O quadro do mundo religioso nos últimos dias foi antecipado por Paulo em sua segunda carta a Timóteo. Usando como referência sua própria realidade, ele descreve as tentações e perigos a que estariam expostos os cristãos durante esse tempo.
Entre as ameaças potencialmente corruptoras e destrutivas, Paulo destaca o cristianismo nominal, ou seja, professos cristãos que aparentam lealdade a Deus e, no entanto, não manifestam os frutos de uma vida transformada.
Em Filipenses 3:18, o apóstolo chama essa classe de crentes de “inimigos da cruz de Cristo”, pois embora não manifestem aberta e declaradamente hostilidade à cruz, suas vidas revelam que não conhecem o poder do evangelho, sendo incapazes de apreciar as coisas espirituais (Filipenses 3:19. Ver Tiago 4:4).
Se essas pessoas fossem inimigas declaradas de Cristo, como os ímpios, representariam uma ameaça menor para a igreja. Nada, porém, constitui maior obstáculo ao progresso do evangelho do que um cristianismo com aparência de piedade. Paulo adverte:
Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas… tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes. Pois entre estes se encontram os que penetram sorrateiramente nas casas e conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões, que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade. E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade. (II Timóteo 3:1, 5-8)
Dentre os grupos de crentes que haviam se unido levianamente à igreja, Paulo põe em relevo certas mulheres aparentemente piedosas, mas que, em virtude de uma débil experiência com a verdade e um ardente anseio por algo novo e extraordinário, deixaram-se seduzir pelos sofismas dos falsos mestres, rejeitando, por conseguinte, os princípios de uma vida consagrada. O extraviarem-se com tanta facilidade tinha como causa uma mente indisciplinada, facilmente atraída pelas conjecturas fantasiosas. Este é um perigo a que estão sujeitos todos os cristãos que não se propõem a conhecer pessoalmente o evangelho.
Excitação emotiva em lugar do culto racional
Religião emocional atrai justamente pessoas que estão à procura de novidades. Como o fundamento bíblico é removido ou relevado a um segundo plano, a insuficiência espiritual precisa ser satisfeita com algo novo e surpreendente. Devido ao vazio deixado pela ausência da verdade, pessoas com “coceira nos ouvidos” fatalmente “cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças”, “entregando-se às fábulas” (II Timóteo 4:3-4).
Não há dúvida de que este fenômeno, longe de ser um modismo passageiro e isolado, é parte da estratégia central de Satanás para neutralizar o poder do povo de Deus.
Excitação emotiva como um fenômeno de grande alcance no mundo cristão pôde ser testemunhada em muitos dos movimentos revivalistas dos séculos XVIII e XIX. Mesmo John Wesley, cuja contribuição no processo de restauração das verdades bíblicas é inegável, deixou-se seduzir pelo forte apelo emocional. Ele não somente aceitou o emocionalismo demonstrado por muitos de seus seguidores, como reconheceu que demonstrações extraordinárias podem ocorrer na vida dos crentes. George Whitefield, colega de ministério de Wesley, ficou cada vez mais apreensivo com sua receptividade à expressão emocional, ao perceber que essas manifestações não eram o foco primário do trabalho do Espírito Santo. (1)
William Sargant, psiquiatra britânico, observa como muitos metodistas modernos se confundem quando leem os relatos pormenorizados das conversões bem-sucedidas de Wesley, após terem negligenciado o tremendo poder ainda latente da técnica que ele empregava. Esta consistia em aproveitar-se mais do mecanismo emocional da pessoa normal do que apelar principalmente à inteligência e razão adultas. (2)
Semelhante técnica também foi amplamente empregada por Jonathan Edwards e Charles C. Finney em seus cultos de reavivamento, levando ao extremo métodos há muito considerados eficazes por inúmeras seitas religiosas. Referindo-se particularmente aos métodos de Finney, o reverendo Edward D. Griffin, então presidente do William College, em Williamstown, Massachussetts, escreveu em tom de advertência:
Entre outros excessos, quando os despertados foram chamados para a nave, algumas mulheres se viram convertidas e, no meio da congregação reunida, em altas vozes, começaram a rezar por seus maridos. E isso foi encarado por homens até então considerados sóbrios – talvez sóbrios demais – como prova da extraordinária descida do Espírito Santo. Tais desordens e outras ainda piores do que essas se propagarão por toda parte, se pastores e membros distintos da igreja não se unirem diligentemente para conter as medidas atuais (…). Tais excessos (…) colocarão diante dos cegos pedras de tropeço sobre as quais milhares cairão no inferno. (3)
Um sinal do tempo do fim
A recepção positiva a essas demonstrações, encaradas “como prova da extraordinária descida do Espírito Santo” por homens considerados sóbrios, constitui um fenômeno que Ellen G. White testemunhou e que, segundo ela, se repetiria no futuro com abrangência e intensidade ainda maiores:
Em muitos dos avivamentos ocorridos durante o último meio século, têm estado a operar, em maior ou menor grau, as mesmas influências que se manifestarão em movimentos mais extensos no futuro. Há um excitamento emotivo, mistura do verdadeiro com o falso, muito apropriado para transviar. Contudo, ninguém necessita ser enganado. À luz da Palavra de Deus não é difícil determinar a natureza desses movimentos. Onde quer que os homens negligenciem o testemunho da Escritura Sagrada, desviando-se das verdades claras que servem para provar a alma e que exigem a renúncia de si mesmo e a do mundo, podemos estar certos de que ali não é outorgada a bênção de Deus. E, pela regra que o próprio Cristo deu – “Por seus frutos os conhecereis” (S. Mateus 7:16) – é evidente que esses movimentos não são obra do Espírito de Deus. (4)
Nas palavras de Ellen White, há pelo menos quatro pontos que requerem consideração:
1. As mesmas influências da religião popular se manifestarão no futuro. Segundo Dick Sutphen, autor de vários livros da Nova Era, as técnicas de conversão religiosa em massa usadas nos movimentos revivalistas do passado são ainda hoje utilizadas, entre outros, por cristãos revivamentistas em seus cultos, e o mais sofisticado do conhecimento e tecnologia atuais tornou mais efetiva essa espécie de conversão. Para Sutphen, um hipnoterapeuta que conhece bem as técnicas de manipulação da mente, esta é uma das maiores razões para o crescimento do fundamentalismo cristão, especialmente na variedade televisiva, enquanto que muitas das religiões ortodoxas estão declinando. (5)
2. Esses movimentos serão mais extensos no futuro. A recente onda da nova espiritualidade, marcada pela busca por experiências pessoais e subjetivas com Deus através do transe e do êxtase, constitui hoje um fenômeno de proporções globais que tem granjeado a atenção e o compromisso de um número crescente de cristãos. Com efeito, a forte dependência de estímulos sensoriais característica de nosso tempo tem sido um valioso precedente explorado por muitas igrejas para revitalizar espiritualmente seus membros e promover o evangelho mediante novos expedientes. Todavia, essa resposta humana aos desafios da igreja tem afastado seus membros da Bíblia como a base de sua experiência religiosa. Em nome de uma visão politicamente correta e universalmente aceita de unidade e cooperação mútua, os cristãos estão se ajustando ao processo consensual globalista em formação, colaborando ativamente para uma uniformidade espiritual no mundo através das experiências místicas. (6)
3. Eles promoverão excitamento emotivo, mistura do verdadeiro com o falso. Centrados nas necessidades do “eu”, esses falsos avivamentos exploram ao máximo as emoções, recorrendo a técnicas sofisticadas (ou grosseiras) de manipulação dentro de uma dialética essencialmente psicológica e sociológica disfarçada com termos bíblicos. Em alguns casos as manifestações são mais extraordinárias do que em outros. Contudo, uma grande variedade de pregadores e demagogos vem utilizando, inadvertidamente ou não, estratégias psicossociais e tecnologias invasivas com o objetivo de condicionar a mente de seus ouvintes e ajudá-los a assumir os desejados padrões de crença e comportamento. Todos os métodos, ruidosos ou soturnamente silenciosos, visam esse objetivo. (7) Dick Sutphen fornece uma descrição bastante útil de algumas das técnicas empregadas nesses movimentos:
Muito provavelmente uma música repetitiva será tocada enquanto o povo vem para o serviço. Uma batida repetitiva, idealmente na faixa de 45 a 72 batidas por minuto (…) é muito hipnótica e pode gerar um estado alterado de consciência (…). A música é provavelmente a mesma para cada serviço, ou incorpora a mesma batida, e muitas das pessoas irão para um estado alterado de consciência quase imediatamente após entrarem no santuário. (…). Frequentemente, elas começam a agitar as mãos para diante e para trás no ar, enquanto estão sentadas em suas cadeiras. A seguir, o pastor assistente muito provavelmente virá, e falará usualmente com uma simpática voz ritmada (…). Ele [o pastor] induz um estado alterado de consciência e/ou começa a criar excitação e expectativas na audiência. A seguir, um grupo de jovens mulheres vestidas com longos vestidos brancos que lhes dão um ar de pureza vem e inicia um canto. Cantos evangélicos são o máximo para se conseguir excitação e envolvimento. No meio do canto, uma das garotas pode ser “golpeada por um espírito” e cai, ou reage como se estivesse possuída pelo Espírito Santo. Isto efetivamente aumenta a excitação na sala. Neste ponto, hipnose e táticas de conversão estão sendo misturadas e o resultado é que toda a atenção da audiência esta agora tomada, enquanto o ambiente torna-se cada vez mais tenso e excitado. (8)
Manifestações semelhantes, geralmente acompanhadas de um número expressivo de conversões, podem ser (e são frequentemente) apresentadas como provas convincentes de qualquer crença religiosa ou filosófica que seja invocada. Nunca é demais frisar que o inegável sucesso de tais movimentos depende quase exclusivamente do assalto às emoções, aproveitando-se mais do mecanismo emocional e sensorial do que da razão e senso crítico, de modo a substituir antigos padrões de pensamento e comportamento por outros novos.
4. Eles negligenciarão o testemunho das Escrituras. Ao estimular e promover uma experiência mística com Deus, os modernos avivamentos religiosos inelutavelmente deslocam a Bíblia como o fundamento de nossa fé e guia para nossas vidas. Não há outro expediente que exponha mais a igreja às investidas satânicas do que a procura por algo novo e original fora das Escrituras. Muitos cristãos que professam fé na Bíblia e que não foram regenerados pelo poder de sua mensagem, estão em busca de novidades que satisfaçam suas necessidades subjetivas e imediatas e moldem seu caráter de acordo com o mundo que amam. E não faltam igrejas dispostas a proporcionar o que eles desejam. Líderes religiosos têm explorado novas formas de reinventar a religião visando ajustá-la ao gosto do freguês. Adaptações da Bíblia, sermões politicamente corretos e música contemporânea são alguns dos recursos empregados para criar um perigoso intercâmbio entre a igreja e o mundo. O êxito desses movimentos é proporcional à ignorância quanto à sua verdadeira natureza.
A religião popular satisfaz corações não santificados
Experiências de adoração que negligenciam os princípios da Palavra de Deus satisfazem os desejos e inclinações da carne, não o espírito. A consagração e comprometimento com Jesus que se esperam encontrar em um genuíno avivamento religioso não é a marca desses movimentos pretensamente legítimos. Seus conversos não desejam realmente renunciar ao orgulho e amor do mundo e estão indispostos a seguir o exemplo do Mestre a quem tanto professam amar e seguir. Contra estes pesam as palavras de nosso Senhor:
Ai de vós quando todos os homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas. (Lucas 6:26)
Para ser bem honesto, não posso imaginar Jesus Cristo ou Seus apóstolos servindo-se de expedientes semelhantes a fim de atrair e agradar as multidões. Pelo contrário, o exemplo de nosso Salvador durante Seu ministério terrestre demonstra que Ele sempre estimulava as pessoas a pensar, expondo-lhes suas reais necessidades e chamando a sua atenção para as Escrituras: “Entendestes todas estas coisas?” (Mateus 13:51), “Que está escrito na Lei? Como interpretas?” (Lucas 10:26), “Que quer dizer, pois, o que está escrito (…)?” (Lucas 20:17).
No caminho de Emaús, Cristo revelou-Se a dois de Seus discípulos desta forma: “E começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.” (Lucas 24:27). Jesus poderia ter feito algo extraordinário, mas escolheu revelar-Se aos discípulos através de Sua Palavra.
Ao prometer o Consolador, Jesus disse: “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” (João 14:26). E acrescentou: “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” e “vos guiará a toda a verdade” (João 16:8 e 13). Ensinar, convencer e guiar são ações que operam no âmbito da razão e da consciência, não dos sentimentos e das emoções.
É através das faculdades superiores da mente que o cristão é capaz de reconhecer e apreciar a vontade de Deus (Efésios 5:17). Uma vez possuída e transformada pelo poder divino, a mente é capaz de não só compreender a vontade de Deus, mas também de praticá-la (Romanos 12:2). A verdade que apela à razão tem o poder de despertar as energias adormecidas da alma (9). No entanto, excitação religiosa pode existir sem conhecimento religioso.
Paulo, o apóstolo dos gentios por excelência, cuja declaração em I Coríntios 9:19 a 22 é frequentemente citada pelos adeptos da nova espiritualidade para legitimar seu pragmatismo maquiavelista, escreveu:
A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus. (I Coríntios 2:4-5)
Em outra ocasião, Paulo declarou:
Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo. (Gálatas 1:10)
Não obstante, teólogos famosos como Rick Warren, John Maxwell, Bill Hybels e outros preferem basear seu ministério em estratégias de marketing que identificam as “necessidades percebidas” de seu público, de modo que possam promovê-las e manipulá-las por meio de modernas técnicas de gestão. Infelizmente, o sucesso desse modelo pragmático, de apelo subjetivo e cultural, que visa “resultados mensuráveis” e agrada a corações não santificados (ver I Coríntios 2:12-14), tem influenciado até mesmo as igrejas cristãs mais conservadoras.
Como observa Berit Kjos a propósito dessa visão, em lugar do ensino bíblico sólido e a “ofensa da cruz”, a igreja precisa se vestir de uma roupagem mais permissiva e apelativa para ganhar as massas “para Cristo”. Ela precisa ser oferecida e anunciada para o mundo como um “lugar seguro”, purificada dos padrões morais que despertam a convicção do pecado e um desejo de se separar da imoralidade do mundo. Assim, seus líderes reimaginaram uma igreja em que a pessoa possa sentir-se bem consigo mesma e sem qualquer “ofensa” – uma igreja que o mundo possa amar e reconhecer como sua. (10)
Discernimento nunca foi tão necessário
Escrevendo sobre os perigos do moderno sentimentalismo religioso, Edward Heppenstall observa com absoluta franqueza:
Êxtase emocional é muito frequentemente o refúgio de mentes preguiçosas. Ela torna desnecessário o pensar. Ela une todos num momento. Ela permite um pensamento vago sobre as verdades bíblicas. Agora, se alguém deseja identificar verdade e salvação com alguma experiência emocional, não há meios de evitar isto. Porém, como pode alguém distinguir entre o verdadeiro e o falso? Se Satanás apresenta-se diante do homem como um anjo de luz em alguma forma de êxtase e bons sentimentos, como poderá o homem distinguir entre a voz de Deus e a voz do diabo? Se Cristo é juiz nesse assunto, Seu contínuo apelo às Escrituras – “Está escrito” – a fim de desmascarar o diabo, ainda permanece válido para os cristãos em todas as épocas. Que padrão usarão os homens para testar o amor, os sentimentos e o testemunho pessoal se não for a Palavra de Deus? Os pecadores são propensos a perverter a verdade. A igreja remanescente nestes últimos dias deve certificar-se de que sua comunhão com Deus é genuína, devido à possibilidade de uma falsificação exatamente onde a verdade e a fidelidade são essenciais. (11)
É preciso meditar nessas palavras. A falsificação, porém, deixou de ser uma possibilidade para ingressar no mundo real, desafiando os cristãos que ainda creem na Bíblia com um modelo espúrio de adoração. Diferentemente de Jesus Cristo, o fenômeno político-religioso que o Apocalipse chama de Babilônia tem explorado principalmente as experiências emocionais e sensoriais para atrair as multidões; esse poder “maravilha” (Apocalipse 13:3), “seduz” (13:14), “embriaga” (14:8; 17:1-2) e apela aos sentidos (13:13-14; 16:13-14).
Em flagrante contraste, a mensagem do primeiro anjo (Apocalipse 14:7) apela à nossa razão e senso crítico para que, no temor do Senhor e com uma vida transformada que glorifique o Seu nome, adoremos a Deus de maneira inteligente, segundo a Sua vontade. Esta é a única proteção possível contra o engano.
Notas e referências
1. George E. Rice. “Dons Espirituais”. Em Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia. Raoul Dederen (Ed.). Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011, p. 709.
2. William Sargant.
. Versão on-line. Acesso em: 28 jun. 2011, 09h29min.
3. Ibid.
4. Ellen G. White. O Grande Conflito. 19ª ed. Santo André, SP: CPB, 1978, p. 464 e 465.
5. Dick Sutphen. “A Batalha pela sua Mente”. Em Leituras Cotidianas, nº 168, 9 de maio de 2005. Disponível em: <http://br.geocities.com/mcrost07/20050509a_a_batalha_pela_sua_mente.htm>. Acesso em: 4 ago. 2008, 17h40min.
6. O processo de consenso a que me refiro diz respeito a uma técnica sofisticada de mudança de pensamento inspirada na Dialética Hegeliana, desenvolvida por George Wilhelm Friedrich Hegel, em fins do século XVIII. Para Hegel, a realidade pode ser compreendida pela dialética, um sistema lógico composto de tese, antítese e síntese, na qual as contradições lógicas podem ser destacadas e o acordo pode ser finalmente alcançado na síntese da ideia absoluta. Na visão de Hegel, a dialética é “a conciliação dos contrários nas coisas e no espírito”, tratando-se, pois, de uma contemporização que visa obter a harmonia social entre grupos ou sistemas de crenças opostos. Evidentemente, esse modelo representa uma ameaça aos cristãos, que são compelidos no processo a aceitar o inaceitável, de modo a ganhar a aprovação do grupo.
7. William Sargant, op. cit.
8. Dick Sutphen, op. cit.
9. Ellen G. White. Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos. Santo André, SP: CPB, 1979, p. 145.
10. Berit Kjos.
A Infiltração Ocultista na Igreja Cristã Visando Destruí-la a Partir de Dentro
. Acesso em: 6 jun. 2014, 08h50min.
11. Edward Heppenstall.
. Tradução de José Carlos J. Ebling. Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1972.
Fonte:Três Mensagens