Há algum tempo postei aqui no blog dois textos (parte 1 e parte 2) explicando que a ideia de “inferno eterno” é um mito e não possui base bíblica, nem lógica. Eu pretendia postar um terceiro falando sobre um dos principais pressupostos por trás do conceito de inferno eterno, que é a doutrina da imortalidade inata da alma (ou imortalismo). Por razões de falta de tempo e esquecimento, acabei não fazendo. Neste texto, vou dar uma pincelada no assunto. O foco será explicar algumas passagens bíblicas que parecem dar suporte à noção de que nossa alma é imortal. Antes de começar, no entanto, vamos ver rapidamente o que a Bíblia diz sobre o tema.
Existem diversos textos na Bíblia que falam claramente sobre como a morte do ser humano é total, não havendo uma alma (ou espírito) com imortalidade inata, isto é, que sobrevive após a falência do corpo e para sempre. Podemos citar como exemplos textos como: Sl 6:4-5, 30:9, 49:12-20, 88:3-12, 115:17-18, 146:3-4; Ec 3:18-20, 9:5-6 e 10, 12:1-7; Is 38:17-19; Jó 3:11-22, 7:9, 10:18-22, 14:10-14, 17:13-16; Ml 4:1-3; At 2:25-35. Em todas essas passagens, os autores tomam como certo e indiscutível que nós morremos de verdade. Na morte, tudo se acaba, não havendo consciência, muito menos louvor a Deus. A morte é o ponto final do ser humano.
De fato, a maior parte do mundo cristão acredita que temos uma alma imortal e há muitos séculos. Entretanto, a Bíblia afirma que o único que possui imortalidade inata é Deus (I Tm 6:16). A única esperança dada pela Bíblia ao homem após a morte é a ressurreição física (Sl 17:15; Is 26:19; Dn 12:2; I Co 15:12-55). Fora a ressurreição, o destino humano é a morte eterna.
A ideia de morte total não só é bíblica, como possui lógica. Gênesis 2:7 afirma que o homem se torna alma vivente a partir da união entre o pó da terra e o fôlego de vida (espírito) dado por Deus. Gênesis 3:19 diz que, com a morte, o homem volta a ser pó. E Eclesiastes 12:7 diz que, na morte, o corpo volta ao pó e o espírito (fôlego de vida) volta a Deus. Ora, nesse contexto, o espírito não é uma consciência com imortalidade inata, mas sim o mesmo sopro que Deus deu ao homem na criação. É um elemento que juntamente com o corpo forma o homem, a alma vivente. Separando-se os elementos, esse homem, essa alma vivente, deixa de existir novamente. Interpretar espírito, nesse contexto, como uma consciência imortal é impor uma visão platônica aos textos, onde as almas já existiam conscientes antes de Deus insuflá-las nos corpos. Não é uma ideia hebraica, muito menos bíblica.
Evidentemente, isso é apenas um resumo. Mas serve de ponto de partida para começar a interpretar os textos que parecem contradizer essa visão mortalista e favorecer a ideia de que a alma é imortal. Passemos aos textos.
1) “Deus não é Deus de mortos” (Lc 20:38; Mc 12:27)
A frase em questão é expressa por Jesus, ao se referir ao titulo que Yahweh dá a si mesmo: Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Deste título Jesus conclui que existe ressurreição, pois Yahweh não é Deus de mortos, mas de vivos. Na interpretação imortalista, Deus conta os três patriarcas como vivos e o faz porque suas almas estão vivas e conscientes no céu. Mas há pelo menos dois problemas nessa interpretação. Em primeiro lugar, o contexto da passagem é sobre ressurreição do corpo, não imortalidade da alma. Um grupo de saduceus procurava refutar a crença na ressurreição corpórea e testaram Jesus nesse sentido. O assunto do texto não é imortalidade da alma.
Em segundo lugar, a crença na imortalidade da alma não implica a crença na ressurreição. A maioria dos gentios e pagãos da época de Cristo, por exemplo, criam na imortalidade da alma, mas não na ideia de pessoas ressuscitarem. Assim, não faria sentido lógico algum Jesus afirmar o imortalismo como prova da ressurreição.
Finalmente, se o AT claramente ensina o mortalismo e o NT é baseado no AT, então uma interpretação que não considere isso deve ser descartada.
Uma interpretação que respeite o contexto da passagem, a aptidão argumentativa de Jesus Cristo e a cosmovisão mortalista hebraica bíblica é a seguinte: ao contrário das religiões pagãs, as quais possuem deuses da morte e dos mortos, Yahweh é o Deus da vida e dos vivos. Qualquer um pode tirar a vida (desde que Yahweh não impeça), mas só Yahweh pode dá-la. Uma vez que Ele é Eterno, será eternamente Deus da vida e dos vivos. Ora, se Yahweh é Deus da vida e dos vivos e Ele chama a si mesmo de Deus de Abraão, Isaque e Jacó, isso é um indício de que a morte dos patriarcas não é eterna, mas temporária. E se a morte dos patriarcas é temporária, então para Deus é como se eles não tivessem morrido, mas apenas dormido.
É bem possível também que, culturalmente, ao Yahweh se definir como Deus de patriarcas já mortos, em vez de usar uma nação ou pessoas vivas, tenha deixado claro aos ouvintes que estes mortos ainda se encontram nos planos divinos como se ainda estivessem vivos. É como se Yahweh olhasse mortos e vivos como iguais, já que Ele tem o poder da ressurreição.
Essa interpretação se coaduna com a insistência de Jesus e dos autores bíblicos em chamar a morte de sono, a ressurreição de “despertar” e os mortos de pessoas que estão dormindo (Mt 9:24; Mc 5:39; Lc 8:52; Jo 11:11-44; Mt 27:52; Ef 5:14; Gn 28:11; Dt 31:16; II Sm 7:12; Jó 7:21; Dn 12:2). Digno de nota é que Jesus e os autores bíblicos não escolhem caracterizar a morte como uma “viagem” ou “passagem”, o que daria ênfase à independência e à imortalidade da alma. Em vez disso, ele e os escritores inspirados caracterizam a morte exatamente como nós esperaríamos de um mortalista que crê na ressurreição: como um sono. Se para Jesus/Yahweh a morte é apenas uma soneca rápida, então, aos olhos de Deus, nenhum salvo morreu. De fato, o Messias Jesus afirma literalmente que quem crer nele, ainda que morra, viverá (Jo 11:25).
2) “Fazer perecer o corpo e a alma” (Mt 10:28)
Nessa passagem, Jesus diz que não devemos temer quem pode matar o corpo, mas não a alma. Devemos temer quem pode fazer perecer no inferno o corpo e a alma. Curiosamente, esse texto é usado por muitos para sustentar o imortalismo. A ideia é que se alguém pode matar o corpo, mas não a alma, isso quer dizer que podemos morrer fisicamente e a alma ficar viva. Mas a essência do texto traz justamente o ensino oposto: Jesus deixa claro que a alma pode morrer igual ao corpo. Então, o que Jesus pretende ensinar quando diz que alguns podem matar o corpo, mas não a alma? Simples: quando um salvo em Cristo é morto por alguém, mesmo que ele fique centenas de anos no sono da morte, um dia Deus o ressuscitará. Assim, seu assassino matou o seu corpo, mas não o condenou à morte eterna. Ele ressuscitará com um novo corpo e a mesma identidade de antes.
Alma, nesse texto, é um sinônimo para personalidade, identidade, “eu”. É a parte que retornará no corpo redimido e viverá a eternidade. O velho corpo morre, mas o redimido em Cristo ganha novo “tabernáculo” (II Pd 1:13-14). Como já dito antes, para Jesus, quem morre nele está apenas dormindo. Por conseguinte, quem mata um verdadeiro seguidor de Jesus não matou a pessoa como um todo, apenas o corpo. A personalidade dorme até a ressurreição. Por outro lado, aqueles que conseguem corromper uma pessoa moral e espiritualmente estão levando a pessoa à morte plena no inferno. Morrerá corpo e tudo o mais, não restando nada.
3) “Estarás comigo no Paraíso” (Lc 23:42-43)
Essa é a promessa que Jesus fez a um dos criminosos que foi crucificado com ele. O homem se arrependeu, o confessou como Senhor e pediu para ser lembrado por Cristo. A resposta de Cristo geralmente é traduzida assim: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”. Imortalistas interpretam esse texto como uma menção à imortalidade da alma. Contudo, também há problemas nessa interpretação. Em primeiro lugar, o original grego não traz a palavra “que”, nem qualquer vírgula ou ponto. A tradução literal é: “Em verdade a ti digo hoje comigo estarás no Paraíso”. Isso significa que o intérprete pode colocar uma vírgula ou dois pontos após a palavra “hoje”, dando outro sentido à frase: “Em verdade a ti digo hoje: comigo estarás no Paraíso”. A partícula “hoje”, neste caso, seria um recurso de ênfase, o que não é incomum na cultura hebraica (Dt 4:26; 6:6; 7:11; 8:19; 11:26, 32; 30:18, 19; 32:46; At 20:26; 26:2).
Em segundo lugar, há uma razão teológica para pensar que Jesus não esteve no Paraíso no mesmo dia em que morreu. Em João 20:17, após ressuscitar, Jesus diz à Maria Madalena: “Não me detenhas; porque ainda não subi para o meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: ‘Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus’”. Ora, se Jesus ainda não havia subido ao Paraíso na manhã da ressurreição, então sua promessa ao criminoso arrependido não foi que eles estariam juntos, no Paraíso, ainda na sexta-feira.
A ideia de que Jesus e o criminoso arrependido não se encontraram no Paraíso naquele dia se coaduna com o que o próprio homem esperava de Cristo: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu Reino” (Lc 23:42). A esperança do homem estava na vinda de Cristo e seu Reino, no evento da ressurreição final, não em uma ida direta para o céu no dia da morte.
Finalmente, não há sentido em interpretar essa passagem em contradição direta com toda a teologia mortalista exposta no AT e endossada em falas de Pedro, Paulo e Jesus.
4) “Partir e estar com Cristo” (Fl 1:23)
No primeiro capítulo da epístola aos Filipenses, Paulo diz que morrer é lucro, já que ele tinha a Cristo. Assim, conclui que se não fosse o fato de o evangelho precisar ser pregado, para ele seria melhor partir e estar com Cristo. Imortalistas creem que nesse texto Paulo está sugerindo que quando morremos, vamos imediatamente para o céu estar com Jesus. Essa interpretação, no entanto, enxerga no texto de Paulo mais do que ele realmente diz. Partir e estar com Cristo não implica que a chegada se dá imediatamente após a partida, tampouco que a partida é só pode ser a morte. O único motivo para se pensar assim é pressupor o imortalismo no texto. Isso não é extrair do texto o que ele diz, mas impor ao texto ideias próprias.
A expressão de Paulo não precisa ser lida com os óculos do imortalismo. Imaginemos, por exemplo, um missionário que, exausto pelo seu árduo trabalho em terras estrangeiras, expressa aos amigos: “Se não fosse pelo evangelho de Jesus Cristo, eu preferiria partir e estar com a minha família querida, o que é incomparavelmente melhor”. Ninguém interpretaria essa frase como uma crença de que o missionário poderia partir de onde estava e chegar de volta à terra de sua família no mesmo instante.
Portanto, se Paulo estava usando o termo “partir” como sinônimo de morte, o que ele estava apenas dizendo que a morte, para ele, não era pesada. Ao sair deste mundo, mesmo entrando num estado de sono inconsciente que poderia durar séculos, ele seria ressuscitado, passando a estar com Cristo no segundo seguinte. Esse período intermediário não é sentido, não é vivido, pois o apóstolo está morto. Ou seja, a morte se torna um caminho mais rápido para encontrar a Cristo. As leituras cristãs desse texto têm sido viciadas. Enxergamos a passagem com olhos imortalistas por costume. Mas não há nada no texto que nos obrigue a isso. E Paulo tinha inteligência o bastante para engendrar esse raciocínio de que em morrendo, se a morte não é sentida, o segundo seguinte já é o do encontro com Cristo.
O próprio contexto da teologia paulina sugere que Paulo tinha em mente a ressurreição nesse texto. Uma vez que ele criticava a visão de uma existência incorpórea (I Co 15:35-58), algo comum entre os pagãos e conversos vindos do paganismo, então as expressões “viver na carne” (v. 22) e “permanecer na carne” (v. 24) não são usadas como oposto de uma vida sem um corpo, mas como oposto de uma vida ressurreta, pós redenção, quando o corpo é transformado e não há mais pecado.
Paulo parece opor dois tipos de vida humana aqui: a da carne, referindo-se a esta carne corrupta, e a espiritual, que tem a ver com outro tipo de corpo, incorrupto. Paulo não abre mão da ideia de que teremos corpo, o que implica que o problema não é a matéria e o corpo material, mas sim o corpo atual. Essa é uma visão hebraica, não platônica. Paulo é judeu, não grego.
Para o apóstolo Paulo, defensor da ressurreição física, o corpo ressurreto é espiritual não no sentido de não ser físico, mas no sentido de não sofrer mais do pecado e seus efeitos, de ser governado pelo Espírito Santo e seu fruto. Esse corpo se torna incorruptível em todos os sentidos. Espiritual é apenas o oposto de carnal aqui. A palavra carne era usada como símbolo de algo terreno, secular e/ou pecaminoso. Algo carnal era algo ligado ao nosso mundo atual, o mundo de pecado, enquanto o espiritual era ligado às coisas de Deus e, por conseguinte, ao mundo redimido.
Assim, quando Paulo fala em viver/permanecer na carne, ele está falando de viver nesta vida, neste mundo. Paulo não está pensando numa relação ser material x ser imaterial, mas sim na relação viver nesse mundo x viver no próximo. E a não ser que se pressuponha a imortalidade inata da alma, crer na vida após a morte não é a mesma coisa que crer na vida imediatamente após a morte.
Não obstante, há uma segunda consideração a ser feita aqui. Paulo pode muito bem não estar usando o termo “partir” como sinônimo de “morrer”. Enoque partiu e está com Cristo, mas não morreu (Gn 5:24; Hb 11:5). Elias partiu e está com Cristo, mas não morreu (II Rs 2:1-18). E Paulo, conforme seu testemunho, foi ao terceiro céu (II Co 12:1-10), muito embora ele não tivesse certeza se foi corporalmente ou mentalmente. Então, ele poderia estar se referindo ao desejo de simplesmente ser arrebatado vivo para o céu, sem passar pela morte. O que deve ser ressaltado aqui é que tanto um arrebatamento quanto a morte não estavam nas mãos do apóstolo. Ele apenas expressava um desejo.
5) “Deixar o corpo e habitar com o Senhor” (II Co 5:8)
Semelhantemente ao texto de Filipenses 1:23, Paulo fala sobre deixar o corpo em sua segunda carta aos Coríntios. Os imortalistas também enxergam aqui uma crença na imortalidade da alma. Mas o contexto não deixa dúvidas sobre o que Paulo tem em mente. Ele fala dos versos 1 ao 5 sobre seu anseio pelo novo corpo redimido, explicando que não se trata do desejo de ficar sem corpo (despido), mas de ser revestido por um corpo incorruptível. É interessante que Paulo tome o cuidado de dizer que não queria estar despido (v. 4). Em sua primeira carta aos Coríntios, lembremos, ele toma um capítulo inteiro para falar contra quem negava a ressurreição física e novos corpos. Isso é um indício de que Paulo continua crendo fortemente em corpos físicos redimidos, não em espíritos desencarnados.
Na sequência, então, o apóstolo diz que enquanto nesse corpo atual, está ausente do Senhor (v. 6) e que sua confiança em Deus é tão grande que preferiria deixar esse corpo e estar com o Senhor (v. 8). Mais uma vez: a frase não implica que ao deixar o corpo (isto é, morrer), Paulo estaria no mesmo dia com o Senhor. O apóstolo apenas está sendo lógico: se ele morresse logo, veria a Cristo logo. Morrer era o passaporte para o tempo passar mais depressa, a ressurreição ocorrer e seu corpo mortal ser revestido pela imortalidade do corpo celestial/espiritual. Sem pressuposição platonista, a passagem de Paulo se encaixa no conceito mortalista sem nenhuma dificuldade.
6) “No corpo ou fora do corpo” (II Co 12:2-3)
Nessa passagem, Paulo fala que certa vez foi arrebatado ao céu, mas que não sabia se isso havia ocorrido no corpo ou fora do corpo. Imortalistas afirmam que isso sugere que Paulo acreditava na possibilidade de sair do corpo. E se ele cria nisso, provavelmente cria na imortalidade inata da alma. O primeiro problema nessa interpretação é que Paulo não morreu quando foi arrebatado. Então, é forçoso dizer que essa passagem tem alguma relação com o conceito de imortalidade da alma. O que o texto nos permite dizer, no máximo, é o seguinte: Paulo cria que sua consciência, sentidos físicos e pensamentos (em suma, o seu “eu”) poderiam ter se transportado para o céu. Isso nada mais é do que “entrar em transe”, ficar “fora de si”. Diversos profetas ficaram assim nas Escrituras. Para quem vê de fora, é como se apenas o corpo do profeta estivesse ali. Para o profeta, é como se ele estivesse em outro lugar.
O que Paulo está dizendo no capítulo 12 de II Coríntios é que ele não tinha certeza se teve um transe e foi levado ao céu mentalmente ou se ele realmente havia ido com mente e corpo para lá. Em suma, a experiência havia sido tão real que ele não sabia distinguir. Nada sugere no texto que tenhamos uma alma que sobrevive à morte do corpo.
7) “Almas debaixo do altar” (Ap 6:9-11)
Em Apocalipse 6:9-11, João vê as almas de pessoas que foram mortas por pregarem a Palavra de Deus. Elas clamam por justiça debaixo de um altar. Então, lhes é dito para esperarem mais algum tempo. Imortalistas tem afirmado sempre que esse texto prova a imortalidade da alma. O grande problema aqui é que o relato é claramente simbólico. As almas estão debaixo de um altar, um símbolo para sacrifício. Este relato simbólico não está em um livro de estilo histórico, mas no Apocalipse, uma obra essencialmente repleta de símbolos. Ademais, a passagem engendra um símbolo semelhante ao sangue de Abel clamando da terra (Gn 4:10). Não faz sentido, portanto, tomar essas almas do Apocalipse como estando literalmente a clamar.
Considerações Finais
Esse artigo não é extenso. O assunto possui muito mais detalhes. Entretanto, pretendi apenas passar uma visão geral sobre a visão mortalista. Fica claro que não apenas há textos na Bíblia mostrando que a alma do homem não é imortal, mas que as passagens que aparentemente favorecem a imortalidade da alma possuem interpretações mais plausíveis à luz dos contextos temático, idiomático e teológico. Quando fazemos uma leitura não viciada no platonismo e nos guiamos pela a concepção mortalista dos textos que citamos no começo do artigo, um novo panorama perfeitamente coerente e claro surge diante de nossos olhos.
Por Davi Caldas
Fonte: Reação Adventista