“Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela.” (Mateus 7:13-14)
Nenhum cristão que estude diligentemente Apocalipse 16:13 e 14 pode nutrir alguma dúvida quanto ao cenário que aguarda o povo de Deus pouco antes da segunda vinda de nosso Senhor. Identificar os personagens envolvidos no grande e último drama e a verdadeira natureza do conflito é apenas parte de uma investigação que deve necessariamente incluir seu glorioso desfecho.
Cumpre-nos, porém, tecer mais alguns comentários sobre o espírito por trás do discurso consensual globalista e como cristãos professos estão aderindo a ele.
O agente aglutinante revelado
A profecia aponta para uma busca de consenso em nível global entre os poderes religiosos e político-econômicos do mundo inteiro com base em interesses e valores compartilhados, e revela que, em última instância, o agente aglutinante que permeia esses poderes não é outro senão o próprio Satanás, o qual está decidido a unir o mundo numa confederação poderosa e, aparentemente, indestrutível contra Cristo e Sua igreja. Diz a Escritura:
Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso. (Apocalipse 16:13-14)
A palavra profética não antecipa um mundo dividido, mas um mundo unido ou que espera alcançar plena unidade em nome de conceitos universalmente aceitos, embora do ponto de vista das Escrituras essa união não seja nem orgânica nem permanente, mas relativa e transitória (Daniel 2:41-44; Apocalipse 17:13-14; 19:11-16). À frente desse empreendimento iníquo, cuja natureza e intenção são claramente reveladas, está Satanás e seus asseclas operando mediante seus três principais agentes – o dragão, a besta e o falso profeta -, a fim de amalgamar todas as nações para o último grande confronto entre o bem e o mal (Apocalipse 16:16).
O dragão é o primeiro agente de transformação global mencionado na profecia, e não sem motivo. Em Apocalipse 12:9, ele é identificado como a “antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo”. No contexto de Apocalipse 16:13, esse ardiloso inimigo da verdade é representado pelas filosofias religiosas puramente satânicas que têm atravessado as eras, e de cujos mistérios – sobre os quais “o só referir é vergonha” (Efésios 5:12) – grupos como a Maçonaria, a Ordem Rosa-Cruz e a Sociedade Teosófica tornaram-se fiéis depositários e promotores.
E parece não existir melhor maneira de preservar e comunicar tais mistérios do que por meio de símbolos.
Manly P. Hall, em The Secret Teachings of All Ages, observa:
O simbolismo é a linguagem dos mistérios… Por símbolos, homens já procuraram comunicar uns aos outros os pensamentos que transcendem as limitações da linguagem. Rejeitando dialetos concebidos pelo homem como inadequados e indignos de perpetuar ideias divinas, os Mistérios escolheram, portanto, o simbolismo como um método muito mais engenhoso e ideal de preservar seu conhecimento transcendental. Em uma única figura, um símbolo pode tanto revelar como ocultar, pois para o sábio o tema do símbolo é óbvio, enquanto que para o ignorante a figura permanece inescrutável. Assim, o que busca desvendar a doutrina secreta da antiguidade deve procurá-la não sobre as páginas abertas de livros que possam cair nas mãos do indigno, mas no lugar onde ela foi originalmente escondida. (1)
Um símbolo pelo qual o diabo frequentemente se faz representar é chamado Ouroboros – uma figura mitológica presente em diversas culturas e em sociedades secretas, como a Maçonaria, e que, entre outras aplicações, refere-se à serpente bíblica do Jardim do Éden. (2) Segundo o Dicionário de Símbolos, de J.E. Cirlot, Ouroboros aparece principalmente entre os gnósticos e é descrito como um dragão, cobra ou serpente devorando a própria cauda. Pode ser encontrado no Codex Marcianus (do século II d.C.) e também na lenda grega Hen to Pan (o Um, o Todo), que explica como o seu significado abrange todos os sistemas cíclicos (unidade, multiplicidade e o retorno à unidade, etc.). Além disso, em virtude de seu corpo ser representado algumas vezes como sendo metade luz e metade escuridão, Ouroboros alude também ao “equilíbrio sucessivo do princípio de oposição como ilustrado no signo chinês Yang-Yin“. (3)
Sobre o princípio hermético da dualidade e da compreensão que os egípcios tinham a respeito de seu papel na harmonia do mundo, George R. Scott escreve em Phallic Worship:
O reconhecimento da existência de duas forças opostas ou contrastantes, e, da mesma forma, da necessidade de sua existência, parece ter sido ecumênico na sociedade primitiva. Os egípcios, entre os quais o obelisco e a pirâmide foram mais frequentemente empregados em tais papéis simbólicos, consideravam que havia dois poderes opostos no mundo agindo perpetuamente um contra o outro; um, Osíris, gerando, e o outro, Typhon, destruindo. Pelo conflito entre essas duas forças, ou divindades, esta mistura do bem e do mal, da procriação e dissolução, que, segundo alegavam, criava a harmonia do mundo, deveria ser produzida. De acordo com Plutarco, a ideia de uma mistura tão essencial das forças recíprocas remonta a uma antiguidade imemorial, sendo derivada dos primeiros teólogos e legisladores, não só nas tradições e relatos, mas também nos mistérios e ritos sagrados, gregos e bárbaros. (4)
Assim, a ideia pagã de unidade, ou do retorno à unidade, e da mistura entre duas forças fundamentais opostas que tão somente se complementam, expressa em símbolos como Ouroboros, constitui o esteio sobre o qual o atual processo dialético do consenso se apoia, seja no âmbito religioso, social, ambiental ou até mesmo científico. (5) Essa filosofia ocultista originou-se nos enganos da “antiga serpente” e, desde então, tem sobrevivido nos diferentes ritos e símbolos que a representam.
Revendo as motivações do moderno ecumenismo
Se Apocalipse 16:13 e 14 não revelasse que a besta, símbolo do Catolicismo Romano (Apocalipse 13:1-10), e o falso profeta, símbolo do protestantismo apostatado (13:11-18), se aliariam ao dragão para seduzir todas as nações da Terra a unirem-se numa confederação contra Deus e Sua lei, seria impensável até mesmo cogitar que cristãos professos abraçariam uma causa dessa natureza, cuja origem e intenção são expostas pela Escritura.
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O logo da visita do papa Francisco às Filipinas. Os círculos ou braços pretendem simbolizar o “abraço misericordioso e compassivo do papa”, mas o modo como foram representados alude a Ouroboros, um símbolo que se alinha bem ao discurso conciliador de seu pontificado. |
No entanto, a evidência dos fatos demonstra o quanto esses cristãos nominais estão comprometidos com o modelo consensual globalista em formação. Mesmo porque eles têm partilhado não só as mesmas preocupações em face das várias crises que ameaçam o planeta, mas também crenças comuns, como a imortalidade inerente da alma e a observância do domingo, e um mesmo conceito de espiritualidade e adoração, todos de origem pagã.
Não impressiona, portanto, que em um recente evento ecumênico realizado em Washington, D.C., o “Together 2016” – segundo os seus organizadores, “um dia de oração, adoração e um chamado unificado para a mudança catalítica” (6) – o símbolo satânico de Ouroboros figurasse como logomarca do encontro, ostensivamente promovido em nome de Jesus! A mistura dos opostos, tão natural no ocultismo desde tempos imemoriais, está se tornando agora regra entre protestantes e evangélicos, e por uma razão muito simples: não é possível encontrar nos ensinos de Cristo a justificativa filosófica para iniciativas dessa natureza.
O próprio Salvador enfaticamente declara:
Supondes que vim para dar paz à terra? Não, eu vo-lo afirmo; antes, divisão. (Lucas 12:51)
Embora Cristo seja o Príncipe da Paz (Isaías 9:6) e tenha trazido Sua paz aos homens (João 14:27), qualquer pessoa que aceite a oferta da Graça e receba a Palavra de Cristo, imediatamente obtém a inimizade do mundo (João 17:14). Por isso, não se deve esperar que o mundo alcance harmonia mediante o evangelho eterno, pois a verdade, neste caso, é mais divisiva que aglutinante, e, portanto, nenhum cristão deveria procurar a paz por meio de arranjos com o mal, ou tampouco condescender com esse tipo de paz.
O apóstolo Paulo, escrevendo aos cristãos em Corinto, diz:
Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? (II Coríntios 6:14-16)
As perguntas retóricas de Paulo não deixam dúvida quanto à resposta, e não necessitam de interpretação. No entanto, cristãos professos têm negligenciado essas palavras inspiradas, descendo ao Egito em busca de refúgio (Isaías 30:1-2) e unindo-se a um discurso de paz, uma paz que o mundo não pode oferecer.
Consideremos, então, a presença de Ouroboros no “Together 2016”. Como é de conhecimento de todo o designer gráfico, nenhuma logomarca é desenvolvida aleatoriamente. Há sempre um significado, uma mensagem que se procura transmitir por meio dos símbolos. E se observarmos bem, a letra “O” estilizada da palavra “Together” é uma alusão intencional ao símbolo pagão de Ouroboros, e o seu uso em um evento ecumênico que confundiu o sagrado com o comum faz todo o sentido, uma vez que Ouroboros representa, entre outras coisas, a unidade ou o retorno à unidade, sem distinção entre o santo e o profano. Apesar de ter sido realizado em nome de Jesus, “Together 2016” foi inspirado em um conceito ocultista, que nada tem em comum com os ensinos de nosso Salvador.
Ademais, esse evento ecumênico foi realizado diante do Monumento a Washington, um obelisco localizado no centro do National Mall, em Washington, D.C, o que é bastante simbólico. Conforme observado acima, o obelisco estava entre os símbolos pelos quais os egípcios representavam duas forças opostas e contrastantes, de cuja mistura resultava a harmonia do mundo, como eles a concebiam. Mas o obelisco possuía também um significado sexual. Segundo Charles G. Berger, “todos os pilares ou colunas tinham originalmente um significado fálico, e, portanto, eram considerados sagrados”. Muitos símbolos do masculino são objetos cilíndricos longos erguidos verticalmente, e, assim, era natural que o falo ereto fosse o padrão predominante do simbolismo fálico, como é o caso do obelisco. (7)
É uma ironia blasfema que um evento organizado em nome de Jesus tenha sido promovido a partir de um símbolo pagão de unidade e renascimento usado como logomarca (o que parece razoável em vista da proposta do encontro), e diante de um Monumento fálico que expressa ideias religiosas aviltantes, as quais envergonhariam até mesmo os crentes mais liberais. (8) Entretanto, tendo em vista o espírito e os valores que permeiam eventos dessa natureza e os interesses escusos ocultos sob uma aparência de piedade, é profundamente emblemático o modo como tudo aconteceu.
No espaço virtual Patheos.com – segundo o próprio site, “o principal destino online para se engajar no diálogo global sobre religião e espiritualidade e para explorar e experimentar as crenças do mundo” -, Jazon Pitzl-Waters escreve:
Embora o conceito inter-religioso, a interação construtiva entre representantes de diferentes religiões, seja realmente antiga, sua concepção moderna foi em grande parte gerada pelo Parlamento Mundial das Religiões de 1893 (renomeado Parlamento das Religiões do Mundo, em tempos mais recentes), onde representantes das religiões “orientais” (Hinduísmo, Taoismo, Jainismo, Budismo) estabeleceram contatos com representantes das tradições “ocidentais” do Cristianismo e do Judaísmo. […]
Hoje, o movimento inter-religioso moderno continua seu trabalho para pôr um fim às perseguições religiosas, seja pela espada ou pela pena, e os pagãos modernos têm desempenhado um papel integrante na sua formação. Os pagãos servem atualmente no Conselho para um Parlamento das Religiões do Mundo, desempenham funções importantes dentro da Iniciativa das Religiões Unidas (URI), e participam em vários conselhos inter-religiosos regionais. Em alguns casos, os pagãos podem envolver-se em tipos de diálogo inter-religioso que fiéis mais convencionais não podem… (9)
Em face dos problemas mundiais, porém, o diálogo inter-religioso tem avançado um estágio à frente, para uma cooperação inter-religiosa efetiva, como demonstra Rick Warren, Pastor da mega-igreja de Saddleback, na Califórnia, em seu esforço para mobilizar igrejas ao redor do mundo para combater as mazelas espirituais e sociais que ele chama de os “cinco gigantes globais” (vazio espiritual, liderança corrupta, pobreza, doenças e analfabetismo). Desse modo, Warren demonstra mais interesse na cooperação inter-religiosa, “em coisas que envolvem todos os seres humanos, independentemente do que acreditamos”. (10) A despeito das boas intenções manifestas, não é preciso explicar a perturbadora implicação de sua política.
O grande perigo por trás do senso comum
Quando Mikhail Gorbachev escreveu que “a busca por um novo paradigma deve ser a busca pela síntese, pelo o que é comum e une pessoas, estados e nações, em vez do que os divide”, ele mesmo esclareceu que a busca por tal síntese deve ter, como primeira condição, “um retorno aos valores humanos bem conhecidos que foram incorporados aos ideais das religiões do mundo”. (9) Entre as religiões que incorporaram esses valores humanistas, figuram o catolicismo e o protestantismo quase que em sua totalidade, os quais têm desempenhado um papel determinante na formação de uma religião mundial juntamente com os grupos ocultistas.
No site da Lucis Trust, originalmente Lucifer Publishing Company, (11) editora da Sociedade Teosófica, encontramos o seguinte:
Hoje, lentamente, o conceito de uma religião mundial e da necessidade de sua emergência são amplamente desejados e trabalhados. A fusão de crenças é agora um campo de discussão. Os trabalhadores no campo da religião formularão a plataforma universal da nova religião mundial. É um trabalho de síntese amorosa e enfatizará a unidade e a comunhão do espírito. Esse grupo é, em sentido pronunciado, um canal para as atividades do Cristo, o Mestre do mundo. A plataforma de uma nova religião mundial será construída por muitos grupos, trabalhando sob a inspiração do Cristo.
Com a expressão “do Cristo”, os teosofistas se referem evidentemente a Lúcifer, a quem consideram o verdadeiro “Mestre do mundo”, o “anjo solar” que, num “ato de grande sacrifício”, trouxe luz e sabedoria ao homem. O texto conclui, dizendo:
Deus trabalha de muitas maneiras, por meio de muitos credos e agências religiosas; essa é uma das razões para a eliminação das doutrinas não essenciais. (12)
As doutrinas não essenciais que necessitam ser eliminadas em nome do bem comum e da nova religião mundial incluem as verdades inconvenientes da Bíblia, que exigem renúncia de si mesmo e do mundo e completa entrega a Cristo e obediência aos Seus mandamentos. A aceitação do evangelho eterno implica rompimento com os valores mundanos pela renovação da mente, e não conformidade com seus princípios (Romanos 12:2). O apelo à separação e à santidade é enfatizado ao longo de toda a Bíblia, e reverbera pela última vez na voz do anjo que ilumina a Terra com a sua glória:
Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos. (Apocalipse 18:4)
Separação, porém, é um termo herético para os promotores do consenso, como demonstram as seguintes palavras de Alice Bailey, uma das herdeiras da escola teosófica fundada por Madame Blavatsky:
Assim, os objetivos e esforços expressos das Nações Unidas eventualmente conduzirão à fruição e a uma nova igreja de Deus, reunida de todas as religiões e grupos espirituais, os quais se unirão para pôr um fim à grande heresia do separatismo. Amor, união e o Cristo ressuscitado estarão presentes, e Ele demonstrar-nos-á a vida perfeita. (13)
Enquanto Deus diz: “Retirai-vos dela [de Babilônia mística]”, “Separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei” (Apocalipse 18:4; II Coríntios 6:17, cf. Isaías 52:11), os construtores da nova torre de Babel dizem: “Vamos nos unir ‘para pôr um fim à grande heresia do separatismo’, em nome de ‘uma nova igreja de Deus'”! O fundamento dessa nova igreja encontra-se nas crenças ligadas ao Movimento Nova Era, como a espiritualidade global e o ensino centrado em Gaia, a Mãe-Terra, cuja influência está transformando o cenário religioso contemporâneo.
A menção de Alice Bailey ao papel das Nações Unidas na criação de uma religião mundial é particularmente reveladora, visto que a Nova Era é o segmento religioso mais bem representado nessa organização intergovernamental. Uma das figuras que mais contribuíram com as suas ideias para uma maior representatividade religiosa na ONU, em particular do Movimento Nova Era, foi Robert Muller, Sub-Secretário Geral das Nações Unidas durante quatro décadas.
Muller, conhecido como “Pai da Educação Global” e “Filósofo da ONU”, liderou a equipe de projeto para a Educação Global da UNESCO. (14) O Currículo Central Mundial que ele desenvolveu, usado como modelo de aprendizado em países em todo o mundo, foi inspirado na filosofia ocultista de Alice Bailey (15), e propõe uma educação em cidadania planetária muito antes que uma criança aprenda sua identidade local ou nacional. Bailey publicou 22 livros entre 1919 e 1949, 19 dos quais “escritos” por seu mestre espiritual, Djwhal Khul, inclusive os que influenciaram Muller e a própria UNESCO. Sua mensagem é a paz mundial, a unidade de todas as religiões e a dedicação à humanidade, em harmonia com os objetivos da Sociedade Teosófica de Blavatsky, destinada a “reconciliar todas as religiões, seitas e nações sob um sistema comum de ética”.
Julian Huxley, o primeiro diretor-geral da UNESCO e irmão do famoso escritor Aldous Huxley (16), afirmou o seguinte com respeito ao objetivo e à filosofia desse organismo da ONU:
A tarefa que está diante da UNESCO é necessária e oportuna e, apesar de todos os múltiplos detalhes, é simples.
A tarefa é favorecer o aparecimento de uma única cultura mundial, com sua própria filosofia e pano de fundo de ideias, e com o seu próprio propósito amplo. Isso é oportuno, pois é a primeira vez na história que a plataforma e os mecanismos para unificação mundial se tornaram disponíveis, e também a primeira vez que o homem dispõe de meios… de promover o bem-estar físico mínimo de toda a espécie humana em uma escala mundial. (17)
Muller também foi profundamente influenciado pelo jesuíta francês, Pierre Teilhard de Chardin, cujas ideias anteciparam temas comuns discutidos atualmente pelos escritores da Nova Era. Barbara Marx Hubbard, por exemplo, referiu-se a ele como “um padrinho espiritual da evolução consciente”. (18) Em Christianity and Evolution, Teilhard escreveu:
Uma convergência geral das religiões com base em um Cristo universal que fundamentalmente satisfaça todas elas: parece-me a única conversão possível do mundo, e a única forma em que a religião do futuro pode ser concebida. (19)
Não surpreende, pois, que Robert Muller tenha apoiado entidades globalistas como a Iniciativa das Religiões Unidas (URI, na sigla em inglês), que aspira ser uma “ONU” das religiões, “uma organização para o bem global enraizada em valores espirituais compartilhados”. (20) Ele, porém, não é o único. Lee Penn observa que, além de Robert Muller, nomes como Neale Donald Walsch, famoso autor metafísico, e a já citada Barbara Marx Hubbard, cientista política e escritora norte-americana, presidente da Fundação para a Evolução Consciente, figuram como defensores proeminentes da URI.
Estes autores da Nova Era inspiraram-se na Teosofia, um movimento espiritual oculto que está em vigor desde 1875, com a fundação da Sociedade Teosófica em Nova York por Helena Blavatsky. A Lucis Trust (discípulos de Alice A. Bailey, uma escritora teosofista de meados do século 20) e outros teosofistas e ocultistas constam como patrocinadores da URI. (21)
Diante de tudo isso, é de grande significação que o ex-presidente israelense Shimon Peres tenha proposto que o papa Francisco presida uma “Organização das Religiões Unidas, a ONU das religiões”. Ele explicou que o “Santo Padre é um líder respeitado por pessoas de várias religiões. Por isso, tive essa ideia que propus a Francisco”. Peres considera que a ONU é “um organismo político, mas não tem a convicção que as religiões geram”, razão porque qualquer declaração do seu secretário-geral “não tem a força, nem a eficácia de qualquer homilia do papa, que reúne meio milhão de pessoas na Praça de São Pedro”. (22)
É um fato notável como e quão rápido os diferentes atores envolvidos na construção de uma nova ordem estão se articulando em cumprimento à palavra profética. Nós estamos testemunhando a formação de um mundo completamente diferente, unido contra Cristo e Seu povo, um sinal inequívoco de que o grande Dia do Senhor está próximo.
Eliminando os “germes infecciosos”
O leitor não deve deixar-se seduzir pela aparência de piedade do discurso globalista. Sob o verniz dos valores virtuosos que proclama e dos programas de cooperação global que gerencia, há um espírito ardiloso e perverso que não visa nada mais que o controle absoluto do mundo. É oportuno lembrar, aliás, que a aparência de piedade é a última e mais perigosa característica apresentada na lista de Paulo sobre os males e corrupções dos últimos dias, o que levou o apóstolo a exortar com justificada veemência: “Foge também destes” (II Timóteo 3:1-5).
Sociedades iniciáticas, sejam elas secretas ou não, têm, grosso modo, dois objetivos básicos: (1) preservar e difundir um sincretismo filosófico e religioso marcadamente pagão e anticristão; e (2) promover uma revolução de alcance global fundamentada nesses valores, entendendo-se revolução como uma mudança radical da ordem social vigente promovida por uma elite que dispõe de meios para isso, não importando o custo. Alice Bailey escreve:
Esse segundo grupo [dos “discípulos e iniciados”] implementará a nova religião; no tempo de sua vinda, a autoridade das antigas atividades teológicas terá sido completamente destruída; o Judaísmo terá desaparecido rapidamente; o Budismo será difundido e se tornará cada vez mais dogmático; o Cristianismo estará em um estado de divisões e convulsões caóticas. Quando isso ocorrer, e a situação agravar-se o bastante, o Mestre Jesus dará certos passos iniciais para reaver o comando de Sua Igreja; Buda enviará dois discípulos treinados para reformar o Budismo; outras etapas também serão cumpridas nessa área das religiões e da educação, sobre as quais Cristo governará, e Ele agirá para restaurar os antigos marcos espirituais, para eliminar o que não é essencial, e reorganizar todo o campo religioso – mais uma vez, em preparação para a restauração dos Mistérios. Esses Mistérios, uma vez restaurados, vão unificar todas as fés. (23)
Assim, segundo Alice Bailey, o aparecimento do (falso) cristo (sem dúvida, um evento previsto na profecia de nosso Salvador em Mateus 24:24) vai determinar a restauração dos “antigos mistérios” e a consequente eliminação do “que não é essencial”. Não se pense, porém, que esse descarte se refira apenas às questões doutrinárias. Em outra passagem reveladora, Bailey afirma (note as palavras):
Para muitos de vocês, por exemplo, a Primeira Guerra Mundial foi um desastre supremo, uma agonia a ser evitada no futuro a qualquer custo, um acontecimento horrendo, um indicativo da maldade do homem e da incrível indiferença cega de Deus. Para nós, no aspecto interior, a Guerra Mundial foi de natureza de uma grande intervenção cirúrgica feita em um esforço para salvar a vida do paciente. Um violento germe e infecção estreptocócicos havia ameaçado a vida da humanidade (falando em símbolos), e uma operação foi feita a fim de prolongar a oportunidade e salvar a vida, não a forma. Essa operação foi, no geral, bem sucedida. O germe, certamente, não foi erradicado e faz sentir a sua presença em áreas infectadas no corpo da humanidade.
Outra operação cirúrgica pode ser necessária, não para destruir e acabar com a civilização atual, mas para dissipar a infecção e livrar-se da febre. Isso não deve, porém, ser difícil, pois um processo de dissipação, distribuição e absorção vem ocorrendo e pode revelar-se eficaz. Vamos trabalhar para este fim. Contudo, ao mesmo tempo, nunca esqueçamos que o importante é a vida, seu propósito e seu destino intencional conduzido; e também, quando uma forma prova-se inadequada, ou muito enferma, ou muito aleijada para a expressão desse propósito, não é nenhum infortúnio – do ponto de vista da Hierarquia – quando essa forma tiver que partir. A morte não é uma desgraça a ser temida; a obra do Destruidor não é realmente cruel ou indesejável. (24)
O leitor percebe as implicações do que é dito aqui? Não é surpresa, portanto, que o já citado Robert Muller tenha declarado:
Os sistemas de crença inflexíveis [do fundamentalismo] desempenham um papel incendiário nos conflitos globais. A paz será impossível sem a domesticação do fundamentalismo por meio das Religiões Unidas, que professam fidelidade somente à espiritualidade global e à salvação do planeta. (25)
Note que as Religiões Unidas é a organização capaz de “domesticar” o fundamentalismo (e aqui é importante sublinhar que esse fundamentalismo diz respeito, antes de tudo, aos cristãos que ainda creem na Bíblia como a toda suficiente regra de fé e prática). Sua fidelidade não é para com os mandamentos de Deus e a fé em Jesus (Apocalipse 14:12), mas para com a espiritualidade global que vê todas as crenças religiosas como igualmente válidas. Nesse cenário, as palavras de nosso Senhor, “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6), tornam-se bastante impopulares e politicamente incorretas, a ponto de justificarem contra Seus fiéis seguidores medidas mais rigorosas.
Barbara Marx Hubbard refere-se aos fundamentalistas como um atraso ao progresso da Nova Ordem Mundial e da evolução do Universo em direção à divindade, uma evolução que, segundo ela, só pode ocorrer em condições de paz. No manuscrito original de seu livro, The Book of Co-Creation, Hubbard registrou a informação que foi canalizada por ela mediante seu espírito-guia – “… o Cristo-luz que habita em cada um de nós”.
Nesse manuscrito, ela explicou o significado de Apocalipse 6:8 de uma perspectiva ocultista. Hubbard observou que um quarto das pessoas do mundo tem a capacidade de evoluir para um plano superior de consciência, que metade da população se une à nova ordem social que está sendo planejada, mas que um quarto não está disposto a evoluir; são “sementes defeituosas”. Note o teor de suas palavras:
A humanidade não será capaz de fazer a transição para uma vida universal até que o joio seja separado do trigo. O grande ceifeiro deve colher antes que possamos dar o salto quântico para a próxima fase da evolução… Fora do espectro completo da personalidade humana, um quarto está escolhendo transcender com todo o seu coração, mente e espírito… Um quarto é resistente à escolha. Eles não se sentem atraídos pela eterna evolução da vida. O seu eu superior é incapaz de penetrar a densidade de seus sentidos de mamíferos. Eles não podem ser alcançados… São sementes defeituosas… Agora, quando nos aproximamos da enorme mudança de criatura humana para co-criador humano… a quarta parte destrutiva deve ser eliminada… Felizmente, vocês, caros amados, não serão responsáveis por esse ato. Estamos no comando do processo de seleção de Deus para o planeta Terra. Ele seleciona, nós destruímos. Somos os cavaleiros do cavalo amarelo, a Morte. (26)
O leitor deve notar que essas declarações não provêm de pessoas desqualificadas e obscuras, cujas ideias não devem ser levadas a sério, mas de formadores de opinião respeitados e reconhecidos mundialmente. Suas declarações revelam, afinal, a razão última do processo de construção de consenso, cuja fachada das boas intenções não permite discernir.
A teosofista Natalie N. Banks, em seu livro The Golden Thread, afirma:
Podemos achar que é difícil perceber que, apesar das condições instáveis e muitas vezes caóticas do mundo, estamos sob uma direção secreta e beneficente de natureza profundamente espiritual. Algumas pessoas vão percebê-la como a orientação da Hierarquia durante as décadas mais difíceis do planeta; outras, no entanto, podem chamar-lhe o Amor de Deus manifestando-se de maneiras muito estranhas, pois os efeitos das influências da nova era sobre as mentes dos irracionais são obviamente perturbadores. São os ensinamentos esotéricos, mesmo suas declarações mais simples, que dão a garantia de que estamos realmente experimentando a preparação para um renascimento espiritual.
Olhando sob a superfície efervescente dos eventos externos, tomamos consciência do movimento que se expande para a eliminação do separatismo sectário e uma crescente aversão à confiança na rigidez da doutrina e do dogma. Ao mesmo tempo, há uma busca intensificada por uma compreensão mais profunda dos ensinamentos secretos e sua aplicação aos enormes problemas de hoje. (27)
O ocultismo moderno, cujo verdadeiro caráter se torna patente por meio de declarações como essas, exige uma mudança de paradigma, um novo mundo e uma nova igreja concebidos à sua imagem e semelhança a partir de suas crenças peculiares. E são precisamente essas crenças que orientam o atual discurso do consenso, cujas promessas destinam-se somente àqueles que aceitarem suas falsas reivindicações.
A última fronteira da nova espiritualidade
O que pensar, porém, quando cristãos nominais, que professam fidelidade somente a Cristo e à Sua Palavra, aderem a esse mesmo discurso em nome de ideais profundamente enraizados, como o amor, a paz, a tolerância recíproca e o bem comum, contaminando-se, não obstante, com os conceitos e práticas dos “servidores do mundo” e, finalmente, unindo-se a eles em sua rebelião declarada contra Deus e contra Seu povo? Apesar de chocante, não é surpreendente que tal aconteça, pois assim o revela a profecia de nosso Senhor Jesus por intermédio de Seu servo João, em Apocalipse 16:13 e 14.
Brian McLaren, Pastor da Igreja da Comunidade de Cedar-Ridge, na região de Washington-Baltimore, declarou:
Se for para termos um novo mundo, precisamos de uma nova igreja. Não necessitaremos uma nova religião em si, mas de uma nova estrutura para nossa teologia. Não um novo Espírito, mas uma nova espiritualidade. (28)
A nova igreja ou nova espiritualidade (apenas outro nome para a Nova Era), com sua nova estrutura teológica, não deriva naturalmente dos ensinos da Bíblia, mas, como temos enfatizado, do misticismo que orienta o processo de construção do consenso.
O deão episcopal da Grace Cathedral, em São Francisco, Alan Jones, escreveu:
Eles [os místicos] perceberam que havia uma tarefa mais profunda e potencialmente aterrorizadora do autoconhecimento. O conhecimento de Deus e o conhecimento de si mesmo eram lados da mesma moeda. Era um conhecimento que não tinha fim… Aqueles que estão em um caminho espiritual compartilham essa visão do caráter universal e sem fim da nossa jornada para e em Deus.
O princípio é que todas as coisas são luzes que guiam nosso caminho… O que impede nossa busca pelos fatos de se tornar confusa? A descoberta de uma forma mais elevada de conhecimento. (29)
Merval Rosa, eminente professor de confissão cristã, afirmou:
O misticismo, portanto, pode ser uma das experiências mais enriquecedoras… A experiência mística mostra que o único critério da verdade não é a consciência racional e lógica… A experiência mística abre a porta da possibilidade para outra ordem de verdade na qual podemos acreditar. (30)
Misticismo como experiência enriquecedora? Valorização da experiência mística e do conhecimento intuitivo em detrimento da consciência racional e lógica? Outra ordem de verdade igualmente válida? Percebe o que essas expressões significam? São conceitos provenientes do ocultismo, os quais têm entusiasmado muitos cristãos professos! E não devemos iludir-nos, imaginando que a igreja remanescente de Deus encontra-se imune a esses conceitos universalmente aceitos.
Marcos De Benedicto, mestre em Teologia Bíblica pelo Unasp e doutor em Ministério pela Andrews University, nos Estados Unidos, definiu espiritualidade da seguinte forma:
Espiritualidade é a busca pelo significado último da vida, a fim de encontrar um lugar prazeroso para o eu no Universo e dançar no ritmo das estrelas. (31)
Com efeito, conforme observa Vanderlei Dorneles, o maior desafio para os cristãos bíblicos no terceiro milênio talvez não seja o ateísmo secular, mas uma religiosidade cultural, latente, que se manifesta de forma vaga e inquieta, com atitudes primitivas, e independente da tradição, das instituições e dos dogmas. (32)
No que tange à concepção ocultista de mudança, poucos forneceram uma ideia melhor sobre a medida da extensão de sua influência no meio cristão do que Rick Warren. Ele escreveu (note as palavras):
Estou dizendo que algumas pessoas terão que morrer ou sair. Moisés teve que vagar pelo deserto durante 40 anos, enquanto Deus matou um milhão de pessoas antes de deixá-lo partir para a Terra Prometida. Isso pode parecer brutalmente franco, mas é verdade. Pode haver pessoas em sua igreja que amam a Deus sinceramente, mas que nunca, nunca mudam. (33)
Está claro que esses cristãos não estão se unindo apenas com base nos problemas de ordem moral, religiosa, social e ambiental que afligem nosso mundo, mas também a partir de conceitos comuns, como a mudança para um novo paradigma religioso, politicamente correto, que favoreça uma experiência existencialista com Deus e esteja, portanto, em harmonia com a espiritualidade global.
O teólogo e filósofo cristão, Francis Schaeffer, observa perceptivamente:
O atual abismo entre as gerações ocasionou-se quase que totalmente de uma alteração do conceito de verdade.
Por onde quer que você olhe hoje em dia, é o novo conceito que domina. O consenso ao nosso redor é praticamente unânime, não importa se olhamos para as artes, literatura, ou simplesmente lemos os jornais e revistas… Podemos sentir por todos os lados as impressões desta nova metodologia – e por “metodologia” estamos querendo dizer o modo pelo qual nos aproximamos da verdade e do conhecimento…
O trágico de nossa presente situação é que homens e mulheres estão sendo profundamente afetados por esta nova forma de encarar a verdade e nem sequer pararam para analisar a mudança que estava acontecendo. Os jovens nos lares cristãos são educados de acordo com o velho paradigma da verdade. E então, passam a estar sujeitos à estrutura moderna. Com o tempo ficam confusos por não conseguir compreender as alternativas que lhes estão sendo apresentadas. A confusão transforma-se em revolta e, antes que eles se deem conta, estão completamente rendidos. Infelizmente, isto não vale apenas para pessoas jovens, mas também para muitos pastores, educadores, evangelistas e também missionários cristãos. (34)
Temos, assim, exposto o fato de que as igrejas nominalmente cristãs estão se convertendo em agentes de transformação social, distorcendo a verdade em benefício do processo dialético do consenso e moldando a mentalidade de seus membros de acordo com os princípios globalistas. Eles podem manter sua religião, mas devem ajustar sua atitude com relação a outras religiões. A mudança está ocorrendo, mas ela não visa uma renovação da mente pela separação do mundo (Romanos 12:2), a não ser uma mudança a partir da perspectiva do mundo, incitando a igreja a inclinar-se na direção em que o vento sopra.
Falsos pastores, adestrados na liderança e administração voltadas para resultados imediatos, embevecidos por crenças espúrias provenientes do ocultismo, estão levando suas ovelhas ao caminho largo da nova ordem mundial, muito longe do antigo caminho estreito que conduz à vida. Como observa Berit Kjos, nessa nova igreja, o pensamento de grupo, a contemporização, a solução dos conflitos, o processo dialético e o consenso facilitado estão na moda. O caminho de Deus parece intolerante demais para se adequar aos sistemas gerenciáveis do novo milênio. (35)
Contra essa liderança profundamente comprometida com os agentes de mudança que procuram popularizar o cristianismo para sua vantagem, pesa a advertência de Deus por intermédio de Seu profeta:
Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! – diz o Senhor. Portanto, assim diz o Senhor, o Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e delas não cuidastes; mas eu cuidarei em vos castigar a maldade das vossas ações, diz o Senhor. (Jeremias 23:1-2)
Podemos estar certos de que os arranjos que têm sido feitos no sentido de integrar as igrejas cristãs ao modelo consensual globalista e sua articulação com os poderes políticos do mundo constituem um sinal inequívoco de que o grande Dia do Senhor está próximo. Há apenas dois ajuntamentos em curso agora: um diz respeito ao último apelo divino, à queda moral de Babilônia mística e à advertência final de Cristo (Apocalipse 14:6-12, 18:4); o outro se refere a um conluio entre o ocultismo, o catolicismo e o protestantismo apostatado, cujos agentes aglutinantes que operam nos bastidores são Satanás e seus anjos (Apocalipse 16:13-14). Trata-se da mais solene decisão escolher de que lado do conflito nós estamos.
Notas e referências
1. Manly P. Hall. The Secret Teachings of All Ages (1928), p. 38.
2. http://www.dicionariodesimbolos.com.br/ouroboros/
3. J.E. Cirlot. A Dictionary of Symbols. Second Edition. London: Routledge & Kegan Paul, 1971, p. 48 e 246.
4. George R. Scott. Phallic Worship: A history of sex and sex rites in relation to the religions of all races from antiquity to present day. T. Werner Laurie, 1941, p. 86.
5. Com respeito à influência insidiosa das filosofias místicas na esfera científica, Martin Erdmann, do Patrick Henry College, em um artigo publicado no European Journal of Nanomedicine, sob o título “The Spiritualization of Science, Technology, and Education in a One-World Society” (2009, vol. 2, p. 31-38), argumenta que o fundamento racional e moral para o desenvolvimento da ciência e tecnologia fornecido pelo Cristianismo ocidental tem sido fortemente contestado durante cerca de meio século por intelectuais influentes na Inglaterra e nos EUA. Estes veem no misticismo uma alternativa atraente à visão de mundo racional dos cientistas ocidentais. O Dr. Erdmann observa que a proposta de substituir um sistema de valores tradicionais embasados no pensamento analítico e racional por uma visão holística que imagina todos os aspectos da busca intelectual em consonância com as bases místicas do monismo (sistema filosófico que pretende reduzir o Universo a uma única realidade, a da energia cósmica) tem permitido o surgimento de uma comunidade global com um elevado sentido de espiritualidade cósmica que, supostamente, permeia toda a existência.
6. https://reset2016.com/about-together2016/
7. Charles G. Berger. Our Phallic Heritage. New York: Greenwich Book Publishers, 1966, p. 34 e 54.
8. Visto de cima, o monumento fálico em homenagem a George Washington, que era mestre maçom, forma um ponto dentro de um círculo. Sobre o verdadeiro significado desse símbolo maçônico, Jim Shaw escreve: “Os Maçons da Loja Azul são ensinados que o Ponto dentro de um Círculo representa o indivíduo Maçom (o Ponto), contido e restrito pela linha do limite de seu dever (o Círculo). Seu significado real, porém, é o falo posicionado dentro do princípio gerador do sexo feminino (órgão sexual) em união sexual, o ato culminante da adoração do deus Sol.” – Tim Shaw, Tom C. McKenney. The Deadly Deception: Freemasonry exposed by one of its top leaders paperback. Lafayette, LA: Huntington House, 1988, p. 144.
9. http://www.patheos.com/blogs/wildhunt/2012/01/modern-paganisms-role-in-interfaith.html
10. http://www.freerepublic.com/focus/f-religion/2051717/posts
11. https://www.lucistrust.org/arcane_school/talks_and_articles/the_esoteric_meaning_lucifer
12. https://www.lucistrust.org/world_goodwill/key_concepts/the_new_world_religion1
13. http://www.mysticknowledge.org/14-The_Destiny_of_Nations.pdf
14. http://www.robertmuller.org/rm/R1/Biography.html
15. “A filosofia subjacente na qual a Escola de Robert Muller é baseada será encontrada nos ensinamentos estabelecidos nos livros de Alice A. Bailey pelo Mestre tibetano Djwhal Khul… e no ensino de Morya, que figura nos livros da série da Agni Yoga.” – Rober Muller School, World Core Curriculum: Foundation, p. 1, em Lee Penn, False Down: The United Religions Initiative, Globalism, and the quest for a One-World Religion. Hillsdale, NY: Sophia Perennis, 2004, p. 314.
16. Martin Erdmann, em “The Spiritualization of Science, Technology, and Education in a One-World Society”, observa que Aldous Huxley nutria uma profunda aversão ao cristianismo. Em uma conversa com Timothy Leary, um ex-professor de psicologia na Universidade de Harvard e o homem à frente da contra-cultura Hippie, Huxley parecia confiante de que sua defesa de psicodélicos iria superar qualquer resistência às suas ideias de engenharia social em larga escala: “Estas drogas cerebrais, produzidas em massa nos laboratórios, vão trazer grandes mudanças na sociedade. Isso acontecerá com ou sem você ou eu. Tudo o que podemos fazer é espalhar a palavra. O obstáculo a essa evolução, Timothy, é a Bíblia”.
17. Julian Huxley. UNESCO: Its Purpose and its Philosophy. Preparatory Commission of The United Nations Educational, Scientific and Cultural Organisation, 1946, p. 61. Pascal Bernardin assinala que “uma mudança de valores constitui uma revolução – psicológica – muito mais profunda que uma revolução social”. “A revolução psicológica é veiculada, inicialmente, pelo sistema educacional. Muitos outros domínios são igualmente envolvidos nessa tarefa, tais como a mídia, a administração de empresas e a gestão de recursos humanos, os setores organizados da sociedade civil e mesmo as instituições religiosas, que se busca incluir no processo”. – Pascal Bernardin. Maquiavel Pedagogo – ou o ministério da reforma psicológica. Campinas, SP: CEDET, 2013, p. 44 e 153.
18. Lee Penn, op. cit., p. 286.
19. Pierre Teilhard de Chardin. Christianity and Evolution. San Diego, New York, London: Harvest Book, p. 130.
20. http://www.uri.org/files/resource_files/Engaging%20the%20Charter.doc.pdf
21. Lee Penn, op. cit., p. 7.
22. http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-09/shimon-peres-propoe-ao-papa-presidir-onu-das-religioes
23. Alice A. Bailey. The Externalisation of the Hierarchy. Lucis Trust, 1957, p. 304.
24. Alice A. Bailey. Education in the New Age. New York: Lucis Publishing Company, 1979, p. 111 e 112.
25. Lee Penn, op. cit., p. 184 e 185.
26. http://www.radioliberty.com/nlnov98.htm
27. Natalie N. Banks. The Golden Thread: The continuity of esoteric teaching. New York: Lucis Publishing Company, 1999, p. 40.
28. Brian D. McLaren. A New Kind of Christian. Jossey-Bass, 2001, orelha e páginas 14, 15 e 16.
29. Alan Jones. Reimagining Christianity. Hoboken: John Wiley & Sons, 2005, p. 83 e 78.
30. Merval Rosa. Psicologia da Religião. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 1971, p. 206 e 207.
31. Marcos De Benedicto. O Brilho da Vida: Experimente o poder de Deus em seu dia-a-dia. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2008, p. 93.
32. Vanderlei Dorneles. Cristãos em Busca do Êxtase: Adoração e espiritualidade no cenário atual. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2014, p. 39.
33. http://www.christianpost.com/news/what-to-do-when-your-church-hits-a-plateau-14129/
34. Francis A. Schaeffer. O Deus que Intervém. Editora Cultura Cristã, p. 21 e 22.
35. Berit Kjos. “A Infiltração Ocultista na Igreja Cristã Visando Destruí-la a Partir de Dentro”
Fonte: Três Mensagens
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