O Resto da Vida – Planejando para o Verdadeiro Futuro

O mundo se recusou acabar no dia 21 de maio de 2011, às 18 horas — não aconteceu o que estava previsto, deixando bastante espaço para novas previsões e novos ofensores.

Os Adventistas do Sétimo Dia, ensinados e moldados pelos acontecimentos de 1830-1860, e que não esquecem o modo como o Senhor tem dirigido nossa história, ainda têm algo a ensinar, especificamente, a nossos irmãos cristãos. A verdade sobre o último “Mayday” (dia de maio) é que ainda não temos planos para nosso futuro.

Os eventos são triviais, importantes ou essenciais. As abstrações triviais da vida (sabores de sorvete e estilos de chaveiros) e suas urgências (horário de ônibus, preparação final do casamento ou o desespero de comprar presentes para pessoas de quem nos esquecemos, mas que se lembraram de nós no Natal), podem realmente ser importantes. Entretanto, além da trivialidade e até da tirania do urgente, há o indispensável. É nisso que Jesus quer que nos concentremos quando nos aconselha a pensar no significado de perder a alma (Mt 16:16; Mc 8:36). O cristianismo não é um conto de fadas esquecido. Ele requer estudo de mercado futuro, planejamento do futuro e garantia do presente.

Conselho para o Tempo do Fim

Tragicamente, porém, alguns cristãos inteligentes reduzem o essencial ao trivial. Já lemos o conselho de Jesus sobre estarmos preparados, mas o reduzimos a diversão acadêmica com grandes e pequenos números. Respondendo aos discípulos sobre sua querida Jerusalém, Jesus disse algo sobre como as pessoas, em 2011, poderiam assegurar seu futuro. Porque, para Ele, segurança no futuro sempre foi algo importante. Repetidamente, Ele prometeu um futuro maravilhoso e, ainda hoje, todos os que O aceitam, receberão “vida eterna” (Jo 3:16), “o reino do céus” (Mt 5:10), “cem vezes mais” – com perseguição – “e na era futura, a vida eterna” (Mc 10:30).

De todos os sinais que Jesus predisse que aconteceriam no final, a fim de nos prepararmos, o que mais ocupa nossa mente é o de que haveria sinais nos céus, tragédias na terra, falsidade religiosa e pessoas apavoradas, como provas que Sua vinda está próxima (Mt 24:5-14; Lc 21:25, 26). Alguns insistem que, de acordo com essas predições, os desastres naturais da terra estão aumentando em número à medida que nos aproximamos do tempo do fim. Entretanto, outros não admitem nenhum modelo ou motivo que possa ser encontrado na loucura dos elementos que impulsionam nossa vida e nosso mundo.

Ao julgar tudo isso, o propósito de Jesus ao dar Seu conselho sobre o futuro, não era conduzir Seus filhos a joguinhos de adição e subtração, contando os terremotos por números, intensidade e localização, para provar que tivemos dez bem fortes hoje, versus nove e meio amanhã! Os vinte mil japoneses mortos no tsunami, vencem as trezentas vítimas do tufão do Tennessee. Essa estranha disputa cristã sobre o significado, número e intensidade dos tsunamis, furações e bombardeios, também podem levar, ou a se basear na ideia sobre o que Deus ou os cristãos ganham com a disputa entre a violência dos desastres antigos e modernos, ou entre a crueldade dos antigos assírios e os modernos Saddams, Hitlers e Stalins. É improvável, porém, que fosse a intenção de Jesus que esses jogos de cálculos fossem parte de nossos planos para o futuro. Ou que o estudo da Bíblia e a leitura dos jornais devam nos inspirar a uma argumentação sobre quantos morrem ou quantos realmente devem morrer; quanta fome, pedofilia ou criminalidade é necessária antes que Jesus volte.

Centrados em Jesus

As palavras de Jesus, ao contrário, apontam para a miséria que há entre e dentro de nós como prova inequívoca de nossa desesperada situação humana. Elas oferecem evidências convincentes da finitude patética da humanidade e da natureza sem Deus. Jesus sugere que devemos abraçar Sua singularidade como a única esperança para a humanidade. Pois Ele é o único que realmente pode assegurar nosso futuro. Somos finitos. Ele é infinito. Somos insignificantes; Ele é impressionante. Estamos desesperados; Ele é nosso socorro em meio aos problemas. Não somos nada; Ele é tudo. Ele nos diz: “Meus filhos, deixe-me garantir seu futuro”. Tudo o que você vê ao redor, não apenas no ano de 2011, mas sempre, não apenas sempre, mas, mais do que nunca, com o passar do tempo e com o cumprimento do tempo das profecias, quando você vê a confusão na natureza, o pânico das nações diante todas as coisas que ainda virão: físicas, políticas, religiosas, militares, econômicas – “Quando começarem a acontecer estas coisas, levantem-se e ergam a cabeça, porque estará próxima a redenção de vocês” (Lc 21:28). Portanto, servos de Deus, a trombeta tocai, breve Jesus voltará! Esse é nosso futuro; essa é nossa esperança; esse é nosso melhor investimento; essa é a nossa segurança.

Foi isso que Jesus inspirou Paulo e João a dizerem, séculos antes do cumprimento da profecia dos 2300 dias de Daniel (1Ts 4:13-18; Ap 22:6-10). O cumprimento profético não faz com que, de repente, desviemos os olhos de nós mesmos para olharmos para Jesus. Ao contrário, a predição das profecias demonstram aos observadores honestos a absoluta confiabilidade da Palavra de Deus cujas mãos mantêm o tempo e as estações, cujos olhos veem o fim desde o princípio, cujo coração se importa infinitamente com o meu passado, nosso presente e com o futuro de todos. É esperado que estejamos olhando, não para nós mesmos. “Eu Sou o seu futuro”, diz Ele. “Seu coração não deve se preocupar enquanto outros cedem ao temor; creia em Deus, creia que Sou de confiança. Assegure seu futuro agora, durante o ‘dia da salvação’ (2Cr 6:2). Somente Eu, nem ninguém ou algo, pode oferecer salvação (Is 43:11). Eu estou voltando para recebê-lo para Mim, para que estejamos sempre juntos!”

Todas as análise dos sermões de Jesus em Mateus 24 e Lucas 21 sobre o tempo do fim, reconhecem essa relação entre Suas predições de desastres naturais, econômicos, políticos e espirituais e o evento culminante de Sua segunda vinda. Jesus não recomenda trivialidades numéricas sobre as tragédias do passado ou as recentes como um passatempo inteligente para as tardes chuvosas de sábado. Ao contrário, Aquele que lança nossos pecados e nosso passado no fundo do mar, quer assegurar nosso futuro. Ele adverte que todos devem assegurar o seu, investindo nEle o hoje, o amanhã e para sempre. Isso é muito mais produtivo e significativo do que nos preocuparmos com quantos morreram ou não como resultado da última loucura de Satanás. É muito mais essencial para o resto de nossa vida.

Lael Caesar é editor associado que recentemente se uniu à família editorial da Adventist World, depois de servir como professor de religião na Andrews University, por mais de 15 anos.

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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