Sibutramina: Por que foi Proibida?

A sibutramina foi desenvolvida no final de 1980, sendo inicialmente utilizada como antidepressivo, foi constato que os pacientes ao fazer uso do medicamento apresentavam uma considerável perda de peso. Durante a pesquisa sobre o mecanismo de ação foi encontrado duas maneiras distintas de ação, a primeira reduz a vontade de comer promovendo aumento de saciedade bloqueando de maneira efetiva a recaptação de neurotransmissores, serotonina, dopamina e noraepinefrina. Com a manutenção destes neurotransmissores a níveis elevados o centro da saciedade se mantem ativado e o centro da fome inativo.

A segunda forma de ação do medicamento é prevenir a redução do gasto energético, ou seja manutenção do metabolismo acelerado por tempo prolongado favorecendo a redução de peso. Esta manutenção ocorre promovendo uma maior estimulação cerebral, age principalmente no centro do prazer, quando retirado o medicamento se torna um supressor do sistema nervoso central o que pode conduzir a depressão.

Não existe comprovação científica que o medicamento seja eficaz no tratamento de obesidade, em 2010, a EMEA (European Medicines Agency), recomendou a suspensão da venda de sibutramina, devido ao aumento do risco de acidentes cárdio vasculares, no Brasil a sibutramina foi proíbida pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por meio do Art.1º da Resolução RDC nº 47 de 2 de Junho de 2000.

Temos vivido em uma época onde buscamos soluções práticas para nossos problemas, mas quando falamos de saúde não existem atalhos para obter sucesso no tratamento, a ANVISA tem tomado providências para proibir medicamentos que não tem comprovações científicas do seu funcionamento, e onde os efeitos colaterais dos mesmos podem causar sérios danos a saúde. A sibutramina vinha sendo utilizada de forma indiscriminada, sem respeitar nenhum escrúpulo, este medicamento quando liberado deveria ser indicado para pacientes com IMC (índice de massa corporal) maior ou igual a 30kg/m2 classificados como obesos mórbidos ou pacientes com IMC maior ou igual a 27kg/m2 associado a um fator de risco como hipertensão, mas o interessante de tudo isso é que o medicamento aumenta o risco de problemas cardíacos (segundo a bula do medicamento) dentre eles a hipertensão.

Assistimos debates acirrados sobre o assunto onde grande parte da comunidade científica e a indústria farmacêutica são contras a decisão da ANVISA, enquanto uma pequeno grupo apoia a decisão, infelizmente a discussão tem girado em torno do lucro da indústria, do número de demissões que essa medida pode causar e das vantagens que deixarão de ser pagas pelas industrias ao médicos, mas e a saúde da população ou os gastos da previdência.

Durante estudos clínicos foram observados os seguintes efeitos colaterais: aumento de pressão, taquicardia, palpitações, vasodilatação, constipação, xerostomia (boca seca), dor de cabeça, insônia, parestesia (sensações cutâneas como: frio, calor, formigamento, pressão entre outros), lombalgia, náusea, dispepsia (dificuldade de digestão), sudorese, alteração do paladar, dismenorréia (cólica mestrual), alterações visuais. Houve um número significativamente maior de casos de infecção de ouvido, sinusite e resfriado comum entre pacientes usuários do medicamento em relação a usuários de placebo.

Ontem dia 07 de abril a ANVISA suspendeu em todo o país a fabricação, importação, distribuição, o comércio e uso dos produtos Quitosana e Quitosana associada a outros produtos das marcas Algas Regi, Sliminus e Fibratto; o motivo da proibição foi à presença da sibutramina em um produto que é considerado alimento e não medicamento.

A melhor maneira de evitar esses problemas é buscar levar uma vida saudável utilizando as coisas simples que Deus nos deu como forma de prevenir e tratar doenças.

Dr. Ricardo Vargas
http://www.twitter.com/nutrivargas

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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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