O Senhor Jesus é nosso perfeito modelo. Diz a Bíblia que “foi Ele tentado em todas as coisas, mas sem pecado” (Hebreus 4:15). Sendo assim, Sua vida pura, santa e imaculada, se constitui no único padrão digno de ser imitado.
Em sua primeira carta, capítulo 2:6, o apóstolo João nos adverte: “aquele que diz que permanece nEle, esse deve também andar assim como Ele andou.” Esta palavra tem um profundo significado para todos os cristãos.
Aceitar a Jesus como Salvador pessoal, receber o perdão dos pecados e ser batizado é uma parte no processo da experiência cristã. Após o batismo se inicia uma nova vida. O apóstolo Paulo afirma que “se alguém está em Cristo é nova criatura” (II Coríntios 5:17).
Esta vida nova acontece porque a pessoa passa a viver conforme os ensinamentos da palavra de Deus. Antes, ela seguia suas próprias convicções e se orientava por sua própria vontade. Estando em Cristo, a pessoa passa a seguir a vontade divina. Isso provoca uma mudança de comportamento e também no relacionamento com outras pessoas.
O verdadeiro cristão não é aquele que diz ter aceitado a Jesus. O cristão de verdade é aquele que vive uma vida semelhante à vida de Jesus.
O próprio Cristo afirma isto ao dizer: “Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai” (Mateus 7:20 e 21). Essas palavras de Jesus nos ajudam a compreender que o cristianismo de fato, é aquele que acontece na prática. E isto vem como resultado da aceitação verdadeira de Cristo como Salvador pessoal.
Ora, se ser cristão é viver de acordo como Jesus viveu, resta saber como foi que Jesus viveu e então seguir os Seus passos, ou como lemos antes, andar como Ele andou.
Jesus, desde a Sua infância, colocou a Deus, o Pai, em primeiro lugar. Tudo o que Ele fez e realizou aqui na Terra, foi resultado de Seu contato com Deus o Pai. Nos preciosos ensinamentos do Sermão da Montanha, o Senhor nos orientou: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e Sua justiça, e todas as demais coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33). Não devemos levar uma vida ansiosa e preocupada com os aspectos materiais, de tal maneira que se tornam uma obsessão em nosso viver. Há muitas pessoas que só pensam em trabalho, ganhar, comprar, gastar. Sua mente só se ocupa disso. Jesus nos ensinou por palavras e atos que a vida é muito mais do que isso. Embora o trabalho e as coisas materiais sejam necessárias, Deus deve ocupar o primeiro lugar na vida do ser humano. Quando fizermos isso, todas as demais coisas nos serão dadas. Isso não elimina a necessidade do trabalho. Jesus foi muito trabalhador. O trabalho foi dado para ser uma bênção na vida do ser humano. Portanto, o princípio de buscar a Deus em primeiro lugar, só coloca um equilíbrio entre as coisas materiais e espirituais.
Jesus foi um filho obediente e um irmão amigo. Lucas, em seu evangelho, registra no capítulo 2:51 que “desceu com eles [os pais] para Nazaré, e lhes era submisso”.
Esta pequena, porém importante declaração, nos ajuda a compreender que Jesus, mesmo sendo o Deus encarnado, foi fiel e leal à Sua família. A Bíblia não nos relata muita coisa do relacionamento de Jesus com seus pais e irmãos; mas do que temos disponível nas Escrituras, vemos um exemplo digno de ser imitado.
No livro de Atos, capítulo 10:38, temos a seguinte declaração de Pedro: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, o qual andou por toda a parte fazendo o bem”. Foi exatamente isto que caracterizou a vida de Jesus – fazendo o bem para a humanidade. Assim também devemos proceder. É necessário que busquemos a Deus, que amemos nossos familiares, mas é muito importante agir com honestidade, bondade e carinho para com os semelhantes. Assim faria Jesus.
O que mais poderíamos dizer com respeito ao modo de vida de Cristo? Tanta coisa poderia ser acrescentada aqui, mas eu incluiria o texto de Filipenses 2:8, o qual menciona que Jesus “a Si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz”. Humildade e obediência são duas características aqui mencionadas. O verdadeiro cristianismo elimina o orgulho, o egoísmo, o sentimento de superioridade, e dá lugar a um espírito humilde, onde cada pessoa, independente de sua condição social e cultural é vista como filho de Deus. O cristão fiel é também fiel na obediência. Obediência não somente é seguir ordem, mas é fazer isso com respeito.
Romanos 8:9 nos diz que “se alguém não tem o espírito de Cristo, esse tal não é dEle”. De forma que é muito importante termos a certeza de que somos de Jesus, e que Seu Espírito habita em nós. Por isso Ele deseja que nossos frutos demonstrem o que somos. Na carta aos Gálatas, Paulo menciona esses frutos: amor, alegria, paz, paciência, benevolência, bondade, fé, mansidão, domínio próprio (Gálatas 5:22).
Amigo querido, isto nos leva a concluir que, aqueles que são de Jesus, possuem o Espírito de Jesus. E isto se manifesta num caráter que pode ser visto nesses frutos mencionados por Paulo. Em primeiro lugar, uma vida de amor, amor a Deus e ao próximo. O cristão deve ter um viver marcado pela alegria e a paz de ter sido salvo e perdoado por Jesus. Esta alegria e paz se estendem àqueles com quem convivemos. A paciência, a bondade e atos de benevolência se tornam integrantes do caráter do cristão sincero. A vida cristã é acima de tudo uma vida de fé e confiança em Deus. O domínio próprio ajuda o cristão a conter seu mau gênio, e ser manso para com todos e em qualquer circunstância.
Assim vive o cristão verdadeiro. Assim andou Jesus, deixando essas pegadas para que pudéssemos segui-Lo. Permita Deus, que todos nós, sejamos imitadores de Nosso Senhor, e onde quer que estejamos, o brilho de nossa vida ilumine aqueles que estão ao nosso redor.