Sermão: “OS SETE DIÁCONOS”

 

Introdução:
 


1. Ler Ato. 6:1-7…

2. Os cinco primeiros capítulos de Atos descrevem a implantação da igreja em Jerusalém, e os começos da oposição a ela por causa da sua pregação…

3. Na seção seguinte de Atos, vemos como a obra missionária da igreja começou a expandir-se de várias maneiras…

4. Em primeiro lugar, temos a história do aumento da igreja em Jerusalém, e sua difusão entre os judeus de língua grega…

5. Ao crescer, a igreja começou encontrar os problemas de uma instituição…

6. Entre os próprios judeus havia uma divisão…

7. Na Igreja cristã havia duas espécies de judeus…

8. Havia os judeus de Jerusalém e da Palestina que falavam aramaico, a língua de seus ancestrais, e orgulhavam-se porque não possuíam mistura em suas vidas…

9. Havia também judeus de países estrangeiros que vieram para o Pentecostes e fizeram a grande descoberta de Cristo…

10. Muitos destes tinham estado fora da Palestina por gerações…

11. Eles tinham esquecido o hebraico e falavam apenas o grego…

12. A conseqüência natural foi que os orgulhos judeus que falavam aramaico menosprezavam os judeus estrangeiros…

13. Este desprezo afetou a distribuição diária de donativos…

14. O capítulo 6 começa com uma crítica aos arranjos para o cuidado dos pobres da igreja, feita pelas viúvas judias que falavam grego e, como resultado, os doze, que até então tinham cuidado do assunto (4:35), reconheceram que era grande demais o seu fardo de trabalho, e que estavam Sendo desviados da pregação da Palavra…

15. OS apóstolos sentiram que não deviam envolver-se mais com assuntos como este… .

16. Foram nomeados então sete homens para ajeitarem a situação

I. 7 DIÁCONOS


CONVOCANDO UMA REUNIÃO DOS CRENTES, OS APÓSTOLOS FORAM ORIENTADOS PELO ESPÍRITO SANTO A ESBOÇAR UM PLANO PARA A MELHOR ORGANIZAÇÃO DE TODAS AS FORÇAS ATIVAS DA IGREJA.

A. Chegara o tempo, declararam os apóstolos, em que os líderes espirituais que superintendiam as igrejas deveriam ser aliviados da tarefa de atender aos pobres, e de outros encargos semelhantes, de modo que pudessem estar livres para levar avante a obra de pregar o Evangelho.

1. “Escolhei pois, irmãos; dentre vós”. disseram eles, “sete varões de boa fama; cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da Palavra” vs. 3,4…

2. Este conselho foi seguido e, pela oração e imposição das mãos, sete varões escolhidos foram solenemente separados para seus deveres como diáconos…

B. É digno de nota que procurava-se qualificações espirituais nos homens nomeados para tais tarefas dentro da igreja.

1. O trabalho deveria ser feito com a máxima dedicação…
a. Devia haver a dedicação que não existira até então.

2. Portanto homens adequados deviam ser escolhidos, a fim de que tudo pudesse ser feito com decência e com ordem, e nenhuma pessoa fosse negligenciada…

3. Segundo as palavras dos apóstolos, destacam-se três qualidades principais:
4. Boa reputação…

a. Não deveriam ter-se envolvido em qualquer escândalo que levantasse qualquer comentário pejorativo sobre sua moralidade ou honestidade.
b. Deveriam ser conhecidos como homens de interesses humanitários, que promovessem o seu cargo e apresentassem soluções adequadas aos muitíssimos problemas da comunidade cristã…
c. Deveriam ser homens livres de escândalo, que fossem considerados íntegros pelos seus semelhantes…
d. Deveriam ser homens confiáveis, possuidores de boa reputação e de tudo aquilo que é virtuoso…

5. Cheios do Espírito Santo…

a. Deveriam ter sido participantes da experiência pentecostal não menos que os apóstolos…

b. Deveriam ter experimentado pessoalmente a promessa feita pelo Senhor Jesus de que a Seus seguidores seria dado o Divino Consolador.

c. Sim, os diáconos precisavam, e precisam ser homens dotados de habilidade, sendo homens destacados na comunidade cristã, como homens de Deus, ativos e poderosos no ministério…

d. Além disso, o Espírito Santo que neles estava, sem dúvida comunicava-lhes graças cristãs especiais de fé, de amor, de bondade, de paciência, de longanimidade, de mansidão, as quais seriam úteis para o correto exercício de suas funções na igreja de Deus…

6. Cheios de sabedoria…


a. Naturalmente, essa tão desejável qualidade era resultado direto do poder habilitador do Espírito Santo…

b. Era mister que soubessem, e que saibam, como rejeitar as murmurações e como cuidar delas, sabendo também cuidar dos que eram dados aos boatos, calúnias e á traição por palavras…

c. Esta sabedoria precisava ser prática e espiritual…

d. Prática, para atender as necessidades terrenas das pessoas e espiritual para fazer com que olhassem para seus semelhantes com espírito de amor, de ternura e de bondade, sempre considerando seu destino espiritual e eterno, visando o avanço e o desenvolvimento espirituais deles…

e. Falando de maneira geral, teriam de ser homens que cuidassem tanto das necessidades físicas como das espirituais de muitíssimas pessoas, motivo pelo qual teriam de ser indivíduos altamente qualificados…

II. A PROPOSTA FEITA PELOS DOZE FOI SUBMETIDA A UMA ASSEMBLÉIA DA IGREJA, E FOI APROVADA…


A. A escolha dos sete candidatos foi feita pelos membros da igreja, e não pelos próprios apóstolos.

l. Depois de os homens terem sido escolhidos, foram colocados diante dos Doze que os investiram no seu cargo ao orar por eles, impondo-lhes as mãos…

2. Era uma forma reconhecida de designação para um cargo especifico, bem como da autoridade da pessoa no mesmo…

3. “Por ela o selo da igreja era colocado sobre a obra de Deus…” A.A., 162.
4. O rito indicava um revestimento de autoridade, e a oração feita na ocasião era para o poder do Espírito Santo encher os que recebiam esta consagração (cf. Deu. 34:9).

5. Em época posterior, o rito de ordenação mediante a imposição das mãos sofreu muito abuso…

6. Ligava-se a esse ato uma insustentável importância, como se sobreviesse de vez um poder aos que recebiam essa ordenação, poder que os habilitasse imediatamente para toda e qualquer obra ministerial…

7. Mas, não há registro a indicar que qualquer virtude fosse comunicada pelo simples ato da imposição das mãos…

B. Eles oraram com os diáconos, e pelos diáconos…

1. Todos os que são dedicados ao serviço da igreja devem ser confiados ao conduto da divina graça pelas orações da igreja…

2. Tendo pela oração implorado uma bênção sobre os diáconos, os Doze impuseram-lhes as mãos assegurando-lhes que a bênção foi concedida em resposta á oração…

3. E isto conferiu-lhes autoridade para realizarem este ofício…

4. Os sete foram escolhidos pelo povo…

5. A imposição das mãos dos apóstolos confirmou esta escolha, comissionou os sete para o seu trabalho especial, expressou da parte dos apóstolos seu companheirismo nessa obra…

III. NO VERSO 7 LUCAS INTERROMPE SUA NARRATIVA COM UM BREVE RELATO DO PROGRESSO EVANGELÍSTICO DA IGREJA…


A. Quando as coisas foram colocadas em ordem na igreja a pregação do Evangelho começou a crescer…

1. Sim, a designação dos sete para tomarem a direção de rumos especiais da obra mostrou-se uma grande bênção para a igreja…

2. Estes oficiais tiveram cuidadosa consideração pelas necessidades individuais, bem como os interesses financeiros gerais da igreja…

3. E, pela sua gestão acautelada e seu piedoso exemplo. foram, para seus colegas, um auxílio importante em conjugar os vários interesses da igreja em um todo unido…

B. Que este passo estava no desígnio de Deus é-nos revelado nos resultados imediatos para o bem, que se viram…

1. Lucas descreve o efeito das novas nomeações em termos de um aumento do testemunho cristão…

2. Empregando uma frase predileta diz que “crescia a palavra de Deus”…

3. Aumentou-se a sua proclamação e esta era eficaz para produzir conversões.

4. “Crescia a Palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia á fé”.
a. Isto é, obedeciam ao chamado pata aceitarem a fé contida no Evangelho.

5. O fato de terem sido esses irmãos ordenados para a obra especial de olhar pelas necessidades dos pobres, não os excluía, e não os exclui do dever de proclamar a fé.

6. Ao contrário, foram amplamente qualificados para instruir a outros na verdade, e se empenharam na obra com grande fervor e sucesso.

7. Como resultado, continuou a aumentar, a se multiplicar o número dos discípulos e, em especial, havia conversões entre os sacerdotes.
8. A prosperidade coroou o maravilhoso espírito que reinava nesta comunidade mãe…

Conclusão


1. A organização da igreja em Jerusalém devia servir como modelo para a organização de igrejas em todos os outros lugares em que mensageiros da verdade conquistassem conversos ao Evangelho…

2. Aqueles a quem fora entregue a responsabilidade da direção geral da igreja, não devem assenhorear-se da herança de Deus, mas, como sábios pastores, apascentar “o rebanho de Deus, … servindo de exemplo ao rebanho” 1 Pe. 5:2,3…

3. E os diáconos devem ser “varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria”…

4. Estes homens devem, unidos defender o direito e mantê-lo com firmeza e decisão…

5. Assim terão sobre o rebanho todo, uma influência para a união,
6. A proclamação do Evangelho avançará, completar-se-á, e então Jesus virá em glória para reclamar-nos como Seus…

 

 


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Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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