Marxismo: uma pedra de tropeço para a Igreja e sua missão

Em 14 de Outubro deste ano, meu pastor pregou corajosamente em nossa igreja sobre a corrosão dos princípios bíblicos e valores cristãos pelas ideologias políticas que militam e conspiram contra a missão da igreja.

Durante a pregação, ele expôs de forma clara e objetiva, que o governo petista viabilizou a inserção social da ideologia de gênero nas escolas e encabeçou o movimento de disseminação social da mesma por meio da midiatização, fazendo uso da máquina estatal para promover ideias anti-bíblicas que servem de esteio para a precarização das relações sociais, em especial, as relações familiares. Nenhuma mentira foi dita pelo pastor, e, tais verdades podem ser facilmente demonstradas, então, vamos aos fatos.

O PT é um partido baseado na ideia de “Estamento Burocrático” de Raymundo Faoro, figura que lhes forjou a identidade política. Porém, a estratégia de ação petista viria dos escritos de Antonio Gramsci, o comunista italiano que forneceria a “revolução cultural” como o modus operandi dos neo-comunistas do petismo.

Como se sabe, Gramsci era um marxista, e daí surge a pergunta; em que crê um marxista?

Diante disso, irei demonstrar como o marxismo é uma pedra de tropeço para a igreja e sua missão, e, porque “pastores” e alegados “irmãos” que se declaram como marxistas (petistas, psolistas, pstusistas, dentre outras agremiações comunistas) são na verdade um “cavalo de Tróia” inseridos na igreja para destruí-la por dentro — ainda que, em alguns casos, inconscientes quanto às suas escolhas políticas, uma vez que foram lobotomizados pelos efeitos da estratégia cultural gramsciana.

1. Para começar, cito o próprio Karl Marx em sua obra “O Manifesto Comunista”:

“A FAMÍLIA, NA SUA PLENITUDE, SÓ EXISTE PARA A BURGUESIA, mas encontra seu complemento na supressão forçada da família para o proletário e na prostituição pública. A família burguesa desvanece-se naturalmente com o desvanecer de seu complemento. E uma e outra desaparecerão com o desaparecimento do capital.” (MARX, K. e ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Global Editora, 1986, p. 32)

— Como citado acima, Karl Marx compreende que, a família é uma invenção burguesa, e, não uma criação e padrão de Deus para a vida dos homens. A bíblia, como sabemos, compreende a família como sendo a unidade mais básica e mais fundamental sobre a face da terra, não é sem fundamento que, a fidelidade entre ambos, homem e mulher (monogamia), mas mais enfaticamente do homem para com a mulher é super valorizada por Cristo ao declarar que, “[…] qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” (Mateus 5:28)

2. Conforme o texto de “O Manifesto Comunista” supracitado, família e capital são indissociáveis, mas o que era o comunismo para Marx e como ele se oporia à família/capital? Cito-o:

“[…] o comunismo e a expressão positiva da abolição da propriedade privada e, em primeiro lugar, da propriedade privada universal. Entendendo essa relação em seu aspecto universal, o comunismo é (1) em sua primeira forma, apenas a generalização e concretização dessa relação. […] Ele quer abolir o talento, etc., pela força.” (MARX, Karl. Manuscristo Econômicos e Filosóficos. Terceiro Manuscrito. Propriedade Privada e Comunismo. Disponível em:<https://www.marxists.org/portu…/…/1844/manuscritos/cap04.htm>. Acesso em 14 out 2017)

— Comunismo, como lemos, é a abolição da propriedade privada, ou, dito de outra forma “a propriedade privada tornada universal” — obviamente, se é tornada universal, já não é mais privada. Já vimos que, para Marx, família e capital são indissociáveis, porém; qual a relação entre Família, Capital e Propriedade Privada, deixemos o próprio Marx nos esclarecer, cito-o novamente:

“[…] essa tendência a opor a propriedade privada em geral à propriedade privada é expressa de maneira animal; o casamento (que é incontestavelmente a forma de propriedade privada exclusiva) é posto em contraste com a comunidade das mulheres, em que estas se tornam comunais e propriedade comum. Pode-se dizer que essa idéia de comunidade das mulheres é o segredo de Polichinelo desse comunismo inteiramente vulgar e irrefletido. Assim como as mulheres terão de passar do matrimônio para a prostituição universal, igualmente todo o mundo das riquezas (i. é, o mundo objetivo do homem) terá de passar da relação de casamento exclusivo com o proprietário particular para a de prostituição universal com a comunidade.” (MARX, Karl. Manuscristo Econômicos e Filosóficos. Terceiro Manuscrito. Propriedade Privada e Comunismo. Disponível em:<https://www.marxists.org/portu…/…/1844/manuscritos/cap04.htm>. Acesso em 14 out 2017)

— Marx nos esclarece, que o segredo do comunismo é — numa linguagem dialética utilizada por ele —, a universalização da propriedade privada, que seria o mesmo que sua abolição, e, uma das formas que a propriedade assume é o Casamento (Matrimônio), e para se chegar ao comunismo torna-se necessário, como se lê, que as mulheres abandonem o casamento para se prostituírem, formando aquilo que ele chama de “Comunidade de Mulheres”, ou seja, “passar do matrimônio para a prostituição universal”. Esse é o sólido fundamento que dá a qualquer cristão a autoridade necessária para a rejeição do marxismo como uma forma de anti-cristianismo, e, consequentemente do petismo, visto que a matriz do petismo é o marxismo.

3. Agora que vimos que família nada mais é — como Marx corretamente entende — uma manifestação social da propriedade privada, e, que o comunismo é a abolição da mesma, logo, para se chegar ao comunismo torna-se necessário abolir o casamento, o matrimônio, a família! Sendo assim, marxistas buscam a precarização das relações matrimoniais, como condutora do divórcio, que é fomentada socialmente na tomada pelos atuais marxistas da máquina estatal, para, sob a insuspeição da lei, introduzir a normalização e normatização do divórcio como alternativa mais viável à destruição do casamento, viabilizando o desmantelamento de núcleos familiares, disseminando a cultura moderna e popular do “não demos certo”, ou seja, a lei é utilizada no processo de engenharia social enquanto esta lhes é útil.

— Porém no Comunismo não há espaço para a lei como instrumento de equidade social, pois a lei, ou melhor, o Direito, como reconhecido pelos próprios marxistas é uma forma do capitalismo, e, capitalismo nada mais é que a economia de mercado baseada na propriedade privada, que por sua vez se manifesta socialmente na instituição da família monogâmica. Cito aqui um dos mais famosos marxistas, intérpretes e tradutores das obras de Marx, Engels e Kautsky em nosso país, Alysson Marscaro:

“Engels e Kautsky dedicam esta obra [O Socialismo Jurídico] justamente a combater o socialismo dos juristas – ou o socialismo por meio do direito. O DIREITO É, IRREMEDIAVELMENTE, UMA FORMA DO CAPITALISMO. Assim sendo, é a revolução – e não a reforma por meio de instituições jurídicas – a única opção realmente transformadora das condições das classes trabalhadoras” (MASCARO, Alysson. [Orelha do livro]. IN ENGELS, Friedrich; KAUTSKY, Karl. O socialismo jurídico. São Paulo: Boitempo, 2012.)

— Notem que, o braço direito de Marx, Engels, juntamente com Kautsky, acredita que o Direito — conforme resumo da obra dado pelo tradutor da mesma — é uma forma que o capitalismo assume, ou seja, ele reconhece que só pode haver Direito na presença da propriedade privada, mas como vimos, para existir propriedade privada, é necessário haver matrimônio, e havendo matrimônio, há família, porém, surge naturalmente a pergunta: O quê Marx, Engels e Kautsy entendem por família? A resposta sobre Marx já é sabida — como já lemos acima —, mas vejamos a resposta de Engels:

“Então é que se há de ver que a libertação da mulher exige, como primeira condição, a reincorporação de todo o sexo feminino à indústria social, o que, por sua vez, requer a supressão da família monogâmica como unidade econômica da sociedade” (ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Rio de Janeiro: Best Bolso, 2014, p. 90)

— Notemos primeiro, que o discurso de “liberdade da mulher” — conforme utilizado por marxistas como Engels —, nada mais é, que um instrumento de introdução de ódio e revolta nas mulheres contra o casamento, através disso, Engels compreende que, esse é o modo mais eficaz de SUPRESSÃO DA FAMÍLIA MONOGÂMICA COMO UNIDADE ECONÔMICA DA SOCIEDADE. Sendo assim, a família bíblica, ou FAMÍLIA MONOGÂMICA é inimiga por excelência do projeto de engenharia social de implementação do comunismo. Isso lhe explica leitor, o porquê da existência do movimento feminista como um dos tentáculos militantes do esquerdismo sob o disfarce de “movimento social”.

— Sim, Marx e todos os seus comparsas são contra a família, o que os torna, por excelência, demoníacos em sua sua essência e inimigos do cristianismo em geral e do adventismo em particular.

4. Declarar-se Cristão-marxista é um oximoro, trata-se de uma ideia inconcebível, e, a ideia de um adventista-marxista é pior ainda, pois o adventismo é uma denominação cristã cujo início se deu em meio a um ato de empreendedorismo de mídia — um jornal. Conforme lemos a Srª. White nos contar:

“Numa reunião efetuada em Dorchester, Massachusetts, em novembro de 1848, foi-me concedida uma visão da proclamação da mensagem do assinalamento, e do dever que incumbia aos irmãos de publicarem a luz que resplandecia em nosso caminho. Depois da visão eu disse ao meu esposo: ‘Tenho uma mensagem para ti. Deves começar a publicar um pequeno jornal e mandá-lo ao povo. Seja pequeno a princípio; mas, lendo-o o povo, mandar-te-ão meios com que imprimi-lo, e alcançará bom êxito desde o princípio. Desde este pequeno começo foi-me mostrado assemelhar-se a torrentes de luz que circundavam o mundo.’” (WHITE, Ellen. Vida e Ensino. Iniciando a Obra de Publicações. Disponível em:<http://ellenwhite.cpb.com.br/…/iniciando-a-obra-de-publicac…>. Acesso: 14 out 2017)

Note que, é no ato empreendedor recebido como ideia por uma visão de Ellen White, que Deus proveria os primeiros recursos de nossa obra, sendo assim, na mente de um “adventista-marxista” nós começamos a igreja num ato de “exploração de mão de obra”, ou seja, num ato, que nas perspectiva deles é “imoral”, pois implica no acumulo de capital, de onde Marx criou o termo pejorativo “capitalismo”. Os “adventistas-esquerdistas” — seja lá o que o vácuo dessa expressão signifique — podem até alegar não acreditar assim, mas não importa, pois endossam toda a estrutura política que sustenta tais ideias absurdas e reprováveis.

— Àqueles que me perguntarem sobre com que autoridade eu, meu pastor ou personalidades como Leandro Quadros (https://goo.gl/a6fmSD) afirmamos que o marxismo é satânico, basta vir me perguntar. Além dessa resposta, tenho inúmeras outras que lhe fará pensar de forma cabal sobre como tais irmãos estão assumindo o perigoso lado dos subversores do Evangelho de Cristo.

Por Italo Fabian

Fonte: Reação Adventista

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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