O tamanho da família

Grave dano às mães

Há pais que, sem considerarem se podem ou não sustentar uma grande família, enchem a casa com esses pequenos seres indefesos, que dependem inteiramente dos pais para instrução e cuidado. … Esse é um grave erro, não apenas para com a mãe, mas também para com os filhos e a sociedade.

Os pais deviam ter sempre em mente o bem futuro de seus filhos. Não deviam ser obrigados a utilizar cada momento em contínuo trabalho a fim de prover às necessidades da vida.

Antes de aumentar a família, devem pensar se Deus será glorificado ou desonrado ao trazerem filhos ao mundo. Devem buscar glorificar a Deus por sua união desde o princípio, e durante todo o tempo de sua vida de casados.

A saúde da mãe é importante

Em vista da responsabilidade que recai sobre os pais, deve ser cuidadosamente considerado se é melhor trazer filhos à família. Tem a mãe suficiente energia para deles cuidar? E pode o pai dar-se à prerrogativa de bem modelar e retamente educar a criança? Quão pouco é o destino da criança considerado! A satisfação da paixão é o único pensamento, e cargas são impostas à esposa e mãe, que lhe consomem a vitalidade e paralisam a faculdade espiritual. Com a saúde enfraquecida e o espírito desencorajado, ela se cerca de um pequeno rebanho do qual não pode cuidar como devia. Faltando-lhes a instrução que deviam ter, eles crescem para desonrar a Deus e comunicar a outros os males de sua própria natureza, e assim se forma um exército que Satanás utiliza como bem entende.

Outros fatores

Deus deseja que os pais ajam como seres racionais e vivam de maneira que cada filho possa ser devidamente educado, a fim de que a mãe tenha força e tempo para empregar suas faculdades mentais para disciplinar os pequenos para a associação com os anjos. Ela deve ter coragem de desempenhar nobremente sua parte e fazer sua obra no temor e amor de Deus, a fim de que seus filhos se mostrem uma bênção para a família e para a sociedade.

O esposo e pai deve considerar todas estas coisas para que não venha a esposa e mãe de seus filhos a ser sobrecarregada e oprimida com o desânimo. Deve cuidar para que a mãe de seus filhos não seja colocada em posição de não poder cuidar devidamente de seus numerosos pequenos, vindo a crescerem sem a educação apropriada.

Os pais não devem aumentar a família mais depressa do que possam os filhos ser bem cuidados e educados. Uma criança nos braços da mãe cada ano é para esta grande injustiça. Isso debilita, e não raro destrói, o prazer social e aumenta as misérias domésticas. Rouba aos filhos aquele cuidado, educação e felicidade que os pais devem propiciar-lhes.

Pais com família numerosa

A pergunta que lhes compete fazer é: “Estou formando uma família para fortalecer a influência e engrossar as fileiras dos poderes das trevas, ou estou suscitando filhos para Cristo?”

Se vocês não educam seus filhos e não lhes modelam o caráter de modo que correspondam aos reclamos de Deus, então, quanto menos filhos tiverem para sofrer as conseqüências de uma educação defeituosa, tanto melhor para vocês, seus pais, e melhor para a sociedade. A menos que os filhos possam ser educados e disciplinados desde o berço por uma mãe sábia e criteriosa, que seja conscienciosa e diligente, e que dirija sua casa no temor do Senhor, talhando e moldando o caráter deles para que possam estar à altura das normas de justiça, é pecado aumentar a família. Deus lhes deu raciocínio, e quer que o usem.

Pais e mães: ao descobrirem que estão deficientes no conhecimento de como educar os filhos para o Mestre, por que não aprenderam a lição? Por que continuam a trazer filhos ao mundo para engrossar as fileiras de Satanás? Está Deus contente com essa demonstração? Quando vêem que uma grande família sobrecarregará duramente seus recursos; quando notam que a mãe está cheia de filhos, e que ela não tem o tempo entre os nascimentos para fazer a obra que cada mãe necessita fazer, por que não aprendem dessas observações? Cada filho suga a vitalidade da mãe, e quando pais e mães não usam a razão neste assunto, que oportunidade têm os pais ou os filhos de ser devidamente preparados para a vida? O Senhor convida os pais a que considerem devidamente este assunto à luz de realidades eternas.

Considerações de economia

Devem [os pais] considerar com calma que provisões podem ser feitas para os filhos. Não têm direito de os porem no mundo para ser uma carga aos outros. Têm eles um meio de vida em que podem confiar quanto ao sustento da família, de maneira a não se tornarem pesados aos outros? Se o não têm, vocês cometem um crime em trazer filhos ao mundo para sofrerem por falta do necessário cuidado, alimento e vestuário.

Os que têm dificuldades para conseguir sua subsistência, e os menos qualificados para se ajustarem no mundo, geralmente enchem a casa de filhos, ao passo que os habilidosos para adquirir propriedades em geral não têm mais filhos do que aqueles que podem bem atender. Os que não estão qualificados para cuidar de si, não deviam ter filhos.

Problemas trazidos à igreja

Muitos que mal podem sobreviver solteiros resolvem casar e formar uma família, quando sabem que não têm com que sustentá-la. E o que é pior, não têm o controle da família. Toda a sua conduta em família é marcada por hábitos de desleixo. Têm apenas pouco domínio de si mesmos, e são irascíveis, impacientes, mal-humorados. Quando essas pessoas abraçam a mensagem, consideram-se habilitadas à assistência de seus irmãos mais afortunados; e se suas expectativas não são satisfeitas, queixam-se da igreja e os acusam de não viverem sua fé. Quem deveria sofrer nesse caso? Deve a causa de Deus ser consumida, e esgotados os recursos em diferentes lugares, para que recebam ajuda essas grandes famílias de pobres? Não. Os pais têm que sofrer as conseqüências. Eles não sofrerão, em sentido geral, maior falta após aceitar o sábado do que já experimentavam antes.

Como o trabalho missionário é limitado

Ao serem enviados missionários a campos distantes, devem ser selecionados homens que saibam economizar, que não tenham família grande e que, compreendendo a brevidade do tempo e a grande obra a ser realizada, não encherão de filhos o lar, mas se conservarão livres tanto quanto possível de tudo que lhes desvie a mente de sua grande obra. A esposa, se devotada e deixada livre para fazê-lo, pode, colocando-se ao lado do esposo, realizar tanto quanto ele. Deus abençoou a mulher com talentos para serem usados para Sua glória em levar muitos filhos e filhas a Deus; mas muitas que podiam ser eficientes obreiras ficam presas no lar para cuidar dos pequenos.

Necessitamos de missionários que o sejam no verdadeiro sentido da palavra; que ponham de lado considerações egoístas e permitam que a causa de Deus venha em primeiro lugar; e que, trabalhando com simplicidade para a Sua glória, estejam prontos a qualquer momento para ir aonde Ele lhes ordene trabalhar em qualquer atividade a fim de espalhar o conhecimento da verdade. Homens cuja esposa ame e tema a Deus e que possa ajudá-los na obra são necessários no campo missionário. Muitos que têm famílias saem a trabalhar, mas não se entregam inteiramente ao trabalho. Sua mente está dividida. Esposa e filhos afastam-nos do trabalho e, não raro, conservam-nos fora do campo em que poderiam entrar, não fosse o pensarem que precisam estar perto do lar.

Ellen G. White, Fundamentos do lar Cristão, Capítulo 17.

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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