Como criaturas limitadas, projetadas na eternidade, quem nos poderia ensinar sobre nossa origem e destino? Quem nos dirá de onde viemos e para onde vamos? Quem nos dará a chave dos mistérios inexplicáveis? Quem nos ajudará na resolução de nossos problemas? Para além do conhecido, quem nos revelará o desconhecido?
O mal, o sofrimento, a morte nos dominam, quem nos livrará dessas coisas?
Todas estas questões permaneceriam sem resposta se não tivéssemos um livro; a Bíblia, a Palavra de Deus. Este livro que nos vem de eras remotas é um documento único. Moisés começou a escrevê-lo no tempo dos Faraós e João, o evangelista, encerrou quinze séculos mais tarde, ao escrever o Apocalipse.
Sábios têm colaborado na sua redação, profetas, reis, pastores, artesãos, funcionários, pescadores, um médico e um fabricante de tendas.
Será um livro heteróclito, que não segue uma ordem de pensamentos e de assuntos?
Não!
A Bíblia composta de 66 livros é por excelência o livro da coordenação e da harmonia. Um pensamento central o envolve e permeia suas páginas. Por seu intermédio Deus se revela ao homem, almejando que este se volte para Ele. Onde a ciência ainda interroga, onde a filosofia refuta, a Bíblia afirma. Por meio dela Deus fala aos homens numa linguagem humana e clara, compreensível e sem equívoco.
A Bíblia nos diz quem é Deus, quais são Seus atributos, o que Ele fez e o que Ele tem intenção de fazer. Toda a história passada, presente e futura do homem é ali traçada.
A Bíblia é a lâmpada que esclarece, O guia que conduz, O espelho que revela, O orvalho que fecunda, O pão que alimenta.
Pedro Apolinário, História do Texto Bíblico, Capítulo 1.