224 – A Bíblia autoriza beber vinho e bebida forte?

Duas Embaraçantes Passagens Relacionadas com o Vinho .

“Esse dinheiro, dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer coisa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o SENHOR, teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua casa”.Deuteronômio 14:26.

“Dai bebida forte aos que perecem e vinho, aos amargurados de espírito”. (Provérbios 31:6.

Limitar-nos-emos ao que diz o Comentário Adventista e a uma ligeira alusão de Adão Clarck.

O que escreveram os teólogos e comentaristas Adventistas sobre Deuteronômio 14:26.

 

Bebida forte. O vinho e a bebida forte aqui mencionados eram ambos fermentados. Em tempos passados Deus freqüentemente tolerava a grosseira ignorância responsável por práticas que Ele nunca pôde aprovar. 

 

Mas finalmente veio tempo quando, em cada ponto, Deus ordenou a todos os homens que se arrependessem (Atos 17:30). Então aqueles que persistissem em suas práticas, a despeito do conselho e advertência não mais teriam uma desculpa para seu pecado (João 15:22) ‘Se eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas agora não têm desculpa do seu pecado’.

No seu procedimento anterior eles não tinham pecado e Deus não os considerava totalmente responsáveis, embora suas obras estivessem afastadas do ideal. Sua longanimidade é extensiva a todo aquele que não sabe o que está fazendo (Luc. 23:34). Como Paulo que perseguia a igreja ignorantemente na incredulidade eles podem obter misericórdia”.

Depois de falar que Deus suportou a escravatura e a poligamia, coisas contrárias aos princípios divinos, o SDABC assim conclui:

“Assim foi com o ‘vinho’ e ‘bebida forte’. A ninguém era estritamente proibido beber, exceto os engajados em deveres religiosos e talvez também na administração da justiça (Lev. 10:9; Pv 31:4). 

Os males do ‘vinho’ e da ‘bebida forte’ foram claramente indicados, o povo aconselhado a abster-se deles (Pv 20:1; 23: 29 a 33), e uma maldição pronunciada sobre aqueles que induzem outros a abusar da bebida (Hab. 2:15). Mas Paulo coloca diante de nós o ideal, declarando:

‘Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra cousa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus’. (I Co 10:31), e informa que Deus destruirá aqueles que desonram seus corpos (I Co 3:16-17). Cousas intoxicantes destroem o templo de Deus e seu uso não pode ser considerado um meio de O glorificar (I Co 6:19-20; 10:31). 

Paulo abandonou o uso de cada coisa prejudicial ao seu corpo (I Co 9:27). Não há desculpa hoje para o argumento de que não há nada intrinsecamente errado no uso de bebidas intoxicantes, baseando-se no fato de que uma vez Deus as permitiu. Como já foi notado, Ele também permitiu uma vez a escravatura e a poligamia. A Bíblia adverte que os bêbados não herdarão o reino de Deus (I Co 6:10)”.

Sobre Prov. 31:6 este mesmo comentário tece as seguintes considerações:

“Pronto para perecer. Sem o conhecimento de narcóticos possuído pelos médicos hoje, os antigos tinham freqüentemente apenas várias misturas de bebidas intoxicantes e preparações de ervas narcóticas com as quais insensibilizavam as dores de doenças fatais. 

Àqueles que eram crucificados, no tempo de Cristo, ofereciam-lhes uma mistura de vinagre e fel. Nosso Senhor recusou beber aquela mistura. Ele desejava uma mente clara para resistir à tentação de satanás e conservar forte Sua fé em Deus”.

Adão Clarke apresenta esta mesma idéia sobre Provérbios 31:6, apenas usando vocabulário diferente:

“Daí bebida forte para aquele que está morrendo. Já temos visto que bebidas embriagantes eram misericordiosamente dadas aos criminosos condenados, para torná-los menos sensíveis às torturas que enfrentariam na morte. Isto é o que foi oferecido a nosso Senhor, mas ele recusou”.

Do matutino paulista “O Estado de São Paulo” de 22-1-1984, retirei a seguinte nota:

“A História nos cientifica que no tempo de Napoleão a pobreza da farmácia não oferecia muitas possibilidades de aliviar os sofrimentos dos feridos. Não lhes era oferecida senão uma esponja embebida em suco de ópio para sugar”.    


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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