20. Montano da Frígia

Movimento Apocalíptico – Século II – Frígia

Iminente fim do mundo, moral austera e severa disciplina.

Em 156/157, Montano da Frígia fundou uma seita cristã apocalíptica chamada de montanismo. Seus adversários a chamavam de “Heresia Frígia” porque teve origem na região da Frígia, reino da antiguidade situado na parte central oeste da Anatólia, atual Turquia.

Seus adeptos eram conhecidos por frigianos, catafrigianos ou montanistas. Porém, eles preferiam designar o seu movimento religioso como A Nova Profecia. Rapidamente a seita difundiu-se pela Ásia Menor, Roma e ao Norte da África.

Seu adepto mais célebre foi Tertuliano de Cartago (160-212), um dos primeiros doutores da Igreja, que insatisfeito com o pensamento cristão e suas práticas, uniu-se ao montanismo, sobretudo pelo seu forte rigor ético.


Montano afirmava ter recebido o dom da profecia para inaugurar a “Era do Paráclito”; ou seja, a “Era do Espírito Santo”. Duas mulheres que o acompanhavam, Priscila e Maximila afirmavam que o Espírito Santo falava através delas. 

Depois da morte de Montano, o movimento continuou sendo dirigido pelas duas profetizas. Elas costumavam entravam em êxtase e anunciavam o fim iminente do mundo.A seita montanista foi excomungada em 177 e tornou-se um movimento separado, com sede na cidade de Pepuza.

As principais características do movimento eram as seguintes:

1. O montanismo caracterizou-se como um retorno ao profetismo e as práticas da igreja apostólica.

2. Pretendia revalorizar elementos da mensagem cristã primitiva, sobretudo a esperança escatológica.

3. A Nova Jerusalém estava prestes a descer sobre a Terra na pequena cidade frígia de Pepuza.

4. A seita propunha um rigoroso ascetismo, visando à preparação para o momento final.

5. Preceituava a castidade durante o casamento e proibindo-se as segundas núpcias.

6. Instituiu-se o jejum durante duas semanas por ano e o consumo de alimentos secos, sem o consumo de carne.

7. Negavam a absolvição aos réus de pecados graves, mesmo após o batismo com confissão e arrependimento.

8. As mulheres eram obrigadas a usar véu nas funções sagradas.

9. Recomendava-se aos fiéis que não fugissem às perseguições e que se oferecessem voluntariamente ao martírio.

10. Os montanistas viviam separados da igreja ortodoxa oficial.

11. Consideravam-se “pneumáticos” (inspirados pelo sopro do espírito), em oposição aos demais cristãos, considerados “psíquicos”.

12. Usam o termo “homem natural” para referir-se àqueles que não pertenciam à Nova Profecia.

 


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Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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