O que é saudável: estar sempre com alguém ou sozinho?

Qual é o ponto de equilíbrio quanto a ficarmos sozinhos a maior parte do tempo, ou acompanhados?

Vamos pensar hoje sobre um ponto importante em nossa vida: o distanciamento e a aproximação nas relações humanas, familiares ou outras.

Não creio que exista qualquer ser humano que saiba equilibrar perfeitamente o aproximar-se ou o afastar-se das pessoas. Talvez você seja um tipo de pessoa que sente uma necessidade forte de manter-se próximo a alguém. Ou pode ser um tipo de pessoa que sente a necessidade de ficar mais afastado(a).

Há pessoas que têm muita dificuldade de ficar sozinhas. Se não há ninguém por perto, elas procuram manter-se em contato com alguém por telefone, internet, etc. Por que será que para elas é difícil ficar um tempo só consigo mesmas?

Por outro lado, há outro grupo de pessoas que sentem dificuldade ou inabilidade de ficar muito tempo junto a alguém. Sentem que precisam estar sozinhas, mais do que estar com alguém. Uma destas pessoas certa vez me disse, referindo-se a como se sente estando com pessoas ao redor por muito tempo: “Cansa!”

Parece que estas diferenças individuais tem que ver com uma variedade de causas. Por exemplo, o temperamento do indivíduo. Uma pessoa de temperamento mais melancólico, provavelmente prefere passar mais tempo de seu dia a dia sozinha. Já uma pessoa de temperamento colérico talvez sinta mais necessidade de companhia. Mas esta explicação não parece se encaixar em todas as pessoas em função do tipo de temperamento delas.

Outra diferença, sem ser o temperamento da pessoa, tem que ver com a qualidade afetiva da infância que o indivíduo viveu na família de origem. Uma criança pode ter saído de um funcionamento familiar (com o pai, mãe, irmãos) em que havia pouca comunicação entre seus membros, pouco toque físico, pouca expressão verbal de afeto, e se isto combina com esta criança tendo um temperamento melancólico, é provável que ela sinta-se mais confortável na vida adulta estando mais tempo sozinha do que acompanhada.

Mas se o irmão ou irmã dela, vivendo no mesmo ambiente familiar infantil sem muita comunicação, tiver uma estrutura de personalidade mais expansiva, poderá preferir estar com pessoas na vida adulta, do que sozinha.

Então, o que faz a diferença entre as pessoas que preferem estar mais tempo sozinhas e as que preferem estar mais tempo junto a alguém, tem que ver não só com o temperamento e o que houve em termos de comunicação afetiva na infância (especialmente nos primeiros 7 anos de vida), mas também com o que chamo de “sensibilidade pessoal”, ou característica individual que faz com que aquela pessoa funcione na realidade da vida de uma maneira específica dela.

Talvez as pessoas que tendem a ficar mais tempo sozinhas possam precisar aprender a gostar de estar em companhia de outros um pouco mais de tempo. E as que preferem estar sempre acompanhadas e conversando, talvez possam necessitar aprender a gostar de estarem com elas mesmas, pois isto também pode ser bom e pode ser importante para o crescimento interior ao invés de viverem só em comunicação social (que pode ser superficial).

Nesta questão, parece que também o equilíbrio está no meio, ou seja, o saudável é uma combinação entre gostar de estar sozinho, com você mesmo, e gostar de estar com pessoas. Isto depende de um aprendizado que pode durar a vida toda.

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Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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