As Grandes Religiões e os Grandes Homens

Todas as grandes religiões da Terra crêem e ensinam a doutrina da imortalidade da alma. Segundo esta crença a alma é uma parte separável do corpo, princípio espiritual do homem, por natureza imortal. Segundo este ensinamento ela se confunde com o espírito, que basicamente representa a mesma coisa que aquela, tendo dela apenas uma diferença semântica e significando a parte imaterial do ser humano.

Existem muitas semelhanças entre as várias correntes doutrinárias que ensinam a imortalidade da alma. Basicamente o ser humano, por esta doutrina, é imortal. O corpo, sendo apenas o invólucro material e perecível, está sujeito à morte e à corrupção. A alma ou o espírito, após a morte, desprende-se do corpo a que estivera ligado durante a vida como que por um cadeado, ficando livre para empreender novo rumo ou ser encaminhada para um novo e determinado destino.

As várias religiões ou correntes filosóficas divergem no tocante ao destino da alma ou espírito, depois da morte. Mas todas, praticamente, são unânimes na afirmação de que ela é imortal, que não pode morrer como o corpo. Portanto, resumindo, segundo elas o ser humano é composto de pelo menos duas partes: uma parte material, grosseira, mortal, que se decompõe e é desfeita e destruída após a morte; e uma parte imaterial, intangível, consciente, que não pode perecer, que se liberta do corpo após a morte para um destino que é variável, de acordo com a doutrina pertinente a cada religião ou filosofia.

Mas não são apenas as grandes religiões que acreditam nessa dualidade corpo e alma e na imortalidade da segunda. Ela era também a crença dos grandes filósofos e dos maiores pensadores que assim criam e ensinavam. Ainda hoje, os grandes da Terra mantêm esse ensinamento. Todos eles, à exceção dos que são ateus e materialistas, acreditam na imortalidade da alma.

Este conceito está de maneira absolutamente inquestionável patenteado na obra do Padre Pedro Cerruti, A Caminho da Verdade Suprema Síntese da Teologia Católica em sua Tese XII: A alma humana é por sua natureza imortal. Esta tese, no seu item 161 declara: Afirma-se uma imortalidade natural para a alma pessoal e consciente de cada homem (Ob. cit., p. 277). Como prova dessa doutrina ele consigna: A imortalidade foi sempre AFIRMADA pela humanidade em geral e pelo escol dos filósofos de todos os tempos: Anaxágoras, Platão, Aristóteles, Plotino…, Os santos padres (Agostinho…) os Escolásticos (São Tomás…), Descartes, Leibnitz, Wolff, Kant, Reid… (Idem).

Afirma, mais, em favor de sua tese, que a voz da humanidade é argumento decisivo: A crença na sobrevivência da alma é um fato universal em todos os povos, constando: a) nos povos primitivos; b) nos povos históricos e c) nas elites de todos os tempos, como nos sábios de hoje (Ibid. pp. 277-278).

Com referência aos povos primitivos é por ele dada ênfase a três condições: 1) pela idéia que têm da morte como uma partida do espírito, o qual segundo alguns povos mora ainda por certo tempo no quarto ou nas vizinhanças, donde ritos especiais para mantê-lo por mais tempo (Anamitas, Mongóis) ou para afastá-lo definitivamente (Índia, América, Grécia); 2) pelas cerimônias funerárias: objetos, armas, alimentos colocados no túmulo; posição dada ao cadáver simbolizando nova vida, folhas de acanto que se tornariam asas…; 3) pelo culto dos mortos: desde os tempos pré-históricos, o homem recolhe com respeito os despojos mortais de seus semelhantes, sepulta-os com especiais cerimônias, guarda os sepulcros como coisa sagrada: assim os Romanos, os Celtas, os Germanos, os Gregos (crendo que a alma não tivesse paz enquanto o corpo não fosse sepultado: vejam os esforços e sacrifícios dos heróis da Ilíada para alcançar os cadáveres e sepultá-los). Coisas análogas são observadas pelos etnólogos nas tribos selvagens da Ásia, América, África, Austrália. Se a alma não sobrevivesse, porque honrar ou temer quem não mais existe, porque cultuá-la, corresponder com orações? (…) Em Roma, os defuntos, os manes, tinham sua festa: Dies parentales, em que era implorada a sua bênção… (Ibid. pp. 277-278).

É interessante notar-se que o respeitado teólogo católico faz menção a tantas referências pagãs e mesmo à mitologia grega, mas não cita, absolutamente, a única fonte confiável e correta, a Bíblia Sagrada. Outra curiosidade é que a igreja de Roma trouxe do calendário pagão inúmeras de suas festas, da qual o teólogo em questão cita a que foi incorporada mesmo ao calendário civil oficial: o dia de finados, comemorado no segundo dia de novembro. Igualmente incorporado ao calendário foi a antiga festa pagã de todos os deuses , agora comemorada como a festa de todos os santos no dia anterior ao dia dos mortos.

Esta doutrina da imortalidade da alma deu razão e causa ao nascimento do espiritismo, que pouco diverge do fundamento religioso hoje em prática. Por ela também se encontra explicação para a invocação aos mortos e a veneração a Maria e aos santos canonizados por Roma.

Esta doutrina, repetimos, é seguida, aceita e ensinada por quase todo o mundo, pelos grandes homens e pelas maiores religiões da Terra. Mas, por mais chocante que possa parecer para muitos, somente há um obstáculo e oposição ao seu ensinamento: a Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus.

Este estudo tem por propósito, exatamente, esclarecer de maneira racional e objetiva esta questão. As respostas a ela, conforme mencionado anteriormente, somente podem ser encontradas nos seus registros Sagrados.

Fonte: O Evangelho Eterno


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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