
Introdução:
1. Irmãos, ao realizarmos este primeiro culto de louvor e gratidão a Deus neste novo templo estamos num ponto importante e estratégico da história de nossa igreja.
2. Muitos episódios bíblicos poderiam ilustrar ou coincidir mui adequadamente com este acontecimento histórico que nós, como igreja, estamos vivendo…
3. Meditemos pois no episódio que encontramos em 1 Sam. 7:3- 14…
4. Numa época sumamente difícil para os israelitas, Samuel
convocou o povo em Mizpa e pronunciou um discurso
exortativo…
5. Pensando em tudo o que o Senhor havia feito por eles nos tempos passados, e num maravilhoso e significativo reconhecimento da proteção divina, “tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e lhe chamou Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor.” v. 12.
6. Nós também, neste dia tão feliz, poderíamos pensar nos obreiros, nos oficiais e tantos outros irmãos fiéis que esta igreja tem possuído.
7. Poderíamos pensar nas duras lutas, nos momentos difíceis, nos tristes fracassos, e também nas sorridentes vitórias e dizer plenos de júbilos: “Ebenézer!”
8. Sim, “até aqui nos ajudou o Senhor”, pois sem Ele jamais
poderíamos chegar até este ponto na vida de nossa Igreja…
9. Portanto esta é uma ocasião propicia para olharmos para o passado, nos regozijarmos no presente e avançarmos com fé para o futuro, pois com toda certeza podemos dizer: “Ebenézer!”
I. MEDITEMOS NOS VÁRIOS ASPECTOS SUGESTIVOS DESTE EPISÓDIO DA HISTÓRIA DO POVO DE ISRAEL..
A. Os filisteus perseguiam, afligiam e atormentavam os israelitas…
1. Nos capítulos 4, 5 e 6 de 1 Sam, lemos o relato da derrota dos israelitas sofrida nas mãos dos filisteus, seus inimigos
tradicionais…
a. Os filisteus capturaram a arca e a levaram para a terra deles.
b. Ele afligiam o povo de Deus de muitas maneiras…
c. A situação dos israelitas tornava-se cada vez mais angustiosa…
d. Sentiam-se humilhados, oprimidos e desanimados…
2. O segundo aspecto, é que o povo além de servir a Deus e crer nEle, serviam a outros deuses e isto era idolatria…
a. Eles fizeram o que Deus mais abominava…
b. Sabiam que era pecado, que Deus proibia isto explicitamente em Sua santa Lei, mas a idolatria lhes era como um laço…
c. Nunca deixaram de adorar ao Senhor, ainda que á sua maneira, mas ao mesmo tempo serviam a deuses falsos…
d. Praticaram todos os costumes terríveis e concuspicentes, com os quais os pagãos realizavam seu culto…
3. O quadro de um povo privilegiado e abençoado, mas rebaixado até o último grau de uma vida espiritual pervertida, é uma das coisas da história bíblica que mais nos entristece!
a. E este perigo de idolatria que assediou os israelitas, nós
também o sofremos na época atual…
b. Portanto, o triste exemplo que eles nos deixaram deveria ser uma advertência para nós…
II. PORÉM ESTA TRISTE SITUAÇÃO MUDOU…
A. Mudou quando eles arrependeram-se…
1. Arrepender-se é reconhecer sinceramente o mal que se tem cometido, confessá-lo a Deus, e pedir a Ele, humildemente, o perdão…
2. Além disso, ter o propósito de não prosseguir praticando o mal, mas endireitar os passos no caminho do bem para agradar ao Senhor…
3. O arrependimento é, pois, uma experiência espiritual que produz mudanças na vida…
4. Sabemos que os israelitas arrependeram-se porque houve duas mudanças na vida deles…
5. Deixaram a idolatria…
a. Este era um dos pecados que eles cometeram muitas vezes e que Deus abominava… . .
b. A idolatria tira a Deus do centro da vida e coloca um ídolo em Seu lugar… ..
c. Samuel exortou o povo para que abandonasse os deuses
estranhos e voltasse de todo coração a Deus….
d. Diz a passagem: “Então os filhos de Israel tiraram dentre si os baalins e os astarotes, e serviram só ao Senhor’ I Sam. 7:4…
e. Sim, no centro dito do arrependimento está o abandono de todos os ídolos e uma verdadeira entrega a Deus…
f. Disse Jesus: “Não se pode servir a dois senhores”.
6. A outra mudança foi a escolha de servirem só ao Senhor…
a. Isto é o que Deus sempre esperou de Seu povo; que ele O
servisse…
b. Sim, servir a Deus deve ser a meta de nossa vida…
c. O pecado, sem dúvida, nos impedirá de alcançarmos esta
meta…
d. Mas quando o obstáculo desaparece, o caminho se torna
plano…
e. Prezados irmãos, Deu§ deve ser supremo em nossa vida.
B. A situação mudou porque agora eles tinham um líder espiritual, e eles o ouviram…
1. Samuel era o líder espiritual do povo…
a. Seu ministério consistia em exortar aos israelitas para que se convertessem ao Senhor…
2. Um líder espiritual é uma grande bênção…
a. Mas ouvi-lo e atendê-lo é uma bênção maior ainda…
3. É muito necessário que a igreja tenha seus líderes, homens de Deus que sejam guias espirituais…
4. É bom que os membros da igreja amem seus líderes e os
respeitem, ouçam e obedeçam suas mensagens…
C. Estando submissos a Deus, lutaram decididamente contra os inimigos, e os venceram…
1. O verso 11 diz: “Saindo de Mispa os homens de Israel,
perseguiram os filisteus e os derrotaram até abaixo de Bete-Car.”
2. De derrotados tornaram-se vitoriosos…
3. A vitória espiritual que obtiveram em suas vidas, produzida pelo arrependimento, comunicou-lhes coragem para pelejar e com isto venceram os temíveis inimigos… .
4. Sim, viveremos uma vida de derrotados enquanto não buscarmos ao Senhor em arrependimento…
5. Não pode haver vitória externa se primeiro não houver vitória interna…
6. As maiores batalhas são aquelas que libertam o espírito…
7. Em toda a história do povo de Israel pode-se ver que a vitória militar sobre os inimigos sempre esteve ligada á vitória espiritual neles mesmos, quando serviam ao Senhor de todo o coração…
III. QUAIS FORAM OS RESULTADOS?
A. Houve vitória…
1. O versículo 13 diz: “Assim os filisteus foram abatidos, e nunca mais vieram aos termos de Israel, porquanto foi a mão do Senhor contra eles todos os dias de Samuel”…
2. A liberdade política e militar ajudou a criar o ambiente propicio para a tranqüilidade do povo judeu…
B. Houve progresso…
1. Com a liberdade veio o progresso…
2. A primeira parte do verso 14 diz: “As cidades que os filisteus haviam tomado a Israel foram-lhe restituídas, desde Ecrom até Gate…”
C. Houve paz…
1. A segunda parte do verso 14 diz que: “houve paz entre Israel e os amorreus”.
2. A paz, qualquer espécie de paz, é sempre um dom precioso…
3. A vida se desenvolve normalmente numa atmosfera de paz…
4. Agora os israelitas podiam-se sentir felizes, livres do assédio do inimigo…
D. Houve gratidão…
1. O povo e Samuel reconheceram que haviam estado nas mãos de Deus, e Ele os ajudara..
2 Então sentiram-se agradecidos, e como uma expressão dessa gratidão: “Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e lhe chamou Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor.” 1 Sam. 7:12.
3. A gratidão muitas vezes se expressa em adoração…
IV. VEJAMOS AGORA ALGUMAS LIÇÕES QUE PODEMOS APRENDER DESTE INCIDENTE…
A. A primeira lição que podemos aprender é que o povo de Deus tem conflitos…
1. O povo de Deus hoje, á semelhança do povo de Israel. Peregrina neste mundo e se vê rodeado de múltiplos conflitos…
2. O fato de sermos filhos de Deus não nos torna isentos dos
problemas…
3 Na verdade estes aumentam, pois constantemente nossa fé é posta à prova…
4. Nós também temos inimigos…
5. O apóstolo Paulo disse: “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principiados, contra as protestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” Efé. 6:12.
B. A segunda lição é que: nunca há uma vitória exterior sem que primeiro haja uma vitória interior…
1. Esta é uma lei que sempre se cumpre…
2. Se pensamos, por exemplo, numa vitória militar temos que reconhecer que por trás da batalha teve que haver organização, uma justa causa pela qual lutar, coragem, decisão e disciplina…
3. Unicamente as armas bélicas nunca poderão ganhar uma
batalha…
4. Davi venceu o gigante Golias disparando com sua funda uma pedra que se fincou na testa do filisteu…
5. Quem é que vence a um gigante com uma funda e pedra?…
6. Mas o fato é que Davi pelejou “em nome do Senhor!”
7. Este princípio aplica-se também à igreja…
8. Se não houver vitória dentro, se os membros não estiverem unidos e consagrados ao Senhor, então a igreja não avançará em sua luta contra o mundo…
C. Uma terceira lição que podemos tirar deste episódio é que Deus faz sua parte: nós devemos fazer a nossa…
1. Os versos 11 e 12 dizem: “Saindo de Mispa os homens de Israel, perseguiram os filisteus e os derrotaram até abaixo de Bete-Car. Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e lhe chamou Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor.”
2. A grande verdade para a qual devemos atentar é que somos instrumentos nas mãos de Deus…
a. De nós mesmos nunca poderemos obter alguma vitória…
b. Para que Deus possa operar, devemos-nos entregar a Ele…
3. Na vida espiritual, o triunfo sempre é o resultado da colaboração entre Deus e o homem…
a. Deus ajudou aos Israelitas e eles venceram…
b. Nós também, como Igreja, devemos fazer nossa parte para que Deus faça a Sua…
4. Muitas vezes oramos: “Senhor, abençoe a obra”…
a. Mas, há obra?
b. Se não estamos fazendo nada, o que é então que Deus vai
abençoar?…
V. FAÇAMOS AGORA, UMA APLICAÇÃO PRÁTICA DE TUDO ISTO A NÓS, COMO IGREJA.
A. Quanto ao passado, devemos ser gratos..
1. Sim, ao estarmos aqui neste belo templo detenhamo-nos para olhar para o passado e dizermos cheios de gratidão: “Ebenézer”…
2. O próprio fato de conseguirmos a construção dessa igreja se constitui uma clara demonstração de que Deus n.Js tem guiado, nos tem protegido, nos tem abençoado…
B. Quanto ao futuro, devemos ter visão, fé e acima de tudo devemos trabalhar…
1. Sim, hoje devemos olhar para o futuro…
a. A obra não está terminada…
b. Resta-nos ainda muito caminho para percorrer
c. Não é tempo ainda de abainhar a espada…
2. Daqui por diante ainda há muito trabalho para ser feito, muitas lutas a serem ganhas e muitos triunfos a serem conquistados…
3. Irmãos, tenhamos visão e fé…
a. Nada temos a temer, pois o Senhor Jesus vai à nossa frente…
4. Ao terminar seu fecundo e abençoado ministério disse a serva do Senhor:
a. “Ao recapitular a nossa história passada, havendo revisado cada passo de progresso até ao nosso nível atual, posso dizer:
b. Louvado seja Deus!…
c. “Ao ver o que Deus tem obrado, encho-me de admiração e de confiança na liderança de Cristo…
d. “Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que
esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado”… 3 TS, p. 443.
Conclusão:
1. A história da conquista do México iniciou-se com um evento de grande significação…
2. Hernán Cortés, vindo de Cuba, havia ancorado seus navios com quinhentos e cinqüenta homens nas costas onde hoje é a cidade de Vera Cruz…
3. Então, para impossibilitar que seus soldados regressassem por covardia, mandou queimar todas as velas com as quais havia navegado..
4. Não podendo, pois regressar, ele e suas tropas avançaram,
atravessando as escarpadas montanhas até chegar no centro do país, onde imperava o reino dos Astecas…
5. Neste episódio vemos, pois, que Hernán Cortés deixou Cuba no passado, queimou as velas no presente, e marchou para a conquista futura do México…
6. Nós, como Igreja, nesta feliz ocasião, estamos colocados num local estratégico do tempo e do espaço…
7. O passado já ficou para trás, agora nos achamos no presente, mas devemos marchar confiantemente para as vitórias futuras…
8. Sejamos dignos das glórias pretéritas; consolidemo-nos no
presente; e avencemos com a fé posta em Deus para triunfar no futuro…
9. “EBENÉZER”, sim, “até aqui nos ajudou o Senhor”, e podemos ter fé que Ele continuará nos ajudando!
10. “Ora, aquEle que é poderoso para fazer tudo muito mais
abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos,
segundo o poder que em nós opera, a essa glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém” Efés. 3:20-21.
Veja aqui a lista de todos os SERMÕES PARA OCASIÕES ESPECIAIS.
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