Durante uma competição de remo no Pacífico, o explorador Patrick Deixonne se deu de frente com a maior “catástrofe ecológica” do mundo. Uma gigantesca placa de lixo plástico, sete vezes maior que a França, flutua calmamente em águas pouco usadas pela marinha mercante e o turismo, sem chamar a atenção ou ser incomodada pelas comunidades internacionais.
Em tentativa de alertar o mundo sobre o que passou a ser apelidado de “7º Continente” de plástico, Deixonne, fundador da Ocean Scientific Logistic (OSL), partirá no dia 2 de maio em uma expedição marítima que documentará os grandes problemas ambientais que passam despercebidos. Segundo ele, a informação é a chave da mudança.
A expedição recebeu patrocínio da Sociedade de Exploradores Franceses (SEF) e auxilio de dois satélites da Nasa, o Aqua e Terra. Ambos serão um guia para a escuna alcançar os locais onde a concentração de resíduos é mais forte, a fim de medir sua densidade.
O lixo se acumula a ponto de encontrar correntes marítimas fortes que se deslocam sob o efeito da rotação da Terra, formando um imenso redemoinho. O giro da água aspira o lixo para o centro desse espiral, chamado de Vortex de Gyre, que poderá se tornar um dos maiores do planeta: 22 mil quilômetros de circunsferência e cerca de 3,4 milhões de km², de acordo com o Centro Nacional de Estudos Espaciais (Cnes), que também patrocina o projeto.
Essencialmente, “é composto por microdetritos de plástico decomposto em suspensão sobre 30 metros de profundidade”. O “7º Continente”, as correntes marítimas e a poluição das águas poderão ser estudados mais de perto com a expedição.
Você pode acompanhar essa aventura no site Expédition Septieme Continent.