
Gnosticismo – Século II – Síria Magia e Feitiçaria.
Os Simonianos eram uma seita gnóstica que floresceu na Síria, bem como em vários distritos da Ásia Menor e em Roma durante o segundo século depois de Cristo.
O simonianismo era uma forma primitiva de valentinianismo, com alguns resquícios de aristotelismo e estoicismo.
Seus adeptos consideravam que a seita foi fundada por Simão Mago.
Suas doutrinas eram chamadas simonianismo porque eram baseadas nos ensinamentos de Simão Mago.
Orígenes de Alexandria (185-253) relata que no século terceiro ainda havia remanescentes ativos da seita simoniana. A seita foi severamente combatida e conseguiu sobreviver até o quarto século.
Quando Justino Mártir (100-165) escreveu a sua “Primeira Apologia” no ano 152, a seita simoniana parecia ter alguma influência na sociedade.
Ele chega a citar quatro vezes o nome do seu fundador: Simão Mago. Os Simonianos também foram mencionados por Hegésipo (110-180).
As doutrinas simonianistas foram mencionadas e combatidas por Irineu de Lyon (130-202), por Hipólito de Roma (170-236) e por Epifânio de Salamina (310-403).
A seita tinha um livro chamado “A Grande Declaração”, que era uma mistura de influências helênicas e hebraicas, no qual as mesmas alegorias são aplicadas a Homero, Hesíodo e a Moisés.
Eles também usavam o Evangelho dos Quatro Reinos Celestes também é conhecido como Evangelho das Quatro Regiões Celestes ou Evangelho dos Quatro Cantos do Mundo, que teria sido escrito por Simão Mago e seus discípulos.
Em seus cerimoniais religiosos, os Simonianos praticavam a antiga arte da magia e feitiçaria, com o objetivo de incorporar a força divina em um objeto, que poderia ser uma estátua ou um ser humano, através de um estado de transe.
Eles empregavam encantamentos e poções do amor. Proclamavam que todo sexo era amor perfeito. De maneira geral, viviam vidas dissolutas, desordenadas e imorais. Diziam que nada em si era bom ou mau por natureza.
Que não eram as boas obras que tornavam dos homens santos, mas a graça impingida por Simão e Helena naqueles que os seguiam.
Duas outras seitas tinham uma estreita conexão com os simonianos: os “Dositeanos” e os “Menandrianos”. Elas eram ramos simonianos.
Os nomes dessas duas seitas são heranças de seus fundadores: Dositeu e Menandro.
Dositeu era um samaritano que foi pupilo de Simão Mago. Os dositeanos consideravam Dositeu como o grande profeta previsto por Moisés.
Ao final, Dositeu acabou morrendo de inanição.
Menandro tornou-se o sucessor de Simão Mago. Ele proclamou-se como o enviado de Deus: o Messias. Menandro ensinou a doutrina gnóstica sobre a criação do mundo por anjos enviados pela Sophia.
Ele declarava que os homens receberam a imortalidade e a ressurreição pelo seu batismo e praticava as artes mágicas do antigo espiritualismo.
A seita fundada por ele, os Menandrianos, continuaram existindo por um considerável período de tempo.
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