Movimento da Igreja Emergente


“Fique longe de matérias espirituais não-bíblicas ou métodos de formação espiritual que estão enraizados no misticismo, como a oração contemplativa, oração centrante e o movimento da igreja emergente, na qual elas são promovidas. Procure na Igreja Adventista do Sétimo Dia pastores humildes, evangelistas, acadêmicos bíblicos, líderes e departamentais que podem providenciar métodos evangelísticos e programas baseados em princípios sólidos da Bíblia e do tema do grande conflito.” (Pr. Ted Wilson em Adventist News)

Formação espiritual, oração contemplativa, oração centrante, movimento da igreja emergente são pilares do One Project. Trata-se de um “ministério” ligado ao Movimento Emergente que tem como objetivo disseminar suas ideias e práticas pelo mundo. Aqui no Brasil o trabalho deste Movimento ainda é muito sutil, mas nos EUA a igreja tem sido assediada de maneira direta, e muitas já cederam às práticas deste Movimento. É importante conhecer um pouco sobre isso para entender o alerta do Pr. Ted Wilson.

Seguem algumas características deste Movimento Emergente:

  1. O Movimento da Igreja Emergente começou como uma tentativa de ser “relevante” para a cultura pós-moderna. O termo “relevante” é muito utilizado na literatura emergente. O Movimento busca modificar a igreja para adaptá-la à sociedade atual, sendo uma oposição às raízes do cristianismo. A ideia de “emergente” se relaciona com o surgimento de uma igreja destinada a uma geração de pessoas com muito pouco apego à igreja. Ou seja, uma igreja para quem não tem interesse em igreja; uma religião para quem não tem interesse em religião. É uma igreja “adaptada ao usuário” ou “orientada para o consumidor”. Os emergentes são tolerantes com todos, menos com os conservadores contra os quais fazem duras críticas.
  2. Este Movimento é eclético e diversificado, concentra-se menos no ensino bíblico distintivo e enfatiza a experiência espiritual (ou espiritualista?) do indivíduo. Não está preocupado com a interpretação correta da Bíblia, mas com a adaptação dela ao contexto pós-moderno. O Movimento é baseado em conceitos experimentais, sendo que uma das propostas fundamentais na comunicação emergente é a criação de um culto multissensorial, numa atmosfera construída com luzes, símbolos, mensagens multimídia, expressões artísticas, privilegiando sempre a experiência e o sentimento em contraposição à verdade bíblica. A intenção é experimentar Deus com os cinco sentidos.
  3. A adoração da Igreja Emergente inclui elementos carismáticos. A liturgia tende a substituir hinos e corinhos por música de “louvor” e “adoração” no estilo pop. Substituem o órgão e o piano convencional por teclados eletrônicos, baterias e contrabaixos, utilizando também “ordens cultuais”, tais como “coloque-se de pé … levante as mãos … diga ao Senhor ‘eu te amo’ … cante mais alto … feche seus olhos”. Um dos líderes deste Movimento Emergente nos EUA afirmou que “queremos oferecer às pessoas um local onde elas possam se sentir parte antes mesmo de acreditar.” E se elas se sentirem confortáveis e acolhidas sem a necessidade de acreditarem e seguirem doutrinas, ou seguirem o mínimo necessário, para eles é ainda melhor.
  4. O Movimento Emergente evita a “placa de igreja”, utilizando nomenclaturas genéricas com o suposto objetivo de atrair as pessoas que têm preconceitos em relação à denominação. A informalidade é buscada em todos os processos litúrgicos, pois a igreja tradicional não é vista com simpatia. O movimento nega a possibilidade de um único caminho, de regras fixas e de princípios que transcendam o tempo e a cultura.
  5. A evangelização da Igreja Emergente procura atender às necessidades físicas, emocionais e materiais das pessoas sem nenhuma ênfase no aspecto espiritual e na santificação, enfatizando as bênçãos materiais que supostamente advirão da fidelidade.
  6. Os emergentes são desiludidos com a igreja organizada e têm aversão ao conservadorismo, às regras, aos hinos sacros e à pregação da verdade presente. Não se preocupam com a conduta cristã e defendem a ideia de que Deus não se importa com o que faço ou deixo de fazer, desde que professe Seu nome e ame ao próximo. Dentro desse contexto, uma das críticas feitas à igreja tradicional é que ela insiste em que a pessoa pertença à igreja antes de poder tomar parte nas atividades do culto. Isto, segundo os emergentes, seria exclusivismo. Por isso, propõe que as pessoas passem imediatamente a participar de todas as atividades da igreja, inclusive nos púlpitos, antes mesmo de se tornarem membros efetivos.
  7. A Bíblia não é considerada nem parâmetro inquestionável nem autoridade de fé e prática. Não se deve procurar o sentido que o autor pretendia para seus leitores, nem os princípios intrínsecos ou extrínsecos, mas sim procurar o sentido que se percebe nela hoje quando interpretada dentro da prática da sociedade moderna. Portanto, o sentido pode variar de acordo com a comunidade. A teologia não é bem vista. A doutrina não é importante e até desnecessária, pois é considerada causa de divisão da igreja.
  8. O termo “igreja missional” é frequentemente usado na literatura dos líderes emergentes. Quase todas as descrições feitas deste Movimento também apontam para esta como uma de suas principais características. Esta expressão é usada para colocar a ética acima da doutrina, compreendendo a missão como mera compaixão social, concentrando-se nas relações interpessoais, dando muito valor às boas ações e ao ativismo social, e nenhuma ênfase ao comportamento cristão. Enfatiza a necessidade de viver como Jesus viveu, mas não condena o que Jesus condenou, pois resume o ministério de Cristo em “atender aos pobres e necessitados”.

Existem outras características, muitas delas voltadas a práticas absorvidas do misticismo. Abaixo alguns vídeos sobre o assunto para conhecimento.

https://youtu.be/FqTgMyu9Mrc

Autor: Leandro Dalla


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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