INTRODUÇÃO
(Faça com antecedência no quadro-negro, o “Diagrama de Números místicas que aparecem em Amuletos usados pelos sacerdotes pagãos adoradores do Sol”, que aparece no desenvolvimento deste sermão.)
No nosso estudo anterior analisamos a remota origem pagã da observância do domingo, entre os adoradores do deus Sol, e como essa instituição do paganismo infiltrou-se gradativamente na Igreja Cristã de Roma, e daí para quase todo o mundo cristão.
E nesta oportunidade consideraremos mais alguns detalhes bíblicos e históricos, que revelam um profundo contraste entre observância do domingo e a guarda do sábado bíblica.
I – O DOMINGO – O SINAL DA APOSTASIA
A – O Sinal da Besta
a) No livro de Daniel, cap. 7, é descrito o 4º animal (o Império Romano) como sendo “terrível, espantoso e sobremodo forte” e tendo “dez chifres” (as 10 divisões do Império, pela invasão de tribos bárbaras) – verso 7.
E, neste contexto surge a célebre atuação do “chifre pequeno” (Roma Papal), o qual “fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra eles” (verso 21). E o relato bíblico acrescenta: – Dan. 7: 25
– Como vimos no estudo anterior, a expressão “cuidará em mudar os tempos e a lei” cumpriu-se literalmente na mudança do sábado para o domingo que ocorreu na Igreja Cristã em Roma.
– Mas nesse mesmo texto é dito que esse poder teria uma atuação marcante durante o período de “um tempo, dois tempos e metade dum tempo”.
b) Em Apoc. 12 reaparece o mesmo poder que atuaria “durante um tempo, tempos, e metade de um tempo” (verso 14), pelejando agora contra “os que guardam os mandamentos de Deus” (verso 17 ).
c) Já em Apoc. 13, semelhante ao animal de Dan. 7:7 em diante, ressurge o mesmo poder, sob o simbolismo de “uma besta que tinha dez chifres” (verso 1); e é dito que o dragão (Satanás) lhe conferiu tamanho poder, que “toda a terra se maravilhou, seguindo a besta” (versos 2 e 3).
E no verso 7, semelhante a Dan. 7:21, é dito que “foi-lhe dado também que pelejasse contra os santos e os vencesse” O relato declara que: – Apoc. 13:7 e 8
d) E no fim do cap. 13, aparece um ponto muito importante: – Apoc. 13:16-18
– E neste ponto surge uma pergunta muito importante: O que significa esse número 666 e o que ele representa?
B – O Número 666 e a Adoração do Sol no Paganismo
a) “Este número místico representa um sistema, antes que um homem. O dragão, ou a serpente – o paganismo – deu à besta ‘o seu poder, e o seu trono, e grande poderio’. Apoc. 13: 2
“O paganismo é em grande medida uma religião de culto à natureza, ao Sol e à Lua, estes como divindades preeminentes; o Sol, geralmente divindade masculina, e a Lua feminina. Na mitologia antiga a serpente era universalmente o símbolo do Sol. O culto ao Sol considerado como a fonte de toda vida física e a serpente de toda vida espiritual.
“A serpente, entretanto, não era seguramente fonte de vida espiritual, pois a Bíblia declara que a serpente foi a enganadora da humanidade, roubando ao homem sua vida espiritual.
Esculápio, antigo deus da Medicina, era algumas vezes representado por uma serpente enroscada em torno do tronco de uma árvore morta, símbolo de restauração da vida.
“Os antigos declaravam que Deus opera por matemática. Sua religião era um conglomerado de religião, astrologia, alquimia, ciência física e mental e matemática.
A antiga astrologia dividia o céu estrelado em 36 constelações. Estas eram representadas por diferentes amuletos chamados ‘Sigilla Solis’, ou selo do Sol. Esses amuletos eram usados pelos sacerdotes pagãos, e continham todos os números de 1 a 36.
Por meio dessas figuras eles diziam poder predizer acontecimentos futuros. Tais amuletos eram usualmente feitos de ouro, visto ser o amarelo a cor solar. Para serem conduzidos eles eram envolvidos em seda amarela, supondo-se que o portador recebia desse modo os benéficos poderes que se criam emanar dessa jóia.” (Roy Allan Anderson, O Apocalipse Revelado, pp. 142-144).
Diagrama de Números Místicos que aparece em amuletos usados pelos sacerdotes pagãos adoradores do Sol. (Idem, p. 143).
b) No verso de um destes amuletos “está escrito: ‘Nachyel’, o que significa ‘inteligência do Sol’, e em 36 quadrados estão arranjados os números de 1 a 36 (ver diagrama) de tal modo que qualquer coluna, horizontal ou verticalmente somada, e também as duas diagonais que se cruzam no quadrado, dão 111.
A soma das seis colunas, computadas horizontal ou verticalmente, é 6×111, ou 666.
“Depois que o império babilônico caiu, todo o sistema de mitologia egípcia e babilônica foi transferido para Pérgamo na Ásia Menor. Não admira que o Senhor, escrevendo à igreja de Pérgamo, disse:
‘Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás.’ .” .
Apocalipse 2:13
c) “Quando este sistema foi estabelecido em Roma, a ‘cidade das sete colinas’, a Itália se tornou a terra de mistérios ocultos e foi por séculos conhecida como ‘Terra Satúrnia’, ou Terra de Mistério.” (Idem, p. 145)
C – O Número 666 e a Igreja Cristã de Roma
a) “Quando a igreja cristã começou, a simplicidade da mensagem apostólica fazia estranho contraste com o elaborado sistema dos mistérios pagãos.” (Idem, pp. 145-146) Porém, o processo de apostasia da Igreja de Roma, é marcante! . …
b) “O corrupto sistema de idolatria pelo qual a igreja se afastou da fé, é chamado por Paulo ‘o mistério da iniqüidade’ (II Tess. 2:7), e por João ‘Mistério, a grande Babilônia’. Apoc. 17:5.
Operando já nos dias de Paulo, a plena revelação desta apostasia estava ainda no futuro. Os mistérios babilônicos, sempre envolvidos em segredos, desde os mais antigos tempos têm desafiado a verdade de Deus.” (Idem, p. 144)
c) Se tomarmos o valor numérica das letras gregas e o aplicarmos a certas expressões gregas, relacionadas com a Igreja de Roma, também chegaremos ao mesmo denominador comum – o número 666:
– “LATEINOS” (grego) – Pessoa de “fala latina” ou igreja latina.
– “HE LATINE BASILEIA” (grego) – “O Reino Latino”.
d) “Mas 666 é também o número de um homem: o representante do poder. Apoc. 13:18. A versão católica romana de Douay, contém uma nota especial de rodapé sobre Apoc. 13:18, que reza:
‘As letras numerais deste nome somarão aquele número’. Há muitos nomes e títulos arrogados pelo pontífice romano, mas o mais significativo deles é VICARIUS FILLI DEI, que significa Substituto do Filho de Deus.
Este título está incorporado à Lei Canônica da igreja católica romana: ‘Beatus Petrus in terris vicarius filli Dei videtur esse constitutus’. – Decretum Gratiani, prima pars., dist. 96.
“O título Vicarius Filli Dei. . . é muito comum como título para o papa.’ – Dr. J. Quaston, S.T.D., professor de história antiga e arqueologia cristã na Escola de Teologia Sagrada da Universidade Católica da América, Washington, D.C., 5 de março de 1943. Este título foi confirmado por um concílio da igreja, segundo Binius, dignitário católico de Cologne. Ver Sacrosancta Concilia, vol. 1, pp. 1539-1541.
” ‘O título do papa de Roma é Vicarius Filli Dei, e se tomardes as letras que este título representa em valores latinos numerais (em maiúsculas) e as somardes, tereis o número 666.’ – Our Sunday Visitor, 15 de novembro de 1914.” (Idem, pp. 149-150)
OBS. : Anteriormente usamos expressões gregas, valendo-nos do seu valor numérico grego; agora, sendo essa uma expressão latina, empregaremos o valor numérico latino, correspondente.
V – 5 F – 0 D – 500
I – 1 I – 1 E – 0
C – 100 L – 50 I – 1
A – 0 53 501
R – 0
I – 1
U – 5
S – 0
112
D – A Observância do Domingo – O Sinal da Besta
a) Como vimos anteriormente, uma das características desse poder representado pela besta, seria tentar “mudar os tempos e a lei” (Dan. 7:25) e, após isso, perseguir “os que guardam os mandamentos de Deus” (Apoc. 12:17).
b) O próprio Catecismo Romano declara: “A Igreja de Deus (católica), porém, achou conveniente transferir para o domingo a solene celebração do sábado.”
(Padre Valdomiro Pires Martins, Catecismo Romano – versão fiel da edição autêntica de 1566 com notícia histórica e análise crítica, 2ª ed. refundida. Petrópolis, Editora Vozes Limitada, 1962, p. 376).
c) E Apoc. 13, ao referir à “marca” da besta, subentende claramente a referência às leis dominicais: – Apoc. 13:16 e 17
– “Mão direita” é símbolo de trabalho e de honra; “fronte”, ou testa, é símbolo da razão e da inteligência.
– Não resta a menor dúvida que “o principal objetivo visado é a obrigatoriedade da observância do domingo, prática que se originou com Roma, e que ela alega como sinal de sua autoridade.” (O Grande Conflito, p. 573).
II – O SÁBADO – O SELO DE DEUS
a) Em oposição ao sinal da besta, que outro sinal é mencionado?
– Apoc. 7:2; 9:4 (O Sinal de Deus)
b) Onde estarão os que têm o sinal de Deus? – Apoc. 15:2 e 3
c) Qual é o sinal de Deus? – Êxodo 31: li- Ezeq. 20: 12 e 20
c) Quando é que as pessoas são assinaladas? – Apoc. 7:1-3 (Quando recebem conhecimento para uma decisão. . .)
d) E no cap. 14 de Apocalipse encontramos um chamado a adoração do verdadeiro Deus: – Apoc. 14:6 e 7
– Na expressão “adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (verso 7) aparece um chamado á observância do sábado. O 4º Mandamento diz: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.
Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e no sétima dia descansou. . . ” (Êxodo 20:8-11). E este aspecto é bem esclarecido pelo verso 12 ao referir que os “os santos.. . guardam os mandamentos de Deus” (Apoc. 14:12)
– E neste mesmo capítulo é afirmada a queda da Babilônia espiritual (verso 8), bem como o juízo divino que se abaterá sobre os que tiverem a “marca” da besta:
– Apoc. 14: 9-11
CONCLUSÃO
“O fato de o número papal identificar-se com o número sagrado do antigo pagão deus Sol, é significativo. Contra o sistema de engano, Deus não nos tem falado numa linguagem incerta.
Ele o chama ‘Babilônia’, ou ‘confusão’. E Sua mensagem hoje é: ‘Sai dela, povo Meu’. Apoc. 18:1-4. Sua igreja verdadeira será vitoriosa. Seus escolhidos estarão sobre o mar de vidro, cantando o cântico de Moisés e do Cordeiro, o cântico de vitória ‘sobre a besta, e sobre sua imagem, e sobre o seu sinal e sobre o número de seu nome’. Apoc. 15:1-4.
Mediante o maior de todos os nomes (Jesus), eles venceram o pecado, pois ‘nenhum outro nome há debaixo do céu, dado entre os homens, pelo qual possamos ser salvos’. Atos 4:12.” (Roy Allan Anderson, O Apocalipse Revelado, p. 152).
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