As bênçãos do sofrimento – A eternidade nos dará respostas que gostaríamos de ouvir hoje.

 

O fim de 2007 e o início de 2008 deixaram algumas marcas de dor na família adventista. Ainda em dezembro, descansou o pastor Milton Souza, que dirigia o Sistema Adventista de Comunicação. Durante alguns meses, ele lutou pela vida, mas, ao final, descansou com palavras de profunda confiança na direção divina e na segunda vinda de Cristo. Nos primeiros dias de janeiro, faleceu a irmã Yolanda Telles, junto com seu esposo, dois filhos e a sogra, em um acidente. Diretora financeira da Agência de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) na Bolívia, ela administrou, com qualidade, uma das maiores estruturas dessa instituição que a igreja possui no mundo. Descansou no Senhor junto com uma parte de sua família, quando viajava de férias.

Esses são apenas dois momentos difíceis vividos pela igreja nestes últimos dias. Infelizmente, porém, não foram os únicos. Quantas outras famílias conviveram com a perda ou dor! Diante desse quadro, parece difícil explicar ou entender o título dessa mensagem. Será que é possível, realmente, encontrar alguma bênção em meio ao sofrimento?

Nesses momentos, o que mais buscamos são respostas. Queremos entender os porquês. Mas tudo o que nossa mente alcança é muito limitado, além de correr o risco de um equívoco. Apenas Deus e a eternidade vão nos mostrar as respostas. Uma segurança, porém, podemos ter: Deus sempre permite o que é melhor, por mais que não sejamos capazes de compreender.

Ellen White nos garante que, apesar do sofrimento, “Deus não conduz jamais seus filhos de maneira diferente do que eles escolheriam se pudessem ver o fim desde o princípio, e discernir a glória do propósito que estão realizando como Seus colaboradores” (A Ciência do Bom Viver, p. 479)

O apóstolo Paulo, falando de sua experiência com o espinho na carne, demonstra uma visão mais ampla: “De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque quando sou fraco, então, é que sou forte” (2Co 12:9, 10). Que palavras incríveis, com uma verdade quase incompreensível: as fraquezas renovam nossas forças! Será que isso é realmente possível? Quero lhe apresentar, pelo menos, três motivos para concordar com Paulo. O sofrimento pode provocar:

1. Reavaliação da vida pessoal.

Isso deve ser encarado como uma bênção, pois em função da correria da vida muitas vezes não paramos para avaliar nossas atitudes. Vamos vivendo como é possível até que surge uma doença, a perda de um emprego ou a família se desfaz. Nesse momento, aparece a tão necessária oportunidade para trazer de volta aquilo que realmente tem valor.

2. Fortalecimento de relacionamentos.

No meio da dor, os problemas de relacionamento perdem sua força, porque o sofrimento une as pessoas. Não há clima nem tempo para pensar em outras coisas. Tudo parece pequeno demais diante da dor. Lembro muito bem quando visitei uma pessoa doente em São Paulo. Tive que esperar as duas filhas saírem do quarto para poder fazer a visita. Minha surpresa foi grande ao descobrir que as duas tinham temperamentos extremamente diferentes e sempre se desentendiam a ponto de não conversar mais. Depois de descobrir a doença grave da mãe, esqueceram as diferenças e foram juntas para apoiá-la. O sofrimento pode se transformar em cura para relacionamentos.

3. Encontro com Deus.

Quantas pessoas tiveram seu verdadeiro encontro com Deus em um momento de dor! Pararam para reavaliar sua vida espiritual e colocá-la em ordem. Passaram a buscá-Lo e a depender mais dEle. A extremidade do homem sempre é a oportunidade de Deus. Apesar de não ser o causador do sofrimento, Ele o permite como uma oportunidade eterna.

Nosso desafio é abrir os olhos, muitas vezes banhados de lágrimas, e enxergar as bênçãos que podem existir por trás de um momento de dor, reconhecendo que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8:28) e confiando no momento em que Ele “enxugará dos olhos toda a lágrima” (Ap 21:4).

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O pastor Erton Kohler escreve mensalmente para a Revista Adventista, periódico mensal publicado pela Casa Publicadora Brasileira.

Fonte: Revista Adventista (março de 2008)

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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