Importância desse Tópico
1. As estatísticas mostram que nesse momento a Igreja Católica é o maior corpo religioso do Brasil. No nordeste, eles possuem os seguintes números. (pesquisar site do IBGE).
2. Dados das últimas campanhas no Brasil mostram que eles são maioria dos batizados pelos estudantes do SALT.
Dificuldades no Trabalho com os Católicos
1. A Igreja Católica promove a ignorância das Escrituras (HR, 328)
# As pessoas não têm o direito de estudar a Bíblia. T.M, p. 105
2. O poder do padre sobre seu rebanho é grande. Evangelismo, p. 574
# Quem não concorda é herege. FEC, p. 308.
# Tremendo poder sobre a mente. GC, p.523.
# Os romanos são escravos. DTN, p. 315
3. A distancia entre suas doutrinas e a posição dos ASD
# Pedro é o cabeça da igreja. AA, p.194-195
# O papa é infalível. GC, p.564
# Adoração de Maria. HR, p.333
# Adoracão de imagens. GC, p.568
# Tormento eterno. GC, p.536.
#Batismo infantil. GC, p.59
# dentre outros…
Conselhos Específicos de Ellen White Sobre os Métodos Evangelísticos a Serem Usados com os Católicos:
Apesar desses obstáculos, White tem uma expectativa positiva sobre os resultados provenientes da evangelização desse grupo especial: “Pelo que Deus me tem mostrado, grande número será salvo dentre os católicos.” Evangelismo p. 574. Porém, o trabalho requer abordagem especial. A metodologia usada com os protestantes e evangélicos consiste em reuniões na igreja. As pessoas são convidadas para ouvir o “pastor”. Hinos evangelísticos são cantados e e as pessoas são convidadas a uma “oracão”. O pregador usa a Biblia frequentemente e ao final pessoas são convidadas para vir à frente “dar seu coracão a Cristo”. O autor pensa que nada há de errado com esse método que é mais eficaz com evangélicos. Porém, nas seguintes páginas nós encontramos vários princípios no Espírito de Profecia que, se corretamente aplicados, ajudarão a ter resultados positivos com os católicos.
Princípio 1: Pertube o mínimo possível sua costumeira corrente de pensamentos.
“Jesus encontrou acesso às mentes, por intermédio de suas mais familiares associações. Ele perturbava o menos possível, sua costumeira corrente de pensamentos, por ações abruptas ou regras estabelecidas…Apresentava verdades antigas sob uma nova e preciosa luz.” Evangelismo p. 140
“Concordai com o povo em todos os pontos em que podeis coerentemente assim fazer. Vejam eles que amais sua alma, e quereis, tanto quanto possível, estar em harmonia com eles.” Idem, p.141.
“Não insistais em apresentar logo no início ao povo os aspectos mais objetáveisde nossa fé, a fim de que não fecheis os ouvidos daqueles a quem essas coisas vêm como uma nova revelação.”Idem, p.142
“Criai interesse. Orai e crede, e obtereis uma experiência que vos será valiosa. Não apresenteis assuntos tão profundos que exijam luta mental para compreender.” Ibid.
“Não apresenteis assuntos que suscitem controvérsia. Não deis instruções de molde a confundir a mente.” Idem, p.143
Na primeira palestra, o orador é apresentado por alguém da comunidade. Nenhuma oração é oferecida; não há musica religiosa e nenhuma referência à religião. Nesta aproximação, o orador constrói a imagem de homem de integridade e responsabilidade. Ele dá às pessoas uma mensagem positiva e estimula seu apetite para ouvir mais no dia seguinte. Ele estabelece confiança em si mesmo como orador. A série de palestra segue a mesma linha, estabelecendo confiança e interesse. Problemas da delinqüência juvenil, alcoolismo, saúde mental, stress e outros temas de interesse comum são desenvolvidos. Breve o orador apresenta a Bíblia, sempre tratando-a de Santa Bíblia ou Sagradas Escrituras.
É agradável ao católico ouvir sua terminologia familiar. Em suas palestras, faça referências à Bendita Virgem Maria. Semelhantemente, é próprio usar o prefixo “santo” ao referir-se a qualquer escritor do Novo Testamento. A audiência irá em breve reconhecer a natureza religiosa destas palestras, mas como eles não são convidados a unir-se a nenhuma forma de culto, eles não se importarão. Depois de uma ou duas semanas, solos ou músicas religiosas podem ser usadas. Após pregar sobre a oração, cada reunião pode ser iniciada com uma oração. Use a oração do Pai Nosso. Como perturbar o mínimo a mente católica e evitar barreiras desnecessárias:
a. Iniciar com temas práticos que atendam às necessidades e desenvolvem confianca: lar, saúde, felicidade do casamento, etc.
b. Não citar a Bíblia nas primeiras noites. Mais tarde, usar uma versão católica da Bíblia.
c. Usar auditório neutro
d. Usar publicidade neutra, sem música ou jargão religioso
e. Fazer referencia a “seminários”, “programas” ou “palestras comunitárias.”
f. O orador torna-se um palestrante ou professor, não um evangelista ou pastor.
g. Omitir oracões na primeira noite
h. Omitir hinos ou grupos musicais religiosos nas primeiras noites
i. Evitar termos tais como “irmãos,” “améns”, “uma bencão”, etc. Isso envolve também evitar passeatas com conotacão religiosa
Princípio 2: Devemos tomá-los de surpresa.
“Deus deseja que sigamos métodos novos e ainda não experimentados. Apresentai-vos rapidamente ao povo – surpreendei-os.” Manuscrito 121, 1897.
“O Senhor me mostrou que não era o melhor plano revelar aquilo que iremos realizar, pois logo que nossas intenções fossem conhecidas, nossos inimigos se levantariam para pôr obstáculos. Pastores seriam convidados a virem para resistir à mensagem da verdade. De seus púlpitos advertiriam as congregações, … dizendo-lhes as coisas que os adventistas pretendem fazer.” Evangelismo, p. 125.
“Esperai; armai as barracas quando chegar o tempo das reuniões campais. Armai-as rapidamente e, então, anunciai as reuniões.” Ibid.
Princípio 3: Não devemos dizer desde o início que somos adventistas.
“Ao trabalhardes em campo novo, não penseis ser vosso dever declarar imediatamente ao povo: Somos adventistas do sétimo dia; cremos que o dia de repouso é o sábado; acreditamos que a alma não é imortal. Isso haveria de levantar enorme barreira entre vós e aqueles a quem desejais alcançar. Obreiros Evangélicos p. 119-120.
“Não precisais pensar que toda a verdade deva ser pregada de uma vez ou em todas as ocasiões aos descrentes. Deveis planejar cuidadosamente o que tiverdes de dizer, bem como o que tiverdes de silenciar. Isto não é enganar o povo; é trabalhar como Paulo trabalhou. Ele diz: “Sendo astuto, vos tomei com dolo.” II Cor. 12:16. Evangelismo p. 126.
Nem sempre o Senhor Jesus revelou-Se a si mesmo em determinados lugares. Mt 16:20. Isso era engano? De maneira alguma, mas o tato pode parecer engano a alguns. Por que Paulo se fez de judeu pra ganhar os judeus e grego para ganhar os gregos? 1 Co 9:19-21.
Princípio 4: Planeje métodos extraordinários para prender a atencão.
“Nas cidades de hoje, onde existem tantas coisas destinadas a atrair e agradar, o povo não pode se interessar por esforços medíocres. Os pastores designados por Deus hão de achar necessário envidar esforços extraordinários para atrair a atenção das multidões. E quando conseguem reunir grande número de pessoas, têm de apresentar mensagens de caráter tão fora da ordem comum que o povo fique desperto e advertido”. Obreiros Evangélicos, págs. 345 e 346.
“Cada obreiro na vinha do Senhor deve estudar, planejar, idear métodos, a fim de alcancar o povo onde está. Devemos fazer algo fora do curso comum das coisas. Temos de prender a atencão. Temos de ser intensamente fervorosos. Estamos às vésperas de tempos de luta e de perplexidades, os quais nem foram ainda imaginados”. Evangelismo p. 123.
Princípio 5: Não condenar
“Não censureis outros (católicos); não os condeneis…Precisamos ser muito cautelosos para não condenar os que, diante de Deus, são menos culpados do que nós mesmos.” Testimonies, vol. 9, págs. 239-244.
“Não devemos, ao entrar em um lugar, criar barreiras desnecessárias entre nós e outras denominações, especialmente os católicos, de maneira que eles pensem que somos declarados inimigos seus. Não devemos suscitar preconceito desnecessariamente em seu espírito, fazendo ataques contra eles. … Pelo que Deus me tem mostrado, grande número será salvo dentre os católicos.” Evangelismo p. 573.
“Sede cautelosos em vossos esforços, irmãos, não ataqueis com demasiado vigor os preconceitos do povo. Não se deve sair do caminho para investir contra outras denominações; pois isto só cria um espírito combativo, e cerra ouvidos e corações à entrada da verdade. Temos nossa obra a fazer, a qual não é derrubar, mas construir. Temos de reparar a brecha feita na lei de Deus.” Idem, p. 574.
“Que aqueles que escrevem em nossas revistas não dirijam rudes ataques e alusões que por certo hão de causar dano, e que obstruirão o caminho e nos impedirão de fazer a obra que devemos fazer a fim de alcançar todas as classes, inclusive os católicos.” Ibid.
“Ao apresentar a mensagem, não façais investidas pessoais a outras igrejas, nem mesmo à católica romana. Os anjos de Deus vêem nas diversas denominações muitos que só podem ser alcançados com a maior precaução. Sejamos portanto cuidadosos com nossas palavras. Não sigam nossos pastores os próprios impulsos em acusar e expor os “mistérios da iniqüidade”. Sobre esses temas, o silêncio é eloqüente. Muitos se acham enganados. Falai a verdade em tons e palavras de amor. Cristo Jesus seja exaltado. Apegai-vos à afirmativa da verdade. Nunca deixeis o caminho reto traçado por Deus, no intuito de fazer um ataque a alguém. Esse ataque poderá causar muito dano mas nenhum bem. Poderá extinguir a convicção em muitos espíritos.” Idem, p. 576.
Princípio 6: Precisa-se de pregacão mais bíblica
“Há necessidade de um estudo mais aprimorado da Palavra de Deus; especialmente Daniel e Apocalipse devem merecer atenção, como nunca antes na história de nossa obra. Talvez tenhamos menos a dizer em certos aspectos, quanto ao poder romano e ao papado, mas devemos chamar atenção ao que os profetas e apóstolos escreveram pela inspiração do Espírito de Deus.” Idem, p.577
“O Pastor S está despertando bom interesse por suas reuniões…Grande número de católicos vai ouvi-lo. Muito de sua pregação são palavras textuais da Bíblia. Usa o mínimo possível de suas próprias palavras. De modo que se os ouvintes combaterem o que ele diz, combatem contra a Palavra de Deus.” Ibid.
Princípio 7: Figuras e quadros atraem os católicos
“O Pastor S está despertando bom interesse por suas reuniões. Gente de todas as classes vão ouvir, e ver as imagens de tamanho natural que ele tem dos animais de Apocalipse. Grande número de católicos vai ouvi-lo.” Evangelismo p. 576.
“Dedicastes muito estudo ao assunto de como tornar interessante a verdade, e osquadros que fizestes estão em perfeita conformidade com o trabalho que precisa ser feito. Esses quadros são, para as pessoas, lições objetivas…. E elas exercem efeito notável ao serem apresentadas ao público em reivindicação da verdade. Usa-as o Senhor para impressionar as mentes. Fui instruída clara e nitidamente quanto a deverem usar-se quadros na apresentação da verdade. E essas ilustrações devem tornar-se ainda mais impressivas por meio das palavras que mostram a importância da obediência.” Evangelismo, p.20
“O uso de quadros é muitíssimo eficaz para explicar as profecias referentes ao passado, presente e futuro. Devemos, porém, tornar o nosso trabalho tão simples e econômico quanto possível. Deve a verdade ser explicada com simplicidade.” Ibid.
Princípio 8: A oração é o segredo do sucesso.
“Há necessidade de muita oração. Aproximar-se de Deus em comunhão, significa aproximar-Se Deus da alma que O está buscando. Deve haver maior consagração do coração e da vida ao serviço de Deus.” Testemunho para Ministros, p. 251.
Texto de Autoria de Emílio Abdala, publicado no site Missões Urbanas.