Weleson Fernandes A Escrita que Proclama o Evangelho
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A Salvação é somente da alma porque o corpo é corruptível.
Basílides de Alexandria nasceu no final do primeiro século depois de Cristo. Entre os anos de 117-138, ele tornou-se um dos primeiros e brilhantes mestres gnóstico-cristão de Alexandria, no Egito.
Durante sua vida escreveu mais de 24 livros com comentários sobre os Evangelhos Canônicos, intitulados “Exegética”. Basílides tornou-se um dos mais antigos comentaristas dos Evangelhos. Infelizmente, seus comentários se perderam ou foram destruídos.
Restam de suas obras apenas fragmentos e trechos comentados pelos seus opositores. Basílides era um intelectual que produziu poesias, cânticos e escreveu a sua própria edição de um evangelho: “Evangelho de Basílides”.
Orígenes de Alexandria (185-253) afirma que “Basílio teve a audácia de escrever um Evangelho de Basílides”.
A única cópia sobrevivente de seu trabalho foi destruída quando uma turba cristã antignóstica saqueou a Biblioteca de Alexandria em 397. Esses ataques tornaram-se sistemáticos após o bispo Atanásio de Alexandria (296-373) ter dado início às perseguições das seitas e da destruição de seus livros.
Basílides reivindicava certa sanção apostólica para o seu ensino, afirmando que tinha recebido as doutrinas cristãs diretamente de Gláucio, que diziam ter sido um interprete do apóstolo Pedro.
Isidoro, Filho de Basílides, tornou-se um dos primeiros lideres do movimento. Os seguidores de Basílides formaram um forte movimento que subsistiu por dois séculos depois da morte do grande mestre. No quarto século, ainda o movimento estava ativo no Egito.
Basílides ensinava as seguintes doutrinas:
1. Há 365 céus e somente um único mundo. Os céus estão arrumados concentricamente em torno da Terra.
2. Somente as almas podem ser salvas, porque os corpos são corruptíveis.
3. Basílides aceita a doutrina platônica e pitagórica da transmigração das almas.
4. A alma que pecou anteriormente em outra vida, sofre agora castigos nesta vida.
5. O sofrimento humano é o justo e divino castigo da pecaminosidade.
6. Nem todos os pecados são perdoados, mas somente aqueles cometidos involuntariamente e por ignorância.
7. Simão de Cirene teria sido equivocadamente crucificado no lugar de Cristo, pois o Pai mudou-lhe a aparência para que ficasse parecido com Jesus.
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