A Ressurreição de Jesus

Desde o momento em que Jesus foi colocado no sepulcro de José, as horas se escoavam lentamente. No primeiro dia da semana, pouco antes do amanhecer, Cristo continuava prisioneiro em Seu estreito sepulcro. A grande pedra posta à entrada do túmulo estava em seu lugar, bem como o selo romano e a guarda sentinela.

Estavam também ali vigias invisíveis. Hostes de anjos maus se achavam reunidas em torno daquele lugar. Houvesse sido possível, o príncipe das trevas teria mantido fechado para sempre o túmulo que guardava o Filho de Deus. Uma hoste celeste, porém, circundava o sepulcro. Anjos magníficos em poder O guardavam, esperando o momento de saudar o Príncipe da vida.

E o evangelista relata: “E eis que houve um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou. E o seu aspecto era como um relâmpago, e o seu vestido branco como a neve” (Mateus 28:2 e 3).
Vestido com a armadura de Deus este anjo deixou as cortes celestiais. Os brilhantes raios da glória divina o precediam, iluminando o caminho. Ao chegar ao sepulcro, os bravos soldados são agora como indefesos cativos aprisionados sem espada nem lança. O rosto que contemplam não é um guerreiro mortal; é a face do mais poderoso dos anjos das hostes do Senhor. É o mesmo que nas colinas de Belém proclamara o nascimento de Cristo.

A Terra treme à Sua aproximação. Os soldados o vêem removendo a pedra como se fosse um cascalho o ouvem-no proclamar: “Filho de Deus, ressurgi! Teu Pai te chama!” Vêem Jesus sair do sepulcro e ouvem-No proclamar sobre o túmulo aberto: “Eu Sou a ressurreição e a vida”. Ao ressurgir Ele em majestade e glória, a hoste angelical se prostra perante o Redentor em adoração, saudando-O com hinos de louvor.

Um terremoto assinalara a hora em que Jesus depusera a vida. Mateus afirma que o “véu do templo se rasgou de alto a baixo, e tremeu a Terra, e fenderam-se as pedras. E abriram-se os sepulcros e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados. E saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dEle, entraram na cidade Santa e apareceram a muitos” (Mateus 27:51 a 53).

Agora, ao ressurgir, outro terremoto indicou o movimento em que retomou Sua vida em triunfo. Aquele que venceu a morte e a sepultura, saiu do túmulo como vencedor por entre o cambalear da Terra.

Ao morrer Jesus, tinham os soldados visto a terra envolta em trevas ao meio-dia; ao ressurgir, porém, viram o resplendor dos anjos iluminando a noite. Que contraste espetacular! Cristo saiu do sepulcro glorificado, e a guarda romana O contemplou. Seus olhos fixaram-se no rosto dAquele a quem, há tão pouco, haviam ridicularizado e zombado. Neste Ser glorificado, viram o prisioneiro que tinham contemplado no tribunal, para quem haviam tecido uma coroa de espinhos. Era o mesmo que pouco antes, estivera sem resistência em presença de Pilatos e Herodes; Aquele que fora pregado na cruz e deposto no sepulcro de José. O decreto do céu, libera o cativo. Montanhas amontoadas sobre montanhas em cima de Seu túmulo não poderiam impedi-Lo de sair.

Quando foi ouvida no túmulo de Cristo a voz do poderoso anjo, dizendo: “Teu Pai te chama!”o Salvador saiu do sepulcro pela vida que havia em Si mesmo. Provou-se serem verdadeiras as Suas palavras: “Dou a Minha vida para tornar a tomá-la… Tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la” (João 10:17 e 18).

Sobre o arrebentado sepulcro de José, Cristo proclamara triunfante: “Eu Sou a ressurreição e a vida”. Estas palavras só poderiam ser pronunciadas pela divindade. Todos os seres criados vivem pela vontade de Deus. Do mais elevado anjo ao mais humilde ser humano, todos são providos da Fonte da vida. Unicamente Aquele que era Um com Deus podia quebrar as algemas da morte.

Cristo ressurgiu dos mortos como um símbolo dos que dormem. Sua ressurreição é o tipo e a garantia da ressurreição de todos os justos mortos. Foi por isso que Paulo, no finalzinho da primeira carta aos tessalonicenses, escreveu: “Porque se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com Ele” (4:14).

O terremoto por ocasião da morte de Cristo, abriu o sepulcro de muitos mortos que haviam colaborado com Deus e à custa da própria vida tinham testemunhado da verdade. Agora eram testemunhas dAquele que os ressuscitara dos mortos.

Durante Seu ministério, Jesus ressuscitara mortos. Fizera reviver o filho da viúva de Naim, a filha do líder Jairo, e também o amigo Lázaro. Estes, embora houvessem sido ressuscitados, estavam ainda sujeitos à morte.

Porém, estes que ressurgiram saíram da sepultura para a vida eterna com Cristo. Eles entraram na cidade e apareceram a muitos declarando: “Jesus ressurgiu dos mortos e nós ressurgimos com Ele.” Assim foi imortalizada a sagrada verdade da ressurreição.

Para os que crêem em Jesus, Ele é a ressurreição e a vida. Em nosso Salvador é restaurada a vida que se perdeu mediante o pecado. Ele possui vida em Si mesmo para vivificar a todos quantos O recebem. Cristo se acha revestido de poder para conceder a imortalidade. Ele veio para que tivéssemos vida em abundância (João 10:10).

A voz que bradou da cruz: “Está consumado”, foi ouvida entre os mortos. Ela penetrou as paredes dos sepulcros, ordenando aos que dormiam que despertasse. Assim será quando a voz de Cristo for ouvida no Céu. Ela penetrará as sepulturas e abrirá os túmulos, e os mortos em Cristo ressuscitarão.

Na morte e ressurreição do Salvador, apenas algumas sepulturas foram abertas. Mas, na Segunda vinda, todos os que Lhe forem fiéis ouvirão a Sua voz, saindo para uma vida gloriosa, imortal. O mesmo poder que levantou a Cristo dentre os mortos, erguerá Seus filhos para uma vida sem pecado, sem dor, sem morte.

Autor: Pr. Montano de Barros

 

 

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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