233 -“Jesus guardava o sábado pelo fato de ser judeu…”

Ao estudarmos detidamente sobre o tema do sábado, veremos que o objetivo de Jesus guardar este dia era o fato deste “ser um mandamento de Deus”, dado no princípio, antes de haver o pecado (ver João 15:10; Gênesis 2:1-3). O Sábado é uma das únicas instituições (a outra é o casamento) que ainda possuímos de um mundo sem pecado.

Ao terminar o mundo em seis dias, Deus estabeleceu um dia – e este é o sábado – para que o ser humano parasse com suas atividades e repousasse nesse dia e para que este lembrasse do Deus Criador: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia”. (Gênesis 1:31). 

“Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera”. (Gênesis 2:1-3).

 

Deus instituiu o sábado para que este fosse um “memorial do Criador” e um “memorial da Criação”. É também um “memorial da redenção” (ver Deuteronômio 5:12-15). 

 

Quando guardamos o sábado, estamos lembrando de que há um Deus Criador, e que não estamos no mundo por acaso; estamos dizendo que cremos no Eterno e que admiramos os seus feitos na criação e na redenção do homem.

O sábado é um momento em que podemos ter “um lindo encontro com o Senhor Jesus Cristo”. A cada final de semana podemos desfrutar deste maravilhoso companheirismo com o Senhor Jesus, Deus o Pai e com o Espírito Santo. É um dia que podemos também estar na companhia da família. Durante a semana pouco falamos com nosso cônjuge ou filhos e o sábado é uma oportunidade para estabelecermos os laços familiares, na companhia destes e do Senhor Jesus.

Este é um mandamento que faz parte do decálogo e, assim, como os outros nove não poderiam ser observados por Jesus simplesmente ‘pelo fato de que era judeu’, este também não o poderia, pois faz parte, assim como os outros (não matarás, não adulterarás, etc) da lei moral escrita por Deus com seu dedo (Êxodo 31:18).

O objetivo do Senhor ao guardar o sábado era o amor a Deus; o mesmo devemos fazer (João 14:15).

Em Atos 16:13 vemos um episódio em que Paulo guardou o sábado em território Macedônico; isso é uma prova fortíssima de que Paulo não guardou o sábado nesta cidade para agradar aos judeus; o fez porque fazia parte do mandamento de Deus. Se Paulo não guardou o sábado para agradar aos judeus, mas sim porque este era parte do decálogo, o mesmo fez o Senhor Jesus. Billy Graham, grande pregador Batista, é sincero em afirmar que este texto (Atos 16:13) é um dos “pontos fortes em favor do sábado”.

Outro fator que leva-nos a crer que Jesus não guardou o sábado para agradar aos judeus é o fato de o Sábado existir “antes dos judeus”. Quando Deus estabeleceu o sábado, não havia judeus na face da terra, mas apenas Adão e Eva, e eles não eram judeus (Gênesis 2:1-3). Isso indica que o sábado é “do Senhor” (Êxodo 20:10) e não “dos judeus”.

Jesus guardou o sábado a fim de obedecer ao mandamento divino; o fez a fim de celebrar a criação de Deus, pois sabia que este é um memorial do Criador. Ele ensinou enquanto esteve na terra a guardá-lo do modo correto e não da maneira fanática e extremista dos fariseus.

Dizermos que Jesus guardava o sábado porque era Judeu é um contrassenso, sendo que muitas de suas discussões com os fariseus giravam em torno da maneira como o dia era observado. Se Cristo tivesse o intuito de agradar os judeus, teria cedido às pressões farisaicas para que observasse o sábado a seu modo. 

“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço.” João 15:10

Leandro Soares de Quadros

Instrutor Bíblico – Conselheiro Espiritual


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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