Daniel 8 – O Príncipe do Exército Celestial

“Veio, pois, para perto donde eu estava; ao chegar Ele, fiquei amedrontado e prostrei-me com o rosto em terra; mas Ele me disse: Entende, filho do homem, pois esta visão se refere ao tempo do fim.” (Dan. 8:17)

Essa passagem bíblica refere-se a ação do chifre pequeno, o poder religioso que se formou a partir da igreja fundada por CRISTO, absorveu doutrinas do espiritismo e do paganismo, mas, ainda assim, procura parecer cristã. Durante a Idade Média esse poder agiu contra o serviço de JESUS CRISTO, o que Ele fez na Terra e o que estava fazendo no Céu e o que ainda iria fazer no Céu (referente a Daniel 7:24 e 25 – se levantaria um outro poder diferente dos primeiros, era um poder religioso, a igreja medieval, que proferiria palavras contra o Altíssimo, magoaria os santos do Altíssimo, e mudaria os tempos e a lei: isso já fez!). A profecia de Daniel 8:17 refere-se ao tempo do fim. Ora, o que o chifre pequeno fez em cumprimento a Daniel 7:24 e 25, fez tudo isso durante a Idade Média, tempo anterior ao tempo do fim, que se inicia por volta de 1844. Como então diz Daniel que essa profecia é para o tempo do fim?

Isso é muito simples de ser entendido. Em geral, as grandes profecias do tempo do fim tiveram precedentes, as vezes mais de um. Esses precedentes servem como ilustração bem real de como será seu cumprimento no final da história do pecado. A ação do chifre pequeno (mas que se tornou grande e arrogante contra DEUS!) também foi assim. As ações do tempo do fim, desse poder religioso, foram todas bem alicerçadas (ensaiadas de uma forma terrivelmente real) durante a Idade Média, de modo que não podemos ter dúvidas sobre como agirá nesse tempo do fim, quando retornar outra vez à ação. Veja Apoc. 13: 3 e13 a 15 em conexão com II Tess. 2:8 a 12, onde revela o ressurgimento do iníquo, desta vez, com sinais e prodígios, ou seja, com mais poder que da primeira vez, durante a Idade Média. Portanto, a profecia de Dan. 8:17 já se cumpriu, e tornará a se cumprir, agora no tempo do fim. O seu segundo cumprimento será por completo, para revelar por inteiro a ação do iníquo (o representante religioso de satanás e seu culto espírita/pagão), conforme em II Tess. 2:8 – “então será revelado o iníquo…”, então virá outra vez a apostasia (II Tess. 2:3), que também já veio na Idade Média, por aquele que está “ostentando-se como se fosse o próprio DEUS” (II Tess. 2:4, ver em conexão com Isa. 14:14, na declaração de satanás: “serei semelhante ao Altíssimo”). Satanás não pode aparecer em forma carnal, então ele aparece na pessoa de seu representante. Ele age por intermédio dessa pessoa e faz tudo o que deseja contra DEUS, até o ponto que DEUS permite. A ação de satanás, sempre por meio desse representante, revela quais são suas verdadeiras intenções, que é tentar derrubar JESUS CRISTO do trono do Universo, e agora, ainda derrubar a Sua igreja e o trabalho de evangelização aqui na Terra. Ora, esse representante é o dirigente que se diz sucessor de Pedro, mas que, se revoltou contra as palavras de JESUS, que disse que ensinássemos tudo o que Ele havia dito. Ele, JESUS, jamais disse que devêssemos mudar a Sua santa lei.

Portanto, a ação do chifre pequeno na Idade Média, se repetirá no tempo do fim, com intensidade muito superior à daquele tempo, com sinais e maravilhas, segundo a eficácia de satanás (II Tess. 2). Bem no final da história do pecado, o próprio satanás se transformará em anjo de luz, para junto com a ação do chifre pequeno, tentar enganar, se possível, aos próprios escolhidos, aqueles todos que decidiram santificar o dia de sábado para honrar a criação de DEUS, conforme a Bíblia.

 

Uma resenha da história mundial

Uma relação interessante de animais (bestas) foram escolhidos por DEUS nas profecias de Daniel. Curiosamente, em Daniel 7, os reinos são representados por animais imundos: Leão (Babilônia); urso (Medo-Pérsia); leopardo (Grécia); um animal terrível e espantoso – um dragão – (império romano). Mas em Daniel cap. 8, os mesmos reinos, exceto babilônia, estão representados por animais puros: carneiro (Medo-Pérsia) e bode (Grécia). Então aparece, na seqüência, o chifre pequeno, que representa o aparecimento e a ação tanto do império romano pagão quanto da igreja da Idade Média. Aqui há sabedoria!

Entenda-se, os animais impuros significam que aqueles reinos são de origem pagã, não são reinos que cuidam em salvar seus cidadãos para o reino de DEUS. No entanto, mesmo sendo de origem pagã, se comparados à ação do império romano e da Igreja da Idade Média, podem ser tidos quase como puros, pois a ação do império romano e da igreja medieval foram de tal modo terríveis contra a salvação dos seres humanos que se tornam muito mais impuros que os impérios medo-pérsa e grego. Assim, na, segunda representação profética, em que os impérios da medo-pérsia e dos gregos de novo aparecem (o babilônico já estava desaparecendo), foram apresentados como puros, pois estavam em flagrante contraste com o que viria depois. Vemos por aí a tendência da evolução do pecado: cada vez mais impuro, ou seja, cada vez mais comprometido com crenças espíritas e pagãs, e mais afastado das doutrinas cristãs ensinadas por JESUS.

Em contraste com a crescente impureza da religião na Terra, está a profecia de Dan. 8:14, do juízo investigativo, ou seja, da purificação do santuário celeste. Numa certa altura da história do pecado se iniciaria um serviço de purificação. Isso já começou, foi em 1844, e continuará durante o milênio, com e exame dos atos daqueles que não se salvaram para concluir com a purificação total do planeta Terra no final desse milênio, quando toda a raiz e ramo do pecado será exterminada.

 

O chifre pequeno I

Esta parte é uma seqüência de estudo anterior de número 2, dessa série de lições, cujo título é “O ABC das profecias apocalípticas”, sob os sub-títulos “O chifre pequeno – I” e “O chifre pequeno – II”. Portanto seria interessante retornar ao comentário referente àquele estudo. Nesse estudo não nos ateremos à origem do Chifre pequeno, uma vez que já foi adiantado naquela ocasião, então nos ateremos a outros aspectos a ele relacionados.

Para melhor entendermos a importante análise que aqui faremos, é bom restabelecermos alguns pontos sobre a origem do chifre pequeno. Vejamos o que está escrito, e sua interpretação, em Dan. 8:9 a 12. Em itálico, nos parêntesis, está a interpretação.

a) Ele surgiu pequeno e discreto mas se tornou muito forte, e dominou a todos; (um poder que surge das sombras, sem resistência, sem gerar suspeitas, sem se impor por força, que falava ‘macio’, conquistando aos poucos, mas que avançava com segurança, sucedendo o cruel e poderoso império romano)

b) Originou-se de um dos quatro ventos, para onde saíram os quatro chifres do bode (Grécia), que se dividiu em 4 reinos, que se distribuíram em vasto território em relação aos 4 pontos cardeais;

c) de um desses pontos cardeais surgiu o chifre pequeno; (surgiu de um determinado lugar dos pontos cardeais, para além de onde se haviam esparramados os 4 generais que sucederam a Alexandre. Surgiu na Itália. Refere-se ao poder militar do império romano, mas destaca exclusivamente o poder religioso que nele, em seu bojo, gradativa e obscuramente se forma, aproveitando-se do paganismo romano para infiltrá-lo na igreja de CRISTO e assim tentar destruí-la.)

d) se tornou muito forte, para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa; (cresceu sempre, até tornar-se dominador religioso a partir de 538dC, como fora o império civil anterior)

e)  atingiu o exército do Céu, lançou algumas das estrelas por terra, e as pisoteou (atingiu os servos de DEUS que estavam levando o evangelho a toda a Terra, e matou alguns, foi a perseguição inicial, dos primeiros tempos da igreja de CRISTO, do ano 100 ao ano 313, principalmente nos últimos 10 anos desse período);

f) engrandeceu-se até ao príncipe do exército (do Céu) (refere-se a papel do império romano, que matou JESUS, mas também, mais adiante, à igreja medieval, que se fez passar como se fosse JESUS ou DEUS, colocando outros intermediários entre DEUS e o homem, ou seja: Maria como intercessora, os padres perante os quais os fiéis se ajoelhavam para confessar pecados e por eles serem perdoados, e os santos já mortos.);

g) dele tirou o sacrifício costumado, e o lugar de Seu santuário foi deitado por terra (matou JESUS, destruiu o templo, e também posteriormente mudou o modo de adoração);

h) o exército lhe foi entregue, com o sacrifício costumado (dominou sobre os pregadores da verdade, assim como resolveu apoderar-se do culto e da adoração, e fez o que queria, mudou em direção ao paganismo);

i) e deitou a verdade por terra (proibiu o estudo da Bíblia, tirou-a do alcance do povo, que foi levado a adorar como os pagãos);

j)  e o que fez, prosperou (se deu bem com isso, a maciça maioria do povo ainda hoje acredita no culto adulterado, e o segue como se fosse verdadeiro).

Essa análise é para dizer o seguinte: assim foi no passado, durante a Idade Média; assim será outra vez no futuro, considerando as devidas diferenças de necessidades para o poder do chifre pequeno. Ele ressurgirá de um lugar do planeta, os EUA, que lhe restaurará o poder de impor a santificação do domingo (a imagem da besta), e outra vez combaterá o exército do Senhor (o povo da Bíblia) e derrubará algumas das estrelas (alguns dos que ensinam a verdade bíblica). Continuará fazendo as mesmas coisas que fez durante a Idade Média, mas com uma significativa diferença: desta vez, o que vai fazer durará pouco, e não prosperará, porque o Cordeiro vencerá esse poder, e os fiéis ao Cordeiro também vencerão, para sempre (ver Apoc. 17:14).

 

O chifre pequeno II

Iremos agora aprofundar em alguns pontos de extrema importância relacionados com a ação do chifre pequeno, quanto a adoração. É a adoração, que ‘criaturas’ prestam ao Criador, que identifica a relação máxima de honra possível no Universo. Lúcifer queria essa honra, embora soubesse que jamais poderia “ser DEUS”. Ainda assim, queria ser “semelhante ao Altíssimo” (Isa. 14:14), isto é, semelhante aos atributos do Criador, ou ainda, semelhante à Sua posição no Universo, Aquele que ‘domina pelo amor’ sobre tudo e que recebe homenagem do todos. Isso é o que Lúcifer queria: poder, mas sem o amor, lei que ele combate.

Esse propósito jamais se arrefeceu em Lúcifer, mesmo depois de se tornar demônio (significa, totalmente voltado para o mal). É a isso que a profecia do chifre pequeno se refere, com toda a clareza. Pela seqüência dos reinos, Medo-Pérsia e Grécia, vem Roma pagã e depois Roma papal. Esses dois últimos são uma só versão em dois tempos diferentes. Ambos, em formato diferente, combatem o Senhor JESUS. Roma pagã O pregou na cruz, e mais tarde fez severas atrocidades perseguindo aqueles que estavam levando o evangelho a todo o mundo. E em conjunto com Roma papal, mudou os tempos e a lei, e postou-se arrogantemente contra O Criador, dizendo-se, pelo suposto poder da tradição, com poder acima até da Bíblia para fazer o que quer na Terra. Saliente-se, uma tradição pagã de culto, capaz de até mesmo interferir na Lei de DEUS, no modo de culto e de adoração, de perdoar pecados, de interceder, e ainda de modificar um enorme conjunto de doutrinas bíblicas, trocando-as por doutrinas pagãs, vindas das tradições não cristãs. O que fez já esclarecemos em estudos anteriores, como no estudo de número dois, “O ABC das profecias apocalípticas” que vide.

A esta altura desse comentário, quero chamar atenção para algo de extrema importância. Neste momento da história, desde 1798, estamos numa espécie de calmaria, em que os poderes de satanás estão contidos, como nos tempos dos apóstolos, aguardando serem liberados mais uma vez para que sejam suas intenções reveladas também mais uma vez (ver II Tess. 2:7 e 8 – essa revelação já aconteceu uma vez, durante a Idade Média, e se repetirá). Nesse intervalo entre a primeira e longa aparição do iníquo – que durou 1.260 anos em que a guerra foi flagrante, como será por ocasião da segunda revelação, ainda no futuro – a guerra é velada, pouco perceptível aos que não estudam a Bíblia. Não há uso de força militar nem de coerção. Estamos numa espécie de “guerra fria”, ou seja, sem confronto visível, apenas ao nível da pregação e do estudo, não ao nível da força bruta. Essa situação proporciona vantagens tanto aos servos de DEUS quanto a satanás. Aos servos de DEUS há oportunidade e condições de “pregar este evangelho a toda nação, tribo e língua…”. Aos seguidores de satanás, e que não são as pessoas que freqüentam os cultos das igrejas pertencentes à babilônia, esses sairão de lá no devido tempo (ver Apoc. 18:4), mas ‘parte’ de seus líderes, proporciona um tempo em que tudo o que de paganismo foi agregado ao cristianismo possa se consolidar como algo inquestionável e verdadeiro, pela alegação da ‘tradição’. O longo tempo ofusca na mente das pessoas a diferença entre o que é verdadeiro e o que é falso.

Por fim, ao ser outra vez liberado, o poder do anti-cristo entrará em ação. Isso acontecerá por volta do decreto dominical, motivado pelo poder com que os servos de DEUS estão e estarão anunciando a verdade, e também pela crescente crise de violência ao redor do planeta, para a qual, se achará um culpado conveniente para ser perseguido, e que não reage com brutalidade. Então sairemos da fase de guerra fria para a guerra quente outra vez, por pouco tempo, pois logo virá o fim. Nesta fase da guerra quente, em que, da parte de satanás serão utilizadas estratégias de força bruta, ao contrário do que aconteceu durante os 1.260 anos, em que os servos de DEUS tiveram que fugir, desta vez, eles terão poder máximo do Espírito Santo, e sob o comando do próprio Senhor, concluirão a ordem de evangelização. Então, conforme Mateus 24:14, vem o fim.

 

Falso ministério sacerdotal

Esse estudo refere-se a Daniel 8:11 e 12. Naquela passagem bíblica aparecem as principais ações do falso sistema religioso que dominou durante a Idade Média. Em síntese, esse poder fez o seguinte:

a) Matou JESUS, pregando-O na cruz (nisso tentou destruí-Lo, mas, o que conseguiu foi o contrário, o promoveu a Salvador – de DEUS não se zomba);

b)  acabou com o sistema de sacrifícios, o que foi conseqüência da morte do cordeiro a que esses sistema se referia.

c) O entendimento do item acima não se limita a isso. Estende-se ao que se sucederia ao sistema de sacrifícios na Terra. Quando JESUS foi definitivamente para o Céu, lá passou a ser nosso Sumo Sacerdote, aquele que recebe nossos pedidos de perdão e por nos intercede, e nos perdoa. É esse serviço que o poder de satanás tirou do alcance dos pecadores, interpondo padres e santos para, em lugar do Salvador, perdoarem pecados.

d) Assim “o lugar do santuário de DEUS foi deitado abaixo”, literalmente no ano 70, com a destruição de Jerusalém e do templo, pelo poder romano, e virtualmente, durante a Idade Média, quando anulou o verdadeiro culto de adoração, pelo qual JESUS nos perdoa e nos aceita. As pessoas passaram a ser aceitas por um outro poder, nunca o do Salvador (só existem dois senhores, ou seja, dois poderes).

e)  “O exército lhe foi entregue”, isto é, os milhares de pregadores e de testemunhas da verdade foram perseguidos, durante 1.260 anos, pelo poder religioso – já haviam sido perseguidos antes (ano 100 a 313) pelo poder romano civil;

f) “Com o sacrifício costumado”, isto é, diário, a que já nos referimos acima, a atividade de JESUS no santuário celestial foi afastada da mente dos crentes. Esse poder não podia alcançar esse santuário para lá adentrar e mover-se contra JESUS, isso está fora de seu alcance. No entanto, aqui na Terra, criou outro sistema de culto, não bíblico, o sistema da missa e eucaristia e a transubstanciação, pelo qual não se chega ao Salvador, mas a um ser humano em lugar do Salvador, um pecador igual ou pior que os que a ele se confessam, e se participa de um ritual onde se perpetua a morte de JESUS, que deveria morrer uma só vez.

g) Ainda, por esse sistema de culto não bíblico, não se pode ir aos pés da cruz, ou seja, ao Salvador, mas sim, a um grande número de intermediários, os santos, todos já mortos, que mesmo assim, são adorados como se estivessem vivos.

h) E o mais grave, o sistema não ensina as pessoas de um modo inteligente, mas lhes impõe um conjunto de “vãs repetições”, que memorizam e repetem sempre da mesma maneira. Isso impede que as pessoas de fato tenham uma conversa pessoal com DEUS, a oração, não a reza, e se abram diretamente a Ele, O Criador. O que você acha que pensa O Criador, infinitamente inteligente, tendo que ouvir todos os dias sempre a mesma coisa (veja em Mateus 6:7 e 8, sobre o que DEUS pensa sobre a reza).

i) E também esse poder substituiu a Bíblia por um enorme conjunto de doutrinas pagãs. Tornou a Bíblia inacessível ao povo por longos séculos. Ela era lida em latim, para que o povo humilde nada entendesse. A Bíblia foi um livro proibido à leitura do povo comum, ou seja, o que DEUS disse foi proibido ao povo saber. Isso é incrível, embora verdade. Nisso, “deitou por terra a verdade”.

j) No que “fez, prosperou”, isto é, obteve sucesso. Hoje, parece ser o sistema religioso mais correto, assim se julga a sim mesmo, pois se diz “infalível” e assim é visto por muitos. Mas é justamente esse poder que será destruído, pois é “babilônia”, ou seja, confusão de doutrinas pagãs misturadas com algumas doutrinas cristãs.

Uma palavra de alerta: há muitos, milhares, de sinceros servos de DEUS adorando em babilônia, sendo enganados pelo sistema medieval. Hoje esse sistema não impõe pela força bruta, não está, por enquanto, tirando a vida dos que não se alinham com seu modo de culto. Mas vai fazer isso outra vez. A estratégia central de perseguição cruel será a imposição da santificação do domingo, tal como foi durante a Idade Média, nos 1.260 anos. Isso já foi anunciado oficialmente pelo atual papa, em sua carta “Dies Domini”. Não há mais razão para continuar no engano. É um bom momento para seguir o convite de DEUS em Apocalipse 18:4 e 5 – “Retirai-vos dela (de babilônia, o sistema adulterado de igrejas), povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados, e para não participardes dos seus flagelos, porque os seus pecados se avolumaram até os céus, e DEUS se lembrou dos atos iníquos que ela praticou.”

 

“Até duas mil e trezentas tardes e manhãs” (Dan. 8:14)

Em Daniel 8:13 se relata o diálogo entre dois anjos, um perguntando ao outro, até quando duraria a visão com todas essas coisas (acima relatadas). A resposta foi: “até duas mil e trezentas tardes e manhãs”, então o santuário seria purificado.

Aqui há algo impressionante a aprender. Os atos de guerra contra o Salvador, Seu trabalho quanto seus efeitos na Terra, teriam uma duração limitada, embora longa. Esses atos não se estenderiam para sempre. Esse tempo durou de 538 até 1798, quando o sistema foi inutilizado pela França. E o tempo da visão toda de 2.300 anos, dentro da qual se encontra o período dos 1.260 anos de supremacia do poder religioso, se estenderia desde o decreto de Artaxerxes, em 457aC, até 1844 dC (conforme Daniel 9:25). O que temos de impressionante a aprender é o seguinte: se iniciaria a purificação do santuário. Isso significa que, embora toda longa perseguição por parte de satanás e seus agentes, JESUS continua fazendo o que deveria fazer, e nada interferiu em seu trabalho de Salvador dos que a Ele se entregam. Apesar do que acontece aqui na Terra, o processo de salvação não foi abaladoe os pecados estão sendo retirados das páginas dos livros dos nomes de todos os que se arrependeram. Apesar de toda a violência, todos os que desejam ser salvos estão sendo salvos, e nada impede isto. A visão completa, que dura 2.300 anos, inclui todos os eventos da guerra, ou seja: a ação dos dois poderes seculares (Medo-Pérsia e Grécia) menos duros contra os servos de DEUS, a ação de Roma pagã, muito dura contra os servos de DEUS, a ação de Roma papal, duríssima contra os servos de DEUS (esse poder agiu com força de armas e com força de engano contra os adoradores), até que esse sistema todo chegasse ao seu fim. Essa grande maratona de crueldade e enganos tornará a se repetir em um breve espaço de tempo, será, na realidade, de duração muito breve.

Enquanto a purificação do templo acontece no Céu, na Terra, este evangelho está sendo pregado a toda nação, tribo e língua, e então JESUS volta.

 

Conclusão

Na sua luta contra o Príncipe do exército celestial, já são centenas de atentados realizados ao longo de já mais de 1400 anos (de 538 até hoje). Como na lição, destacaremos, em forma de conclusão, a essência da mudança, que se vincula, obviamente, a adoração.

O culto de adoração foi trocado pela missa. Nela, o perdão está centrado a seres humanos pecadores como todos os pecadores, aos quais os fiéis se dirigem, e na sacristia, “de joelhos diante de outro ser humano” (Me inquieto sempre que lembro disso!!! – nem anjos permitem que nos ajoelhemos diante deles.), confessam seus pecados e são por esses outros seres humanos (pecadores como eles) “perdoados”, como se fossem o próprio JESUS. Isso é simplesmente incrível, uma afronta direta contra O Salvador, que sofreu terrivelmente, até a morte, para poder nos perdoar. Então, as pessoas iludidas, pensando que estão perdoadas, dirigem-se à missa para receber a comunhão.

Durante este culto, ocorre outra demonstração de insulto ao Salvador: a transubstanciação. O pão e o vinho, nesse caso, não representam simbolicamente a carne e o sangue de JESUS, mas, é dito que “se transformam na carne e no sangue de JESUS, repetindo ali o Seu sacrifício, a eucaristia. Esse é um sacrifício inútil, pois para que serve, se JESUS já o fez. E ainda é realizado sem sangue, o que o torna mais ineficaz – “sem sangue não há remissão dos pecados” [“Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão.” (Hebreus 9:22)  “…mas, no segundo, o sumo sacerdote, ele sozinho, uma vez por ano, não sem sangue, que oferece por si e pelos pecados de ignorância do povo…” (Hebreus 9:7)  “Pelo que nem a primeira aliança foi sancionada sem sangue.” (Hebreus 9:18)]. JESUS foi morto uma única vez, e ali derramou todo o Seu sangue até que morreu por nós, e essa única vez bastou (“Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito” – I Ped. 3:18). Agora Ele está no santuário celestial, exercendo o seu exclusivo papel de Salvador. Esse culto modificado tira o foco das pessoas do que O Salvador está agora fazendo, e O torna num eterno sacrificado, como um impotente, que nada consegue com esses inúmero sacrifícios. Isso é terrível, as conseqüências de tal culto são e serão terríveis para milhões de pessoas, aquelas que dele não se retirarem.

Quanto ao perdão dos pecados, a isso já nos referimos. Mas ainda há algo a ser dito, e é essencial: é trágico pensar que se está perdoado, que se está limpo, e na verdade, se foi enganado e se está perdido. É trágico, como no passado, pecados custavam dinheiro, para serem perdoados. É trágico, como no passado, por dinheiro, até mesmo pecados ainda não cometidos eram perdoados. Esse sistema transformou a salvação em motivo de comércio e de poder de dominação sobre as multidões. É, no entanto, mais trágico pensar sobre o fim para onde vão sendo levados aqueles que, enganados, permanecerem nesse caminho, mesmo após a tão clara e óbvia pregação da verdade bíblica, como é o caso desse comentário, e de muitos outros pregadores ao redor do mundo. Verdade clara e óbvia como é a própria Bíblia, é só lê-la. Isto é de fato uma guerra.

E o purgatório, uma forma sofrida de purificação dos pecados? É algo tão horrível e tão destituído de seriedade bíblica, que inúmeras piadas se formaram em torno dele. A idéia do purgatório é exatamente contrária ao ensino bíblico. Pela Bíblia, JESUS sofreu tudo por nós, e podemos ser purificados pelo Seu sangue. Pelo ensino do purgatório, o sacrifício de JESUS não valeu nada, pois cada ser humano, que não se arrependeu devidamente diante de outro ser humano, seria, ao morrer, remetido ao tal purgatório, para sofrer até se tornar puro. Isso é terrível, pois inclui a mentira de satanás de que não há morte (Gen. 3:3), exatamente a mentira pela qual a humanidade caiu e está nesse sofrimento todo. O purgatório foi colocado em lugar de JESUS como Salvador, assim também os inúmeros santos mortos. Por essa heresia não há necessidade de arrependimento, mesmo tendo decidido, em vida, pelo pecado, ainda assim, sofrendo muito em chamas de fogo eterno, porque dói muito, se torna puro. É incrível como pessoas são levadas a acreditar em algo assim! Se JESUS morreu por nós, fez isso porque nos ama, e jamais deseja que filhos Seus sofram terríveis torturas para se tornarem puras, sem pecado. Isto é o refinamento da crueldade.

Enfim, “sai dela povo meu…”

Prof. Sikberto R. Marks

Escrito em: 10-04-2002

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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