A Marca do Mal

Tanto a besta quanto a sua imagem(a) compartilham um dogma que: as mantêm fortemente unidas; submete os homens aos seus enganos e, se opõe ao selo de Deus – o sábado do quarto mandamento(b). Dentre os diversos erros disseminados por elas, somente o ensino da observância dominical conserva estas peculiaridades reunidas, tornando-a a marca ou a principal distinção das organizações que retêm este falso “dia do Senhor”(c). Esse ponto doutrinário demonstra a tentativa prepotente de usurpar a autoridade de Deus e de desviar a verdadeira adoração destinada a Ele.

A Bíblia em toda a sua extensão ensina que unicamente o sétimo dia da semana foi santificado e abençoado por Deus; e destina-se a atender exclusivamente aos Seus propósitos. Porém, o homem em busca de satisfazer seus interesses particulares confronta constantemente as orientações do seu Criador (Romanos 8:5-9). Deus nunca modificou qualquer mandamento do Decálogo e muito menos concedeu autoridade para que alguém assim procedesse. Apesar disso, a “besta e a sua imagem” proclamam com soberba que o domingo substituiu o sábado na lei de Deus, e conclamam que esta heresia seja obedecida.

A terceira mensagem angélica adverte quanto a aceitação deste falso dia de descanso dizendo: “Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da Sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro.” (Apocalipse 14:9-10).

A “marca” ou “sinal” da besta não é um chip, um código de barra, um símbolo místico ou o número 666 fixado no corpo. Estas fantasiosas especulações não são sustentadas pela Bíblia. Receber a “marca da besta” (a marca do sistema religioso apostatado) indica que a pessoa através de suas próprias convicções(de forma consciente – “na fronte”), ou, motivada pela conveniência de sua vida (de suas ações – “sobre a mão”) reconhece que a “besta e sua imagem” possuem autoridade em substituir o sétimo dia da semana descrito no quarto mandamento, pelo primeiro dia. Aceitar essa mudança é consequentemente render à elas obediência e adoração. Ressaltando que, ninguém receberá essa marca sem antes conhecer plenamente as verdades sobre estas questões; mas aquele que, embora ciente deste assunto, resolve seguir o falso dia de descanso.

“Quando essa questão for claramente colocada diante do mundo, aqueles que rejeitam o memorial divino da Criação – o sábado bíblico – escolhendo adorar e honrar o domingo – mesmo depois de ter pleno e cabal conhecimento de que este não é o dia apontado por Deus para a adoração – receberão a ‘marca da besta’. Esta é a marca da rebelião; a besta afirma(d) que o fato de ela haver alterado o dia de adoração é uma prova de sua autoridade em modificar a lei de Deus.”1

Este conflito terá seu auge quando as igrejas protestantes que defendem a guarda dominical, lideradas pela Igreja de Roma (ICAR), exigirem que o Estado utilize seu poder para fazer valer de forma obrigatória a observância do domingo mediante lei civil, com punição aos infratores (Apocalipse 13:11-18). Assim como já ocorrera no passado(e).

Nunca houve uma terceira opção e não haverá nos eventos finais deste mundo. “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-O; se é Baal, segui-o.” (I Reis 18:21). Assim como o remanescente fiel consolida sua lealdade a Deus e recebe o Seu selo (Apocalipse 7:2-3), em contraposição existem os que firmam-se na “besta e na sua imagem” e recebem o seu respectivo selo. O foco desta questão é a fidelidade para com a vontade de Deus expressa claramente em Sua lei (Êxodo 20:3-17 cfMateus 19:16-19, Lucas 16:17), sobretudo no quarto mandamento, o centro do conflito final (Apocalipse 14:7cf Êxodo 20:11; Apocalipse 14:12). No momento em que Lúcifer se tornou Satanás, este idealizou obter para si mesmo obediência e adoração das criaturas de Deus, e nos últimos momentos que lhe resta fará isto com todo empenho auxiliado por seus agentes.2


a. A expressão “imagem da besta” refere-se ao sistema religioso que atuará segundo os mesmos princípios da “besta” descrita em Apocalipse 13:1-8. E, assim como esta utilizava o poder político do(s) Estado(s) para impor suas doutrinas, igualmente ocorrerá com a sua “imagem”. Acesse: Babilônia Denuncia II

b. Acesse: O Selo de Deus

c. Acesse: O “dia do SENHOR”

d. Acesse: Do Sábado para o Domingo

e. Acesse: Série: O Sétimo Dia

1. Nisto Cremos. (2003). 7.ª ed., São Paulo: CPB, cap. 12, p. 231.

2. Efésios 6:11-12; I João 2:1-4 cf João 8:44; II Tessalonicenses 2:3-4 cf Isaías 14:13-14, Ezequiel 28:12-18, Apocalipse 12:17. Acesse: A Lei de Deus – Adulterada

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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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