Você tem dúvidas quanto ao caminho que deve seguir? Não sabe se ficar ao lado de Cristo vale realmente a pena? Você acha que ao seguir a Cristo não será mais livre para fazer as coisas a que está acostumado? A palestra de hoje, que tem como título: SEGUE-ME, nos ensinará como seguir a Jesus.
O nosso texto está em Mateus 9:9. Nós lemos: “Partindo Jesus dali, viu um homem, chamado Mateus, sentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu.”
Desde a entrada do pecado no mundo, toda ação do céu, no que diz respeito ao homem, concentra-se em colocá-lo face a face com o Senhor Jesus Cristo. Para isto foi dado o antigo sistema de sacrifícios, que tipificava a Sua obra.
E desde a manifestação do Senhor, prega-se o Cristo histórico. A Igreja o proclama por milhões de vozes. As Escrituras falam dEle em mais de mil línguas. E o Espírito Santo atrai para Ele pela voz da consciência. De todos os modos e em todo o tempo Deus opera para nos levar a Cristo.
Cristo diz a todos que o encontram: “Segue-me”. Foi o mesmo que disse a Levi a Mateus e a Pedro. ( João 21:22).
Este chamado de Cristo, que Ele dirige aos que O conhecem, que sabemos quem ele é, impõe-nos a necessidade de decidir o que fazer com Ele. Temos de decidir. Cedo ou tarde temos de decidir se O aceitamos, ou se O rejeitamos.
Algumas pessoas podem até pensar: “O meu tempo não chegou – a minha hora de ficar perto de Jesus não chegou.” Mas, esse dia não chegará jamais. Deus nunca vai forçar-nos a seguir a Cristo e nem a serví-Lo. Deus mostra a beleza do Seu caminho e insta conosco para aceitá-Lo. Mas, a decisão é nossa.
A aceitação de Cristo, o seguir a Jesus, envolve atitudes definidas. O Salvador anunciou que tem os maiores bens para nos prodigalizar; mas não fez segredo de que pede renúncia.
Cristo pede a renúncia do pecado. À mulher pecadora, a quem perdoou, Ele disse: “Vai e não peques mais”. João 8:11. Não podemos seguir a Jesus sem abrir mão do pecado – sem abandonar as más práticas, as más palavras, os maus pensamentos.
Deus não se contenta com remorso, ou com desculpas pelo mal feito. Ele quer mudança de atitude para com o pecado, a disposição e resolução de abandonar o Mal. “Cessai de fazer o mal”, foi a ordem que Deus deu ao Seu professo povo no tempo do profeta Isaías. (Isaías 1:16)
Mas, aí vem a pergunta: o que é certo? E o que é errado? O padrão do que é certo ou do que é errado, não é propriamente o que os outros pensam, mesmo os que seguem a Cristo. Mas, nas Escrituras encontramos a maneira certa de como devemos agir.
Quando Deus, pelo Seu Livro, condena uma coisa, convém-nos deixá-la. Mesmo que isso envolva sacrifício. “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno.” Mateus 5:29
Cristo pede também a renúncia do eu. Temos de renunciar à nossa própria vontade, que por ser fundamentalmente má, é a raiz de todo ato pecaminoso. Para seguir a Cristo temos de abrir mão do direito sobre a própria vida.
Na verdade a vida que temos, pertence a Deus, por direito de criação e por direito de redenção. É necessário abdicar o trono do coração e colocar o cetro na mão de Jesus, homenageá-Lo como nosso Rei. Temos de dizer não ao eu, e sim a Cristo.
A submissão da vontade ao Salvador poderá parecer coisa estranha. Mas eu pergunto: Acaso Deus escraviza Seus filhos? A verdade, é que a escravidão existe quando estamos sem Cristo, quando vivemos no pecado.
A Bíblia nos diz: “Todo o que comete pecado é escravo do pecado”. João 8:34. Faz o que o pecado quer, ainda que contra a vontade. O apóstolo Paulo falou por todos os homens quando disse: “Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.” Romanos 7:19
Ao aceitarmos Cristo porém, Ele cria em nós uma nova natureza, que não compraz no pecado. Restaura aquela perfeição que Adão possuia ao ser criado, eleva-nos à verdadeira dignidade do homem, faz-nos ser o que devemos ser.
Assim trasnformados, nós amaremos a Deus, amaremos os Seus caminhos, e espontaneamente Lhe obedeceremos, porque o que ele pede de nós é justo, reto e bom. Serviremos a Deus livremente.
Cumpre-se então o paradoxo da religião do Céu, de que a submissào – a submissão a Cristo – leva à liberdade. Como disse Jesus: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” João 8:36
Decidir por Cristo pode afetar as nossas relações de família. Em geral o que não servem ao Senhor hostilizam os que O servem. E isto se dá no próprio círculo da família. Dos que se dispõem a serví-Lo, Cristo pede bondade e perdão para com os que se lhes opõem, e dedicação inabalável ao Senhor de sua vida.
Pais ou filhos, marido ou esposa, irmãos ou irmãs tem de ser postos em segundo plano em relação a Jesus. “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, disse Jesus, “não é digno de mim; e quem ama seu filho ou filha mais do que a mim, não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz, e vem após mim, não é digno de mim.” Mateus 10:37-39
Decidir por Cristo pode afetar os nossos planos, a nossa vida, o nosso trabalho, a nossa vocação. Deus tem um plano para a vida de cada pessoa. E esse plano pode ser diferente do que nós mesmos temos.
Se nos dispomos a serví-Lo, o Senhor conduzirá as circunstâncias para nos colocar onde Ele quer que estejamos. E é seguindo o plano de Deus que fazemos a vida bem sucedida, que achamos a felicidade verdadeira.
Como disse Jesus: “E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais, e herdará a vida eterna.” Mateus 19:29
A decisão por Cristo, de seguir ao Senhor, é o mais importante e o mais urgente assunto da vida. Jesus diz: “. . . buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça”. Mateus 6:33.
Na Bíblia lemos a admoestação do céu: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração”. Hebreus 3:15
Aceite a Cristo, faça dEle um habitante de seu coração.