Ao Vencedor … Árvore da Vida

I – Introdução: O livro do Apocalipse é um livro fascinante, com mensagens que vão muito além de suas figuras simbólicas e representativas que incompreensivelmente têm assustado a alguns. Sem dúvida, diferentemente do que muitos jovens pensam, este é um livro de muitas bênçãos e dádivas. E isto, fica bem claro logo no seu começo onde encontramos sete maravilhosas promessas aos vencedores de Cristo, não são seis ou oito, são exatamente sete, e como bem sabemos o sete na Bíblia é símbolo de perfeição e plenitude. Deus está dizendo logo de início que Ele tem uma bênção perfeita e plena a todos os jovens vencedores, a todo aquele que for um VENCEDOR CADA DIANo mundo de grandes incertezas e frustrantes expectativas, as perfeitas e reais promessas de Deus enchem-nos de alegria e esperança. Deus tem para mim e para ti uma bênção especial em cada dia desta semana, pois “Bem-aventurado aquele que lê, e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nelas estão escritas, porque o tempo está próximo.” Apoc. 1:3.

II – “Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus.” Apoc. 2:7.

Está é a primeira grande promessa das sete, e no contexto da carta a primeira Igreja, a expressão “ao que vencer” tem uma aplicação bem especial, pois aqui sugere um vencedor bem diferente daquele que o é segundo os padrões do mundo… Vencedor aqui seria o que:

(A) Permanecesse fiel a Cristo, opondo-se aos maus, falsos apóstolos e mentirosos; (B)Seria aquele que desse ouvidos à admoestação de retornar ao “primeiro amor”e a “prática das primeiras obras”; (C) Seria aquele que repelisse a mensagem moral dos nicolaítas, mantendo a pureza de fé e de prática; (D) Seria aquele que permanecesse constante na fé, sob as perseguições.

A) Vejamos a primeira proposta de vitória; vencer aos maus, falsos apóstolos e mentirosos… Vários sistemas de falsos ensinamentos existiram durante os primeiros séculos do Cristianismo. Entre eles se destacavam os gnósticos que criam, entre tantas heresias, que o conhecimento era o caminho da salvação, no dualismo radical entre Deus (espírito) e o mundo (mal) e na libertação do espírito através do conhecimento. Eles eram realmente convincentes em suas teorias e filosofias. Mas, aplicando para nós hoje, que lições poderiam tirar para nossa Igreja?

Para vencer qualquer sistema falso de doutrinas, qualquer invencionice humana, qualquer vã filosofia eu tenho que conhecer a palavra de Deus. E aqui está um dos maiores desafios para nossa juventude hoje. No mundo cheio de entretenimento, de atraentes diversões, agitado e cibernético, temos nós tirado tempo para refletir na Palavra de Deus? Temos nós estudado o suficiente para que quando nos for exigido dar prova de nossa fé não sejamos envergonhados? A Bíblia ainda continua sendo a nossa grande proteção nestes dias maus. Por isso é preciso amá-la de verdade.

Ilustração: Conta-se que, quando a poetisa inglesa Elizabeth Barrett se casou com o poeta Robert Browning, seus pais a deserdaram. Quando os recém casados se estabeleceram na distante Florença, na Itália, ela amava tanto aos seus pais que lhes escrevia diversas vezes por mês.

Dez anos mais tarde, ela finalmente recebeu um pacote com endereço de seus pais. Sua alegria se foi quando ela descobriu que o pacote continha as suas cartas, devolvidas sem abrir. Elas têm sido consideradas algumas das mais belas e expressivas em toda a literatura inglesa. Seus pais nunca as leram.

Podemos ser tentados a considerar os pais de Elizabeth Barret como insensíveis e desumanos, mas o que dizer de muitos de nós, pois, as mais belas cartas de reconciliação são as páginas de amor que compõe a Bíblia. Como Deus deve ficar desapontado quando os seus filhos terrestres as negligenciam.

B) A segunda característica do vencedor refere-se aquele que dá ouvidos a admoestação de retornar ao “primeiro amor” e a “prática das primeiras obras”.

Entenda-se primeiro amor aqui como o zelo, o carinho, a dedicação pelas coisas de Deus. Quando ouvíamos o anuncio sobre o culto JA, sobre o Impacto Jovem, os Congressos Jovens, as Koinonias, reunião do Pequeno Grupo Jovem, a palestra no Retiro Espiritual, sobre a Festa da Amizade, Vigília de Oração, Operação Resgate, Trabalho Missionário… estes anúncios faziam arder o nosso coração, ficávamos ansiosos para chegar o momento e participar, aguardávamos com ansiedade para estarmos na presença de Deus na companhia dos amigos. Vibrávamos com as reuniões, contribuíamos com brindes, cedíamos a nossa casa para os encontros, gastávamos pneu de carro, sola de sapato, papel, tinta, tempo, dinheiro…Nenhum esforço era demasiado grande. Se por alguma razão nada disso não mais nos motiva, o conselho para o vencedor cada dia é: voltar às praticas das primeiras obras.

C) Interessante aqui também, é a terceira característica do vencedor. Vencer a moral dos nicolaítas é uma característica bem necessária do tempo presente, pois os nicolaítas afirmavam que não tinha nenhuma importância cometer adultério, eles acreditavam que nada que fizesse ao corpo poderia lhes afetar a consciência. Eram licenciosos e amorais. Hoje há um grupo cada vez mais crescente de pessoas que pregam que a fé em Jesus os liberta da obediência a alguns mandamentos. Hoje, resistir até o casamento para que se chegue puro, é motivo de zombarias e críticas. Não se envolver em situações melindrosas no namoro é caretice e ser considerado ultrapassado. Mas, esta é uma das grandes diferenças entre os vencedores e os derrotados, os vencedores não cedem à pressão do grupo, não se envergonham do que crêem ou testemunham. Já os perdedores, traem suas convicções para parecerem “modernos” e “bacanas”, eles não sabem adiar a satisfação imediata em favor do cumprimento da vontade de Deus, eles estão sempre dando desculpas para os seus fracassos. Cristo sempre confiou na sua juventude, através de João ele nos diz: “… eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a Palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno.” I Jo. 2:14.

D) A quarta característica inspira todo crente que tem sofrido perseguições por causa da “Palavra de Deus e do testemunho de Jesus.” Apoc. 1:9. Pode ser um patrão que tem insistido para você trabalhar no Sábado, um professor que não quer abrir mão das aulas ou provas no Dia do Senhor, um assédio pela imposição do poder ou status, um(a) namorado(a) que te pede uma prova antes do casamento e etc. Independente da perseguição lembre-se das promessas de Jesus “No mundo tereis aflições, mas tendes bom ânimo eu venci mundo.” João 16:33; “Bem-Aventurados os que sofrem perseguições por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.” S. Mat. 5:10.

Quando somos chamados a fazer parte do grupo dos vencedores de Cristo, Satanás leva-nos a pensar naquilo que vamos perder. Uma jovem vaidosa pode pensar nas jóias que não usará mais, um atleta que deixará de ser a estrela de seu time, um rico empresário que terá de mudar o seu ramo de negócio, um estudante que terá que ser transferido de sua faculdade intolerante, um membro de uma importante organização que pedirá desligamento, um músico que terá de deixar sua banda, um escritor que deixará de escrever sua novela… A entrega a Deus em vez de se tornar uma glória se torna um fardo. Aquilo que deveria ser um alívio se torna um tormento. Some-se a isto o famoso apelo dos hedonistas “se eu posso desfrutar dos prazeres do presente, porque eu vou deixar para ser feliz apenas no futuro.”.

Queridos jovens, Cristo não promete apenas recompensas para o futuro, Ele promete satisfação, gozo e felicidade para o aqui e agora, e o que é melhor, a verdadeira felicidade que emana de Deus. Ele diz : “ E todo o que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna.” Mat. 19:29.

Como se não bastasse às dádivas do presente, Ele promete participação “da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus”. Duas pessoas, apenas, da família humana- Adão e Eva provaram da árvore da vida, antes do pecado invadir este mundo. Agora a promessa divina estende-se a todos os vencedores da família de Adão, o que será uma experiência fascinante e sempiterna.

A árvore da vida está no meio do paraíso de Deus. E onde está o paraíso de Deus? O Apóstolo Paulo dá uma preciosa resposta a esta pergunta. Em uma de suas cartas à igreja de Corinto, cita um arrebatamento de sua própria pessoa ao paraíso e diz que este está no terceiro Céu (II Cor. 12:2-4).

“O puro e amável Jardim do Éden, de onde nossos primeiros pais foram expulsos, permaneceu até que Deus Se propôs destruir a Terra pelo dilúvio. Deus plantara o jardim e o abençoara especialmente, e em Sua maravilhosa providência removeu-o da Terra, e o fará voltar outra vez à Terra, mais gloriosamente adornado do que antes de ser removido. Deus Se propôs preservar um espécime de Sua perfeita obra criadora livre da maldição com que amaldiçoara a Terra.” História da Redenção, págs. 58 e 59.

Compreendemos, pois, que a árvore da vida, e bem como o paraíso do primeiro homem, foi trasladada para o paraíso de Deus. A árvore da vida foi uma das inestimáveis perdas de Adão. Mas, o filho de Deus redimiu a falta e a queda do homem; e agora, pela obra da expiação, Adão reintegrado em seu primeiro domínio.

III – Conclusão: A Árvore da Vida é um extraordinário prêmio para aqueles que resistirem as tentações e triunfarem sobre o mal. Encontros têm sido marcados sob sua sombra, aliás, eu sempre tive a curiosidade de saber porque muita gente diz: eu quero marcar um encontro com você debaixo da árvore da vida, e há aqueles que ainda marcam a hora, mas, de concreto mesmo até onde eu saiba haverá pelo menos um grande encontro. O encontro das crianças órfãs com Seu eterno Pai – Jesus Cristo.

“Ao surgirem os pequenos, imortais, de seu leito poento, imediatamente seguirão caminho, voando, para os braços maternos. Reencontrar-se-ão, para nunca mais se separarem. Muitos dos pequeninos, porém, não terão mãe ali. Em vão nos pomos à escuta do arrebatador cântico de triunfo por parte da mãe. Os anjos acolherão os pequeninos sem mãe e os conduzirão para junto da árvore da vida. Jesus lhes coloca o áureo círculo de luz, a coroa, sobre as cabecinhas.” The Youth’s Instructor, abril de 1858.

Os salvos costumam marcar encontros na árvore da vida porque sem dúvida ela é um lugar de grandes reuniões.

A árvore da vida também é um grande símbolo do que o sacrifício de Cristo pode fazer por nós. Pois, a palavra em grego -madeiro- que é usada no Apocalipse para árvore é a palavra que é usada nos demais livros do Novo Testamento para cruz. No Apocalipse madeiro foi traduzido como árvore. É bem provável que aqui tenhamos uma importante mensagem que a árvore seria a lembrança perfeita de que a vida chega ao homem apenas através do sacrifício redentor de Jesus. Foi o madeiro da árvore da cruz que possibilitou a realidade da árvore da vida (Col. 1:20). Mas, essa vitória deve ser aplicada, mediante a lealdade a Cristo, na batalha contra o mal e na aquisição de sua própria santidade, através do poder do Espírito Santo que nos faz vencedores.

Finalmente, lembremos das maravilhosas palavras de Apocalipse 22:14 “Bem- aventurados aqueles que lavam as suas vestes [no sangue do Cordeiro] para que tenham direito à arvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.

Autor: Pr. Donato Azevedo Filho

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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