A propagação do evangelho merece nossa mais diligente ação.
Nossa fidelidade aos princípios cristãos é um chamado para trabalharmos ativamente para Deus. Os que não usam seus talentos na causa e na obra de Deus não terão parte, com Jesus, em Sua glória. De cada alma, recipiente da glória de Deus, a luz deve brilhar. Há muitas almas em trevas, mas muitos se acham tranqüilos, acomodados e à vontade com esse fato!…
Requer-se que todo real seguidor de Cristo seja uma luz para o mundo. Deus fez Sua parte na grande obra e espera a cooperação de Seus seguidores. O plano da salvação está completo. O sangue de Jesus Cristo foi oferecido pelos pecados do mundo, a Palavra de Deus tem falado ao homem aconselhando, repreendendo, advertindo, prometendo, encorajando, e a eficácia do Espírito Santo é oferecida para auxiliá-lo em todos os seus esforços. Com toda essa luz, porém, o mundo ainda perece em trevas, sepultado em pecado.
Quem labutará, com Deus, para ganhar essas pessoas para a verdade? Quem levará a elas as boas novas da salvação?
Aqueles a quem Deus abençoou com a luz e a verdade, devem ser mensageiros de misericórdia. Seus recursos devem fluir na direção do canal de Deus. Seus esforços honestos devem ser colocados adiante. Devem tornar-se colaboradores de Deus, negando-se a si mesmos, sacrificando-se como Jesus, que por nós Se tornou pobre, para que, por Sua pobreza, fôssemos ricos.
Sociedade com o Céu
Agentes divinos e humanos combinam-se na obra de salvar almas. Deus fez Sua parte e a necessidade agora é de cristãos ativos. Deus […] espera que Seu povo assuma sua parte, apresentando a luz da verdade para todas as nações. Quem fará essa sociedade com o Senhor Jesus Cristo? Ele vai determinar os termos e as condições. Deus o tem iluminado com o conhecimento dEle? Têm os tesouros de Sua Palavra aumentado sua compreensão de maneira a tornar-se sábio em relação com as verdades ali contidas? Portanto, vá e trabalhe com suas habilidades.
Apenas quem for humilde, puro de coração, único em propósito, verá as necessidades e carências da causa de Deus… Onde há um obreiro, deve haver centenas recebendo cada palavra que ‘sai da boca de Deus’, a qual deve ser entregue às pessoas à medida que puderem receber. Muito mais do que já foi feito, deve ser realizado.
O espírito mundano tem prevalecido entre os professos servos de Deus. Para eles, a vida das pessoas não vale nem a metade do valor de seu gado, fazendas e negócios. Deus vai responsabilizá-los por essa terrível negligência do passado; mas o que farão no futuro? Irão cooperar com o grande Benfeitor? Como homens que possuíram a luz da verdade, deixarão sua luz brilhar sobre os que estão em trevas?
Deus os têm honrado com o privilégio de serem colaboradores com Cristo na colheita da grande seara. Irão eles, agradecidos e de coração, receber todo benefício providenciado por Deus e aperfeiçoar-se diligentemente mediante o exercício, usando cada habilidade e cada dever consagrado ao serviço do Mestre? O sucesso do progresso na vida santificada depende do desenvolvimento dos talentos a eles concedidos. Sua recompensa futura será proporcionada pela integridade e dedicação com que servem ao Mestre.
Todo empreendimento em coisas temporais e mundanas prospera na proporção da sabedoria, tato e concentração de poder exercidos na aquisição do objeto do desejo. Assim devem ser também nossos empreendimentos cristãos. Devemos trabalhar de acordo com a Palavra de Deus. Deve haver planejamento criterioso. Deve haver seleção de homens e talentos apropriados para os variados ramos da obra. A Palavra de Deus deve ser nosso guia, assim como a condição específica para que nos tornemos colaboradores de Cristo. O desejo de acumular riquezas é uma afeição original de nossa natureza, implantada ali, por nosso Pai Celestial, para fins nobres.
Onde Está o Coração
Se perguntarmos ao capitalista que concentrou toda a sua energia unicamente em defender sua fortuna e que é perseverante e diligente em aumentar sua propriedade, qual é o propósito de seu labor, ele poderá não dar uma razão, um propósito definido pelo qual tem ajuntado tesouros mundanos e amontoado riquezas. Ele pode não definir nenhum grande anseio ou finalidade que tenha em mente, ou alguma nova fonte de felicidade que possa obter. Ele continua acumulando porque pôs todas as suas habilidades e capacidade nessa direção.
Há no homem mundano um desejo ardente por algo que não tem. Por força do hábito, direciona todo pensamento, todo propósito na direção de prover para o futuro e, ao envelhecer, torna-se mais ávido do que nunca em adquirir tudo o que é possível ter. . .
Toda essa energia, perseverança, determinação, esforço por poder mundano é o resultado da perversão da sua capacidade para o propósito errado. Cada habilidade deve ser cultivada, o máximo possível, pelo exercício, para o que é celeste, para a vida imortal e para o mais excelente e eterno peso de glória.
Os costumes e práticas do homem mundano, perseverança, energia, beneficiando-se de cada oportunidade para aumentar suas posses, deveriam ser uma lição para aqueles que alegam ser filhos de Deus, buscando glória, honra e mortalidade. Os filhos do mundo são mais sábios em sua geração que os filhos da luz, e aqui é notada sua sabedoria. Com o objetivo de acumular riquezas terrenas e para esse fim, concentram toda energia. Ah! Que esse zelo caracterizasse o obreiro das riquezas celestes!
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Esse é um fragmento do artigo escrito de Basiléia, Suíça, publicado pela primeira vez há 100 anos, na Advent Review and Sabbath Herald (hoje, Adventist Review http://www.adventistreview.org). Os adventistas do sétimo dia crêem que Ellen G. White exerceu o dom profético durante mais de 70 anos de ministério público.