131 – Como o dia de guarda mudou do sábado para o domingo?

No início do cristianismo, os seguidores de Cristo dedicavam o sábado como dia de adoração (ver, por exemplo, Atos 13:42-44; 16:12-13; 17:2; 18:4).  Jesus (Lucas 4:16) e Seus discípulos (Lucas 23:55-56; Atos 16:13) também respeitaram o quarto mandamento registrado em Êxodo 20:8-11.

Com o passar dos anos, mais importância começou a ser dada ao domingo. Na cultura pagã do império romano, o dia de domingo era dedicado à adoração do “deus Sol”. 

E, aos poucos, a igreja cristã foi permitindo que algumas práticas pagãs fossem entrando em seu meio até que chegou o momento em que o sábado e o domingo eram observados juntos (na verdade, no domingo era feita uma espécie de “lanche” religioso para depois as pessoas irem para o trabalho). Até chegar o momento em que o sábado foi deixado de lado pela grande maioria.

Uma lei humana favoreceu a fama do domingo entre os cristãos

A primeira lei dominical conhecida foi promulgada pelo imperador romano Constantino, em 7 de Março de 321 d.C. Esse imperador era meio cristão e meio pagão. Como adorador do “deus Sol”, aproveitou a oportunidade para unir politicamente a igreja com o estado e estabeleceu um decreto proibindo o trabalho aos domingos. 

Ele não deu a mínima atenção sobre o que Jesus dizia a respeito de uma mudança dessas (Mateus 5:17-19). A seguir vejamos parte do conteúdo desta lei:

 

“No venerável Dia do Sol, que os magistrados e as pessoas residentes nas cidades descansem, e todos os locais de trabalho permaneçam fechados.” 

 

Aparentemente, essa lei não se dirigiu especificamente aos cristãos, mas tornou-se modelo para legislação semelhante que veio a surgir sob a autoridade dos dirigentes católicos romanos. Com o passar do tempo, leis dominicais foram assumindo um caráter cristão e tornando-se mais severas, até que, na Idade Média, a lei dominical veio a tornar-se uma lei civil, fruto da união da Igreja e do Estado. 

A Igreja Católica teve um papel fundamental na mudança do dia de guarda

Tanto a História Mundial como a Eclesiástica confirmam o empenho da Igreja Católica Romana para a efetivação da mudança do dia de guarda do sábado para o domingo – sem a autorização da Bíblia (Mateus 5:17-19; Romanos 7:12). Veja o que consta no “Catecismo da Doutrina Católica Para o Convertido”, edição de 1977: 

Pergunta: “Qual é o dia de repouso?”

Resposta: “O dia de repouso é o sábado.” 

Pergunta: “Por que observamos o domingo em lugar do sábado?” 

Resposta: “Nós observamos o domingo em lugar do sábado porque a Igreja Católica transferiu a solenidade do sábado para o domingo.” 

Veja que a própria igreja reconhece que a mudança do dia de guarda provém dela e não de Deus!

No concílio de Trento, de 1545 a 1563, convocado pelo papa e o arcebispo de Reggio, Gaspare de Fosso, reconheceu: “O sábado, o dia mais glorioso da lei, foi trocado pelo domingo… Este e outros assuntos não cessaram em virtude de algum ensinamento de Cristo, mas foram mudados pela autoridade da Igreja Católica”. Na Idade Média, essa posição eclesiástica fez cumprir a profecia de Daniel 7:25 que mostra que o poder político-religioso, em perseguição aos verdadeiros filhos de Deus, cuidaria em mudar os tempos e a lei!

Não existe base bíblica para a guarda do domingo como dia santificado

Apesar de estudiosos e até instituições religiosas exaltarem o domingo como dia santo, muitos pesquisadores sinceros têm reconhecido que não há base bíblica para a observância do primeiro dia da semana. 

O dia de guarda deixado por Deus para o homem permanece sendo o sábado (ler Êxodo 20:11. Compare com Apocalipse 14:6, 7 e veja que um dos últimos convites de Deus para a humanidade é para adorá-lo no dia de sétimo dia!). E, se você deseja estudar mais sobre o assunto e entender ainda mais detalhadamente como o domingo alcançou o título de “dia santo” no meio da cristandade, pode obter essas informações no livreto Do Sábado Para o Domingo, que pode ser adquirido diretamente da editora Casa Publicadora Brasileira pelo telefone 0800-9790606 ou pelo site www.cpb.com.br . Poderá também nos solicitar gratuitamente a revista “Momentos de Alegria” que apresenta a doutrina do sábado sob uma perspectiva linda e, principalmente, cristocêntrica! Guardar o Sábado é permanecer mais tempo com Jesus, o Pai e o Espírito Santo!

O mais importante em toda essa história é ter a Jesus, o “Senhor do sábado” (Mateus 12:8; Lucas 6:5), como o Senhor da sua vida. E, ao observar o dia que Ele guardou, você estará evidenciando pelo menos mais três coisas:

1) Que acredita que Ele é o Seu Criador, pois o sábado é um memorial da criação – Êxodo 20:8-11;

2) Que acredita que Ele é o seu Salvador – pois o sábado é um memorial da Salvação Deuteronômio 5:15;

3) Que o ama e decidiu obedecê-Lo – pois a obediência é uma prova de amor a Deus – João 14:15. 

Deixo-lhe alguns textos bíblicos para reflexão:

“Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” Apocalipse 2;10.

“Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.” Atos 5:29.

Que Deus lhe abençoe!

Seus amigos da Escola Bíblica


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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