Educação cristã

Aproximamo-nos rapidamente da crise final da história do mundo, e é de importância que compreendamos deverem as vantagens educacionais oferecidas por nossas escolas ser diferentes das que oferecem as escolas do mundo. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 56.

Nossas idéias acerca da educação têm sido demasiadamente acanhadas. Há a necessidade de um objetivo mais amplo e mais elevado. A verdadeira educação significa mais do que avançar em certo curso de estudos. É muito mais do que a preparação para a vida presente. Visa o ser todo, e todo o período da existência possível ao homem. É o desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, intelectuais e espirituais. Prepara o estudante para a satisfação do serviço neste mundo, e para aquela alegria mais elevada por um mais dilatado serviço no mundo vindouro. […]

No mais alto sentido, a obra da educação e da redenção são uma; pois, na educação, como na redenção, “ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”. 1 Coríntios 3:11. — Educação, 13, 30.

Fazer com que o homem volte à harmonia com Deus, de maneira a elevar e enobrecer sua natureza moral a fim de que ele de novo possa refletir a imagem do Criador, é o grande propósito de toda a educação e disciplina da vida. Tão importante era essa obra que o Salvador deixou os palácios celestiais e veio em pessoa à Terra para ensinar aos homens como obter a habilitação para a vida mais elevada. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 49.

É tão fácil deixar-se levar pelos planos, métodos e costumes à maneira do mundo, sem dar mais atenção ao tempo em que vivemos, ou à grande obra a ser realizada, do que o fez o povo do tempo de Noé! Há constante perigo de que nossos educadores sigam os passos dos judeus, conformando-se com os costumes, as práticas e tradições não provindas de Deus. Com tenacidade e firmeza se apegam alguns aos velhos hábitos e ao amor por vários estudos não essenciais, como se sua salvação dependesse dessas coisas. Assim procedendo, desviam-se da obra especial de Deus, e dão aos alunos uma instrução deficiente e errada. — Testimonies for the Church 6:150.

Deve haver homens e mulheres habilitados a trabalhar nas igrejas e a preparar nossos jovens para ramos especiais de serviço, a fim de que almas sejam levadas a ver a Jesus. As escolas estabelecidas por nós devem ter em vista este objetivo e não imitar o sistema das escolas denominacionais estabelecidas por outras igrejas ou o sistema de seminários e colégios do mundo. Devem ter um sistema muito mais elevado, em que não se origine ou não se favoreça nenhum aspecto de incredulidade. Aos estudantes deve-se ensinar o cristianismo prático, e a Bíblia deve ser considerada o livro mais elevado e importante. — Fundamentos da Educação Cristã, 231.

A responsabilidade da igreja — Durante a noite, eu participava de um grande grupo, em que o espírito de todos os presentes estava sendo agitado com o assunto da educação. Muitos apresentavam objeções contra a mudança do tipo de educação, há tanto tempo praticado. Alguém, que tem sido nosso instrutor há muito tempo, falava ao povo. Dizia: “O assunto da educação deve interessar a todos os adventistas do sétimo dia”. — Testimonies for the Church 6:162.

A igreja tem uma obra especial a fazer no educar e preparar suas crianças a fim de que, freqüentando outras escolas ou em outros convívios, não venham a ser influenciadas pelos que têm hábitos corruptos. O mundo está cheio de iniqüidade e de desprezo pelas reivindicações de Deus. As cidades tornaram-se como Sodoma, e nossos filhos estão diariamente sendo expostos a muitos males. Os que freqüentam as escolas públicas associam-se muitas vezes com outros mais negligenciados que eles, crianças que, fora do tempo passado na sala de aulas, são deixadas a obter a educação de rua. O coração dos pequenos é facilmente impressionado; e a menos que seu ambiente seja da devida espécie, Satanás empregará essas crianças negligenciadas para influenciar as que são educadas com mais cuidado. Assim, antes que os pais observadores do sábado se dêem conta do mal que está sendo feito, são aprendidas as lições de depravação, e a alma de seus pequenos é corrompida. […]

Muitas famílias que, com o intuito de educar seus filhos, se mudam para lugares onde se acham situadas nossas grandes escolas, fariam melhor serviço ao Mestre permanecendo onde estão. Devem animar a igreja de que são membros, a estabelecer uma escola em que as crianças dos arredores recebam uma educação cristã prática e bem equilibrada. Seria muitíssimo melhor para seus filhos, para eles próprios e para a causa de Deus, se eles permanecessem nas igrejas menores, onde seu auxílio é necessário, em vez de irem para as maiores onde, devido a não serem ali necessários, há constante tentação a cair em inatividade espiritual.

Onde quer que haja alguns observadores do sábado, os pais se devem unir para providenciar um lugar para uma escola em que suas crianças e jovens possam ser instruídos. Empreguem um professor cristão que, como consagrado missionário, eduque as crianças de tal maneira que os induza a se tornarem missionários. […] — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 173, 174.

Achamo-nos sob solene e sagrado concerto com Deus para criar nossos filhos para Ele e não para o mundo; para ensinar-lhes que não dêem a mão ao mundo, mas amem e temam a Deus, e Lhe observem os mandamentos. Cumpre impressioná-los com o fato de serem criados à imagem de Seu Criador, e de Cristo ser o modelo segundo o qual devem ser talhados. É preciso que se faça mui zeloso estudo da educação que comunicará o conhecimento da salvação, e conformará a vida e o caráter com a semelhança divina. […]

Para suprir a necessidade de obreiros, Deus deseja que sejam estabelecidos centros educativos em diferentes países, onde estudantes promissores possam ser educados nos ramos práticos do conhecimento e na verdade bíblica. Ao se empenharem essas pessoas no serviço, recomendarão a obra da verdade presente nos novos campos.

Além da educação dos que serão enviados de nossas associações mais antigas, como missionários, devem ser preparadas pessoas em todas as partes do mundo para trabalharem por seus próprios patrícios e vizinhos; e é melhor e mais seguro para essas, o quanto possível, receberem o seu preparo no próprio campo em que estão trabalhando. Raramente é preferível, tanto para o obreiro como para o avançamento da causa, que ele vá para terras distantes em busca de preparo. — Testimonies for the Church 6:127, 137.

Como igreja e como indivíduos, se queremos estar isentos de culpa no juízo, devemos fazer esforços mais liberais para o preparo de nossos jovens, para que possam estar mais aptos para os vários ramos da grande obra confiada às nossas mãos. Devemos formular planos sábios, a fim de que a mente engenhosa dos que têm talento possa fortalecer-se e disciplinar-se, e tornar-se polida da maneira mais excelente, para que a obra de Cristo não seja estorvada por falta de hábeis obreiros, que a façam com fervor e fidelidade. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 43.

O apoio moral de nossas instituições — Pais e mães devem cooperar com o professor, trabalhando zelosamente para a conversão de seus filhos. Esforcem-se para manter o interesse espiritual sempre vivo, e sempre robusto no lar, criando seus filhos na doutrina e admoestação do Senhor. Consagrem eles parte de cada dia ao estudo, e tornem-se alunos com seus filhos. Assim tornarão a hora educativa um prazer e um proveito, e se fortalecerá sua confiança nesse método de buscar a salvação dos próprios filhos. — Testimonies for the Church 6:199.

Alguns dos alunos voltam para casa murmurando e queixando-se, e os pais e os membros da igreja dão ouvidos às declarações exageradas, unilaterais. Bem fariam em considerar que a história tem dois lados; no entanto, permitem que essas informações truncadas criem uma barreira entre eles e o colégio. Começam então a manifestar temores, dúvidas e suspeitas quanto à maneira por que o colégio está sendo dirigido. Tal influência produz grande dano. As palavras de descontentamento propagam-se como uma doença contagiosa, e a impressão causada sobre o espírito de outros dificilmente se apagará. A história avoluma-se a cada repetição, chegando a gigantescas proporções, quando uma investigação revelaria o fato de que não houve falta da parte dos professores ou mestres. Estes cumpriram apenas seu dever em fazer vigorar os regulamentos da escola, o que se deve fazer, do contrário a escola ficará desmoralizada. […]

Caso os pais se colocassem na posição dos professores, e vissem quão difícil é administrar e disciplinar uma escola de centenas de alunos de todas as séries e de todas as tendências mentais, talvez com reflexão, vissem os fatos de modo diferente. Devem considerar que alguns filhos nunca receberam disciplina em casa. Tendo sido sempre tratados complacentemente, sem nunca serem treinados na obediência, ser-lhes-ia grandemente proveitoso serem afastados dos pais excessivamente liberais e colocados sob regulamentos e exercícios tão rigorosos como os que regem os soldados num exército. A menos que se faça algo por esses filhos tão negligenciados por pais infiéis, eles jamais poderão ser aceitos por Jesus; a menos que sejam controlados por algum poder, virão a ser de nenhum préstimo nesta vida, e não terão parte na futura. — Testimonies for the Church 4:428, 429.

Muitos pais e mães erram por deixarem de apoiar os esforços do fiel professor. Os jovens e as crianças, com sua compreensão imperfeita e juízo não desenvolvido, nem sempre conseguem entender todos os planos e métodos do professor. No entanto, quando transmitem em casa informações sobre o que é dito e feito na escola, são elas debatidas pelos pais no círculo familiar, e o procedimento do professor é criticado sem restrição. Aqui os filhos aprendem lições que não são esquecidas com facilidade. Todas as vezes que estiverem sujeitos a restrições fora do comum ou tiverem de aplicar-se a penoso estudo, apelarão a seus pais imprudentes por simpatia e condescendência. Deste modo é incentivado um espírito de inquietação e descontentamento, a escola como um todo sofre em resultado da influência desmoralizadora, e o fardo do professor torna-se muito mais pesado. A maior perda, porém, é experimentada pelas vítimas desse desgoverno dos pais. Defeitos de caráter que o devido ensino teria corrigido, são deixados a fortalecer-se com os anos, para danificar e talvez destruir a utilidade de seu possuidor. — Fundamentos da Educação Cristã, 64, 65.

Dirigidos por Deus — O Senhor trabalha com todo professor consagrado; e é do interesse do próprio professor compreender isso. Os instrutores que estão sob a disciplina de Deus, recebem graça, verdade e luz pelo Espírito Santo, para comunicar às crianças. Estão sob a direção do maior Mestre que o mundo já conheceu, e quão impróprio lhes seria ter espírito descortês, voz áspera, cheia de irritação! Com isso perpetuariam nas crianças seus próprios defeitos. […]

Deus Se comunicará com a alma pelo Seu Espírito. Enquanto estudais, orai: “Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da Tua lei”. Salmos 119:18. Quando o professor confiar em Deus, e orar, o Espírito de Cristo virá sobre ele, e por meio dele Deus atuará, pelo Seu Espírito Santo, na mente do estudante. O Espírito Santo enche a mente e o coração de esperança, coragem e de pensamentos da Bíblia, que serão comunicados ao estudante. As palavras de verdade crescerão em importância, assumindo uma extensão e plenitude de sentido, em que ele jamais sonhou. A beleza e virtude da Palavra de Deus têm influência transformadora sobre o espírito e o caráter; as centelhas do amor divino cairão na alma das crianças como uma inspiração. Podemos levar a Cristo centenas e milhares de crianças se trabalharmos por elas. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 171, 172.

Antes de o homem se tornar realmente sábio, cumpre-lhe avaliar sua dependência de Deus, e encher-se de Sua sabedoria. Ele é a fonte do poder intelectual, bem como do espiritual. Os maiores homens, que atingiram o que o mundo considera o máximo na ciência, não são para se comparar com o amado João ou o apóstolo Paulo. É quando se combinam a capacidade intelectual e a espiritual, que se atinge a mais alta norma de varonilidade. Os que assim fizerem, Deus aceitará como coobreiros Seus no preparo das mentes. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 66.

A obra mais importante de nossas instituições de educação no tempo atual é colocar perante o mundo um exemplo que honre a Deus. Santos anjos devem superintender a obra, mediante fatores humanos, e cada departamento deve trazer o cunho da excelência divina. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 57.

Qualificações de um professor — Consegui um homem forte para ocupar o cargo de diretor em vossa escola, homem cuja força física o favoreça na execução de um trabalho disciplinar completo; homem que se ache habilitado a educar os estudantes nos hábitos de ordem, asseio e diligência. Efetuai um trabalho completo no que quer que empreendais. Se sois fiéis no ensino dos ramos usuais, muitos de vossos estudantes poderão entrar diretamente para a obra como colportores e evangelistas. Não precisamos entender que todos os obreiros necessitem de educação superior. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 213, 214.

Ao escolher professores, usemos a máxima cautela, sabendo ser uma questão tão solene como a escolha de pessoas para o ministério. Essa escolha deve ser feita por homens sábios e aptos a discernirem o caráter. Pois para educar e moldar o espírito dos jovens e desempenharem-se com êxito das muitas atividades que deverão ser desenvolvidas pelo professor de nossas escolas de igreja, necessitam-se os melhores talentos que se possam conseguir. Não se deve pôr à testa dessas escolas qualquer pessoa de uma disposição de espírito inferior ou estreita. Não se ponham as crianças a cargo de jovens e inexperientes professores, destituídos de aptidões para dirigir, pois seus esforços tenderiam para a desorganização. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 174, 175.

Não se deve empregar um professor a menos que se tenha provas bem concretas de que ele ama a Deus e receia ofendê-Lo. Caso os professores sejam ensinados por Deus, se aprendem diariamente na escola de Cristo. labutarão segundo as normas de Cristo. Cativarão e atrairão com Ele; pois toda criança e todo jovem são preciosos. — Fundamentos da Educação Cristã, 260.

Os hábitos e princípios de um professor devem ser considerados ainda de maior importância que suas habilitações do ponto de vista da instrução. Se ele é um cristão sincero, sentirá a necessidade de manter interesse igual na educação física, mental, moral e espiritual de seus discípulos. A fim de exercer a devida influência, cumpre-lhe ter perfeito domínio sobre si mesmo, e o próprio coração possuído de abundância de amor para com os alunos — amor que se manifestará em sua expressão, nas palavras e nos atos. — Fundamentos da Educação Cristã, 19.

O professor deve sempre conduzir-se como um cristão cortês. Deve ter para com seus discípulos a atitude de amigo e conselheiro. Se todo o nosso povo — professores, pastores e membros leigos — cultivasse o espírito da cortesia cristã, encontraria muito mais facilmente acesso ao coração do povo; muitos mais seriam levados a examinar e receber a verdade. Quando todo professor esquecer o próprio eu, experimentando profundo interesse no êxito e prosperidade dos alunos, compreendendo que os mesmos são propriedade de Deus, e que ele tem de prestar contas de sua influência sobre a mente e o caráter deles, então teremos uma escola em que os anjos se deleitarão em demorar. […]

Nossas escolas necessitam de professores de elevadas qualidades morais, dignos de confiança, sãos na fé e dotados de paciência e tato, pessoas que andem com Deus e se abstenham da própria aparência do mal. […]

Confiar as crianças a professores orgulhosos e destituídos de amor, é mau. Um professor assim fará grande dano aos que estão em rápido desenvolvimento de caráter. Se os professores não forem submissos a Deus, se não tiverem amor pelas crianças que têm a seu cargo, ou se mostrarem parcialidade pelos que lhes agradam à fantasia e manifestarem indiferença pelos menos atrativos ou os que são desassossegados e nervosos, não devem ser empregados; pois o resultado de sua obra será perda de almas para Cristo.

Necessitam-se e em especial para as crianças, professores que sejam calmos e bondosos, que manifestem paciência e amor justamente por aqueles que disso mais necessitam. […]

A não ser que o professor compreenda a necessidade de orar, e humilhe o coração perante Deus, perderá a própria essência da educação. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 93, 94, 175, 176, 231.

A importância dos requisitos físicos do professor não pode ser acentuada com demasia; pois quanto mais perfeita for a saúde, tanto mais perfeito será o trabalho. A mente não pode pensar com clareza e ser vigorosa no agir, quando as faculdades físicas sofrem em resultado de fraqueza ou doença. O coração é impressionado por meio da mente. Mas se devido à incapacidade física a mente perde o vigor, a comunicação com os mais elevados sentimentos e impulsos fica, proporcionalmente, impedida, e o professor é menos apto a discernir entre o direito e o errado. Quando se sofrem os resultados da má saúde, não é tarefa fácil ser paciente e animado, ou agir com integridade e justiça. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 177.

O lugar da Bíblia na educação — Como meio para o preparo intelectual, a Bíblia é mais eficaz do que qualquer outro livro, ou todos os outros livros reunidos. A grandeza de seus temas, a nobre simplicidade de suas declarações, a beleza de suas imagens, despertam e elevam os pensamentos como nada mais o faz. Nenhum outro estudo poderá transmitir tal poder mental como o faz o esforço para se compreenderem as verdades estupendas da revelação. A mente, elevada assim em contato com os pensamentos do Infinito, não poderá deixar de expandir-se e fortalecer-se.

Maior ainda é o poder da Bíblia no desenvolvimento da natureza espiritual. O homem, criado para a associação com Deus, apenas em tal associação poderia encontrar sua vida e desenvolvimento reais. Criado para encontrar em Deus suas mais altas alegrias, em nada mais poderá achar o que aquieta os anelos do coração e satisfaz a fome e sede da alma. Aquele que com espírito sincero e dócil estuda a Palavra de Deus, procurando compreender as suas verdades, será levado em contato com seu Autor; e, a menos que não o queira, não haverá limites às possibilidades para o seu desenvolvimento. — Educação, 124, 125.

Confiem-se à memória as passagens mais importantes da Escritura ligadas à lição, e isso não como uma tarefa, mas como um privilégio. Embora a princípio a memória seja deficiente, ganhará força pelo exercício, de modo que depois de algum tempo vos deleitareis em assim armazenar as palavras da verdade. E tal hábito se demonstrará um valiosíssimo auxílio no crescimento espiritual. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 137, 138.

Perigos da escolaridade precoce — Como os moradores do Éden aprendiam nas páginas da natureza, como Moisés discernia os traços da escrita de Deus nas planícies e montanhas da Arábia, e o menino Jesus nas colinas de Nazaré, assim poderão os filhos de hoje aprender acerca dEle. O invisível acha-se ilustrado pelo visível. […]

Tanto quanto possível, seja a criança, desde os mais tenros anos, colocada onde esse maravilhoso manual possa abrir-se diante dela. — Educação, 100, 101.

Não envieis vossos pequeninos muito cedo para a escola. A mãe deve ser cuidadosa com a maneira em que confia a modelação da mente infantil a mãos alheias. Os pais devem ser os melhores mestres dos filhos até que eles atinjam a idade de oito ou dez anos. Sua sala de aula deveria ser o ar livre, entre as flores e os pássaros, e seu livro de estudo, o tesouro da natureza. Tão depressa como sua inteligência possa compreendê-lo, os pais devem abrir perante eles o grande livro divino da natureza. Essas lições, dadas em tal ambiente, não serão esquecidas com facilidade. — Fundamentos da Educação Cristã, 156, 157.

Não somente têm sido a saúde física e mental das crianças postas em perigo por serem enviadas à escola num período precoce demais, mas também elas perdem do ponto de vista moral. Tiveram oportunidades de se familiarizar com crianças de maneiras não cultivadas. Foram atiradas na companhia dos grosseiros e dos rudes, que mentem, praguejam, roubam e enganam, e que se deleitam em transmitir seu conhecimento do vício aos mais novos que eles. As crianças novas, deixadas a si mesmas, aprendem o mal mais depressa que o bem. Os maus hábitos se harmonizam mais com o coração natural, e as coisas que vêem e ouvem na infância e na meninice são-lhes profundamente impressas no espírito; e a má semente semeada em seu jovem coração criará raízes e se transformará em aguçados espinhos, para ferir o coração dos pais. — Orientação da Criança, 302.

O valor da educação prática — Agora, como nos dias de Israel, todo jovem precisa ser instruído nos deveres da vida prática. Cada um deve adquirir conhecimentos em algum ramo de trabalho manual que, em caso de necessidade, lhe possa proporcionar um meio de vida. Isso é essencial, não somente como salvaguarda contra as dificuldades da vida, mas em virtude de seu efeito sobre o desenvolvimento físico, mental e moral. […]

Agora, como nos dias de Israel, todo jovem precisa ser instruído nos deveres da vida prática. Cada um deve adquirir conhecimentos em algum ramo de trabalho manual que, em caso de necessidade, lhe possa proporcionar um meio de vida. Isso é essencial, não somente como salvaguarda contra as dificuldades da vida, mas em virtude de seu efeito sobre o desenvolvimento físico, mental e moral. […]

Para as moças estudantes há muitas ocupações que devem ser providas a fim de que possam ter uma educação vasta e prática. Cumpre ensinar-lhes a fazer vestidos, e a arte da horticultura. Devem cultivar flores e plantar morangos. Assim, ao mesmo tempo em que são educadas no trabalho útil, terão saudável exercício ao ar livre. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 307, 310, 312.

Cumpre que se dê ênfase à influência do espírito sobre o corpo, como à deste sobre aquele. A energia elétrica do cérebro, suscitada pela atividade mental, vivifica o organismo todo, e assim é de inestimável auxílio na resistência à doença. […]

Há nas Escrituras uma verdade fisiológica, verdade esta que precisamos considerar: “O coração alegre serve de bom remédio”. Provérbios 17:22. — Educação, 197.

Para que as crianças e os jovens tenham saúde, alegria, vivacidade e bem desenvolvidos músculos e cérebro, convém que estejam muito ao ar livre, e tenham bem regulada ocupação e recreação. As crianças e os jovens mantidos na escola e presos aos livros não podem possuir sã constituição física. O exercício do cérebro no estudo, sem correspondente exercício físico, tem a tendência de atrair o sangue à cabeça, ficando desequilibrada a circulação sanguínea através do organismo. O cérebro fica com demasiado sangue, e os membros com bem pouco. Deve haver regras que limitem os estudos das crianças e jovens a certas horas, sendo depois uma porção do tempo dedicada ao trabalho físico. E se seus hábitos de comer, vestir e dormir estiverem em harmonia com as leis físicas, poderão educar-se sem sacrificar a saúde física e mental. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 83.

A dignidade do trabalho — A juventude deve ser levada a ver a verdadeira dignidade do trabalho. Mostrai-lhe que Deus é um obreiro constante. Todas as coisas na natureza fazem o trabalho que lhes foi designado. A atividade penetra por toda a criação, e a fim de que cumpramos a nossa missão devemos também ser ativos. — Educação, 214.

O trabalho físico associado ao esforço mental com o fim de ser útil, é uma disciplina na vida prática, dulcificada continuamente pela lembrança de que está habilitando e educando a mente e o corpo para executar melhor a obra que é desígnio de Deus que os homens realizem em diversos setores. — Fundamentos da Educação Cristã, 229.

Nenhum de nós deve envergonhar-se do trabalho, por menor e mais servil que pareça. O trabalho é enobrecedor. Todos quantos labutam com a cabeça ou com as mãos são homens e mulheres de trabalho. E todos estão cumprindo seu dever e honrando sua religião tanto quando lidam no tanque de lavar roupa ou na pia dos pratos, como quando vão às reuniões. Enquanto as mãos se encontram ocupadas nos serviços mais comuns, a mente pode ser elevada e enobrecida por pensamentos santos e puros. — Testimonies for the Church 4:590.

Uma grande razão por que o trabalho físico é menosprezado, é a maneira desleixada e precipitada como é muitas vezes realizado. É feito por necessidade e não porque haja sido escolhido. O trabalhador não o leva a sério, não conserva o respeito de si mesmo nem conquista o de outrem. O ensino manual deve corrigir este erro. Deve desenvolver hábitos de exatidão e perfeição. Os estudantes devem aprender o tato e o método em seus afazeres; aprender a economizar tempo, e a fazer cada movimento de maneira que seja aproveitado. Não somente lhes devem ser ensinados os melhores métodos, mas cumpre sejam inspirados pela ambição de sempre se aperfeiçoarem. Seja o seu alvo fazer o seu trabalho o mais perfeito que o cérebro e as mãos humanas possam conseguir. — Educação, 222.

É um pecado deixar que as crianças cresçam indolentes. Exercitem elas seus membros e músculos, mesmo que os cansem. Se não são ativados, como pode a fadiga fazer-lhes mais dano a eles do que a vós? Há uma evidente diferença entre cansaço e exaustão. As crianças necessitam mais freqüente mudança de atividade e intervalos de repouso que as pessoas adultas; mas mesmo quando ainda bem jovens, devem começar a aprender a trabalhar, e se sentirão felizes ao pensamento de que estão sendo úteis. Seu sono será mais tranqüilo após saudável atividade, e se sentirão refeitos para o próximo dia de trabalho. — O Lar Adventista, 289.

O cultivo da língua materna — Em todos os ramos da educação há objetivos a serem adquiridos, mais importantes do que os que se conseguem por mero conhecimento técnico. Na língua, por exemplo. Mais importante do que a aquisição de línguas estrangeiras, vivas ou mortas, é a habilidade de escrever e falar a língua materna com facilidade e precisão; mas nenhuma habilitação adquirida por meio do conhecimento das regras gramaticais pode comparar-se em importância com o estudo da língua de um ponto de vista mais elevado. Em grande parte se acha ligado a esse estudo o sucesso ou insucesso na vida. — Educação, 234.

Obras proibidas por Deus — Será desígnio do Senhor que falsos princípios, raciocínios estranhos e enganos de Satanás sejam postos perante o espírito dos jovens e das crianças? Serão sentimentos pagãos e infiéis apresentados a nossos estudantes como valiosos acréscimos a sua reserva de conhecimentos? As obras dos mais intelectuais dos céticos são o produto de um espírito prostituído ao serviço do adversário. Hão de os que se dizem reformadores, que buscam dirigir as crianças e os jovens no reto caminho, no trilho aberto para os remidos do Senhor, imaginar que Deus queria que eles apresentassem aos jovens para estudo aquilo que Lhe desfigurará o caráter, e O apresentará sob um falso aspecto? De modo nenhum! — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 25, 26.

Resultados da educação cristã — Como as crianças cantavam “Hosanas” no pátio do templo, e “Bendito o que vem em nome do Senhor” (Marcos 11:9), assim nestes últimos dias as vozes das crianças se erguerão para dar a última mensagem de advertência a um mundo agonizante. Quando os seres celestiais virem que os homens não mais têm permissão de apresentar a verdade, o Espírito de Deus virá sobre as crianças, e elas farão na proclamação da verdade um trabalho que os obreiros mais idosos não podem fazer, pois seus passos serão entravados.

Nossas escolas são ordenadas por Deus a fim de preparar as crianças para essa grande obra. Aí devem elas ser instruídas nas verdades especiais para este tempo, e na obra missionária prática. Devem alistar-se no exército de obreiros para ajudar o enfermo e o sofredor. As crianças podem tomar parte na obra médico-missionária e ajudar a levá-la avante em todos os seus aspectos. Suas contribuições poderão ser pequenas, mas ainda assim úteis, e mediante seus esforços muitas pessoas serão ganhas para a verdade. Por elas será proclamada a mensagem de Deus e Sua salvação a todas as nações. Que a igreja se preocupe, portanto, com os cordeirinhos do rebanho. Sejam as crianças educadas e preparadas para servirem a Deus, pois são a herança do Senhor. — Testimonies for the Church 6:202, 203.

Quando devidamente dirigidas, as escolas serão o meio de erguer o estandarte da verdade nos lugares em que funcionam; pois as crianças que receberem educação cristã, serão testemunhas de Cristo. Como Jesus, no templo, desvendou os mistérios que os sacerdotes e os príncipes não haviam podido penetrar, assim na história final da Terra, crianças que foram devidamente educadas hão de, em sua simplicidade, proferir palavras que surpreenderão os que agora falam em “educação refinada”. — Testimonies for the Church 6:202.

Foi-me mostrado que nosso colégio foi designado por Deus para realizar a grande obra de salvar almas. É somente quando postos sob o pleno controle do Espírito de Deus que os talentos de uma pessoa são considerados utilizáveis ao máximo. Os preceitos e princípios da religião são os primeiros passos na aquisição do conhecimento, e jazem no próprio fundamento da verdadeira educação. O conhecimento e a ciência precisam ser vitalizados pelo Espírito de Deus para servirem aos mais nobres propósitos. Só o cristão pode fazer o correto uso do conhecimento. A ciência, para ser plenamente apreciada, tem de ser considerada do ponto de vista religioso. O coração enobrecido pela graça de Deus pode compreender melhor o verdadeiro valor da educação. Os atributos de Deus, como vistos em Suas obras criadas, só podem ser apreciados quando temos conhecimento do Criador. Para conduzir a juventude à fonte da verdade, ao Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, o professor precisa não somente estar familiarizado com a teoria da verdade, mas ter também o conhecimento prático do caminho da santidade. Conhecimento é poder quando unido com a verdadeira piedade. — Testimonies for the Church 4:427.

O aluno deve apoiar sua escola. Os alunos que professam amar a Deus e obedecer à verdade, devem possuir tal grau de domínio próprio e resistência de princípios religiosos que sejam habilitados a permanecer inabaláveis em meio das tentações, e a defenderem a Cristo no colégio, nas casas que se acham hospedados, ou onde quer que estejam. A religião não é para ser usada meramente como uma capa, na casa de Deus; antes, os princípios religiosos devem caracterizar toda a vida.

Os que bebem da fonte da vida, não manifestarão, à semelhança dos mundanos, ansioso desejo de variações e de prazer. Em sua conduta e caráter ver-se-ão o sossego, a paz e a felicidade que encontraram em Jesus mediante o depositar-Lhe aos pés, dia-a-dia, suas perplexidades e preocupações. Mostrarão que há contentamento e mesmo alegria no caminho da obediência e do dever. Esses exercerão sobre os colegas uma influência que se fará sentir na escola inteira.

Os que compõem esse fiel exército serão um refrigério e fortalecimento para os professores e dirigentes em seus esforços, contrariando toda espécie de infidelidade, de discórdia e negligência no que concerne a cooperar com os regulamentos. Sua influência será salvadora, e no grande dia de Deus suas obras não perecerão, mas segui-los-ão no mundo por vir; e a influência de sua vida aqui falará através dos séculos sem fim da eternidade.

Um jovem sincero, consciencioso, fiel na escola, é inestimável tesouro. Os anjos do Céu o contemplam com amor. O precioso Salvador o ama, e no livro do Céu serão registrados toda obra de justiça, cada tentação resistida, todo mal subjugado. Ele estará assim depositando um bom fundamento contra o tempo que há de vir, de modo a lançar mão da vida eterna. […]

Da juventude cristã depende em grande medida a preservação e perpetuidade das instituições que Deus delineou como meio de fazer prosperar Sua obra. Esta solene responsabilidade repousa sobre a juventude de hoje que está entrando no palco da ação. Jamais houve um período em que tão importantes resultados dependessem de uma geração de homens; quão importante, pois, que a juventude esteja qualificada para a grande obra, de modo que Deus possa usá-la como instrumentos Seus. O Criador tem sobre eles reclamos que transcendem todos os outros.

Foi Deus quem lhes deu vida e cada uma das faculdades físicas e mentais que possuem. Concedeu-lhes habilidades para sábio aproveitamento, de modo que lhes pudesse confiar uma obra que seria tão duradoura quanto a eternidade. Em retribuição pelos Seus grandes dons Ele requer o devido cultivo e exercício das faculdades intelectuais e morais. Ele não lhes concedeu essas faculdades para mero entretenimento ou para serem abusivamente utilizadas contra Sua vontade e Seu propósito, mas para que pudessem usá-las no progresso do conhecimento da verdade e da santidade no mundo. Ele reclama sua gratidão, veneração e amor, em virtude de Sua continuada bondade e infinita misericórdia. Com razão Ele requer obediência a Suas leis e a todos os sábios regulamentos que protegem e guardam a juventude dos enganos de Satanás, e conduz os jovens no caminho da paz.

Se os jovens pudessem ver que na concordância com as leis e regulamentos de nossas instituições estão apenas fazendo aquilo que lhes melhorará a posição na sociedade, lhes elevará o caráter, enobrecerá sua mente e lhes aumentará a felicidade, não se rebelariam contra regras justas e saudáveis regulamentos, nem se empenhariam em criar suspeita e preconceito contra essas instituições. Nossos jovens devem ter um espírito de energia e fidelidade para fazer face ao que deles se requer, e isto será uma garantia de sucesso. O caráter incontrolado e indiferente de muitos jovens nesta idade do mundo é assustador. Muito da culpa cabe a seus pais no lar. Sem o temor de Deus ninguém pode ser verdadeiramente feliz.

Ellen G. White, Conselhos para a Igreja, Capítulo 37.

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Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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