filhos que nunca pecaram.

IV. A ACEITAÇÃO DO SANGUE

Mas possivelmente você esteja pensando: se o sangue de Jesus tem tal poder, como é que eu posso sentir esse poder maravilhoso em minha vida? Como posso tornar meu o poder do sangue do Cordeiro?

Sim, há uma coisa que você tem de fazer. Você tem que aceitar pela fé o sangue derramado de Jesus como o sacrifício feito em seu favor. Você deve confiar na palavra de Deus que garante a obra de Cristo feita na Cruz do Calvário, como sendo um sacrifício perfeito para nos salvar. Você deve exercer a sua fé no sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

A Bíblia diz que ‘sem fé é impossível agradar a Deus’ (Heb. 11:6). Quando Abel ofereceu o sacrifício de um cordeiro inocente, não fazia isso como uma dádiva ou favor, algo que o recomendaria como mérito diante de Deus. Ele fez aquilo como um ato de fé. O sangue do animal não possuía nenhum poder, mas tomando um substituto, o pecador exercia fé no sangue do Salvador que fora prometido como o Messias, que haveria de morrer numa Cruz. Portanto, Abel pela fé em Cristo, o Prometido Redentor, ‘ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim’ (Heb. 11:4), porque Caim não confiava, por sua vez, nos méritos do sangue de Jesus, o Cordeiro de Deus.

O poder do sangue só é experimentado na vida daquele que põe a sua fé nEle e em seus méritos. Imagine um criminoso que tem uma dívida de R$ 50.000,00 à justiça, e não pode pagar. Então, vem o seu amigo e paga a dívida. Se o criminoso não crer no pagamento da dívida, se ele não aceitar o oferecimento que foi feito, rejeita o perdão e continua ainda condenado e em débito, e ademais, terá de permanecer na cadeia até pagar ele mesmo o último centavo.

Assim é conosco. Se não aceitarmos o sangue de Jesus como agente purificador e salvador, permanecemos em nossos pecados, perdidos e em dívida para com a justiça de Deus. Se, porém crermos, aceitando o sacrifício, o sangue derramado em nosso favor, estaremos livres; o perdão e a justificação serão lançados em nossa conta, pois a dívida já foi paga. Agora, tudo depende de nossa aceitação.

Na sala de operações, os destros dedos de um grande cirurgião realizavam um prodígio raramente verificado na história da Medicina. Um fragmento de aço atravessara o peito de um homem, e lhe penetrara o coração. A lasca de aço foi removida, e então nos intervalos das pulsações o médico ia costurando o coração ferido. Mas quando a enfermeira viu o coração sangrando – acostumada que estava com cirurgias – e o esforço do médico para manter a vida, e que havia apenas uma pulsação entre o homem e a morte, ela desmaiou.

Depois que voltou a si, o médico lhe perguntou: ‘Por que você desmaiou? Você já assistiu a muitas operações melindrosas!’ E ela respondeu: “É a primeira vez que eu vi tal coisa, e repentinamente compreendi que os meus pecados quebrantaram o coração do Salvador. Vendo aquele coração sangrando, pensei em quão ingrata tenho sido e quão indiferente aquele amor do Cordeiro de Deus, com o seu coração ferido a sangrar, o Cordeiro que deu a Sua vida preciosa, derramando o Seu sangue por mim.’

Se eu houvesse sido o único pecador, Jesus teria vindo à Cruz do Calvário para derramar o Seu sangue por mim. Se você houvesse sido o único pecador, a única alma perdida, Jesus teria morrido na Cruz como o Cordeiro, por você somente! E quão ingratos seríamos, pois, se disséssemos: ‘Eu vou tentar achar a salvação de outra maneira.” Estaríamos repetindo a mesma atitude de Caim e como ele nos perderíamos.

Portanto, não deixemos esse assunto para depois. Aceitemos agora o sangue do Filho de Deus, pois não há outro meio de salvação. Aceitemos o Seu sangue, e animemos nossa alma a ter fé em seus méritos.

Autor: Pr. Roberto Biagini

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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