Refutando as “Observações” Totalmente Descontextualizadas de Natanael Rinaldi e João Flavio Martinez do CACP

É com grande satisfação que ajudamos nossos irmãos adventistas a refutarem as observações descontextualizadas de Natanael Rinaldi, com quem já mantive contato várias vezes. Infelizmente, o coração dele está endurecido de tal forma que não consegue perceber que ele faz uso de um procedimento desonesto ao interpretar os textos da escritora: tira-os de seu contexto histórico e literário.

A seguir farei uma análise dos comentários do pastor Rinaldi divulgados no site do Centro Apologético “Cristão” de Pesquisas (CACP):

Deixando de lado a afirmação de que Arnaldo B. Christianini, autor de “Subtilezas do Erro” estava “em êxtase” quando escreveu que Ellen White tinha o dom profético (não sei como Rinaldi deduziu tamanho “êxtase” na comunicação escrita sem ao menos haver um ponto de exclamação…), percebe-se a total desinformação do Sr. Rinaldi quanto à doutrina Adventista a respeito dos escritos de Ellen White e da relação deles com a Bíblia. Alguns motivos:

1) O grau de qualidade ou de inspiração dos escritos dela não podem ser diferentes da Bíblia porque o mesmo Espírito Santo é o autor de ambos. Não existem “graus de inspiração”. Uma pessoa não pode ser parcialmente inspirada pelo Espírito. O profeta é usado por Deus ou pelo diabo (nesse caso, falso profeta).

2) Mesmo acreditando que a qualidade da inspiração de Ellen White seja a mesma da Bíblia, nunca afirmamos que os escritos dela são mais importantes que a Palavra de Deus. Uma coisa é ter a mesma origem (Espírito Santo); outra, ter a mesma função e aplicação. Resumindo: cremos que tanto os autores bíblicos quanto os que não têm livros na Bíblia (1 Crônicas 29:29) como o a Sra. White tiveram o mesmo grau de inspiração, mas que a função dos escritos deles jamais foi “complementar” as Escrituras ou servir de norma suprema de doutrina. Bastava Rinaldi ler nossa “Crença Fundamental no. 1” no livro Nisto Cremos (Casa Publicadora Brasileira) e comprovar: “As Escrituras Sagradas, o Antigo e o Novo Testamento, são a Palavra de Deus escrita, dada por inspiração divina por intermédio de santos homens de Deus que falaram e escreveram ao serem movidos pelo Espírito Santo. As Escrituras são a infalível revelação de Sua vontade. Constituem o padrão de caráter, a prova da experiência, o autorizado revelador de doutrinas, o registro fidedigno do atos de Deus na História”.

3) A própria Ellen White reconheceu que, mesmo não devendo mudar os escritos dela (pois provêm de Deus), a única regra de fé do cristão é a Bíblia: “Recomendo-vos, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de vossa fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados. Nela Deus prometeu dar visões nos “últimos dias”; não para uma nova regra de fé, mas para conforto do Seu povo e para corrigir os que se desviam da verdade bíblica. Assim tratou Deus com Pedro, quando estava para enviá-lo a pregar aos gentios.”[2]

Se Natanael Rinaldi compreendesse a função dos testemunhos dela (noutra ocasião poderei me deter nisso), não faria tais acusações contra a doutrina adventista que segue de perto o princípio protestante “Sola Scriptura” (podemos provar todas as nossas doutrinas na Bíblia. Basta ele conversar com algum membro nosso, estudioso, e verá).

Heresias e contradições nos Escritos de Ellen White

Esse tipo acusação não é novidade no meio adventista. O apóstata D. M. Canright (morreu em 1919) que se negou a aceitar as advertências da Sra. White (ele era bem instável emocionalmente) foi o responsável por grande parte das ofensas dirigidas à profetisa. Rinaldi está apenas repetindo aquilo que saiu da boca do “professor” dele (Canright).

A Volta de Jesus

Na assembléia realizada em 27 maio de 1856 em Battle Creek, ela teve a seguinte visão:

“Foi-me mostrado o grupo presente à assembléia. Disse o anjo: ‘alguns servirão de alimento para os vermes, alguns estarão sujeitos às sete últimas pragas, outros estarão vivos e permanecerão sobre a Terra para serem trasladados na vinda de Jesus”.[3]

Os críticos gostam muito de usar esta citação para dizer que Ellen Gold H. White foi uma falsa profetisa. Dizem eles: “já se passaram 148 anos e não há sequer uma pessoa viva daquela época. O fato desta profecia não se cumprir prova que a “papisa dos Adventistas” não foi inspirada por Deus”.

E Rinaldi não fica para trás na insensatez dele:

“Para justificar o erro profético dela, seus defensores se explicam dizendo: “É-nos dito pela mensageira do Senhor que se a igreja remanescente houvesse seguido o plano de Deus em fazer a obra que lhe indicara, o dia do Senhor teria vindo antes disto, e os fiéis teriam sido recolhidos ao reino.” (Idem, p. 110) É incrível como possam ser tão fanáticas certas pessoas a ponto de justificar um fracasso profético tão evidente no intuito de defender sua profetisa”.

Ele peca em ignorar que existem profecias condicionais e incondicionais. Não há nada de fanatismo em defender esse conceito – basta estudar a Bíblia. Se Ellen White errou, então o personagem bíblico Jonas também foi um falso profeta, pois ele afirmou categoricamente que em 40 dias Nínive seria destruída. E isso não ocorreu! Será que Deus falhou?

Para entender a predição de 1856 e a profecia de Jonas é muito importante compreender o princípio bíblico de profecias condicionais. Jeremias nos auxilia: “No momento em que eu falar acerca de uma nação ou de um reino para o arrancar, derribar e destruir, se a tal nação se converter da maldade contra a qual eu falei, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe. E, no momento em que eu falar acerca de uma nação ou de um reino, para o edificar e plantar, se ele fizer o que é mal perante mim e não der ouvidos à minha voz, então, me arrependerei do bem que houvera dito lhe faria.” Jeremias 18:7-10.

Profecias condicionais são aquelas que dependem da resposta humana para o seu cumprimento. Exemplo: a promessa de crianças que não viveriam poucos dias na Nova Terra (Isaías 65:20). Isso era condicional à resposta de Israel aos apelos de Deus. Sendo que eles continuaram a se rebelar, as promessas feitas a eles, referentes especialmente à Nova Terra, não aconteceram.

Profecias incondicionais são aquelas que não dependem da resposta humana para o seu cumprimento. A Volta de Jesus é uma delas. Ele virá, mesmo que o ser humano não queira.

Os que confiam nos relatos bíblicos de profecias não cumpridas não terão dificuldades para compreender a declaração feita por Ellen em 1856. Sua profecia também era do tipo condicional. Além disso, em 1901, ela afirmou: “Talvez tenhamos de permanecer muitos anos mais neste mundo por causa de insubordinação, como aconteceu com os filhos de Israel; mas, por amor de Cristo, Seu povo não deve acrescentar pecado a pecado, responsabilizando a Deus pela conseqüência de seu procedimento errado”.[4]

A Hora da Volta de Jesus

Ao invés de usar os textos mais claros da autora para entender os mais difíceis, (fazemos isso ao interpretar a Bíblia), Rinaldi prefere descontextualizar a visão descrita no livro Primeiros Escritos sem se dar conta de que é ele quem está colocando na boca de Ellen White coisas que jamais sonhou em dizer quando era viva. Ela foi muito clara em afirmar:

“Progredíssemos nós em conhecimento espiritual, e veríamos a verdade se desenvolvendo e expandindo em sentidos com que mal temos sonhado, porém ela jamais se desenvolverá em quaisquer direções que nos levem a imaginar que podemos saber os tempos e as estações que o Pai estabeleceu por Seu próprio poder. Tenho sido repetidamente advertida com referência a marcar tempo. Nunca mais haverá para o povo de Deus uma mensagem baseada em tempo. Não devemos saber o tempo definido nem para o derramamento do Espírito Santo nem para a vinda de Cristo”.[5]

Se nessa citação ela está concordando com Mateus 24:36, algo está errado com a “leitura” que o Pr. Rinaldi está fazendo dos escritos dela (uma observação: ao contrário do que o oponente disse, Mateus 24:36 afirma que a respeito do dia da volta de Jesus ninguém sabe e não que ninguém saberá. Do contrário, o próprio Cristo não saberia até hoje o dia da Volta dEle, mesmo tendo ascendido ao Céu e reassumido o Seu trono de glória – Hebreus 1:1-3).

Eis o texto que para nossos oponentes é “prova” de que Ellen White dizia saber o dia da volta de Cristo:

“Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto. Ao declarar Deus a hora, verteu sobre nós o Espírito Santo, e nosso rosto brilhou com o esplendor da glória de Deus, como aconteceu com Moisés, na descida do monte Sinai”.[6]

Li o texto, inclusive as páginas 13, 14 e 16 e pude chegar a algumas conclusões sérias que nos ajudam na compreensão do que a profetisa quis passar:

1º: Ela estava tendo sua primeira visão, a do “Caminho Estreito”, no qual via a jornada do povo do advento até a Cidade Santa (págs. 13 e 14).

2º: Durante a caminhada, ela afirma que “alguns ficaram cansados, e disseram que a cidade estava muito longe e esperavam nela ter entrado antes” (pág. 14).

3º: Para auxiliar e animar os que estavam cansados e desanimados:

a) Jesus levantou o Seu braço direito, do qual saía uma luz que brilhava sobre os que enfrentavam a dura jornada (tanto que clamaram: “Aleluia!” – pág. 15);

b) Deus Anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus “aos 144.000” (salvos vivos por ocasião da volta do Senhor). Pág. 15.

4º: Depois de animar o povo, não há indicação alguma de que os salvos – ou Ellen White – ficassem sabendo do momento que o Salvador voltará, pois essa visão é para o tempo do fim, um pouco antes da volta de Cristo. Isso fica bem claro nas páginas 15 e 16, onde, após o anúncio, Jesus vem logo em seguida, ressuscita os mortos e leva-os juntamente com os santos vivos para o Paraíso.

Perceba que Ellen White não atribuiu para si o conhecimento quanto ao período da volta do Salvador, mas apenas nos informa que, na hora da angústia, foi  feito o anúncio para animar os que estavam cansados no tempo do fim.

O destaque no contexto não é data alguma, mas o interesse de Deus em animar o Seu povo a seguir pelo caminho estreito que conduz à salvação (Mateus 7:13, 14). Por que distorcer o que está claro?

Guerra Civil Americana

Dessa acusação de Rinaldi, duas coisas merecem destaque:

1) Ele citou parcialmente a declaração de Ellen White: “Quando a Inglaterra declarar guerra, todas as nações terão seu próprio interesse em acudir, e haverá guerra geral e confusão geral.” [7]

Se do ponto de vista acadêmico isso é errado, imagine como Deus vê tal atitude mentirosa (Apocalipse 22:15);

2) Retirou essa parte do texto do livro “Subtilezas do Erro” e não moveu uma palha para refutar a explicação que A. B. Christianini deu a essa suposta “profecia”. Dá para perceber a nítida tendenciosidade e a falta de argumentos do articulista.

Afirmou o Pr. Natanel Rinaldi: “É interessante observar as palavras “Quando” e “haverá” que, num futuro, a Inglaterra declararia guerra e com ela outras nações se envolveriam. A história americana sobre a guerra civil não registra o envolvimento da Inglaterra e muito menos de outras nações. Taxativamente outra falsa profecia”.

Agora, vejamos o texto dentro do seu contexto para que nenhum pretexto “Rinaldiano” permaneça em pé diante das evidências. Disponibilizarei a explicação do livro “Subtilezas do Erro” que Rinaldi omitiu.

O contexto desta citação mostra-nos que Ellen não estava fazendo algum tipo de predição. “Foi escrita durante a primeira parte da guerra civil, e apenas expressa condições e temores existentes na ocasião, referindo-se aos movimentos de opinião que agitavam as nações de outros continentes, em relação à Inglaterra… Em vista da carência de espaço, não reproduzimos todo o trecho em que a serva do Senhor aborda este assunto. Bastará uma simples leitura do mesmo para excluir-se qualquer caráter preditivo, pois o contexto mostra claramente que se tratava de uma hipótese, quando a Inglaterra declarar ou não a guerra. O parágrafo imediatamente anterior, diz: ‘Se a Inglaterra pensa que poderá fazê-lo [declarar guerra], não hesitará um só momento em alargar suas oportunidades de exercer seu poderio e humilhar a nossa nação’. Não há absolutamente nenhuma predição de guerra com os Estados Unidos”[8].

Herbert E. Douglas no livro Mensageira do Senhor, pág. 487, continua:

“Quando esta frase [citação da possível guerra civil] é lida no contexto, inserida no mesmo parágrafo em que se encontram todas as outras afirmações condicionais a respeito da Inglaterra, o sentido muda de uma predição para uma possibilidade. “Se a Inglaterra declarar guerra…”

“Na página anterior, Ellen White usou a mesma construção gramatical: “Quando nosso país observar o jejum que Deus escolheu, então Ele aceitará as suas orações. A Sra. White não estava fazendo uma predição, mas uma afirmação condicional. Este uso do when [quando] pelo if [se] é prática comum no inglês.”

A Chuva de Meteoros[9]

De forma resumida apresentarei o posicionamento de Rinaldi para “negar” que no ano de 1833 ocorreu um dos sinais do tempo do fim. Ele diz que os “Adventistas queriam mistificar o dia 22/10/1844, sendo que o evento de 1833 se encaixava bem na idéia da volta de Jesus Cristo em 1844” e a razão para isso foi baseada na afirmação do “Planetário e Escola Municipal de Astrofísica” de São Paulo de que “esse evento ocorreu realmente. Entretanto, é um evento astronômico cíclico, ou seja, ocorre com essa intensidade de 33 em 33 anos”.

Apesar do esforço monstruoso de Rinaldi e João Flávio Martinez em negarem a veracidade do evento de 1833, o mesmo é confirmado sem dificuldades porque a “chuva de estrelas” (meteoros) é precedida de outros fenômenos na natureza. Unicamente a queda de meteoros em 13 de novembro de 1833 se encaixa na profecia por que:

• Jesus disse que antes da queda de estrelas haveria o “escurecimento do Sol” e que a lua não daria a claridade dela. Tais eventos ocorreram em 19 de maio de 1780;
• O Salvador fez menção a um “grande terremoto” em Apocalipse 6:12. Ele ocorreu em 1o de novembro de 1755, destruiu Lisboa e atingiu três continentes. Perceba que o forte terremoto ocorreu em 1755 e que o escurecimento do Sol (acompanhado daquele fenômeno em que a lua se torna vermelha como sangue) foi em 1780. Desse modo, não há outra chuva de meteoros que se encaixe no contexto profético do tempo do fim a não ser a de 1833! Ambos os acontecimentos são seqüenciais e antecedem a volta do Senhor! (Apocalipse 6:12-17).

Não negamos que sempre existiram chuvas de meteoros e concordamos com o “Planetário e Escola Municipal de Astrofísica” de São Paulo de que tal evento astronômico é cíclico, tendo ocorrido mais de uma vez na história. O que rejeitamos é a tendenciosidade de Natanael Rinaldi e seu colaborador em tirar do evento de 1833 a importância que tem no contexto dos sinais de Mateus 24:29 e Apocalipse 6:12, 13.

E, já que eles gostam de informações científicas, aí vai outra de peso:

“Provavelmente o mais notável chuveiro meteórico até hoje visto foi o de Leônidas na noite que seguiu a 12 de novembro de 1833 (13 de novembro). Algumas estações meteorológicas estimam em mais de 200.000 meteoros por hora, durante cerca de cinco ou seis horas.”[10]

Racismo

Uma das maiores “virtudes” do Pr. Natanael Rinaldi é escrever bobagens. E, acusar Ellen White de racismo beira o ridículo quando conhecemos a dedicação dela em ajudar financeiramente pessoas de todas as raças. Analisemos o outro texto que ele distorceu:

“Mas há uma objeção ao casamento da raça branca com a preta. Todos devem considerar que não têm o direito de trazer à sua prole aquilo que a coloca em desvantagem; não têm o direito de lhe dar como patrimônio hereditário uma condição que os sujeitariam a uma vida de humilhação. Os filhos desses casamentos mistos têm um sentimento de amargura para com os pais que lhes deram essa herança para toda a vida”. [11]

O conselho que ela deu no sentido de não haver casamento entre brancos e negros, precisa ser entendido à luz da sociedade e da cultura do século passado, particularmente nos EUA.

Naquele país o racismo era enorme. Vemos que homens como Martin Luther King e outros tiveram que lutar bravamente para desfazer o preconceito racial.

Entendendo a cultura da sociedade de sua época, Ellen White, expressou algo incontestável: “que os filhos de uniões mistas sofreriam muito”. Devido a isso ela mencionou que recebeu no início de seu ministério “orientação do Senhor” de que os pais não tinham o direito de dar aos filhos esta herança de humilhações.

Felizmente a sociedade mudou para melhor neste aspecto de segregação racial. Hoje os filhos de casamentos mistos não são mais objeto de tanta discriminação.

Precisamos lembrar que os escritos de qualquer pessoa, sejam dos escritores bíblicos, seja de Ellen White, precisam ser estudados no contexto em que eles foram produzidos. Se não fizermos isto estaremos sendo injustos com a pessoa que não está presente para defender-se.

Um apelo de sua pena, em 1891, seguido em 1895 e 1896 por artigos publicados na Review and Herald, estimulou os esforços educacionais e evangelísticos em favor dos negros e deu origem a uma obra na qual seu próprio filho, Tiago Edson, tomou parte ativa. Ele produziu um livro que seria usado para (1) levantar fundos (2) ensinar analfabetos a ler e (3) ensinar as verdades bíblicas em linguagem simples. Ele fazia uso de um barco (Morning Star) para evangelizar os descendentes dos escravos.

White estava interessada no desenvolvimento de esforços missionários que produzisse eficientes resultados em comunidades brancas e negras e enviou aos obreiros desse campo muitas mensagens de conselho e ânimo. Além disso, ela salientou de modo claro que “O nome do negro está escrito no livro da vida, junto do nome do branco. Todos são um em Cristo. O nascimento, a posição, nacionalidade ou cor não podem elevar nem degradar os homens. O caráter é que faz o homem. Se um pele-vermelha, um chinês ou africano rende o coração a Deus em obediência e fé, Jesus não o ama menos por causa de sua cor. Chama-lhe Seu irmão muito amado.” [12] Além disso, afirmou que os que “menosprezam um irmão por causa de sua cor estão menosprezando a Cristo” [13]

Como Rinaldi poderá continuar sustentando as acusações dele? A honestidade intelectual e o temor a Deus deveriam motivá-lo a rever os próprios conceitos e a reconhecer que assim como a Bíblia, Ellen White sempre respeitou os negros. Prova disso está no fato de que nossos irmãos, quando se deparam com os escritos dela, nunca se sentiram ofendidos. Será que os membros do Instituto “Cristão” de Pesquisas (ICP) e do Centro Apologético “Cristão” de Pesquisas (CACP) sabem mais do que os adventistas negros a forma como Ellen White os considerava?

Considerações finais

Em meus estudos particulares e nos benefícios que recebi especialmente com a leitura dos dois volumes do “Mente Caráter e Personalidade”, possuo provas irrefutáveis do dom profético em Ellen White. Filosoficamente não tem como provar o contrário do que eu sinto, do que a leitura dos livros dela fizeram por mim em relação a minha comunhão com Deus e minha saúde mental.

E, no campo espiritual, Natanael Rinaldi – ou qualquer outro crítico da Sra. White – não pode explicar como as visões dela transformaram ateus em fervorosos cristãos – a não ser pelo poder do Espírito Santo.

O leitor sincero que quiser pesquisar sobre o dom profético na vida e obras de Ellen White e tiver o interesse de entender a origem das acusações feita contra ela (e ter acesso às refutações), poderá consultar o site oficial da Igreja Adventista no Brasil: http://www.centrowhite.org.br

…………………………………………………………………………………………

[1] Esse material é uma refutação ao artigo “Ellen Gould White – a Profetisa que Falhou”, da autoria de Natanael Rinaldi (colaboração para o artigo de Rinaldi: João Flávio Martinez. Disponível no site http://www.cacp.org.br/adventismo). Ele foi lido por um membro da igreja Adventista que me pediu esclarecimentos a respeito.

[2] Primeiros Escritos, pág. 78.

[3] Testemunhos Para a Igreja, vol. 1, págs. 131 e 132.

[4] Evangelismo, pág. 696.

[5] Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 188. (Grifos meus).

[6] Primeiros Escritos, pág. 15 (Ibidem).

[7] Testemunhos Para a Igreja, vol. 1, pág. 259.

[8] CHRISTIANINI, Arnaldo B. Subtilezas do Erro. Casa Publicadora Brasileira, 1965.

[9] Aqui há uma afirmação digna de repreensão da parte de Deus. Rinaldi, assim como outros pastores que desconhecem (ou ignoram os fatos verdadeiros!) nossa história denominacional, disse que “22 de outubro de 1844 é dia marcado pelos Adventistas para a volta de Cristo” (adaptado). Ellen White, assim como os demais adventistas, nunca marcaram datas para a volta de Jesus. Quem se aventurou nisso foram os mileritas (seguidores de Guilherme Miller), observadores do domingo e que pertenciam a várias denominações evangélicas da época: Batista da Comunhão Restrita, Batista da Comunhão Livre, Batista Calvinista, Batista Arminiana, Metodista Episcopal, Metodista Evangélica, Metodista Wesleyana, Metodista Primitiva, Congregacional, Luterana, Presbiteriana, Protestante Episcopal, Reformada Alemã, etc. Poderíamos dizer que esses sim eram “profissionais” na “arte” de marcar datas. Não negamos nossa origem milerita, mas jamais iremos aceitar que como movimento organizado os Adventistas do Sétimo Dia marcaram datas para a o retorno glorioso do Salvador. Como mencionei no início dessa nota, o Pr. Rinaldi precisa ser repreendido por Deus e é com a carta de Judas que o Senhor fará isso: “Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam; e, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão, até nessas coisas se corrompem. Ai deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim, e, movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão, e pereceram na revolta de Corá.” Judas 1:10-11. (Grifos meus).

[10] YOUNG, Charles A. Astronomy Manual, pág. 469.

[11] Mensagens Escolhidas, vol.2, págs. 343 e 344.

[12] Serviço Cristão, pág. 218

[13] DOUGLAS, Herbert E. Mensageira do Senhor, pág. 214.

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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