25. Ario de Alexandria

Cristologia – Século IV – Alexandria 

Cristo foi criado. Ele não é da mesma substância do Pai 

Ario de Alexandria (256-336) foi um genial presbítero cristão de Alexandria, Egito. Ele defendeu uma teologia que ficou conhecida como arianismo e que perdura até aos dias de hoje entre muitas seitas. Sua teologia foi considerada herética pela Igreja.

O arianismo considera que Jesus Cristo não era igual nem consubstancial ao Pai.

O sínodo de Alexandria (318) expulsou Ario da comunhão eclesiástica, mas dois outros concílios realizados fora do Egito o reabilitaram.


Ele defendeu-se com as seguintes expressões: “o que afirmamos e pensamos e temos ensinado e continuamos ensinando; que o Filho não é congênito, nem parte do congênito em nenhum sentido, nem é ele derivado de alguma substância… e antes que fosse gerado, ou criado, ou nomeado, ou estabelecido, ele não existia, porque não era congênito. 

Somos perseguidos porque afirmamos que o Filho tem um princípio, mas Deus é sem princípio”.Ario continuou disseminando as suas ideias num circulo sempre crescente por meio de hinos e outros métodos de popularização. Muitos homens de igreja uniram-se a ele.

O Primeiro Concílio de Niceia, realizado em 325, convocado por Constantino o Grande, condenou a teologia ariana, declarando-a herética e obrigando a destruição e queima de todos os livros que as ensinavam. 

Além disso, promulgou a pena de morte para quem os conservasse. Motivado pelo arianismo, o Concílio foi levado a decidir que Jesus foi gerado do Pai e da mesma substância do Pai, reconhecendo a divindade de Jesus.

Em 327 o imperador Constantino anistiou a Ario, permitindo que regressasse à cidade de Alexandria. Porém, depois de sua morte, Ario foi novamente declarado herege pela Igreja Católica.

A teologia de Ario continuou sendo difundida entre os povos bárbaros do Norte da Europa, quando da evangelização dos Godos. Os Ostrogodos e Visigodos chegaram à Europa ocidental como cristãos arianos.

Os Vândalos, Hérulos e Ostrogodos foram destruídos por Belisário, General do imperador Justiniano porque simplesmente eram nações arianas, que discordavam do bispo de Roma.

Em essência a teologia de Ario abordava os seguintes pontos:


1. Deus: 

Só existe um Deus verdadeiro, o “Pai Eterno”, princípio de todos os seres. Ele é um eterno mistério, oculto em Si mesmo, sem que nenhuma criatura consiga revelá-lo.

2. Cristo: 

Cristo é uma criatura com atributos divinos, mas não era Deus. Foi criado por Deus como um instrumento para a criação dos demais seres do Universo. 

Ele foi a primeira de todas as coisas criadas, mas nunca havia existido eternamente. Houve um tempo em que Cristo não era. Portanto, Ele era inferior a Deus o Pai.

3. Monoteísmo: 

Ario acreditava que somente a sua teoria permitiria preservar o monoteísmo no cristianismo.

4. Criação: 

Cristo é o criador de todas as coisas porque a divindade transcendente não poderia entrar em contato com a matéria.

 


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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