Um Dia Especial – Precisamos resgatar o princípio da guarda do sábado

O sábado não é um dia comum. Ezequiel 20:20 o apresenta como o grande sinal entre Deus e Seu povo. Ellen White deixa claro que ele é “a pedra de toque da lealdade” (EventosFinais, p. 193), e o próprio Cristo o apresenta como uma grande bênção ao ser humano (Mc 2:27).

No tempo de Cristo, os líderes religiosos o tornaram pesado demais. Eram 1.021 regras, o que fazia do sábado um peso e não uma bênção para o povo.

Precisamos refletir um pouco mais sobre a guarda do sábado. Não podemos correr o risco de sair do extremo do legalismo para o liberalismo, ou do excesso de regras para uma visão puramente pessoal do dia do Senhor. Não podemos permitir que o dia-adia torne comum o que Deus santificou.

Precisamos resgatar o princípio da guarda do sábado. O melhor meio para isso é voltar ao quarto mandamento da lei de Deus (Êx 20:8-11). Suas primeiras palavras apresentam esse princípio:”[…] Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus […].”

As palavras de Ellen White confirmam isso: “Não te esqueças por negligência: ‘Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra (Êx 20:9). Nesse tempo, devem-se realizar todos os deveres necessários ao preparo para o sábado” (Medicina e Salvação, p. 50).

Diante da orientação quanto ao quarto mandamento, basta fazer uma pergunta bem simples, antes de tomar alguma decisão: Levando em conta o que pretendo realizar, quem será beneficiado? Se o benefício é pessoal, então, um dos dos seis dias da semana é contemplado. Se o benefício está ligado a Deus e às questões espirituais, ele combina com o sábado.

Tenho me preocupado com a maneira com que o sábado tem sido tratado por alguns. Por exemplo:

Viagens particulares

O dia do Senhor não é tempo para viagens particulares. Elas atendem nosso interesse pessoal e seu lugar está nos seis dias da semana. Ellen White adverte: “Temo que muitas vezes empreendamos nesse dia viagens que bem poderiam ser evitadas. De conformidade com a luz que o Senhor nos tem concedido em relação com a observância do sábado, devemos ser mais escrupulosos quanto a viagens nesse dia. Para ir à igreja, que requer a nossa cooperação ou à qual devemos transmitir a mensagem que Deus lhe destina, pode tornar-se necessário viajar no sábado; mas sempre que possível devemos, no dia anterior, comprar a passagem e tomar todas as disposições necessárias. Quando empreendermos viagem, devemos esforçar-nos o possível por evitar que o dia da chegada ao destino coincida com o sábado” (Testemunhos Seletos, v. 3, p. 26).

Trabalho

O sábado é dia de descanso das atividades particulares. Não é dia de trabalho, mesmo que aparentemente justificável. O exercício de algumas profissões, sob o argumento do risco de vida e da emergência, leva ao enfraquecimento espiritual de algumas pessoas. Tudo começa com a racionalização de que se trata de serviço ao próximo e, no fim, vira rotina de trabalho. Por mais que alguns façam planos de doar para a igreja o valor recebido pelo sábado trabalhado, o que está realmente em jogo é a relação com Deus.

Almoçar fora ou comprar alimentos

Se não há um caso de emergência, esses hábitos também devem ser evitados, pois envolvem um tipo de negociação que não tem a ver com o sábado e um estilo de lugar que não tem conexão com a vida espiritual.

Dormir

O sábado é uma oportunidade para desfrutarmos descanso e tranqüilidade. Por outro lado, não podemos consumi-lo todo, ou quase todo, dormindo para recobrar as energias que queremos usar em nossos seis dias. Às vezes, ele é usado, em grande parte, para dormir, sobrando energia para fazer outras atividades à noite. Por que essa energia não é usada durante o sábado para servir à causa de Deus? Por que deixar de ir à igreja para ficar em casa dormindo? Será que faríamos isso com compromissos pessoais, durante a semana?

Horário do pôr-do-Sol

Esse é um momento que precisa ser fortalecido. Não podemos trabalhar até o último minuto e deixar de lado o culto de pôr-do-sol, começando o sábado na rua, na estrada, em arrumações ou de alguma outra maneira incompatível com a chegada do sábado. O culto de pôr-do-sol precisa ser aquele momento em que nos cumpre estar preparados para receber o dia do Senhor. Por mais que a vida de hoje seja agitada, não devemos permitir que a porta de entrada do sábado fique fechada.

Procuremos fortalecer o dia do Senhor em nossos lares e na igreja.

Texto de autoria de Ertön Köhler, presidente da Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista. Publicado na Revista Adventista de Dezembro/2008.


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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