A recompensa, aqui e no futuro

Rica recompensa

Se os pais derem a seus filhos a devida educação, eles mesmos se sentirão felizes por ver no caráter cristão de seus filhos os frutos de sua cuidadosa educação. Eles estarão prestando a Deus o mais elevado serviço ao apresentarem ao mundo famílias bem disciplinadas e bem ordenadas, que não somente temem ao Senhor, mas O honram e O glorificam por sua influência sobre outras famílias; e eles receberão sua recompensa.

Pais crentes, uma obra de responsabilidade está diante de vocês: guiar os passos de seus filhos, também em sua experiência religiosa. Quando eles amarem verdadeiramente a Deus, os bendirão e reverenciarão pelo cuidado que vocês manifestaram por eles, e por sua fidelidade em restringir-lhes os desejos e sujeitar-lhes a vontade.

Há, porém, uma recompensa quando a semente da verdade cedo é lançada no coração, e é cultivada cuidadosamente.

Os pais devem trabalhar tendo em vista a colheita futura. Embora semeiem em lágrimas, em meio aos desânimos, devem fazê-lo com fervorosa oração. Ainda que vejam a promessa de uma colheita tão-somente escassa e tardia, isso não deve impedi-los de semear. Devem semear junto a todas as águas, utilizando cada oportunidade tanto para melhorar a si mesmos como para beneficiar seus filhos. A semente assim semeada não será perdida. Na ocasião da colheita, muitos pais fiéis voltarão com alegria, trazendo consigo os seus molhos.

Dêem a seus filhos cultura intelectual e ensino moral. Fortifiquem-lhes a mente infantil com princípios firmes e puros. Enquanto tiverem oportunidade, coloquem o fundamento de uma vida verdadeiramente nobre. Seu trabalho será mil vezes recompensado.

Filhos preparados

Na Palavra de Deus encontramos a bela descrição de um lar feliz e a mulher que o dirige: “Levantam-se seus filhos, e chamam-na bem-aventurada; como também seu marido, que a louva.” Provérbios 31:28. Que maior louvor pode ser desejado por aquela que dirige o lar, do que o que é aqui expresso?

Se ela [a dedicada esposa e mãe] buscar de Deus força e conforto, e procurar, em Sua sabedoria e temor, realizar os deveres diários, terá o marido preso ao seu coração e verá seus filhos chegarem à maturidade como homens e mulheres honrados, com firme moral para seguir o exemplo de sua mãe.

O maior estímulo para a mãe cansada e sobrecarregada deve ser que cada filho seja educado de maneira correta e que possua o adorno interior, o ornamento “de um espírito manso e quieto” (1 Pedro 3:4), obtenha aptidão para o Céu e resplandeça nas cortes do Senhor.

Alegrias que começam no lar

Não se acham o Céu e a Terra mais distanciados hoje do que ao tempo em que os pastores ouviram o cântico dos anjos. A humanidade é hoje objeto de solicitude celestial da mesma maneira que o era quando homens comuns, ocupando posições simples, se encontravam à luz do dia com anjos, e falavam com os mensageiros celestiais nas vinhas e nos campos. Enquanto nos movemos em nossos afazeres diários, podemos ter bem perto o Céu. Anjos das cortes no alto assistem os passos dos que vão e vêm às ordens de Deus.

A vida na Terra é o princípio da vida no Céu; a educação na Terra é a iniciação nos princípios do Céu; e o trabalho aqui é o preparo para o trabalho lá. O que hoje somos no caráter e serviço santo, é o prenúncio certo do que seremos.

A adoração prestada em sinceridade de coração tem grande recompensa. “Teu Pai, que vê em segredo, te recompensará publicamente.” Mateus 6:6. Pela vida que vivemos mediante a graça de Cristo, forma-se o caráter. A beleza original começa a ser restaurada na pessoa. São comunicados os atributos do caráter de Cristo, começando a refletir a imagem do Divino. A fisionomia dos homens e mulheres que andam e trabalham com Deus, exprime a paz do Céu. Eles são circundados pela atmosfera celestial. Para essas pessoas já começou o reino de Deus. Possuem a alegria de Cristo, a satisfação de ser uma bênção à humanidade. Têm a honra de ser aceitos para o serviço do Mestre; é-lhes confiado o fazer Sua obra em Seu nome.

Todos devem ser aptos

Deus deseja que os planos do Céu sejam postos em execução, e que a divina ordem e harmonia celestial prevaleçam em cada família, em cada igreja, em cada instituição. Fosse esse amor deixado a fermentar a sociedade, e veríamos a operação de nobres princípios em refinamento, cortesia cristã e em caridade para com aqueles que foram adquiridos pelo sangue de Cristo. Uma transformação espiritual seria notada em todas as nossas famílias, instituições e igrejas. Quando essa transformação ocorrer, todas as agências se tornarão instrumentos pelos quais Deus repartirá luz do Céu ao mundo e assim, mediante divina educação e disciplina, capacitará homens e mulheres para a sociedade do Céu.

Recompensa no último dia

No desempenho de nosso trabalho em favor dos filhos, apeguemo-nos à poderosa força de Deus. Entreguemos nossos filhos ao Senhor em oração. Trabalhemos por eles fervorosa e incansavelmente. Deus ouvirá nossas orações e os atrairá a Si. Então, no último grande dia, poderemos trazê-los a Deus, dizendo: “Eis-me aqui, com os filhos que me deu o Senhor.” Isaías 8:18.

Quando Samuel receber a coroa de glória, estendê-la-á em honra diante do trono e alegremente reconhecerá que as fiéis lições de sua mãe, mediante os méritos de Cristo, o coroaram com glória imortal.

A obra dos pais sábios jamais será apreciada pelo mundo, mas quando se instalar o juízo e abrirem-se os livros, sua obra aparecerá como Deus a vê e será recompensada diante dos homens e dos anjos. Ver-se-á que uma criança que foi criada de maneira fiel tem sido uma luz no mundo. Custou lágrimas, ansiedade e noites insones vigiar a construção do caráter dessa criança, mas a obra foi feita com sabedoria, e os pais ouvem o “bem está” (Mateus 25:21) do Mestre.

O título de admissão ao palácio do rei

Ensinem-se os jovens e crianças a escolher para si aquela veste real tecida nos teares celestiais — o “linho… puro e resplandecente” (Apocalipse 19:8), que todos os santos da Terra usarão. Tal veste — o próprio caráter imaculado de Cristo — é livremente oferecida a todo ser humano. Mas todos os que a recebem, a receberão e usarão aqui.

Ensine-se às crianças que, abrindo elas a mente a pensamentos puros e amoráveis, e praticando ações amáveis e auxiliadoras, estão se vestindo com as belas vestes do caráter de Cristo. Essa vestimenta as tornará belas e amadas aqui, e servirá depois de senha para sua admissão ao palácio do Rei. Sua promessa é: “Comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso.” Apocalipse 3:4.

Saudação divina aos redimidos

Vi, então, um grandíssimo número de anjos trazerem da cidade gloriosas coroas, sendo uma para cada santo, com seu nome escrito na mesma. Pedindo Jesus as coroas aos anjos, apresentaram-nas a Ele, e com Suas próprias mãos, o adorável Jesus, as colocou sobre a cabeça dos santos. De igual modo os anjos trouxeram as harpas, e Jesus apresentou-as também aos santos. Os anjos dirigentes desferiram em primeiro lugar o tom, e então, todas as vozes se elevaram em louvor grato e feliz, e todas as mãos habilmente deslizaram sobre as cordas da harpa, originando uma música melodiosa, com acordes ricos e perfeitos.

Vi, então, Jesus conduzir a multidão dos remidos à porta da cidade. Lançou mão da porta e girou-a sobre os seus resplandecentes gonzos, e mandou entrarem as nações que haviam observado a verdade. Dentro da cidade havia tudo para deleitar a vista. Contemplavam por toda parte uma glória maravilhosa. Então, Jesus olhou para os Seus santos remidos; seus rostos estavam radiantes de glória; e, fixando Seu olhar amorável sobre eles, disse com Sua preciosa e melodiosa voz: “Vejo o trabalho de Minha vida, e estou satisfeito. Esta magnificente glória é para vocês fruírem eternamente. Suas tristezas estão terminadas. Não mais haverá morte, nem tristeza, nem pranto; tampouco haverá mais dor.” Vi a multidão dos remidos prostrar-se e lançar suas coroas brilhantes aos pés de Jesus; e quando Ele os ergueu com Sua mão adorável, passaram a tocar as harpas de ouro, e encheram o Céu todo com sua rica música e com cânticos ao Cordeiro.

A linguagem é demasiadamente imperfeita para tentar uma descrição do Céu. Apresentando-se diante de mim aquela cena, fiquei inteiramente maravilhada. Enlevada pelo insuperável esplendor e excelente glória, parei de escrever e exclamei: “Oh, que amor! que amor maravilhoso!” A linguagem mais exaltada não consegue descrever a glória do Céu ou as profundidades incomparáveis do amor do Salvador.

Ellen G. White, Fundamentos do Lar Cristão, Capítulo 30.

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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