INTRODUÇÃO
Certo “evangelista havia batizado uma mulher cujo marido estava muito irado porque sua esposa se tornara adventista. Ele jurara que mataria o evangelista na primeira reunião de oração – ele sabia o costume, como após o hino todos se ajoelhavam em oração, tendo a cabeça baixa e os olhos fechados.
O pregador estaria bem à frente. Seria fácil avançar depressa e cortar-lhe a cabeça.
“Assim, na reunião de oração daquela noite o homem se postou do lado de fora do salão onde a reunião tinha lugar. Na mão ele tinha uma faca, bem afiada e pronta para entrar em ação.
Quando os irmãos se ajoelharam, ele avançou silenciosamente. Todas as cabeças estavam baixadas. Ninguém o pressentia. Então subitamente ele deixou cair a faca e saiu correndo. Mais tarde contou por quê. Disse que ao aproximar-se do evangelista de joelhos, um anjo de asas estendidas o olhou fixamente.
Aterrado, deixou cair a faca e fugiu.” (Meditações Matinais, 1972, p. 167).
– Salmos 34:7 – Mas quem são os anjos?
I – OS ANJOS
A – A Origem dos Anjos
a) Foram criados por Deus: – Sal. 148:2 e 5
b) O fato de serem criaturas está implícito em I Tim. 6:16.
c) O tempo da criação dos anjos é deixado indefinido na Bíblia, apenas sabemos que quando foram lançados os fundamentos da Terra os anjos já existiam: – Jó 38:4.7 (“estrela da alva” = anjos, cf. Isa. 14:12)
B – A Natureza dos Anjos
a) São seres criados mas são seres humanos glorificados:
– Mat. 22:30 (nós seremos “como os anjos”, e não anjos)
– Gên. 3:22-24 (os anjos já existiam antes da morte de algum homem)
b) São seres espirituais: – Heb. 1:14
C – As Características dos Anjos
a) Possuem grande poder: – Sal. 103:20; Mat. 28:2 (uma pedra de 2m, de diâmetro por 30 cm. de espessura, pesaria cerca de 4 ton.)
b) São mais sábios do que o homem, entretanto não são oniscientes: – Mat. 24:36
c) Locomovem-se rapidamente: – Ezeq. 1:14; 10:20 (Os anjos comparados à luz na locomoção. – 300.000 Km/seg. eqüivalem a 7 voltas ao redor da Terra num abrir e fechar de olhos)
– Dan. 9:21-23 (a oração durou de 3 a 4 minutos)
D – Número e Ordens
a) Número: – Apoc. 5:11
b) Ordens:
1º) Querubins: “mais do que qualquer criatura são destinados para revelar o poder e majestade, a glória de Deus. São especialmente os guardiões do trono de Deus, e embaixadores extraordinários. Servem na obra da reconciliação.” – Gên. 3:24; II Reis 19:15; Ezeq. 10:1-20;28: 14-16
2º) Serafins: “parecem estar preocupados com a adoração e santidade. Eles conduzem o céu na adoração a Deus.”
– Isa. 6:2 e 6
3º) Arcanjos: Esta expressão ocorre duas vezes nas Escrituras:
– I Tess. 4:16; Judas 9
a) Miguel é o único a ser chamado de Arcanjo, e refere-se a Cristo. (Dan. 10:13 e 21; Judas 9; Apoc. 12:7). É usado no sentido de um guerreiro valente contra os inimigos de Israel e poderes do mal.
b) Gabriel, embora não chamado de Arcanjo, é considerado como um Anjo principal ou Mensageiro principal. (Dan. 8:16; 9:21; Luc. 1:19 e 26) Sua tarefa principal parece ser o de mediar e interpretar as revelações divinas. (Os conceitos anteriormente apresentados foram extraídos de: Wilson H. Endruveit. Doutrinas I, pp. 17-19).
II – OS ANJOS MAUS
A – A Origem e a Natureza dos Anjos Maus
a) É um grupo de anjos que foi criado por Deus, sendo eles originalmente perfeitos, como os anjos do céu, mas que não guardaram o seu estado original: – Judas 6; Ezeq. 28:14 e 15
b) Eles rebelaram-se contra a vontade de Deus, e, conseqüentemente, foram expulsos do céu: – Apoc. 12:7-9; Isa. 14:12-15
B – A Obra dos Anjos Maus
1º) Transformam-se e se disfarçam: – II Cor. 11:14 e 15
2º) Lutam contra nós : – I Ped. 5: 8; Efés. 6:11 e 12
3º) Enganam: – I Tim. 4:1 (ensinam erros)
III – AS ATIVIDADES DOS ANJOS BONS
1º) Os anjos ajudam na direção dos negócios das nações (Dan. 10:5 e 6; 10:14).
2º) Eles protegem e acompanham sempre o povo de Deus (Sal. 34: 7; 91:11).
3º) Eles registram todas as ações humanas (Ecl. 5: 6; Mal. 3:16, etc.)
– “Assim como os traços da fisionomia são reproduzidos com precisão infalível sobre a polida chapa fotográfica, assim o caráter é fielmente delineado nos livros do Céu.” (O Grande Conflito, p. 487).
4º) São testemunhas no juízo do Tribunal Celestial (Dan. 7:10). Os anjos acompanharão a Jesus em Sua volta e reunirão os Seus escolhidos (Mat. 24:31).
ILUSTRAÇÃO
Ellen G. White foi para a Austrália em 1891, onde permaneceu por cerca de 10 anos, dirigindo vários projetos importantes.
De 29 de dezembro de 1893 a 15 de janeiro de 1894 foi realizada a primeira reunião campal na Austrália, em Brighton Beach, um subúrbio de Melbourne. Neste acampamento havia mais de 100 tendas, que abrigavam 511 pessoas. A própria Sra. White declarou não ter visto tão profunda dedicação religiosa e entusiasmo desde as reuniões mileritas de 1843 e 1844.
Foram designados alguns estudantes da Escola Bíblica da Austrália para atuarem como guardas, ajudando a controlar os delinquentes juvenis. Impossibilitados de causar maiores danos, os delinquentes juvenis decidiram derrubar a tenda da Sra. White sobre ela na próxima noite.
Um dos estudantes voltou à Escola Bíblica e informou os professores a respeito do plano daquela gangue de adolescentes. Os professores por sua vez dirigiram-se ao quartel-general da polícia de Melbourne, solicitando proteção para o acampamento. Foi enviado um alto e robusto policial católico romano irlandês, para guarnecer a tenda da senhora White.
A irmã White muitas vezes enfrentou grande perigo durante a sua vida. De tempos em tempos os anjos protegeram-na de sérias dificuldades. Na maioria das vezes a Sra. White não permitia que as pessoas lhe concedessem proteção policial. Nesta ocasião ela o aceitou apenas para contentá-los.
Após a reunião da noite, ela dirigiu-se para a sua tenda, preparou-se para deitar, orou, e adormeceu em perfeita paz. Ela teria adormecido de igual forma em paz sem a proteção do policial. Mas ali estava o policial guarnecendo a área ao redor da sua tenda.
Mas a gangue de juvenis jamais apareceu.
Não muito depois da meia-noite, enquanto soprava a brisa noturna, ali estava o policial vigiando ao redor da tenda da Senhora White. Com freqüência ele voltava o seu olhar para a tenda da irmã White, mas esta permanecia em perfeita paz em meio à escuridão.
Ele pensou em voltar sua atenção para outra parte do acampamento, porém antes que ele o fizesse divisou um facho de luz subitamente pairar sobre a tenda da senhora White. Gradativamente a luz assumia forma e tornava-se mais distinta.
Em meio às trevas daquela noite, ele divisou a figura de um anjo em meio àquela luz que pairava sobre a tenda, que guarnecia a Sra. White. O policial prostrou-se sobre os seus joelhos, e continuou a fitar o anjo por vários minutos, e então ele levantou-se vagarosamente, afastando-se do local. Ele estava decidido que a Senhora White não mais necessitava a sua proteção. Deus aguardava.
De volta ao posto policial de Melbourne, explicou ao seu sargento e aos demais agentes de polícia a razão de ele haver deixado o seu posto. Explicou que a Sra. White tinha maior proteção do que a que ele podia dar. Por estranho que possa parecer, os seus superiores não questionaram a sua história, mas creram nela, e não o enviaram de volta ao acampamento.
O policial irlandês regressou, entretanto, ao acampamento no outro dia. Ele desejava ver a mulher que o anjo guardara, e ouvir o que ela tinha a dizer. Ele acompanhou os serviços daquele dia e dos dias seguintes. O que ele viu e ouviu sobre a Sra. White não o desapontou.
Quanto mais ele ouvia mais interessado ficava, unindo-se à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Posteriormente ele deixou a carreira policial, e tornou-se um ativo membro leigo, responsável pela conversão de muitos outros. (D.A. Delafield and Gerald Wheeler. Angel Over Her Tent and Other Stories about Ellen G. White, pp. 97-101).
CONCLUSÃO
Na verdade, o anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem, e os livra.” (Sal. 34:7).
“Não compreenderemos o que devemos aos cuidados e interposição dos anjos antes que se vejam as providências de Deus à luz da eternidade. Seres celestiais têm tomado parte ativa nos negócios dos homens.
Eles têm aparecido em vestes que resplandeciam como o relâmpago; têm vindo como homens, no aspecto de viajantes.
Têm aceito hospitalidade nos lares humanos, agido como guias de viajantes nas trevas da noite. Têm obstado aos intentos dos espoliador, e desviado os golpes do destruidor.
“Embora os governadores deste mundo não o saibam, em seus conselhos têm os anjos muitas vezes sido oradores. Olhos humanos os têm visto. Ouvidos humanos têm ouvido seus apelos.
“Todo remido compreenderá o serviço dos anjos em sua própria vida. Que maravilha será entreter conversa com o anjo que foi a sua guarda desde os seus primeiros momentos, que lhe vigiou os passos e cobriu a cabeça no dia de perigo, que com ele esteve no vale da sombra da morte, que assinalou o seu lugar de repouso, que foi o primeiro a saudá-lo na manhã da ressurreição, e dele aprender a história da interposição divina na vida individual, e da cooperação celeste em toda a obra em prol da humanidade.”
(Educação, pp. 304 e 3051.
Sejamos sempre leais a Deus para termos sempre a proteção e a campanha dos anjos celestiais conosco.
Saiamos desta reunião conscientes de que o anjo da guarda está ao nosso lado!.
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