A dívida é uma conseqüência do desequilíbrio e descontrole financeiro na vida de qualquer pessoa, e esta por sua vez traz várias conseqüências: afeta as relações interpessoais, baixa a produtividade no trabalho, abala o estado emocional, afeta a saúde e pode até mesmo diminuir as defesas do organismo, levando a pessoa a contrair doenças com facilidade.
Os que vivem num estado constante de “desejo” tornam-se escravos de suas próprias paixões. Em seus primeiros estágios, as dívidas não doem. Pelo contrário, a perfídia das dívidas está no próprio fato de que o uso das dívidas proporciona às vítimas um prazer temporário. A grande maioria das pessoas se arrisca à lepra financeira para ter o prazer temporário de gastar antes de ganhar.
É preciso ter consciência das conseqüências danosas que as dívidas trazem para família e reconhecer que a mudança virá com muita força de vontade, domínio próprio e a ajuda divina.
As dívidas nos tiram mais que dinheiro. É fácil imaginar que as dívidas são simples contas a pagar, porém são muito mais que isso. As dívidas geram quatro conseqüências principais:
- Perda de liberdade
- Perda de fluxo de caixa
- Perda de tempo
- Perda de oportunidades
Algumas dicas de despesas que podem ser cortadas:
- Jantar ou almoçar fora
- Contas de celulares (quando o mesmo não é uma “ferramenta indispensável para o trabalho”)
- Compras de vestuários em geral
- Cursos paralelos (inglês, aulas de música, academia de ginástica, e outros)
- Freqüência aos salões de beleza
- Lazer (cinema, teatro, aluguéis de vídeos)
- Compras de livros
- Eletrodomésticos
- Acessórios para o lar
Além disso, talvez seja importante considerar dispensar a empregada ou mudar para diarista. Se a família tem dois veículos, deve avaliar a venda de um deles e até mesmo ir para o trabalho de transporte público. As despesas do mercado com alimentação e produtos de limpeza sempre representam um valor alto nas despesas da família. Portanto, deve-se com urgência fazer uma lista do que é estritamente necessário e ser fiel a ela. É importante avaliar também a questão do aluguel e do condomínio, e procurar um aluguel mais em conta ou uma casa que não tenhas as despesas com condomínio. Até mesmo o custo da escola das crianças deve ser avaliado. Procurar uma escola mais econômica e que seja mais próxima de casa, para evitar as despesas com transporte, sem prejudicar a educação dos filhos.
O “novo orçamento” deve ficar dentro da renda líquida da família, sobrando o suficiente para que as dívidas e os juros sejam amortizados.
Após a liquidação total da dívida, a família irá refazer seu orçamento e reavaliar qual o seu padrão de vida, adequando-o à renda financeira do lar, dispensando os supérfluos. Algumas pessoas se julgam viciadas em compras e se sentem mal se não conseguem sair da casa e fazer umas comprinhas. Para tais pessoas é bom lembrar que tudo o que favorece o consumo deve ser descartado. Para o comprador compulsivo que está endividado o conselho é cancelar todos os seus cartões de crédito, destruir todos os cartões preferenciais ou fidelidade, aqueles conhecidos cartões de lojas de vestuário e departamentos, que só existem para estimular o consumo. Quem sabe até destruir os talões de cheque, ou deixá-los em casa, bem guardados, e fazer suas compras somente em dinheiro, e mesmo assim andar sempre com pouco dinheiro.
Certas pessoas jamais percebem que podem reorganizar sua receita atual e se tornar ricas. Adotam a cultura popular e ignoram a sabedoria antiga. Você é responsável por suas escolhas. Mude seus hábitos e sua vida mudará para sempre. Lembre-se de buscar a ajuda divina e não deixar a fidelidade na questão financeira ser interrompida para sanar dívidas. O dízimo pertence a Deus e deve ser-Lhe entregue, independentemente da situação financeira. A fidelidade a Deus contribuirá para que Suas bênçãos sejam abundantes.
Fonte: Novo Tempo – Saldo Extra