Se desde a fundação do mundo, Deus tinha em mente todo esse plano de redenção, por que Ele executou o Dilúvio, como parecendo ser um juízo fora tempo? A Bíblia fala do arrependimento de Deus. Ele foi inconstante?
Deus criou o homem livre para escolher estar ao lado dEle ou não. Escolher não estar do Seu lado é o que chamamos de pecado. Mas, a princípio, essa escolha poderia ser julgada como não sendo má ou tão má. Logo, Deus escolhe deixar o pecado ir até às suas últimas conseqüências e se destruir praticamente por si mesmo, a fim de que o Universo se convença do que realmente considerar como sendo mal.
Para esse período, de cerca de seis mil anos, Deus traçou o que deve acontecer paralelamente ao plano da redenção. Nesse ínterim, entra o Dilúvio, que, como você colocou, parece realmente controverso. Entendemos que o Dilúvio veio por dois motivos:
O primeiro é mais didático. Mostra que Deus é, ou seria capaz, de “fazer justiça”, uma vez por todas, como bem quisesse. Isso faz com que a longanimidade durante a história da redenção não traga a interpretação de que Deus a pratica por incapacidade para resolver o problema – o que termina nos mostrando o quanto Ele é misericordioso.
Mas o objetivo maior mostra que, mesmo havendo um plano piloto, em casos extremos, Deus intervém, assim como no caso de cidades que receberam castigo, como Sodoma e Gomorra.
Tudo bem que Deus está sendo longânimo durante esses milênios, com os objetivos que citei acima (e outros), mas há um limite para com a tolerância do pecado.
E o limite, nós percebemos, é quando a humanidade, depois de ter recebido todas as oportunidades possíveis de arrependimento, peca tanto, a ponto de: a) praticamente se destruir; b) eliminar todos os justos; c) chegar a um ponto em que não há mais esperança de recuperação. Lendo a história da destruição de Sodoma e Gomorra em Gênesis 18 e 19, você pode perceber isso.
Mas, por fim, sabemos que Deus é longânimo porque não quer que ninguém pereça, como diz 2 Pedro 3:9: “O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês a, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.”
Um abraço,
Pr. Valdeci Júnior
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