Pais cristãos

Ao cumprir fielmente seu dever em casa, o pai como sacerdote da família, a mãe como sua missionária, estarão multiplicando as forças para fazer o bem fora do lar. Ao aproveitar suas faculdades, se tornarão mais capacitados para trabalhar na igreja e vizinhança. Ligando os filhos a si e a Deus, os pais, as mães e os filhos tornam-se coobreiros de Deus. — Testimonies for the Church 7:67.

A santidade da obra da mãe — A mulher deve ocupar a posição que Deus originariamente lhe designou, de igualdade com o marido. O mundo necessita de mães que o sejam não meramente no nome mas em todo o sentido da palavra. Podemos dizer com segurança que os deveres que distinguem a mulher são mais sagrados, mais santos, que os do homem. Compreenda a mulher a santidade de sua obra e na força e temor de Deus assuma a missão de sua vida. Eduque seus filhos para serem úteis neste mundo e para o lar no mundo melhor.

A esposa e mãe não deve sacrificar sua força e permitir fiquem inativas suas faculdades, dependendo inteiramente do esposo. Sua individualidade não pode imergir na dele. Ela deve sentir que é igual ao marido — deve estar ao seu lado, fiel no seu posto de dever e ele no seu. Sua obra na educação dos filhos é em todos os aspectos tão elevada e nobre como qualquer posição de honra que ele seja chamado a ocupar, ainda que seja a de principal juiz da nação.

O rei em seu trono não tem função mais elevada que a mãe. A mãe é a rainha do lar. Ela tem em seu poder o modelar o caráter dos filhos, para que estejam capacitados para a vida mais alta, imortal. Um anjo não desejaria missão mais elevada; pois em fazendo sua obra ela está realizando serviço para Deus. Compreenda ela tão-somente o elevado caráter de sua tarefa, e isto lhe inspirará coragem. Compreenda ela a dignidade de sua obra e tome toda a armadura de Deus, para que possa resistir a tentação de conformar-se aos padrões do mundo. Sua obra é para o tempo e a eternidade. […]

Quando homens casados vão para o trabalho, deixando suas esposas presidindo aos cuidados da casa, elas estão fazendo um serviço tão importante como o marido. Enquanto o marido é missionário lá fora, ela não o é menos em casa, excedendo muitas vezes o marido quanto aos cuidados, solicitude e trabalhos com que tem de arcar. Sua obra […] é sagrada e importante. O marido, lá fora, pode ser cumulado de honras da parte dos homens, ao passo que a fiel obreira em casa ficará privada dessa recompensa. Mas se ela se empenhar pela felicidade da família, esforçando-se por formar caracteres à imagem divina, os anjos arrolarão o seu nome junto com o dos maiores missionários do mundo. Deus não vê as coisas como se apresentam à visão finita do homem. […]

O mundo está repleto de influências corruptoras. A moda e os costumes exercem um forte poder sobre os jovens. Se a mãe falta em seu dever de instruir, guiar e restringir, seus filhos naturalmente aceitarão o mal, e se desviarão do bem. Que toda a mãe vá muitas vezes ao seu Salvador com a oração: “Ensina-nos, o que faremos pela criança?” Atenda ela à instrução que Deus dá em Sua Palavra, e ser-lhe-á dada sabedoria conforme a necessitar. […]

Que toda a mãe sinta serem inapreciáveis os seus momentos; sua obra será provada no dia solene do ajuste de contas. Achar-se-á então que muitos dos fracassos e crimes de homens e mulheres, resultaram da ignorância ou negligência daquelas cujo dever era guiar seus pés infantis no caminho direito. Ver-se-á então que muitos que têm abençoado o mundo com a luz da inteligência, da verdade ou da santidade, devem os princípios fundamentais de sua influência e êxito a uma mãe cristã que orava.

O poder da mãe para o bem — A esfera de atividade da mãe pode ser humilde; mas sua influência, unida à do pai, é tão duradoura como a eternidade. Depois de Deus, o poder da mãe para o bem é a maior força conhecida na Terra. […]

A mãe cristã deve estar amplamente desperta para discernir os perigos que cercam seu filho. Guardará sua própria alma em atmosfera pura e santa; regulará seu temperamento e princípios pela Palavra de Deus e cumprirá fielmente seu dever, vivendo acima de mesquinhas tentações que sempre a assaltarão. […]

A percepção das crianças é viva, e elas discernem o tom amorável e paciente da ordem imperiosa e impaciente que seca o orvalho do amor e afeição no coração dos filhos. A verdadeira mãe cristã não afastará de sua presença os seus filhos pela impaciência e falta de compreensivo amor. […]

Mães, alertai-vos para o fato de que vossa influência e exemplo estão afetando o caráter e o destino de vossos filhos; e em vista de vossa responsabilidade, desenvolvei uma mente bem equilibrada e um caráter puro, que reflitam unicamente o verdadeiro, o bom e o belo. […]

Muitíssimos esposos e filhos que nada consideram atrativo no lar, que continuamente são postos em face de rabugices e murmuração, procuram conforto e diversão fora do lar, nos bares ou em lugares de prazeres proibidos. A esposa e mãe, ocupada com os cuidados do lar, freqüentemente se descuida das pequenas atenções que fazem o lar um lugar de satisfação para o marido e para os filhos, mesmo que ela evite demorar-se em suas peculiares atribulações e dificuldades na presença deles. Enquanto ela está ocupada no preparo do que comer ou do que vestir, o marido e os filhos entram e saem como estranhos. […]

Se as mães se permitem usar no lar vestidos em desalinho, estarão ensinando os filhos a se apresentarem assim igualmente desleixados. Muitas mães pensam que no lar qualquer roupa serve, esteja embora puída e encardida. Mas logo perdem sua influência na família. Os filhos estabelecem comparação entre o vestuário de sua mãe e o de outras que se vestem com distinção, e seu respeito por ela diminui. — O Lar Adventista, 231, 232, 235, 237, 239-243, 249, 253, 254.

A verdadeira esposa e mãe […] executará suas tarefas com dignidade e alegria, não considerando degradante fazer com suas próprias mãos o que é necessário fazer para um lar bem ordenado. — O Lar Adventista, 244.

O cabeça da família deve imitar a Cristo — Todos os membros da família se centralizam no pai. Ele é o legislador, ilustrando na própria varonilidade as importantes virtudes: energia, integridade, honestidade, paciência, coragem, diligência e prestatividade. O pai é em certo sentido o sacerdote da família, apresentando ante o altar de Deus o sacrifício da manhã e da tarde. A esposa e os filhos devem ser encorajados a unir-se nesta oferenda e também a participar dos cânticos de louvor. De manhã e de tarde o pai, como sacerdote da família, deve confessar a Deus os pecados cometidos por ele mesmo e pelos seus filhos durante o dia. Tanto os pecados de que se tem conhecimento, como aqueles que são secretos e que só Deus conhece devem ser confessados. Esse procedimento, zelosamente seguido pelo pai quando presente, ou pela mãe quando o pai está ausente, resultará em bênçãos sobre a família. […]

Ao homem que é esposo e pai, eu diria: Estai certo de que uma atmosfera pura e santa circunde vossa alma. […] Deveis aprender diariamente de Cristo. Nunca, nunca deveis mostrar espírito tirânico no lar. O homem que assim procede está trabalhando em parceria com agentes satânicas. Levai vossa vontade em submissão à vontade de Deus. Fazei tudo que estiver em vosso poder para tornar a vida de vossa esposa aprazível e feliz. Tomai a Palavra de Deus como vossa conselheira. No lar vivei os ensinos da Palavra. Então havereis de vivê-los na igreja e os levareis convosco ao trabalho. Os princípios do Céu enobrecerão vossas transações. Anjos de Deus cooperarão convosco, ajudando-vos a revelar Cristo ao mundo.

Não permitais que a agitação de vossos negócios leve trevas a vossa vida no lar. Se, ao ocorrerem pequenas coisas não exatamente como desejáveis, deixais de revelar paciência, longanimidade, amor e bondade, mostrais que não tendes escolhido como companheiro Aquele que tanto vos amou que deu a vida por vós, para que possais ser um com Ele. […]

Não é evidência de varonilidade demorar-se o esposo constantemente no fato de ser a cabeça da família. Não se lhe acrescenta respeito ser ouvido a citar as Escrituras a fim de sustentar seus reclamos de autoridade. Ele não se faz mais varonil por exigir de sua esposa, a mãe de seus filhos, que aceite os seus planos como se eles fossem infalíveis. O Senhor constituiu o marido como a cabeça da mulher, para ser-lhe protetor, o laço de união da família, unindo os membros entre si, da mesma forma que Cristo é a cabeça da igreja, e o Salvador do corpo místico. Que cada esposo que alega amar a Deus estude cuidadosamente os reclamos de Deus no que respeita a sua posição. A autoridade de Cristo é exercida com sabedoria, com toda a bondade e mansidão: assim exerça o esposo seu poder e imite a grande Cabeça da igreja. […]

Os pais devem atuar de comum acordo para a salvação de seus filhos — Pudesse o véu ser afastado e o pai e a mãe ver como Deus a obra do dia, e como Seus olhos infinitos comparam a obra de um com a do outro, e ficariam atônitos ante a revelação celestial. O pai haveria de olhar o seu trabalho em mais modesta luz, enquanto a mãe ganharia nova coragem e energia para persistir em seu trabalho com sabedoria, perseverança e paciência. Agora ela conhece o seu valor. Enquanto o pai trata com coisas que devem perecer e passar, a mãe trata com o desenvolvimento de mentes e caracteres, trabalhando não apenas para o tempo, mas para a eternidade. — O Lar Adventista, 212-215, 233.

O dever do pai para com seus filhos não pode ser transferido à mãe. Se ela cumpre o seu dever, já tem trabalho bastante. Unicamente trabalhando unidos podem pai e mãe dar desempenho à tarefa que Deus lhes pôs nas mãos.

O pai não deve omitir-se de sua parte na obra de educar os filhos para a vida e imortalidade. Ele deve participar das responsabilidades. Há obrigações para ambos, pai e mãe. Pai e mãe devem manifestar respeito mútuo, se quiserem ver essas qualidades desenvolvidas em seus filhos. […]

O pai de meninos deve entrar em contato íntimo com seus filhos, dando-lhes o benefício de sua grande experiência, e falando com eles com tal simplicidade e ternura que os ligue ao seu coração. Deve deixá-los ver que ele tem em vista em todo o tempo, o maior interesse e felicidade deles.

Aquele que tem uma família de rapazes deve compreender que, seja qual for sua profissão, jamais deve negligenciar as almas postas sob seus cuidados. Ele pôs esses filhos no mundo, e tornou-se responsável diante de Deus a tudo fazer para desviá-los de associações não santificadas, de más companhias. Não deve deixar seus inquietos rapazes inteiramente aos cuidados da mãe. Este é um fardo por demais pesado para ela. Ele deve dispor as coisas de modo que favoreça os melhores interesses da mãe e dos filhos. Pode ser muito difícil para a mãe exercitar auto controle e atuar com sabedoria na educação dos filhos. Se este é o caso, o pai deve sentir mais o peso em sua alma. Deve estar determinado a fazer os mais decididos esforços para salvar seus filhos. — O Lar Adventista, 216, 220, 221.

Conselhos quanto ao número de filhos — Os filhos são a herança do Senhor e Lhe somos responsáveis pela administração de Sua propriedade. […] Trabalhem igualmente os pais para a família com amor, fé e oração, até que possam ir a Deus com alegria e dizer: “Eis-me aqui, com os filhos que me deu o Senhor”. Isaías 8:18. […]

Deus deseja que os pais ajam como seres racionais e vivam de maneira que cada filho possa ser devidamente educado, a fim de que a mãe tenha força e tempo para empregar suas faculdades mentais para disciplinar os pequenos para a associação com os anjos. Ela deve ter coragem de desempenhar nobremente sua parte e fazer sua obra no temor e amor de Deus, a fim de que seus filhos se mostrem uma bênção para a família e para a sociedade.

O esposo e pai deve considerar todas estas coisas, não venha a esposa e mãe de seus filhos a ser sobrecarregada e oprimida com o desânimo. Deve ele cuidar que a mãe de seus filhos não seja colocada em posição de não poder cuidar devidamente de seus numerosos pequenos, vindo a crescerem sem a educação apropriada. — O Lar Adventista, 159, 163.

Há pais que, sem considerarem se podem ou não sustentar uma grande família, enchem a casa com esses pequenos seres desajudados, que dependem inteiramente dos pais para instrução e cuidado. […] Isto é um grave erro, não apenas para com a mãe, mas também para com os filhos e a sociedade. […]

Uma criança nos braços da mãe cada ano é para esta grande injustiça. Isto debilita, e não raro destrói, o prazer social e aumenta as misérias domésticas. Rouba aos filhos aquele cuidado, educação e felicidade que os pais sentem dever propiciar-lhes. […]

Devem [os pais] considerar com calma que provisões podem ser feitas para os filhos. Não têm direito de os porem no mundo para serem uma carga aos outros. — O Lar Adventista, 162-164.

Quão pouco é o destino da criança considerado! A satisfação da paixão é o único pensamento, e cargas são impostas à esposa e mãe, que lhe minam a vitalidade e paralisam a faculdade espiritual. Com a saúde enfraquecida e o espírito desencorajado ela se cerca de um pequeno rebanho do qual não pode cuidar como devia. Faltando-lhes a instrução que deviam ter, eles crescem para desonrar a Deus e comunicar a outros os males de sua própria natureza, e assim se forma um exército que Satanás maneja como bem entende. — O Lar Adventista, 162, 163.

Ellen G. White, Conselhos para a Igreja, Capítulo 24.

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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