Vida santificada

Nosso Salvador requer para Si tudo que há em nós; pede nossos primeiros e mais puros pensamentos, nossa mais pura e mais intensa afeição. Se somos realmente participantes da natureza de Deus, Seu louvor estará continuamente em nosso coração e nossos lábios. Nossa única segurança está em entregar nosso tudo a Ele e em estar constantemente crescendo na graça e no conhecimento da verdade. — Santificação, 95.

A santificação exposta nas Sagradas Escrituras tem que ver com o ser todo — as partes espiritual, física e moral. Eis a verdadeira idéia sobre a consagração perfeita. Paulo ora para que a igreja em Tessalônica possa desfrutar esta grande bênção: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. 1 Tessalonicenses 5:23.

Há no mundo religioso uma teoria de santificação que, em si mesma, é falsa, e perigosa em sua influência. Em muitos casos aqueles que professam santificação não possuem a genuína. Sua santificação consiste em um culto por palavras e em teoria. […]

Põem de lado a razão e o juízo, e confiam completamente em seus sentimentos, baseando suas pretensões à santificação nas emoções que em algum tempo experimentaram. São teimosos e perversos em incutir suas tenazes pretensões de santidade, proferindo muitas palavras, mas não produzindo nenhum fruto precioso como prova. Essas pessoas, professamente santificadas, estão, não somente enganando seu coração por suas pretensões, como também, exercendo uma influência para desviar a muitos que desejam ardentemente conformar-se com a vontade de Deus. Elas podem ser ouvidas a reiterar vez após vez: “Deus me dirige! Deus me ensina! Estou vivendo sem pecado!” Muitos dos que chegam em contato com este espírito, encontram um escuro, misterioso quê ao qual não podem compreender. Mas é isso que é inteiramente diferente de Cristo, o único verdadeiro padrão. — Santificação, 7, 9, 10.

A santificação é uma obra progressiva. Os passos sucessivos são postos perante nós nas palavras de Pedro: “Reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento: com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade: com a fraternidade, o amor. Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo”. 2 Pedro 1:5-8. “Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”. 2 Pedro 1:10, 11.

Eis aqui um procedimento pelo qual podemos ter certeza de que jamais cairemos. Aqueles que estão assim trabalhando sobre o plano de adição em obter as graças cristãs, terão a certeza de que Deus operará de acordo com o plano de multiplicação, em assegurar-lhes os dons de Seu Espírito. — Santificação, 94, 95.

A santificação não é obra de um momento, uma hora, ou um dia. É um contínuo crescimento na graça. Não sabemos em um dia quão forte será nossa luta no dia seguinte. Satanás vive e está ativo, e precisamos cada dia clamar fervorosamente a Deus por auxílio e força para resistir-lhe. Enquanto Satanás reinar, teremos de subjugar o próprio eu, teremos assaltos a vencer, e não há lugar de parada, nenhum ponto a que possamos chegar e dizer que o atingimos plenamente. […]

A vida cristã é uma constante marcha avante. Jesus Se coloca como refinador e purificador de Seu povo; e quando Sua imagem estiver perfeitamente refletida neles, eles estarão perfeitos e santos, e preparados para a trasladação. Exige-se do cristão uma obra perfeita. Somos exortados a purificar-nos “de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus”. 2 Coríntios 7:1. Aí vemos onde está a grande obra. Há um trabalho contínuo para o cristão. Toda vara da videira-mãe tem de tirar dela vida e força, a fim de dar fruto. João 15:4. — Testimonies for the Church 1:340.

Ninguém se engane com a suposição de que Deus o perdoará e abençoará, enquanto está pisando um de Seus mandamentos. A prática voluntária de um pecado conhecido silencia a testemunhadora voz do Espírito e separa de Deus a alma. Quaisquer que sejam os êxtases do sentimento religioso, Jesus não pode habitar no coração que desrespeita a lei divina. Deus apenas honrará àqueles que O honram. — Santificação, 92.

Quando Paulo escreveu: “O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo” (1 Tessalonicenses 5:23), não exortou seus irmãos a visarem uma norma que lhes era impossível atingir; não orou para que tivessem bênçãos as quais não era a vontade de Deus conceder. Ele sabia que todos os que hão de estar preparados para encontrar a Cristo em paz, precisarão possuir um caráter puro e santo Ler. 1 Coríntios 9:25-27; 1 Coríntios 6:19, 20. […]

O verdadeiro princípio cristão não pára a fim de pesar as conseqüências. Não pergunta: “Que pensará de mim o povo se eu fizer isto?” Ou “quanto afetará meus planos, se eu fizer aquilo?” Com o mais intenso anseio os filhos de Deus desejam saber o que Ele quer que façam, para que suas obras O glorifiquem. O Senhor tomou amplas providências para que o coração e a vida de todos os Seus seguidores possam ser controlados pela graça divina e sejam quais luzes ardentes e brilhantes no mundo. — Santificação, 39.

As verdadeiras evidências da santificação — Nosso Salvador era a luz do mundo; mas o mundo não O conheceu. Ele estava constantemente empenhado em obras de misericórdia, derramando luz sobre o caminho de todos; todavia, não chamava a atenção daqueles com quem Se misturava para que contemplassem Sua incomparável virtude, Sua renúncia, sacrifício e benevolência. Os judeus não admiraram tal vida. Consideravam Sua religião como sem valor, porque não concordava com sua norma de piedade. Julgaram que Cristo não era religioso em espírito ou caráter, porque a religião deles consistia em exibições, em orações públicas e em fazer obras de caridade por ostentação. […] O mais precioso fruto da santificação é a graça da mansidão. Quando esta graça reina no coração, a disposição é moldada por sua influência. Há uma contínua confiança em Deus e uma submissão da própria vontade à dEle. — Santificação, 14, 15.

Renúncia própria, sacrifício pessoal, benevolência, bondade, amor, paciência, magnanimidade e confiança cristã são os frutos diários produzidos por aqueles que estão verdadeiramente ligados com Deus. Seus atos podem não ser publicados ao mundo, mas eles mesmos estão diariamente lutando contra o mundo e ganhando preciosas vitórias sobre a tentação e o mal. Solenes votos são renovados e mantidos mediante a força ganha por fervorosa oração e constante vigilância. O ardente entusiasta não discerne as lutas desses silenciosos obreiros; mas os olhos dAquele que vê os segredos do coração notam e recompensam com aprovação cada esforço feito com renúncia e mansidão. É preciso o tempo de prova para revelar no caráter o ouro puro do amor e da fé. Quando dificuldades e perplexidades vêm sobre a igreja, então se desenvolvem o firme zelo e as profundas afeições dos verdadeiros seguidores de Cristo. […]

Todos os que entram na esfera de sua influência, percebem a beleza e fragrância de sua vida cristã, ao passo que ele próprio está inconsciente desta, visto estar ela em harmonia com seus hábitos e inclinações. Ele ora pedindo luz divina, e ama o andar nessa luz. É sua comida e bebida fazer a vontade de seu Pai celestial. Sua vida está escondida com Cristo em Deus; contudo, não se orgulha disto, nem parece ter disto consciência. Deus sorri para os humildes e meigos que seguem de perto as pisadas do Mestre. Os anjos são atraídos a eles e apreciam demorar-se ao seu redor. Eles podem ser passados por alto como indignos de consideração por aqueles que alegam exaltadas realizações e se deleitam em tornar preeminentes suas boas obras; mas os anjos celestiais curvam-se amavelmente sobre eles e são como uma parede de fogo ao seu redor. — Santificação, 11-13.

Daniel: um exemplo de vida santificada — A vida de Daniel é uma inspirada ilustração do que constitui um caráter santificado. Ela apresenta uma lição para todos, e especialmente para os jovens. Uma estrita submissão às ordens de Deus é benéfica à saúde do corpo e do espírito. A fim de atingir a mais elevada norma de aquisições morais e intelectuais, é necessário buscar sabedoria e força de Deus e observar estrita temperança em todos os hábitos da vida. […] Quanto mais irrepreensível a conduta de Daniel, tanto mais ódio ela despertava contra ele em seus inimigos. Eles se encheram de raiva, porque não puderam encontrar nada em seu caráter moral ou no desempenho de seus deveres sobre que basear uma queixa contra ele. “Então, estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus”. Daniel 6:5. — Santificação, 23, 43.

Que lição se apresenta aqui para todos os cristãos! Os sagazes olhos da inveja foram fixados sobre Daniel dia após dia; sua vigilância foi aguçada pelo ódio; contudo, nem uma palavra ou ato de sua vida puderam eles fazer com que parecesse mal. Todavia, ele não se orgulhava de santificação; mas fazia o que era infinitamente melhor — vivia uma vida de fidelidade e consagração. […]

O decreto é proclamado pelo rei. Daniel está a par do propósito de seus inimigos de o destruírem. Mas ele não muda sua maneira de proceder em um único pormenor. Com calma, executa seus costumeiros deveres e, na hora da oração, vai à sua câmara e, com as janelas abertas para o lado de Jerusalém, dirige suas petições ao Deus do Céu. Por seu procedimento, declara destemidamente que nenhum poder terreno tem o direito de interferir entre ele e seu Deus e dizer-lhe a quem deveria orar ou deixar de fazê-lo. Homem de princípios nobres! Ele se mantém ainda hoje perante o mundo como um louvável exemplo de coragem e fidelidade cristã. Volta-se para Deus com toda a alma, coração, conquanto saiba que a morte é a pena de sua devoção. […]

“Então, o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e o lançaram na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, Ele te livrará”. Daniel 6:15, 16.

Muito cedo, de manhã, o rei dirigiu-se apressadamente à cova dos leões e gritou: “Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?” Daniel 6:20. A voz do profeta foi ouvida em resposta: “Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o Seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dEle; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum”. Daniel 6:21, 22.

“Então, o rei muito se alegrou em si mesmo e mandou tirar a Daniel da cova; assim, foi tirado Daniel da cova, e nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus”. Daniel 6:23. Assim foi livrado o servo de Deus. E a armadilha que seus inimigos armaram para a destruição dele, provou-se ser para sua própria ruína. Por ordem do rei eles foram lançados na mesma cova e, instantaneamente, devorados pelos animais selvagens.

Ao aproximar-se o tempo para a terminação dos setenta anos do cativeiro, Daniel começou a preocupar-se grandemente a respeito das profecias de Jeremias. […]

Daniel não proclamava diante do Senhor sua própria fidelidade. Em vez de se confessar puro e santo, este honrado profeta se identificava com Israel, realmente pecador. A sabedoria que Deus lhe havia concedido era tanto maior que a dos grandes homens do mundo quanto a luz do Sol que brilha nos céus é mais resplendente do que a mais pálida estrela. Todavia, ponderai a oração dos lábios deste homem tão altamente favorecido pelo Céu. Com profunda humildade, com lágrimas e coração lacerado, ele intercede por si e por seu povo. Estende seu coração aberto perante Deus, confessando sua própria indignidade e reconhecendo a grandeza e majestade do Senhor. […]

Ao prosseguir a oração de Daniel, o anjo Gabriel vem voando das cortes celestiais para lhe dizer que suas petições foram ouvidas e atendidas. Este poderoso anjo é comissionado para dar-lhe entendimento e compreensão — para abrir perante ele os mistérios dos séculos futuros. Assim, enquanto ardentemente buscava saber e compreender a verdade, Daniel foi levado em comunhão com o mensageiro enviado pelo Céu.

Em resposta a sua petição, Daniel recebeu não somente a luz e a verdade de que ele e seu povo mais precisavam, mas uma visão dos grandes eventos do futuro mesmo até o advento do Redentor do mundo. Aqueles que dizem estar santificados, ao passo que não têm nenhum desejo de examinar as Escrituras ou lutar com Deus em oração por uma compreensão mais clara da verdade bíblica, não sabem o que é a verdadeira santificação.

Daniel falava com Deus. O Céu estava aberto perante ele. Mas as elevadas honras conferidas a ele eram o resultado da humilhação e fervorosa comunhão com Deus. Todos os que, de coração, crêem na Palavra de Deus, terão fome e sede de um conhecimento de Sua vontade. Deus é o autor da verdade. Ele ilumina o entendimento obscurecido e dá à mente humana poder para apreender e compreender as verdades que revelou. […]

As grandes verdades reveladas pelo Redentor do mundo são para aqueles que procuram a verdade como a tesouros escondidos. Daniel era um homem idoso. Sua vida tinha sido passada no meio das fascinações de uma corte pagã; sua mente havia lidado com os negócios de um grande império. Todavia, ele se volta de tudo isto para afligir seu coração diante de Deus e buscar um conhecimento dos propósitos do Altíssimo. E, em resposta a suas súplicas, foi comunicada luz das cortes celestiais aos que haveriam de viver nos últimos dias. Com que zelo, pois, deveríamos nós buscar a Deus, para que Ele nos abra o entendimento a fim de compreender as verdades trazidas do Céu para nós. […]

Daniel foi um devoto servo do Altíssimo. Sua longa vida foi repleta de nobres feitos de serviço para seu Mestre. Sua pureza de caráter e inabalável fidelidade são igualadas unicamente por sua humildade de coração e contrição diante de Deus. Repetimos: A vida de Daniel é uma inspirada ilustração da verdadeira santificação. — Santificação, 42-50, 52.

Deus testa aqueles a quem Ele valoriza — O fato de ser-nos pedido que suportemos aflições, prova que o Senhor Jesus vê em nós alguma coisa muito preciosa, que quer desenvolver. Se não visse em nós coisa alguma pela qual pudesse glorificar Seu nome, não gastaria tempo em refinar-nos. Nós não nos damos ao trabalho de podar espinheiros. Cristo não lança em Sua fornalha pedras sem valor. É o minério valioso o que Ele prova. — Testimonies for the Church 7:214.

Aos homens a quem Deus pretende que ocupem posições de responsabilidade, Ele revela, misericordiosamente, os ocultos defeitos que têm, a fim de se olharem interiormente e examinarem com olhos críticos as complicadas emoções e atitudes do próprio coração, verificando o que está errado. Poderão assim modificar sua disposição e aperfeiçoar suas maneiras. Em Sua providência o Senhor leva os homens a situações em que lhes possa provar a força moral e revelar os motivos de suas ações, de maneira que desenvolvam o que é correto e afastem de si o que é errado. É vontade de Deus que Seus servos se familiarizem com o mecanismo moral do próprio coração. Para fazer isso, permite freqüentemente que o fogo da aflição os assalte, a fim de que sejam purificados. “Mas quem suportará o dia da Sua vinda? E quem subsistirá, quando Ele aparecer? Porque Ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros. E assentar-Se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi e os afinará como ouro e como prata; então, ao Senhor trarão ofertas em justiça”. Malaquias 3:2, 3. — Testimonies for the Church 4:85.

Deus conduz avante Seu povo, passo a passo. Leva-os a diferentes pontos, destinados a manifestar o que está no coração. Alguns resistem em um ponto, mas caem no seguinte. A cada ponto mais adiante, o coração é experimentado e provado um pouco mais de perto. Se o professo povo de Deus verifica estar o coração contrário a esta incisiva obra, isto os deve convencer de que têm alguma coisa a fazer a fim de vencer, uma vez que não queiram ser vomitados da boca do Senhor. — Testimonies for the Church 1:187.

Tão logo reconheçamos a nossa incapacidade de fazer a obra de Deus, e nos submetamos à guia de Sua sabedoria, o Senhor poderá operar conosco. Se esvaziarmos do próprio eu a alma, Ele nos suprirá todas as necessidades. — Testimonies for the Church 7:213.

Conselho àqueles que buscam a confirmação da aceitação divina — Como hão de saber que estão aceitos por Deus? Estudem com oração Sua Palavra. Não a deixem de lado por nenhum outro livro. Esse Livro convence do pecado. Revela plenamente o caminho da salvação. Apresenta alta e gloriosa recompensa. Revela-lhes um Salvador completo e ensina-lhes que unicamente mediante Sua ilimitada misericórdia podem esperar a salvação. Não negligenciem a oração particular, pois é a essência da religião. Com sincera e fervorosa oração, roguem pureza de coração. Supliquem tão ardente e fervorosamente, como o fariam por sua existência mortal, caso ela estivesse em jogo. Permaneçam perante Deus até que inexprimíveis anseios sejam em vocês gerados quanto à sua salvação, e seja obtida a doce certeza do perdão dos pecados. — Testimonies for the Church 1:163.

Jesus não nos abandonou dando-nos razão para ficarmos espantados diante das provações e dificuldades. A respeito delas Ele tudo nos falou, e também nos disse que não ficássemos acabrunhados nem abatidos quando sobreviessem as provações. Olhemos para Jesus, nosso Redentor, alegremo-nos e nos regozijemos. As provações mais difíceis de suportar são as causadas por nossos irmãos, nossos próprios amigos íntimos; mas até essas provas podem ser suportadas com paciência. Jesus não permaneceu no sepulcro novo de José. Ele ressuscitou e ascendeu ao Céu, para ali interceder em nosso favor. Temos um Salvador que nos amou de tal maneira que morreu por nós, para que por Ele possamos ter esperança, e força e ânimo, bem como um lugar com Ele no Seu trono. Ele pode e está desejoso de nos ajudar, sempre que a Ele recorrermos. […]

Sente-se você insuficiente para o cargo de confiança que ocupa? Agradeça por isso a Deus. Quanto mais sentir sua fraqueza, tanto mais estará inclinado a buscar um auxiliador. “Chegai-vos a Deus, e Ele Se chegará a vós”. Tiago 4:8. Jesus quer que você seja feliz, alegre. Quer que realize o melhor que vos seja possível com a aptidão com que vos dotou e, então confieis em que o Senhor lhe seja possível, e inspirará os que hão de vir a ser seus auxiliadores para repartir as responsabilidades.

Não se sinta ferido pelo linguajar descortês dos homens. Não proferiram eles descortesias acerca de Jesus? Qualquer um pode errar, e dar motivo a observações descorteses, mas Jesus nunca o fez. Ele foi puro, imaculado, impoluto. Não espere, nesta vida, melhor porção do que a que teve o Príncipe da glória. Ao perceberem seus inimigos que o poderão ferir, jubilarão, e Satanás irá se regozijar. Nesse momento, olhe para Jesus, e trabalhe com fidelidade para a Sua glória. Ame a Deus de todo o coração. — Testimonies for the Church 8:128, 129.

Sentimento não é evidência de santificação — Sentimentos de felicidade ou a ausência de alegria não é evidência de que a pessoa esteja ou não santificada. Não existe tal coisa como seja santificação instantânea. A verdadeira santificação é obra diária, continuando por tanto tempo quanto dure a vida. Aqueles que estão batalhando contra tentações diárias, vencendo as próprias tendências pecaminosas e buscando santidade do coração e da vida, não fazem nenhuma orgulhosa proclamação de santidade. Eles são famintos e sedentos de justiça. O pecado parece-lhes excessivamente pecaminoso. — Santificação, 10.

Deus não desiste de nós por causa de nossos pecados. Podemos cometer erros e ofender o Seu Espírito; mas quando nos arrependemos e vamos ter com Ele com o coração contrito, Ele não nos faz voltar. Há empecilhos a serem removidos. Têm-se acariciado sentimentos errados, e tem havido orgulho, presunção, impaciência e murmurações. Tudo isso nos separa de Deus. Os pecados devem ser confessados; tem de haver mais profunda obra de graça no coração. Os que se sentem fracos e desanimados podem tornar-se fortes varões de Deus e fazer nobre trabalho pelo Mestre. Devem, porém, trabalhar de um ponto de vista elevado; não devem ser influenciados por quaisquer motivos egoístas. […]

Alguns parecem julgar que têm de estar sob prova, devendo demonstrar ao Senhor que estão reformados, antes de poder invocar Suas bênçãos. Mas estes podem reclamar a bênção agora mesmo. Precisam de Sua graça, do Espírito de Cristo, para serem ajudados em suas fraquezas, ou do contrário não podem formar um caráter cristão. Jesus tem prazer em que vamos ter com Ele, tal qual somos: pecadores, desamparados, dependentes.

O arrependimento, assim como o perdão, é dom de Deus por meio de Cristo. É pela influência do Espírito Santo que somos convencidos do pecado, e sentimos nossa necessidade de perdão. Ninguém, senão os contritos, é perdoado; mas é a graça de Deus que torna o coração penitente. Ele conhece todas as nossas fraquezas e enfermidades, e nos ajudará. — Mensagens Escolhidas 1:350, 351, 353. As trevas e o desânimo virão, às vezes, à alma e ameaçarão vencer-nos; mas não devemos rejeitar nossa confiança. Precisamos conservar os olhos fixos em Jesus, sentindo ou não. Devemos procurar cumprir fielmente cada dever conhecido e então, calmamente, descansar nas promessas de Deus.

Por vezes, um profundo sentimento de nossa indignidade enche o coração, num estremecimento de terror; mas isto não é evidência de que Deus tenha mudado para conosco, ou nós em relação para com Ele. Nenhum esforço deveria ser feito quanto a dirigir a mente a certa intensidade de emoção. Podemos não sentir hoje a paz e a alegria que sentíamos ontem; mas devemos, pela fé, agarrar a mão de Cristo e confiar nEle tão completamente nas trevas como à luz. […]

Pela fé, olhai para as coroas destinadas aos que hão de vencer; atentai para o exultante canto dos remidos: Digno, digno é o Cordeiro, que foi morto e nos redimiu para Deus! Esforçai-vos por considerar estas cenas como reais. […]

Se permitíssemos que nossa mente se demorasse mais sobre Cristo e o mundo celestial, acharíamos um poderoso estímulo e amparo em guerrear as batalhas do Senhor. O orgulho e o amor ao mundo perderão seu poder ao contemplarmos as glórias daquela terra melhor, que tão logo será nosso lar. Diante da amabilidade de Cristo, todas as atrações terrenas parecerão de pouco valor. […]

Embora Paulo fosse afinal confinado a uma prisão romana — excluído da luz e ar do céu, isolado de sua obra ativa no evangelho, esperando a todo o momento ser condenado à morte — não se entregou à dúvida ou ao desespero. Daquela escura masmorra partiu seu testemunho antes da agonia, cheio de uma sublime fé e ânimo que têm inspirado o coração dos santos e mártires em todos os séculos subseqüentes. Suas palavras apropriadamente descrevem os resultados daquela santificação que temos desejado apresentar nestas páginas: “Eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas a todos os que amarem a Sua vinda”. 2 Timóteo 4:6-8.

Ellen G. White, Conselhos para a Igreja, Capítulo 6.

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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