A Esperança Consoladora

“… Por que estais olhando para as alturas?” Estas palavras dos anjos de Deus aos onze apóstolos, por ocasião da ascensão de Cristo, descrevem a atitude do povo de Deus em todos os tempos. Os discípulos tinham os olhos no Céu porque ali penetrava o Senhor que aguardariam. A segunda vinda de Cristo e o reino que Ele virá fundar eram a sua esperança. Essa foi a esperança dos filhos de Deus nos tempos do Velho Testamento. Enoque, Jó e o rei Davi contemplaram o grande dia e se consolaram nele. Isaías escreveu: “Naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos, na sua salvação exultaremos e nos alegraremos” (Isaías 25:9). O apóstolo Paulo, no Novo Testamento, chama a segunda vinda de Cristo de “a bendita esperança” (Tito 2:13). E da sua prisão em Roma, esperando a sentença de morte, escreveu sua última carta expressando a certeza de que o supremo bem da vida eterna lhe seria concedido “naquele dia” – o dia em que Jesus voltar (II Timóteo 4:8).

A esperança da volta de Cristo foi igualmente preciosa aos cristãos dos primeiros séculos. Ela foi incorporada nos grandes credos produzidos nos primeiros cinco séculos da era cristã – o Credo dos apóstolos, o Credo de Nicéia e o Credo de Atanásio. O fato de que esses credos são chamados ecumênicos, porque aceitos por quase toda a cristandade, mostra que a esperança da segunda vinda é preciosa aos corações dos cristãos em geral.

Mas, se a esperança da segunda vinda de Cristo recebeu tão grande ênfase nos primeiros séculos da existência da igreja, por que lhe damos tão pouco destaque hoje? Temos nós outro sol que ilumina o futuro?

A doutrina da volta de Cristo e do Seu reino tem um sólido fundamento. Ela é um dos mais claros ensinos das Escrituras. Só no Novo Testamento é mencionada mais de trezentas vezes e, em toda a Bíblia, cerca de duas mil e quinhentas vezes.

A volta de Jesus é a nota tônica, principal da Bíblia. Quão clara e consoladora é a promessa do próprio Senhor, feita um pouco antes da Sua volta para o céu: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também” (João 14:1-3).

Na Sua primeira vinda o Filho de Deus Se manifestou como frágil criança. Ele era a Divindade descendo ao nível do homem para poder erguer o homem. Na Sua segunda vinda Ele Se manifestará como Rei dos reis e Senhor dos senhores. A majestade divina que Ele então ocultou, para poder tratar com o homem, será manifestada quando voltar. A Sua glória será vista. “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do Céu com poder e muita glória” (Mateus 24:30). A segunda vinda de Jesus será o mais glorioso e o mais tremendo acontecimento da História. Ninguém na Terra deixará de Vê-Lo. O apóstolo João escreveu: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá” (Apocalipse 1:7).

Mas por que a segunda vinda de Cristo é assim preciosa aos cristãos? Porque só ao voltar o Senhor terminará Ele a obra que começou em prol do homem. A Sua primeira vinda trouxe um bem espiritual de valor inestimável: ela pôs ao alcance do homem pecador o perdão de Deus e a libertação da tirania do pecado. Deu-nos também uma esperança gloriosa. Mas os filhos de Deus continuam em terra inimiga, sujeitos às injustiças de um mundo hostil ao bem, sujeitos à dor, ao sofrimento e à morte. É ao voltar Jesus que a plenitude dos bens do céu serão dadas aos salvos.

Na volta de Cristo o reino do Mal será destruído. A manifestação do Senhor em glória e majestade corresponderá ao ato do arremesso da pedra referida na profecia de Daniel, capítulo dois. Como a pedra esmiuçou a estátua simbólica do mundo, a segunda vinda de Cristo, iniciando o reino de Deus, destruirá os reinos do pecado. Pedro escreveu: “Mas o dia do Senhor, virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão” (II Pedro 3:10). Os males do mundo não continuarão para sempre. Eles terão fim quando Jesus voltar.

Na segunda vinda de Cristo os justos mortos ressuscitarão. Através da largura e comprimento da Terra soará a voz do Doador da vida, ordenando: “… despertai… os que habitais no pó” (Isaías 26:19). E os filhos de Deus de todos os tempos se erguerão das tumbas para a vida imortal. Que dia aquele, amigo querido! Quem de nós não chora algum ente querido? Mas o cristão tem esperança. O Salvador virá para reclamar os Seus. Paulo escreveu: “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não tem esperança…

Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (I Tessalonicenses 4:13 e 16). E acrescenta: “Consolai-vos, uns aos outros com estas palavras” (versículo 18). A ressurreição dos mortos é o consolo do Céu para o mal da perda de entes queridos. Ela é a esperança que temos diante da morte.

Na segunda vinda de Cristo os justos vivos serão transformados. “Nem todos dormiremos”, escreveu Paulo, “mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (I Coríntios 15:51 e 52). Subitamente os filhos de Deus que não provaram a morte verão desaparecer os seus defeitos físicos. “Então se abrirão os olhos dos cegos, e se desimpedirão os ouvidos dos surdos; os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará” (Isaías 35:5 e 6).

Amigo, o dia de Jesus voltar está chegando. Está você preparado para esse grande encontro? Quão amargo seria perder o bem dos bens – a bem-aventurança eterna! Receba a Jesus em teu coração e tenha certeza que “todo aquele que nEle crê, não perece, mas tem a vida eterna” (João 3:16).

Autor: Pr. Montano de Barros

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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