O Evangelho em Símbolos

Já mencionamos anteriormente que só por Jesus obtemos salvação. A Bíblia o torna muito claro: “Respondeu-lhe Jesus. Eu sou o Caminho, e a Verdade e a Vida”. S. João 14:6.

“E, não há salvação em nenhum outro, porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” Atos 4:12.

“No dia seguinte, viu João a Jesus que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” S. João 1:29.

“Mas”, perguntará alguém, “e os que viveram antes da morte de Cristo? Podiam eles ser salvos por Jesus, se Ele ainda não havia morrido? Como poderiam eles saber algo sobre o Calvário e sua significação?”

Desde que o homem pecou deveria demonstrar fé no Redentor. Adão e Eva tiveram conhecimento do plano da salvação (Gênesis 3:15). Abel creu no sacrifício do Redentor vindouro ao levar um cordeiro para o sacrifício (Gênesis 4:4 e Hebreus 11:4). Assim também Noé (Gênesis 8:20) e Abraão (Gênesis 22:7 e 8) e os demais patriarcas.

MÉTODO ILUSTRATIVO

Através do oferecimento de cordeiros, Deus formulou um significativo método para ensinar o caminho da salvação. Esse método poderia ser chamado “a Escola da Redenção”. A obra salvadora de Cristo era profusamente ilustrada e dramatizada. Cada cordeiro que era sacrificado tipificava a morte do Cordeiro de Deus. O Plano da Salvação foi feito por Deus antes da queda do homem e desde então Jesus é chamado o “Cordeiro de Deus”. (Apocalipse 13:8). Esse Plano divino está baseado em amor, sacrifício e justiça.

“Deus AMOU o mundo de tal maneira que deu Seu Filho.” S. João 3:16.

“Sem DERRAMAMENTO DE SANGUE não há remissão.” Hebreus 9:22

“JUSTIÇA e direito são fundamental do Teu trono.” Salmo 89:14.

Em seguida iremos considerar como o Plano da Salvação era ensinado dia a dia antes de Cristo morrer.

UM TEMPLO MISTERIOSO

“E Me farão um santuário, para que Eu possa habitar no meio deles.” Êxodo 25:8.

O povo de Israel devia construir um santuário para que nele se manifestasse a presença divina e para servir de lugar de adoração de Deus. Mais que isto: para revelar, mediante símbolos, o grande plano da salvação. Deus deu todas as instruções concernentes a construção do tabernáculo ou templo, bem como todas as suas cerimônias.

O santuário era uma tenda portátil, de aproximadamente 15 metros de comprimento, por 5 de largura e 5 de altura. Era dividido em dois compartimentos: SANTO e SANTO DOS SANTOS ( ou SANTÍSSIMO). Uma cortina, ou véu, separava as duas dependências.

No primeiro compartimento, que era duas vezes maior que o segundo, havia uma mesa com pães, chamados da proposição, representando Cristo, o Pão da vida; um castiçal de ouro com sete lâmpadas continuamente acesas – simbolizava Cristo, a Luz do mundo; e um altar de incenso sobre o qual o incenso era queimado por ocasião do culto matutino e vespertino, representando a intercessão de Cristo.

No segundo compartimento – o Santíssimo, estava a arca, uma caixa de madeira revestida de ouro, que tinha por tampa uma peça de ouro maciço, chamada propiciatório; nas suas extremidades havia a figura de dois anjos, feitos de ouro puro cujos rostos se voltavam para o propiciatório. Neste lugar brilhava uma gloriosa luz, símbolo da presença de DEUS – pois representava o trono de Deus. Ordenou Deus ainda que os 10 mandamentos – escritos com Seu próprio dedo, fossem postos dentro da arca. “Era este um pequenino modelo da sala do trono do Universo, sendo a lei o fundamento ou “constituição do governo de Deus, ao passo que o propiciatório representava Seu infinito amor.”

A congregação não se reunia propriamente no tabernáculo, mas no grande pátio (ou átrio) que cercava , que tinha 52 metros de comprimento por 26 metros de largura, fechado por cortinas.

Nesse pátio, logo na entrada, estava a pia ou bacia contendo água para os sacerdotes se lavarem, pois deviam estar limpos antes de entrarem no tabernáculo. Isto é um símbolo da pureza que devemos possuir – pois só os puros de coração entrarão no reino de Deus. (Salmos 24:3 e 4) Havia ali também o altar dos holocaustos. Veja Êxodo 25 a 27; 36 a 38.

O EVANGELHO EM SÍMBOLOS

Os serviços no primeiro compartimento eram diários, cada pecado naqueles dias era cobrado com sangue inocente. Quando alguém pecava, devia trazer à porta do santuário um animal SEM DEFEITO (representava Jesus) e pondo as mãos sobre a cabeça do mesmo, devia confessar sua culpa. Desta maneira a culpa era transferida do pecador para a vítima substituinte. Então o pecador degolava o animal, pois “o salário do pecado é a morte”. (Romanos 6:23). Por essa maneira era mostrado ao arrependido que seus pecados haviam de afinal tirar a vida do inocente Filho de Deus – “visto que sem derramamento de sangue não há remissão”. Simbolicamente o pecado era transferido do pecador para o cordeiro que morria em seu lugar.

DIA DA EXPIAÇÃO

Os pecados do povo assim confessados, dia após dia e mês após mês, eram figurativamente transferidos para o santuário, pois algum sangue era aspergido no altar. Uma vez por ano era feita uma cerimônia especial para os extirpar, – uma purificação do santuário. Pra este fim foi escolhido o dia 10 do sétimo mês, chamado o DIA DA EXPIAÇÃO ou o dia do juízo. Para isso, o sumo sacerdote tomava dois bodes, degolava um deles e penetrava com o sangue do animal no Santos do Santos, isto é, no segundo compartimento. Então, enquanto estava defronte da arca que continha os 10 mandamentos, o sumo sacerdote aspergia o sangue sobre o propiciatório, para mostrar que o sangue de Jesus, o Redentor prometido, pagaria a pena da transgressão da lei. Depois aspergia também o altar do holocausto, no pátio. Por essa cerimônia era feita a remoção dos pecados acumulados no santuário (Levítico 16:16).

Após completar a purificação, o sacerdote punha, sempre simbolicamente, todos os pecados removidos do santuário sobre a cabeça do outro bode – o bode emissário – e enviava este animal ao deserto, onde morria. Era plano de Deus que nesse dia do ano – dia da expiação – povo e santuário ficasse limpos do pecado. Esse dia era para o povo de Israel um dia de Juízo. Quem não se afligia pelo seu pecado e dele não se livrava, devia ser eliminado do Seu povo. (Levítico 23:27-29). Havia grande alegria quando terminava o dia do juízo – estavam livres dos pecados cometidos durante o ano e purificados diante de Deus.

SÍMBOLO DE CRISTO

O tabernáculo ou santuário terrestre foi feito conforme o modelo do tabernáculo celeste e era uma cópia fiel dele. (Êxodo 25:40, Hebreus 8:5) O autor do livro de Hebreus fala do “verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem.” Hebreus 8:2. S. João viu em visão esse tabernáculo e peças da sua mobília.

“Abriu-se, então o santuário de Deus, que se acha no Céu e foi vista a arca da aliança no Seu santuário”. Apocalipse 11:19

Os serviços do tabernáculo terrestre eram símbolos da obra de Jesus em favor do homem. Essa obra redentora Ele iniciou na Terra e prossegue no santuário celeste. Pelo que foi exposto, o serviço do santuário era como um “telescópio da fé” pelo qual os fiéis podiam penetrar no grande espaço do tempo até o primeiro advento e a cruz do calvário, indo além, ao segundo advento e o juízo final! “Vosso pai Abraão alegrou-se por ver o Meu dia, viu-o e regozijou-se”, disse Jesus. S. João 8:56

Por ser símbolo da obra de Cristo, o Santuário do antigo Israel chegou ao seu fim ao consumar-se o sacrifício de Jesus. Mateus 27&versiculo=50 e 51

Quando o Salvador expirou na cruz, o véu do santuário rasgou-se em dois, dando o Senhor a entender por isso que aqueles serviços não mais tinham valor. A sombra encontrava o corpo, o tipo encontrava, o antítipo. Daquele momento em diante entrava em função o santuário que está no Céu. A Escritura diz:

“Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus.” Hebreus 9:24.

JESUS É NOSSO SUMO SACERDOTE

“Ora, o essencial das coisas que temos dito, é que possuímos tal Sumo Sacerdote, que se assentou à destra do trono da majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem. Pois todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer dons como sacrifícios; pois isso era necessário que também esse Sumo Sacerdote tivesse o que oferecer.” Hebreus 8:1-3.

“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” I Timóteo 2:5.

Assim como o sacerdote no santuário terrestre apresentava a Deus em benefício dos pecadores, dons e sacrifícios, Jesus, nosso Sumo Sacerdote, apresenta ao Pai, em favor do homem, os méritos do Seu próprio perfeito sacrifício – Sua morte na cruz. Contrariamente aos sacrifícios de animais, o sacrifício de Jesus foi feito. “Uma vez para sempre”. (Hebreus 7:27). A virtude desse único sacrifício é suficiente para apagar os pecados de todos os homens em todos os tempos. (I S. João 2:2)

Porém, essa perfeita e completa expiação não pode salvar os descrentes. É somente quando cremos em Cristo como nosso Salvador pessoal e cremos na expiação efetuada na cruz para remissão dos nossos pecados, que o divino Mediador pode aplicá-la em nosso benefício. A intercessão de Jesus no santuário celeste, aplicando ao que nEle crê os benefícios do Seu perfeito sacrifício, é por conseguinte tão necessária quanto a Sua morte na cruz.

“Por isso também pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” Hebreus 7:25.

“Porque não temos um Sumo Sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas fraquezas, antes foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.” Hebreus 4:15 e 16.

Que privilégio! – Podemos nos aproximar do trono da graça com grande confiança. Jesus, nosso precioso Salvador, compreende as nossas lutas e Se compadece de nós – é misericordioso para conosco e não repele o que sinceramente O busca. Por Sua eficaz mediação, temos acesso ao Pai.

Se aceitarmos o Seu sacrifício feito por nós, são assegurados perdão e salvação e todas as bênçãos do Céu.

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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