254 – Estevão viu apenas dois seres e não três.

“Estevão viu apenas dois seres e não três. Isso é prova de que o Espírito Santo não é uma pessoa, mas um poder de Jeová…”.

No texto:

“Mas Estevão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita” (Atos 7:55 RA)

O próprio verso nos explica o porquê de Estevão ter visto dois seres no céu: porque um deles estava com Estevão. 

O texto diz que Estevão viu a Deus Pai e a Jesus porque estava cheio do Espírito Santo, ou seja, estava capacitado pelo mesmo a ver a Deus Pai e ao Filho. Pelo fato de o Espírito estar com Estevão na Terra, o mártir não poderia mesmo tê-lo visto ao lado do Pai e do Filho no Céu.

O texto de modo nenhum contradiz o fato bíblico de que Deus é manifesto em três pessoas; o Espírito Santo é apresentado nas Escrituras como possuidor de várias qualidades de um ser, entre elas: 

1) A de outro Consolador (João 14:16-17 – “o vocábulo grego aqui traduzido por ‘outro’ é um termo específico que significa ‘outro da mesma espécie’”); ora, Se Jesus é Deus e também um ser pessoal, chega-se à fatal conclusão de que o Espírito também o É, pois a Bíblia diz que o outro Consolador seria da mesma espécie de Cristo.

Substituto de Cristo (João 16:7). 

Segundo o comentarista L. E. Froom: 

“Não, o Espírito Santo não é uma tênue, nebulosa influência imanente do Pai. Não é algo impessoal, vagamente reconhecido, apenas um invisível princípio de vida… 

Jesus foi a personalidade mais influente e marcante neste velho mundo, e o Espírito Santo foi designado para preencher Sua vaga. Nada a não ser uma Pessoa poderia substituir aquela maravilhosa Pessoa. Nenhuma simples influência seria suficiente”. A Vinda do Consolador, págs. 41 e 42. 

“Para substituir uma pessoa maravilhosa, só outra pessoa maravilhosa”.

Possuidor de emoções e sentimentos (Romanos 8:26; Efésios 4:30; Tiago 4:5; I Tessalonicenses 1:6; Romanos 15:30; I Coríntios 12:11).

Capacitado a falar (Atos 13:3; Hebreus 13:7).

Se humildemente entregarmos nossas vidas nas mãos de Deus, confiantes no sacrifício de  Cristo, o poder atuante do Espírito Santo nos fará permanecer à luz das verdades da Palavra de Deus.

 Jay A. Adams, O Manual do Conselheiro Cristão, p. 19.

 José Carlos Ramos, Revista Adventista, (Tatuí – SP: Casa Publicadora Brasileira, Agosto de 2001), p. 8 – 10.