Antes, porém, de todas estas coisas, lançarão mão de vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença de reis e governadores, por causa do Meu nome; e isto vos acontecerá para que deis testemunho. Luc. 21:12 e 13.
Em uma corte eclesiástica do século 16, em Londres, o bispo Bonner interrogou um jovem chamado Thomas Hawkes, que fora condenado como herege: “Você crê”, perguntou o bispo, indignado, “que, no santo altar do sacramento, está o próprio sangue de Cristo?”
Hawkes respondeu: “Eu creio no que Cristo ensinou.”
A resposta não satisfez. O bispo queria saber exatamente o que o seu prisioneiro entendia ser o significado das palavras de Cristo: “Tomai, isto é o Meu corpo.” Mar. 14:22. Hawkes admitiu que discordava da doutrina da transubstanciação, ensinada pela Igreja, segundo a qual o pão e o vinho se transformam literalmente no corpo e no sangue de Jesus. Ele falou que nenhum apóstolo jamais ensinara tal coisa, e que o pão e o vinho não fermentado simbolizam respectivamente o corpo e o sangue de Cristo.
Isso enfureceu ainda mais o bispo. “Ah, então você aceita somente o que a Bíblia ensina?” Essa era exatamente a posição de Thomas Hawkes, que respondeu: “Porventura não é suficiente para nossa salvação?” Bonner então replicou: “Mas não é suficiente para nossa instrução.” Com isso, Hawkes foi condenado à morte. Sua crença nas Escrituras era sólida. Ele aceitara o conselho do sábio: “Compra a verdade e não a vendas; compra a sabedoria, a instrução e o entendimento.” Prov. 23:23.
As Escrituras nos conclamam agora, no século 21, à lealdade. A verdade apela para que a sigamos. Ela pode até não ser levada a sério, mas é imutável. Pode ser negligenciada, mas não ignorada para sempre. Pode ser rejeitada, mas, no fim, vai julgar-nos. O único caminho seguro é crer nela, aceitá-la e segui-la.
Autor: Pr. Mark Finley, Sobre a Rocha.