O apóstolo exorta os irmãos dizendo: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do Seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes. […] no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes”. Efésios 6:10-13. Oh, que dia está diante de nós! Que sacudidura haverá entre os que se dizem filhos de Deus! O injusto encontrar-se-á entre o justo. Os que têm grande luz e nela não têm andado, terão trevas correspondentes à luz que desprezaram. Necessitamos atender a lição contida nas palavras de Paulo: “Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”. 1 Coríntios 9:27. O inimigo está trabalhando diligentemente para ver quem poderá acrescentar às fileiras da apostasia; mas o Senhor logo virá, e muito breve cada caso será decidido para a eternidade. Aqueles cujas obras correspondem à luz que graciosamente lhes for dada, serão contados do lado do Senhor. — Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 163.
Os dias de purificação da igreja estão chegando rapidamente. Deus terá um povo puro e fiel. No grande peneiramento prestes a acontecer, seremos melhor capacitados a medir a força de Israel. Os sinais revelam que o tempo está próximo, quando o Senhor mostrará que a ferramenta está em Sua mão e que Ele limpará completamente a eira. — Testimonies for the Church 5:80.
Vitória para quem busca o livramento — Foi-me mostrado o povo de Deus, e vi-o fortemente sacudido. Alguns, com viva fé e agonizantes brados, pleiteavam com Deus. […]
Vi que alguns não participavam dessa obra de súplica intensa. Pareciam indiferentes e descuidosos. Não resistiam às trevas que os rodeavam, e os envolviam qual densa nuvem. Os anjos de Deus deixaram-nos, e vi-os apressar-se em auxílio dos que lutavam com todas as energias para resistir aos anjos maus, procurando ajudar-se a si mesmos invocando perseverantemente a Deus. Mas os anjos abandonaram os que não se esforçavam por ajudar-se a si mesmos, e perdi-os de vista. Enquanto os que oravam prosseguiram em seus clamores fervorosos, um raio de luz, provindo de Jesus, sobre eles incidia de quando em quando, a fim de os encorajar, e iluminar-lhes o semblante.
Perguntei qual o sentido da sacudidura que eu acabava de presenciar e foi-me mostrado que fora causada pelo positivo testemunho motivado pelo conselho da Testemunha fiel, aos laodiceanos. Esse testemunho terá o seu efeito sobre o coração do que o recebe, levando-o a exaltar a norma e declarar a positiva verdade. Alguns não suportarão esse claro testemunho. Opor-se-lhe-ão e isto causará uma sacudidura entre os filhos de Deus.
O testemunho da Testemunha fiel não foi atendido nem pela metade. O solene testemunho do qual depende o destino da igreja foi subestimado, se não rejeitado por completo. Esse testemunho tem que realizar arrependimento profundo, e todos os que de fato o receberem, obedecer-lhe-ão e serão purificados.
Disse o anjo: “Escute!” Logo ouvi uma voz que soava como muitos instrumentos de música, todos em acordes perfeitos, suaves e harmoniosos. Ultrapassava a qualquer música que eu já ouvira. Parecia plena de misericórdia, compaixão, e regozijo santo e enobrecedor. Atravessou-me todo o ser. Disse o anjo: “Olhe!” Minha atenção foi então dirigida para o grupo que eu vira, e que fora fortemente abalado. Foram-me mostrados os que eu antes vira a chorar e orar em agonia de espírito. O grupo de anjos da guarda em volta deles fora duplicado e achavam-se revestidos de uma armadura, da cabeça aos pés. Moviam-se em rigorosa ordem, firmes como um batalhão de soldados. Seu semblante exprimia o árduo conflito que haviam suportado, a difícil luta que atravessaram. Contudo sua fisionomia, assinalada por severa angústia íntima, resplandecia agora com a luz e glória do Céu. Haviam alcançado a vitória, e esta lhes trazia a mais profunda gratidão, e santo e nobre regozijo.
Diminuíra o número das pessoas que compunham esse grupo. Alguns, pela sacudidura, foram lançados fora, ficando à beira do caminho. Os descuidosos e indiferentes, que não se uniam aos que haviam prezado a vitória e salvação o bastante para a suplicar com insistência, não a alcançaram, sendo deixados atrás, em trevas. Seu número, porém foi imediatamente preenchido por outros que aceitavam a verdade e cerravam fileiras. Ainda os anjos maus se lhes aglomeravam em torno, mas sobre eles não tinham poder.
Ouvi os que se achavam revestidos da armadura proclamarem a verdade com grande poder. Isso surtiu efeito. Vi os que haviam estado presos — algumas esposas haviam estado presas aos maridos, e alguns filhos aos pais. Os sinceros que haviam sido detidos ou impedidos de ouvirem a verdade, agora dela se apoderavam ansiosamente. Desaparecera todo temor que tinham dos parentes. Para eles, unicamente a verdade era exaltada. Era-lhes mais querida e preciosa do que a vida. Tinham dela estado famintos e sedentos. Perguntei pela causa dessa grande mudança. Um anjo respondeu: “É a chuva serôdia, o ‘refrigério pela presença do Senhor’ (Atos dos Apóstolos 3:19), o alto clamor do terceiro anjo.”
Grande poder acompanhava esses escolhidos. Disse o anjo: “Olhe!” Foi-me chamada a atenção para os ímpios, ou incrédulos. Estavam todos agitados. O zelo e poder do povo de Deus os haviam despertado e enraivecido. Confusão, confusão mostrava-se por toda parte. Vi que eram tomadas medidas contra esse grupo, que possuía o poder e a luz de Deus. Trevas adensavam-se-lhes em torno, e no entanto ali se achavam, aprovados por Deus e nEle confiantes. Vi-os perplexos. A seguir, ouvi-os clamarem fervorosamente ao Senhor. Através do dia e da noite seu clamor não cessava.* Ouvi as palavras: “Tua vontade, ó Deus, seja feita! Se for para a glória do Teu nome, abre um caminho de escape para o Teu povo! Livra-nos dos ímpios que nos rodeiam! Eles nos destinaram à morte; Teu braço, porém, pode efetuar a salvação.” Essas são as palavras de que me recordo. Todos pareciam ter intuição profunda de sua indignidade e manifestavam inteira submissão à vontade de Deus. Entretanto, como Jacó, cada qual, sem uma única exceção, suplicava fervorosamente e pleiteava o livramento.
Logo depois de haverem começado seu fervoroso clamor, os anjos, compassivos, desejavam acudir em seu livramento. Mas um anjo alto e majestoso não lho permitiu. Disse ele: “A vontade de Deus não se cumpriu ainda. Eles devem beber a taça. Devem ser batizados com o batismo.”
Logo ouvi a voz de Deus, que abalou Céus e Terra. Houve grande terremoto. Edifícios ruíram por todos os lados. Ouvi então um triunfante brado de vitória, alto, harmonioso e claro. Contemplei aquele grupo que, pouco tempo antes, estivera em aflição e cativeiro. Seu cativeiro fora mudado. Jó 42:10. Uma luz resplandecente brilhava sobre eles. Como pareceram formosos então! Haviam desaparecido toda fadiga e sinais de ansiedade; saúde e beleza viam-se em todos os semblantes. Seus inimigos, os gentios que os cercavam, caíram por terra, como mortos. Não suportavam a luz que brilhava sobre os santos, libertos. Essa luz e resplendor sobre eles permaneceu até que Jesus foi visto nas nuvens do céu, e o grupo de fiéis e provados foram transformados “num momento, num abrir e fechar de olhos” (1 Coríntios 15:52), de glória em glória. Abriram-se os sepulcros e revestidos de imortalidade, surgiram os santos, bradando: “Vitória sobre a morte e a sepultura!” e em companhia dos santos vivos foram arrebatados, para encontrar seu Senhor nos ares, enquanto belos e harmoniosos brados de glória e vitória procediam de todos os lábios imortais. — Testimonies for the Church 1:179-184.
Os dois exércitos — Vi em visão dois exércitos em luta terrível. Um deles ostentava em suas bandeiras as insígnias do mundo; guiava o outro a bandeira ensangüentada do Príncipe Emanuel. Estandarte após estandarte era arrastado no chão, à medida que grupo após grupo do exército do Senhor se juntava ao inimigo, e tribo após tribo das fileiras do adversário se unia ao povo de Deus que guarda os mandamentos. Um anjo que voava pelo meio do céu pôs-me nas mãos o estandarte de Emanuel, enquanto um forte general comandava em alta voz: “Em forma! Tomai posição vós, que sois leais aos mandamentos de Deus e ao testemunho de Cristo. Saí do meio deles e apartai-vos, e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai e vós sereis para Mim filhos e filhas. Vinde todos quantos dentre vós quiserem acudir em socorro do Senhor, em socorro do Senhor contra os valentes.” […]
A igreja é hoje militante. Enfrentamos agora um mundo em trevas de meia-noite, quase inteiramente entregue à idolatria. Mas aproxima-se o dia em que a batalha terá sido ferida e ganha a vitória. A vontade de Deus deve ser feita na Terra como o é no Céu. Então as nações não possuirão outra lei senão a do Céu. Juntas, constituirão uma família feliz, unida, trajada das vestes de louvor e ações de graça — as vestes da justiça de Cristo. A natureza toda, em sua inexcedível beleza, oferecerá a Deus um constante tributo de louvor e adoração. O mundo será inundado da luz do Céu. Os anos transcorrerão em alegria. A luz da Lua será como a do Sol, e a deste sete vezes mais brilhante do que hoje é. Ante esse cenário as estrelas da alva cantarão juntamente, e os filhos de Deus exultarão de alegria, ao Se unirem Deus e Cristo para proclamar: “Não mais haverá pecado, também não haverá morte.”
Tal é a cena que me é apresentada. A igreja, porém, deve combater e combaterá os inimigos visíveis e invisíveis. Estão a postos forças satânicas sob forma humana. Homens se têm confederado para oporem-se aos exércitos do Senhor. Essas confederações continuarão até que Cristo deixe Seu lugar de intercessor diante do propiciatório e envergue as vestes de vingança. Agentes satânicos encontram-se em todas as cidades, ocupados em organizar os grupos que se opõem à lei de Deus. Alguns que professam ser santos e outros declaradamente incrédulos, filiam-se a esses partidos. Não é hora de o povo de Deus mostrar fraqueza. Não podemos deixar de ficar alerta um momento sequer. — Testimonies for the Church 8:41, 42.