O Poder de um Testemunho Vivo

“Então, os que temiam ao Senhor falavam uns aos outros; o Senhor atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante dEle para os que temem ao Senhor e para os que se lembram do Seu nome. Eles serão para mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos Exércitos; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve.” Isaías não apenas contemplou a glória de Cristo, mas também falou com Ele. Enquanto Davi meditava, o fogo queimava; então falou ele com sua língua. Enquanto meditava sobre o extraordinário amor de Deus, não podia falar sobre o que vira e sentira. Quem, pela fé, contempla o maravilhoso plano da redenção, a glória do Filho unigênito de Deus, e não fala a respeito? Quem pode contemplar o insondável amor expresso pela morte na cruz do Calvário, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha vida eterna e não tem palavras para expressar seu louvor pela glória do Salvador? Quem pode tornar-se participante do Seu amor e não admira, reverencia e adora? “Sim, Ele é totalmente desejável.” Ele é “o mais distinguido entre dez mil”; “e no Seu templo tudo diz: Glória!” O doce cantor de Israel louvava-O com a harpa: “Meditarei no glorioso esplendor da Tua majestade e nas Tuas maravilhas.”

Ao contemplarem a Cristo, os que amam e temem ao Senhor serão reunidos e “falarão um ao outro com palavras cheias de fervor”.

“Falar-se-á do poder dos Teus feitos tremendos, e contarei a Tua grandeza. Divulgarão a memória de Tua muita bondade e com júbilo celebrarão a Tua justiça… Falarão da glória do Teu reino e confessarão o Teu poder; para que aos filhos dos homens se façam notórios os Teus poderosos feitos e a glória da majestade do Teu reino.” Tal será a conversação dos que são descritos nas escrituras: “Então, os que temiam ao Senhor falavam uns aos outros.” E Deus é representado como ouvindo suas palavras e escrevendo-as em um livro.

Exaltando Sua Testemunha

O testemunho de João, o discípulo amado, é: “O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada), o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho, Jesus Cristo. Estas coisas, pois, vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa. Ora, a mensagem que, da parte dEle, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nEle treva nenhuma.”

Certamente, os que falam uns aos outros da bondade do Senhor são altamente privilegiados. “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz.” Temos ricos temas para meditar e conversar, temas que irão interessar, encorajar e elevar a alma a demorar-se neles; e se as testemunhas de Deus, que são o objeto de Sua graça, sobre quem os raios do Sol da Justiça estão brilhando, retiverem sua paz, as pedras, imediatamente, falarão. Deus será glorificado.

Suas Testemunhas Unidas

Se os membros da igreja forem um com Cristo, estarão unidos uns com os outros. Essa união de crentes será um testemunho vivo para o mundo sobre o poder do Evangelho. Unidos, receberão os brilhantes raios da luz do Sol da Justiça e difundirão essa luz para o mundo em trevas. Oh, por que não vemos nas lições e especialmente nas orações de Cristo como os cristãos podem ser perfeitos em união e assim representar a glória de seu Redentor? Se os que creem na verdade colocassem em prática a oração de Cristo em sua vida, cresceriam na graça e no conhecimento da verdade. Chegariam à completa estatura de homens e mulheres em Cristo. Como crentes em Cristo, eles são “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito”.

O crente em Cristo precisa compreender a obra do poder das trevas em trazer dissensão e divisão ao seio da igreja, para que seus membros não apresentem a unidade pela qual Cristo orou. O povo de Deus tem grandemente desonrado Seu nome e deturpado a verdade pela sua alienação e falta de amor uns pelos outros. À medida que seu amor por Deus foi esfriando, perderam a simplicidade infantil que une, em amor e ternura, coração a coração.

Há desumanidade; há separação entre uns e outros. Muitos dizem, por suas ações, que não se importam com a oração de Cristo. Não se sentem sob especial obrigação de amar um ao outro como Cristo os amou. Jesus pode fazer pouco por essas almas, pois às Suas palavras e Espírito é negado acesso ao coração.

Seu Testemunho Salva

Muitos estão em trevas e não sabem a causa. Não estão em paz com Deus, não são um com Cristo, nem estão unidos uns com os outros. Parecem pensar que têm a liberdade de agir com o sentimento natural do coração. Palavras e atos testificam que não desejam estar em união com aqueles que não concordam com seu modo de pensar, mesmo entre os crentes. Todos, porém, que nutrem tais ideias e acariciam tais pensamentos, necessitam de conversão. Precisam viver de acordo com toda a palavra que sai da boca de Deus. A religião de Cristo não deve ser controlada por impulso.

O amor de uns pelos outros não deve ser manifestado por meio de elogios e lisonja, mas pela fidelidade verdadeira. Se virmos alguém em perigo, devemos dizer-lhe com clareza, gentilmente, mesmo correndo o risco de desagrado. Devemos depender totalmente de Deus; necessitamos orar mais. Devemos nos apegar firmemente à verdade, porém devemos apegar-nos com fidelidade. Ao falarmos da verdade com fidelidade, devemos falar com amor.

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Este artigo foi publicado na revista The Present Truth, em 12 de janeiro de 1893. Os adventistas do sétimo dia creem que Ellen G. White exerceu o dom profético bíblico durante mais de 70 anos de ministério público.

Autor:  Ellen G. White

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Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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