O papel dos sindicatos nos eventos finais

O livro “Eventos Finais” é uma compilação de alguns apontamentos de Ellen White à respeito do cenário mundial nos últimos dias. No capítulo 8, a partir da página 116 há afirmações interessantes sobre o papel dos sindicatos. Destacamos também dois trechos das páginas 156 que falam sobre o poder de engano de Satanás. Ao fim dessa postagem, fazemos uma breve reflexão. Observem os trechos:

“Satanás está ativamente em operação em nossas cidades populosas. Sua obra é observada na confusão, na luta e discórdia entre o capital e o trabalho, bem como na hipocrisia que penetrou nas igrejas. […] A concupiscência da carne, a soberba dos olhos, a ostentação do egoísmo, o abuso do poder, a crueldade e a força empregados para fazer com que os homens se liguem às confederações e uniões — atando-se a si mesmos em molhos para a queima dos grandes fogos dos últimos dias — tudo isso é operação de instrumentos satânicos” (Evangelismo, p. 26. Citado em “Eventos Finais”, p. 116).

“Os ímpios estão sendo atados em feixes, atados em conglomerados comerciais, em sindicatos, em confederações. Não devemos ter nada que ver com essas organizações. Deus é o nosso Soberano, o nosso Governador, e Ele nos convida a sair e separar-nos do mundo. “Retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras.” 2 Coríntios 6:17. Se recusarmos fazer isso, se continuarmos a nos vincular ao mundo e a encarar toda questão de um ponto de vista mundano, tornar-nos-emos como o mundo. Quando métodos e idéias mundanos governam nossas transações, não podemos colocar-nos sobre a elevada e santa plataforma da verdade eterna” (The S.D.A. Bible Commentary 4:1142. Citado em “Eventos Finais”, p. 116).

“Os sindicatos serão um dos instrumentos que trarão sobre a Terra um tempo de angústia tal como nunca houve desde o princípio do mundo” (Carta 200, 1903. Citado em “Eventos Finais”, p. 116).

“A obra do povo de Deus é preparar-se para os acontecimentos futuros, que logo lhes sobrevirão com força assombrosa. Formar-se-ão no mundo gigantescos monopólios. Os homens se unirão em sindicatos que os envolverão nas malhas do inimigo. Alguns homens combinarão segurar todos os meios que se possam obter em certos ramos de negócio. Formar-se-ão sindicatos, e os que a eles se recusam unir serão homens marcados” (Carta 26, 1903. Citado em “Eventos Finais”, p. 117).

“Os sindicatos e confederações do mundo são uma armadilha. Conservai-vos fora, e longe deles, irmãos. Nada tenhais a ver com eles. Por causa dessas uniões e confederações, logo será muito difícil nossas instituições levarem avante seu trabalho nas cidades” (General Conference Bulletin, 6 de abril de 1903. Citado em “Eventos Finais”, p. 117).

“Bem depressa se aproxima o tempo em que o poder controlador dos Sindicatos será muito opressivo” (Carta 5, 1904. Citado em “Eventos Finais”, p. 117).

“O mais forte baluarte do vício em nosso mundo não é a vida iníqua do pecador declarado ou do degradado proscrito; é a vida que parece virtuosa, honrada e nobre, mas em que se alimenta um pecado ou se acaricia um vício. Para a alma que se acha lutando secretamente contra alguma enorme tentação, tremendo nas bordas mesmo do precipício, tal exemplo é um dos mais poderosos incentivos ao pecado. Aquele que, dotado de altas concepções da vida, verdade e honra, transgride, não obstante, voluntariamente um preceito da santa lei de Deus, perverte seus nobres dons, tornando-os chamarizes ao pecado. Gênio, talento, simpatia, mesmo ações generosas e benévolas, podem assim tornar-se engodos de Satanás para levar almas ao precipício da ruína” (Educação, p. 150. Citado em “Eventos Finais”, p.156).

“Temos muito mais a temer de dentro do que de fora. Os obstáculos à força e ao êxito são muito maiores da parte da própria igreja do que do mundo. Os incrédulos têm direito de esperar que os que professam observar os mandamentos de Deus e ter a fé de Jesus, façam muito mais que qualquer outra classe para promover e honrar mediante sua vida coerente, seu exemplo piedoso, sua influência ativa, a causa que representam. Mas quantas vezes se têm os professos defensores verdade demonstrado o maior entrave ao seu progresso! A incredulidade com que se contemporiza, as dúvidas expressas, as sombras acariciadas, animam a presença dos anjos maus, e abrem o caminho para a execução dos ardis de Satanás” (Mensagens Escolhidas vol 1, p. 122. Citado em “Eventos Finais”, p. 156).

Nossos Comentários

Não concluímos dessas passagens que os sindicatos são ruins em si mesmos. Na verdade, a ideia dos sindicatos como instituições autônomas, sem vínculo com o governo e que sirvam para intermediar possíveis conflitos entre empresas e empregados é boa. E em alguns países dá bastante certo. O problema, como sabemos, é que frequentemente essas instituições fogem de seus objetivos originais de diversas maneiras. No Brasil, por exemplo, os sindicatos comumente são aparelhados por partidos políticos e até mesmo por governos. Aqui e em outras partes do mundo muitos sindicatos tornam-se estruturas autoritárias que impõem ideias, pressionam e atrapalham trabalhadores que não se sentem por eles representados. Corrupção também tem sido algo rotineiro nessas instituições pelo mundo.

Mas, talvez, o pior problema que muitos sindicatos (e o próprio sindicalismo como um todo), seja o fato de eles se tornarem muitas vezes meros tentáculos ideológicos de marxismos, socialismos, globalismos e outros movimentos totalitários, os quais, evidentemente, são anticristãos. Aí reside o maior perigoso dos sindicatos e do sindicalismo. Os sindicatos deixam de ser entidades autônomas, conciliatórias e representantes dos trabalhadores para se tornarem parte de estruturas totalitárias e governo e representantes de uma agenda ideológica. Pois é exatamente para este risco que Ellen White aponta. Há mais de um século ela já previa que os sindicatos cairiam nestes erros, transformando-se em entidades perigosas.

Ellen White também pontua sobre a criação de monopólios, conglomerados comerciais e associações. Fica claro aqui que ela previa a união de organizações no sentido de obterem o controle da sociedade. O estatismo é, sem sombra de dúvida, a mola propulsora para este cenário. Através de atribuições e uma presença cada vez maiores, os Estados tem dificultado a vida de pequenos e médios empresários, facilitando o surgimento de alguns poucos grandes empresários. Com efeito, estes grandes normalmente se empenham em uma relação promíscua com os governos, a fim de conquistarem proteção e benesses. Os governos, por sua vez, aceitam essas relações para terem apoio e dinheiro à disposição.

É esse Estado corporativista, anticonservador em política/cultura e antiliberal na economia, que permite e consolida essas uniões espúrias que colocam em risco a liberdade das pessoas. E é esse tipo de Estado que se alinhará com a “primeira besta” de Apocalipse (Ap 13:11-18) para assumir o mais pleno, extenso e intenso controle social já visto no mundo, o qual resultará na perseguição final dos que “guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap 14:12 e 12:17).

Assim sendo, tanto sindicatos, quanto empresas, ONGs, organizações internacionais seculares e instituições religiosas servirão de tentáculos do Estado para iniciar a perseguição mundial. Os sindicatos pressionarão sociedade e também os políticos que não concordarem com estes planos totalitários. Serão instituições vitais para moldar a opinião pública e a opinião de congressistas. Serão agentes do grande e terrível globalismo que emergirá um pouco antes de Jesus voltar. E enganarão a muitos.

Os conselhos de Ellen White são extremamente oportunos e convenientes para os nossos dias. O que ela viu há mais de cem anos está acontecendo à frente de nossos olhos. Maranata! Jesus logo vem!

Fonte: Reação Adventista

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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